Um prédio comercial será construído no lugar do casarão demolido no último domingo (27), em Jataí. A casa, de estilo colonial, foi tombada pelo patrimônio histórico de julho de 2000 até este ano.&nbsp;De acordo com o Diário Oficial do Município do dia 8 de setembro, umas das considerações apontadas para destombar o lugar foi a “necessidade de revitalização do comércio da Avenida Goiás”, diz o texto do decreto, assinado pelo prefeito Humberto de Freitas Machado.Os proprietários do imóvel, José Cruzeiro e Geraldo Mendes, tem até março de 2016 para apresentar o projeto arquitetônico do prédio comercial que será construído no local. Existe o rumor de que o novo imóvel dará lugar a uma loja de franquia de eletrodomésticos. &nbsp;

Casarão demolido em Jataí dará lugar a comércio

Cidades

Cidades - título

Assine - Offers Target - 2

Matéria - Cidades

Por que setores significativos da sociedade civil que votaram no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em suas primeiras eleições nos anos 2000 passaram a votar e tornaram-se, muitos deles, apoiadores fervorosos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo com sua inelegibilidade? Para o ex-deputado federal constituinte e ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) Aldo Arantes, hoje com 85 anos, a resposta é que as redes sociais passaram a operar um domínio de mentes que decantou uma “guerra cultural” — o grande mecanismo, em suas palavras, da luta ideológica da extrema direita.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

“É claro que é uma pauta altamente conservadora, negando história, ciência, direitos sociais, democracia — o chamado negacionismo. Isso vem dos Estados Unidos, e é um processo de construção lenta. Vem lá de trás. O objetivo é estabelecer a lógica do mercado, que é o capitalismo, individualismo”, diz Arantes, em entrevista ao POPULAR.

Ex-preso político, militante de décadas e uma das lideranças mais vocais da esquerda, Arantes reflete sobre os desafios da democracia brasileira em seu novo livro, “Domínio das mentes: do golpe militar à guerra cultural” (Kotter Editorial), que será lançado no Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás, no setor Leste Universitário, nesta quinta-feira (21).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/partidos-buscam-estrategias-para-disputa-em-goias-de-olho-em-2026-1.3195027" target="_blank">Partidos buscam estratégias para disputa em Goiás, de olho em 2026</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/agora-sobre-bolsonaro-vamos-nos-encontrar-nas-urnas-afirma-caiado-1.3194153" target="_blank">'Agora (sobre Bolsonaro) vamos nos encontrar nas urnas', afirma Caiado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/instagram-vai-permitir-que-usuarios-reiniciem-algoritmo-de-recomendac-o-de-conteudo-1.3201183" target="_blank">Instagram vai permitir que usuários reiniciem algoritmo de recomendação de conteúdo</a></div>

A obra se propõe a entender, entre outros aspectos, a subestimação da esquerda brasileira à força do bolsonarismo, as origens dos ideários da extrema direita, e em qual lógica operam as redes sociais, que se tornaram a arena de maior alcance e visibilidade política nos últimos anos.

O autor argumenta que a guerra cultural não se limita à disseminação de fake news, mas se vale de uma lógica estruturada pelas redes sociais para moldar pensamentos e comportamentos. “Ocorre que a fake news na chamada guerra cultural tem um alcance diferenciado. Por que? As redes sociais com a utilização dos algoritmos permitem eficácia brutal, atingindo milhões de pessoas em um tempo pequeno”, afirma Arantes.

“As redes sociais hoje não só identificam onde as pessoas estão, o que elas estão fazendo, o que estão pensando, projetando, mas mais do que isso: elas reformulam as mentes das pessoas.” Dessa explicação decorre, para o autor, o conceito de domínio das mentes e a complexidade do enfrentamento.

O ex-deputado diz que a construção dessa lógica é apoiada por think tanks conservadores com suporte do empresariado, interessados em promover valores como o individualismo e o neoliberalismo. Para ele, o objetivo central é despolitizar a sociedade e impor uma falsa verdade.

