Mesmo longe de estar pronto, o Estádio Olímpico Pedro Ludovico Teixeira deve voltar, em breve, a ser o principal palco do futebol goiano. Demolido no segundo semestre de 2006, o novo Olímpico deve ser entregue ainda este ano, após várias promessas e atrasos – a previsão inicial era de que o estádio, que começou a ser reconstruído em setembro do ano passado, fosse reinaugurado no primeiro semestre deste ano. Sem uma data específica, o esforço é para que a praça seja entregue até o fim deste ano.O protagonismo do velho Olímpico da Av. Paranaíba se dará por conta da necessidade de modernização do Estádio Serra Dourada. O local, que já esteve entre os principais palcos do futebol brasileiro, ficou para trás com as arenas construídas para a Copa do Mundo e hoje é considerado ultrapassado. A Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), que administra a praça esportiva, já vem trabalhando para a modernização do estádio.O projeto para reforma do Serra é amplo e deve ser feito aos poucos, por conta da falta de um outro local para que os clubes goianienses mandem seus jogos nas séries A e B do Campeonato Brasileiro. “Já estamos iniciando as licitações. Vamos fazer a reforma do Serra Dourada de forma modular, para minimizar os impactos”, comentou o presidente do órgão, Jayme Rincon.Assim, o novo Estádio Olímpico, que terá capacidade para 12 mil torcedores, é peça fundamental no processo de revitalização do Serra Dourada, o que causa preocupação em dirigentes e entusiastas de outras modalidades esportivas, que a intenção seria de ter o Olímpico abrigando competições de diversas modalidades, já que, além do campo de futebol, há a previsão de instalação de uma pista de atletismo.Além disso, o estádio faz parte do complexo que forma o Centro de Excelência do Esporte, que tem ainda o Ginásio Rio Vermelho, o laboratório de capacitação, que servirá de base para formação e estudo de várias modalidades olímpicas e tem previsão para ser entregue até outubro, e o Parque Aquático, que está fechado e deve ser reconstruído a partir do ano que vem.O arquiteto Luiz Fernando Teixeira, um dos autores do projeto de reconstrução do Olímpico, externou sua preocupação, conforme artigo publicada na página 7 desta edição do POPULAR.Sem monopólioDe acordo com o presidente da Agetop, Jayme Rincon, responsável pela administração do complexo esportivo, o monopólio do estádio pelo futebol deve ser evitado. “Tenho uma preocupação com relação a possibilidade de o estádio sofrer um desvio de função, mas acho que isso pode ser resolvido por meio de uma regulamentação de uso do estádio“, explicou Jayme Rincon.O presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), André Pitta, afirma que a entidade não tem interesse de administrar o local, mas sim de utilizá-lo para jogos do Campeonato Goiano e de séries intermediárias do Brasileirão – na Série A, o regulamento determina capacidade mínima de 15 mil pessoas para que um estádio receba jogo.“Não vejo o porquê de a federação assumir o controle de um espaço que pertence a varias modalidades. É preciso buscar uma política de boa vizinhança, em que todos possam usar a praça e que ninguém prejudique ninguém”, relatou o dirigente da FGF.-Imagem (Image_1.617148)