Com o mercado de trabalho cada vez mais restrito e poucas oportunidades de emprego, qualquer auxílio que consiga a recolocação do profissional desempregado é bem-vindo. Esse é o papel das agências de emprego. Trabalham como uma via de mão dupla, favorecendo tanto os que buscam uma recolocação no mercado, quanto as empresas que estão à procura de um perfil específico.“Elas são muito importantes para o mercado de trabalho, pois fazem as intermediações entre os indivíduos e as empresas”, afirma a psicóloga e coordenadora do MBA Gestão de Pessoas por Competências Indicadores e Coaching do Instituto de Pós Graduação (Ipog), Cyndia Bressan.Ainda segundo ela, as agências trabalham de forma bem variada. Por um lado, auxiliam o desempregado, com ajuda especializada e ao mesmo tempo mantendo-o disponível no mercado de trabalho. Muitas se dispõem a lecionar cursos profissionalizantes e de certa forma garantem desenvolvimento e capacitação para quem está com dificuldade de conseguir um emprego.Por outro lado, asseguram profissionais capacitados, bem selecionados e que tiveram bons resultados no processo seletivo das empresas agenciadas. “Além disso, a empresa pode exigir mais daquele funcionário, além de ter a garantia da indicação que foi feita”, completa.Com esse intuito de assessorar os dois lados, torna-se muito mais fácil e prático recorrer às agências do que procurar por dias ou meses em anúncios classificados, se submetendo a enormes e intermináveis filas e a todo tipo de comparações com outros perfis.Oportunidade gratuitaTanto para os que buscam uma recolocação no mercado, quanto para quem busca um profissional capacitado, esse serviço é ofertado gratuitamente pelo Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás (Seceg). A entidade foi a pioneira ao disponibilizar agenciamentos de emprego no Estado e atualmente recebe cerca de 2 mil currículos por mês.De acordo com o presidente da Seceg, Eduardo Amorim, o serviço é totalmente gratuito, além de atender as demandas presencialmente e on-line. “Contamos com uma equipe de psicólogos que avaliam o perfil dos candidatos e os encaminham para as vagas específicas das empresas cadastradas em nosso sistema”, completa.Ainda segundo Eduardo, apenas no mês de janeiro a entidade recebeu cerca de 2,3 mil currículos. Desse total 1.020 candidatos foram encaminhados para o processo seletivo e 820 chegaram a ser efetivados, número considerado positivo pelo presidente, uma vez que o mercado tem se tornado cada vez mais competitivo e muitas vezes inacessível.