Como contraponto, Arantes propõe a construção de uma “luta ideológica democrática”, baseada em fatos e no despertar da consciência crítica da sociedade civil, desafiando a narrativa da extrema-direita. “A diferença é que a guerra cultural é impositiva, tenta despolitizar a sociedade, impondo uma falsa verdade. Ela opera baseada, inclusive, na liberdade de opinião”, afirma. “Despertar a consciência crítica é tudo que a extrema-direita não quer.”

Arantes entende que o neoliberalismo quer destruir conquistas constitucionais como a democracia e os direitos dos trabalhadores. Esses princípios, segundo ele, precisam ser defendidos para consolidar uma maioria política na sociedade e promover reformas estruturais. Para ele, sem uma reforma política que altere a composição do parlamento, reformas essenciais, como a agrária, tornam-se inviáveis.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, assina o posfácio de “Domínio das mentes”, em que rememora episódios recentes da vida política nacional como o impeachment de Dilma Rousseff e a terceira eleição de Lula para dizer que atualmente a luta contra o fascismo e o resgate da defesa da democracia tornaram-se centrais no país, visando “impedir retrocessos e fortalecer a luta pela transformação da sociedade”.

Arantes reconhece as dificuldades enfrentadas pelo governo Lula, especialmente diante de um parlamento adverso, e a perda de espaço da esquerda em todo o país, especialmente com o saldo da eleição deste ano. Ele, porém, defende que a esquerda precisa sair às ruas para mobilizar a sociedade em torno de uma agenda progressista.

Embora reconheça a ausência de uma marca atual no governo Lula, ele acredita que as conquistas do passado estão sendo atualizadas. Sobre Goiás, Arantes diz que enquanto Goiânia pode ser mais receptiva à esquerda no futuro, o cenário estadual permanece desafiador. “Em Goiás, enfrentamos um governo de extrema-direita. Espero que as forças democráticas se levantem para alterar essa situação”, afirma.

Redes sociais conseguiram 'domínio de mentes' no debate político

Política

Política - título

Matéria - Política

Polarização

Móveis destruídos, pedaços de madeira, restos de construção civil e até lixo doméstico. Esse é o cenário encontrado em diversos pontos de Goiânia onde o acúmulo de entulho tem sido uma realidade. Por semana, as equipes de remoção do Consórcio Limpa Gyn (Consórcio QC Ambiental), que cuida da limpeza urbana da capital, têm recolhido cerca de 30 mil toneladas de entulho. Nos ecopontos espalhados pela cidade, são recebidas em torno de 250 toneladas por mês.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Conforme o edital que terceirizou o serviço de coleta de lixo em Goiânia, a previsão é de que 70,4 mil toneladas de entulho sejam recolhidas por mês. Isso significa que, no ritmo atual, em pouco mais de duas semanas, o prognóstico para o mês inteiro é alcançado. Essas 70,4 mil toneladas ainda são frutos de um aumento da previsão ocorrido no final de 2023, quando a Prefeitura realizou mudanças técnicas no edital. Anteriormente, eram 55,2 mil toneladas.

O acúmulo de entulho em Goiânia é um ponto de preocupação do poder público neste período chuvoso, já que os resíduos são arrastados pela água, causando o entupimento da rede de drenagem e a poluição dos cursos hídricos. A Defesa Civil chama a atenção para o papel do entulho como causador de alagamentos pela capital. Ao mesmo tempo, especialista diz que o engajamento da população para diminuir o descarte irregular é essencial, mas aponta que é importante que a infraestrutura de coleta de lixo funcione para estimular o cidadão a destinar corretamente os resíduos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/limpeza-de-bueiros-e-terceirizada-1.3199979" target="_blank">Limpeza de bueiros é terceirizada</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/saude-de-goiania-patinou-no-ultimo-ano-revelam-dados-1.3194990" target="_blank">Saúde de Goiânia patinou no último ano, revelam dados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/comurg-n-o-paga-e-fica-sem-veiculos-para-servicos-na-rua-1.3171038" target="_blank">Comurg não paga e fica sem veículos para serviços na rua</a></div>

