O governo de Goiás pretende gastar R$ 26 milhões por ano com as 40 novas coordenações regionais de Educação, que substituirão as 25 subsecretarias extintas em janeiro e outras 15 que ainda funcionam. O valor da nova estrutura, segundo a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), permitirá uma economia de 72% - o gasto sairá de R$ 93,5 milhões anual para R$ 26 milhões.O Estado decidiu voltar atrás na decisão de extinguir as 40 subsecretarias de Educação e enviou um projeto à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) criando 40 coordenações regionais, conforme noticiou o Giro na edição de segunda-feira. O projeto ainda não define as alterações, mas a Seduce explicou que a intenção é deixar a estrutura mais enxuta. Para a economia, o número de servidores cairá de 2.309 para 507.A Seduce afirma que, na prática, as coordenações regionais terão o foco na área pedagógica. Ou seja, as unidades cuidarão apenas da capacitação de professores, coordenadores, observando notas de alunos, fiscalizando se as diretrizes educacionais estão sendo cumpridas, dentre outros pontos.As áreas administrativas e financeiras das escolas, que até então são auxiliadas pelas subsecretarias, serão de competência de uma central em Goiânia. De acordo com a secretária Raquel Teixeira, a central será em uma estrutura fora do prédio da Seduce e ainda está em formação.Na época em que a extinção das subsecretarias foi anunciada, a Seduce afirmou que medida fazia parte de Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás. Em entrevista ontem, Raquel afirmou que o ponto principal continua sendo a redução de gastos, mas disse que o perfil ficou mais técnico.Por meio de assessoria, o governo também pontuou que as regras de austeridades não se sobrepõe à prestação de serviços de qualidade. Conforme assessoria, ao reduzir de 40 para 15 subsecretarias, o governo observou que gerou problema na prestação de serviços. Por isso, o projeto enviado para a Alego “propicia uma estrutura mais enxuta com boa prestação de serviço.”DescontentamentoEm janeiro, decreto publicado no Diário Oficial do Estado um decreto reduziu de 40 para 15 as subsecretarias. Posteriormente, o governo chegou a anunciar a extinção de toda estrutura, mas permaneceu com 15 unidades. Na época, a Coluna Giro noticiou que a manutenção de algumas estruturas gerou descontentamentos de deputados que tiveram unidades fechadas em suas bases eleitorais.Raquel Teixeira explicou que houve uma demanda política na época, mas que na prática também foi observada a necessidade de se manter estruturas interiorizadas. “É preciso ter alguém por perto”, disse. Conforme Raquel, a intenção é manter sistema até ter uma estrutura tecnológica que propicie um acompanhamento a distância.