Cerca de 150 dias depois de iniciada, a construção do corredor de trânsito rápido para ônibus, o BRT (Bus Rapid Transit, da sigla em inglês) está com problemas espalhados em sua extensão, o que prejudica o avanço da obra. O principal deles é a judicialização do processo desde que o promotor de Justiça Marcelo Fernandes de Melo pediu a paralisação da obra solicitando que seja feito estudo ambiental que justificasse a retirada de cerca de 2 mil árvores.A juíza Zilmene Gomide da Silva Manzolli, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, deve citar a Prefeitura nos próximos dias para justificar a defesa no processo e, posteriormente, decidir se acata ou não o pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). O caso tem sido apontado como o problema para ampliar as frentes de serviço do BRT, mas, mesmo antes disso, o consórcio responsável pela obra mantém operários em um local, na Avenida Goiás Norte.O frentista Bonfim Neres Leite, de 38 anos, trabalha em um posto de combustíveis na Avenida Goiás Norte e, mesmo estando no local mais avançado das obras do BRT, duvida que o corredor seja terminado no prazo estimado, até o início de 2017. Para ele, os transtornos no local e os diversos problemas em outros trechos vão fazer com que a construção atrase.A reportagem do POPULAR percorreu, na tarde de ontem, toda a extensão do BRT e, desde a Avenida Rio Verde e até o Setor Recanto do Bosque, e viu que há desconfiança da população. Comerciantes próximos ao Terminal Recanto do Bosque, por exemplo, duvidam que o corredor vai passar do cruzamento com a Avenida Perimetral Norte. A Prefeitura de Goiânia informou que, em respeito ao processo judicial sobre a obra, não vai se manifestar em relação a continuidade do BRT.