O Consórcio Limpa Gyn é responsável por quatro serviços de limpeza urbana em Goiânia: coleta domiciliar, coleta seletiva, remoção de entulho e varrição mecanizada. De acordo com o consórcio, os serviços de remoção de entulho e o Cata-Treco (responsável pela coleta de resíduos volumosos gerados nas residências) estão em pleno funcionamento, sendo que são realizados mediante solicitação. “Acionadas, as equipes programam o serviço, que é realizado por regiões, seguindo a ordem de chegada das demandas”, detalha o consórcio. Além disso, é possível denunciar o descarte irregular nos números 161 (Amma) e 153 (GCM).

Nesta terça-feira (19), a Defesa Civil flagrou uma grande quantidade de entulho, inclusive com lixo doméstico misturado, no Setor São José, próximo ao Córrego Cascavel e ao Ribeirão Anicuns. A região é conhecida por registrar alagamentos. “Esse lixo certamente será levado pela enxurrada e irá entupir as bocas de lobo e o sistema de drenagem, causando alagamentos. Além, é claro, do dano ao meio ambiente quando o lixo chega ao leito dos córregos”, explica Robledo Mendonça, coordenador da Defesa Civil de Goiânia.

Além do risco que os alagamentos representam, Mendonça alerta para o fato de que o acúmulo de entulho também cria um ambiente propício para a procriação de animais peçonhentos e vetores de doenças, como o Aedes aegypti, mosquito que transmite a dengue. “Vivemos um momento de grandes desafios: mudanças climáticas e eventos extremos cada vez mais frequentes. A cidade está cada dia mais impermeabilizada, entre outros fatores. Se nós, como cidadãos, não fizermos a nossa parte, a cidade sofrerá bastante ”, insiste.

<h2>Comportamento</h2>

O presidente da Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca), Gerson Neto, esclarece que iniciativas como o Cata-Treco e os ecopontos, que são geridos pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), são importantes para combater o descarte irregular de entulho, mas lembra que essas iniciativas, e a limpeza urbana de Goiânia de uma forma geral, sofreram um desmonte nos últimos anos. Apesar de afirmar que o Cata-Treco está funcionando, o Consórcio Limpa Gyn não detalhou a quantidade de resíduo que tem sido recolhida pelo serviço. Já os ecopontos, estavam parados recentemente. (leia mais ao lado)

O ambientalista e especialista em planejamento urbano e ambiental também destaca a importância da promoção de campanhas educativas. “Na década de 1990, a campanha para não jogar lixo na rua foi um sucesso em Goiânia”, recorda Neto.

Entretanto, ele pondera que essas iniciativas precisam estar associadas ao bom funcionamento do aparato público de recolhimento de lixo. Nos últimos dois anos, a crise do lixo em Goiânia se agravou. Em momentos críticos, o lixo se acumulou em diversos pontos da cidade por falta de recolhimento.

“Cria um clima de desesperança. As pessoas precisam acreditar na política pública para se engajarem. É a teoria da vidraça quebrada: quando você vê uma coisa desleixada, você cria uma cultura do desleixo. É impossível a Prefeitura cuidar da cidade sozinha. É preciso criar um ciclo de cuidado em que as pessoas acreditem no poder público e a Prefeitura chame essas pessoas para participarem do cuidado com a cidade”, discorre o presidente da Arca.

<h3>Consórcio</h3>

Em março, o Consórcio Limpa Gyn assinou o contrato para fazer a coleta de lixo de Goiânia por R$ 19,5 milhões mensais, durante dois anos. Em abril, a Prefeitura marcou o início da transição dos serviços. Em junho, a varrição mecanizada foi iniciada em 100% da cidade. No mesmo mês, o consórcio assumiu totalmente o serviço de remoção de entulhos. Em julho, foi a vez da coleta domiciliar orgânica e, em outubro, da coleta seletiva.

Entretanto, em maio e agosto deste ano O POPULAR publicou reportagens que mostravam reclamações de moradores pela irregularidade da coleta, inclusive de entulhos, em diversos setores da cidade. Além disso, no início de novembro, 11 cooperativas de coletores de materiais recicláveis de Goiânia chegaram a deixar de receber os caminhões da coleta seletiva com a justificativa de que o volume de resíduos entregues teve drástica redução desde que o consórcio assumiu o serviço.

Em relação ao lixo doméstico que tem sido encontrado em meio ao entulho, o Consórcio Limpa Gyn afirma que, atualmente, a coleta domiciliar está regular. Nesse sentido, vale salientar que a população não deve colocar o lixo na rua muito tempo antes dos caminhões passarem, já que isso pode fazer com que os sacos acabem sendo levados pela água da chuva. Para saber a frequência da coleta domiciliar, basta ir ao site do consórcio (<a href="http://www.consorciolimpagyn.com.br">www.consorciolimpagyn.com.br</a>) e acessar o plano de coleta domiciliar.

<h3>Operação plena dos ecopontos é crucial</h3>

O funcionamento regular dos ecopontos de Goiânia é essencial para que o descarte de entulhos aconteça de maneira adequada na capital. O presidente da Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca), Gerson Neto, aponta que os ecopontos são centrais na política pública goianiense que visa promover a destinação correta dos resíduos.

“É natural que as pessoas descartem as coisas. É previsto. O poder público precisa estar preparado. Nesse sentido, os ecopontos são importantes porque as pessoas colocam o entulho no carro e levam até lá. Há uma centralização da logística para fazer a destinação correta”, esclarece o ambientalista e especialista em planejamento urbano e ambiental.

Os ecopontos de Goiânia estão localizados em diferentes bairros (veja quadro abaixo). Eles funcionam todos os dias da semana e recebem o descarte de diversos resíduos, como entulho, pneus, móveis e eletrodomésticos velhos, restos de poda e materiais recicláveis, além de óleo de cozinha usado.&nbsp;

O projeto original dos ecopontos é de 2018, mas ele nunca foi executado plenamente. Em 2022, a Prefeitura prometeu construir 20 unidades. Contudo, apenas cinco estão em funcionamento e, como O POPULAR mostrou em reportagem publicada na segunda quinzena de outubro, nem sempre estão com as portas abertas.

Na ocasião, os cinco ecopontos espalhados pela capital estavam abarrotados de lixo e sem receber novos descartes devido à falta de combustível para os caminhões da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) que buscam esses rejeitos e os destinam ao aterro sanitário.&nbsp;

Conforme a Comurg, atualmente, todas as cinco unidades estão em funcionamento e recebem uma média de 250 toneladas de resíduos por mês. O POPULAR esteve no ecoponto do setor Faiçalville na manhã desta quarta-feira (20) e o local estava com as caçambas cheias de lixo, mas com profissionais trabalhando.&nbsp;

Entretanto, um servidor, que atua em um dos ecopontos da capital e preferiu não se identificar, disse que os locais continuam em situação crítica. A reportagem apurou que o ecoponto do Jardim do Guanabara II, por exemplo, está com as caçambas cheias de entulho. A superlotação faz com que uma esquina próxima do ecoponto acabe se tornando uma área de descarte de resíduos.

<img attr-cid="policy:1.3201732" attr-version="policy:1.3201732:1732151343" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201732/211124-vidt_porumagoiania.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" />

Capital sofre com acúmulo de entulhos

Limpeza urbana

O Atlético-GO não terá mais o atacante Jean Carlos, de 19 anos. Lançado no time profissional nesta temporada, em que atuou três vezes por alguns minutos na Série A, o jogador deixou o Dragão e se transferiu para o rival, o Goiás.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

O vínculo do atleta com a equipe atleticana estava no fim, não houve acordo para a renovação do contrato e Jean Carlos fez opção pelo alviverde. A informação é de que a proposta do clube esmeraldino foi superior à apresentada pelo antigo clube.

Jean Carlos entrou no final das partidas diante de Criciúma-SC, Cuiabá-MT e Fluminense - nesta última partida, fez o cruzamento para o gol de Janderson, na vitória de 1 a 0. O lance gerou polêmica, pois a equipei tricolor reclamou a saída da bola quando Jean Carlos chegou à linha de fundo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/esporte/atletico-go-perde-para-o-athletico-pr-e-fica-mais-perto-do-rebaixamento-1.3201670" target="_blank">Atlético-GO perde para o Athletico-PR e fica mais perto do rebaixamento</a></div>

Jean Carlos estava no Dragão desde 2021. Na atual temporada, atuou 22 vezes na base e marcou dois &nbsp;gols. Ele saiu do Atlético-GO antes de o clube festejar a prinicpal conquista da base na atual temporada, que é o Certificado de Clube Formador (CCF), concedido pela CBF, que foi anunciado pelo rubro-negro nas redes sociais.

Atlético-GO perde atacante da base para Goiás

Esporte

Esporte - título

Matéria - Esporte

Mercado

<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-tem-previs-o-de-chuva-violenta-e-nova-frente-fria-diz-cimehgo-1.3201569" target="_blank">O índice de chuvas registrado em Goiânia neste mês de novembro pode superar os números verificados nos últimos 43 anos em volume de água para o mesmo período</a>, de acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Até a manhã desta quarta-feira (20), o Cimehgo registrou um acumulado de 351,9 milímetros (mm) de chuva neste mês, o que significa mais que o dobro dos 157,4 mm medidos em todo novembro de 2023. O acumulado já é semelhante ao verificado em 2021, quando o órgão estadual, ligado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), mediu um acumulado de 358,4 mm, o maior número desde novembro de 1981, quando as chuvas chegaram a 382,4 mm.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Vale ressaltar que os números referentes a este ano são o acumulado até a manhã do dia 20, enquanto que os demais anos têm a soma dos 30 dias do mês. Para se ter uma ideia, no cálculo da média diária, resultado da divisão do acumulado pela quantidade de dias do período registrado, o índice deste ano é o maior da série histórica, que iniciou as verificações em 1961. Neste ano, a média diária chega a 17,60 mm, acima do valor de 13,50 mm calculado para o ano de 1969, quando o acumulado chegou a 405 mm, o maior da série até então. O boletim de informações do Cimehgo aponta pela previsão da continuidade das chuvas, com potenciais tempestades na capital.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/soluc-es-para-eventos-extremos-s-o-urgencia-de-goiania-1.3199946" target="_blank">Soluções para eventos extremos são urgência de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goias-tem-previs-o-de-chuva-violenta-e-nova-frente-fria-diz-cimehgo-1.3201569" target="_blank">Goiás tem previsão de chuva violenta e nova frente fria, diz Cimehgo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/chuva-agrava-transtornos-de-passageiros-na-praca-da-biblia-1.3201423" target="_blank">Chuva agrava transtornos de passageiros na Praça da Bíblia</a></div>

<h2>La Niña</h2>

Gerente do Cimehgo, André Amorim explica que no ano passado houve ondas de calor em setembro, outubro, novembro e dezembro, enquanto que neste ano ainda estamos consolidados com o fenômeno La Niña, efetivamente. “As águas do (Oceano) Pacífico estão um pouco mais tranquilas, não chegou aquela situação de constatação definitiva. O que tem influenciado bem aqui para nós, olhando o Estado todo, é que a chuva tem se concentrado mais na região Central e deslocado um pouquinho mais para a região Leste do Estado.”

Amorim considera que há influência da temperatura, que na parte central ainda se mantém um pouco mais elevada para o período. “Nós não estamos tendo uma temperatura mais fria. As manhãs estão começando com 19 graus e segue nessa projeção. As outras regiões também, mas neste ano nós estamos tendo um favorecimento aí dessas chuvas e as passagens de frente fria dessas chuvas estarem um pouco mais concentradas na parte central aqui do Estado de Goiás”, afirma.

O gerente do Cimehgo diz que, ao olhar a série histórica, se observa que há anos com chuvas em volume até maiores e outros com chuvas bem menores. “Essa variação pode acontecer, mas, este ano, realmente, as chuvas aqui na parte central, e falando da capital, realmente muita chuva tem acontecido também pelas correntes, vento, e uma coisa que eu não estou descartando é a temperatura.”

Amorim observa que em Goiânia, durante esses últimos dias, apesar da chuva na parte da manhã, logo aparece um sol e fica uma espécie de mormaço e clima abafado. “E isso é motor para chuvas intensas aqui na capital. Na terça-feira (19), por exemplo, teve uma chuva. Na região leste, choveu praticamente nada em relação ao Setor Aeroporto, Setor Sul, onde choveu muito mesmo no final da noite. O que nós observamos é que neste ano nós estamos tendo uma situação mais favorável de chuvas na parte centro, jogando aqui para a parte um pouco mais leste do estado”, reforça. O gerente lembra ainda que o Estado reforçou sua rede de pluviômetros, o que concede uma visão melhor da distribuição da chuva.

Os números do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também mostram a tendência de ter um novembro, em 2024, entre os mais chuvosos da história. Segundo a coordenadora do Inmet em Goiás, Elizabeth Alves, o total medido pelo órgão nacional em novembro, até o dia 19, foi de 302,6 mm, sendo que a média esperada para este mês é de 219,6 mm. Ou seja, o volume das chuvas já é 38% acima da média para Goiânia e o índice havia sido ultrapassado ainda nos primeiros 14 dias deste mês.

A coordenadora conta ainda que o novembro mais recente com mais volume de chuvas foi em 2021, com o registro de 358,4 mm. “Pelas condições de previsão, (este ano) vai ultrapassar os dados de 2021”, diz.

Os números divergem entre os órgãos de meteorologia em razão do uso dos equipamentos pluviométricos dispostos em locais diferentes da cidade, além da quantidade de aparelhos utilizados, o que muda os dados absolutos. No entanto, verifica-se que em ambos há uma semelhança nas tendências e conclusões, ou seja, de um mês de novembro mais chuvoso neste ano em relação aos anteriores. Para Elizabeth, o mês de novembro já possui a característica de receber chuvas mais frequentes e mais distribuídas.

Ela conta que, neste ano, o aumento das chuvas já começou em outubro, pois o canal de umidade vindo do Norte está em persistência na região. Em outubro, de acordo com o Inmet, “houve registro de chuva em 15 dias na estação convencional de Goiânia, totalizando 336,7 mm, o que equivale a 134% acima da Normal Climatológica (1991-2020), que é de 144,1 mm, ou seja, um saldo em volume de 192,6 mm”.

O maior acumulado de chuva em 24 horas foi registrado no dia 19, com 59,6 mm no período. No mês de outubro, ainda de acordo com os dados do Inmet, Goiânia foi a capital brasileira que recebeu o maior volume de chuvas.

<img attr-cid="policy:1.3201727" attr-version="policy:1.3201727:1732151002" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3201727/211124-vidt_muitachuva.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" />

Novembro em Goiânia deve ser o mais chuvoso em 43 anos

Meio ambiente

O Popular