O Serra Dourada recebeu ontem a pré-marcação para diminuição do campo de jogo. A ação faz parte do projeto de padronização das dimensões dos gramados das séries A e B. O gramado do Serra passará a ter 105m de cumprimento por 68m de largura - atualmente é 110m x 75m. As novas medidas já estarão em vigor no Goianão 2016.

Serra Dourada ganha marcações para redução

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O filme é recorde de bilheteria, com mais de 1 milhão de espectadores, e é forte candidato a representar o Brasil no Oscar 2025. A intérprete da protagonista, Fernanda Torres, vem sendo ovacionada internacionalmente e virou fenômeno nas redes sociais. Ainda Estou Aqui (2024), dirigido por Walter Salles e em cartaz nos cinemas, é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva que traça uma narrativa da luta de sua família pela verdade.

“Sempre que tem conteúdo sobre a ditadura militar, busco consumir como tentativa de compreender o que se passou e de estar mais próxima dos meus pais”, conta a jornalista Luisa Dias, 47 anos, que foi ao cinema acompanhada da tia, do marido e de sua mãe, Dagmar Pereira da Silva, 81 anos, que viveu em exílio político.

Dagmar é viúva de Armando Augusto Vargas Dias, que morreu em 2008. “Meu pai foi um dos presos políticos soltos no sequestro do embaixador suíço, citado logo no começo do filme”, conta Luisa. Após a soltura, Armando foi para o Chile, onde conheceu sua mãe, que tinha fugido de um novo mandado de prisão. De lá, seguiram para Bruxelas, na Bélgica, onde tiveram Luisa, em 1977. “A minha família é fruto dessa fase tão violenta e triste do nosso País”, comenta.

Ainda Estou Aqui é uma história real ambientada nos anos 1970, quando o pai de Marcelo Rubens Paiva, o ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), foi preso, torturado e morto - e cujo corpo jamais foi encontrado.

O filme acompanha Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, que em meio ao desaparecimento do marido ainda precisa cuidar de seus cinco filhos. Ela se transforma em uma ativista dos direitos humanos, em busca da verdade sobre o paradeiro de seu marido e enfrentando as consequências da repressão.

“Eunice era uma batalhadora. Sustentar emocionalmente cinco filhos com a falta do seu companheiro e ainda insistindo em sorrir não é para qualquer uma”, comenta Dagmar. “Para mim, a maternidade chegou já no exílio e minha filha nasceu sem pátria. É algo triste não ter uma certidão”, diz ela, que se emocionou em diversas cenas. “Foram coisas que me lembraram da minha prisão em Goiânia durante a ditadura”, conta. “Poder ouvir a voz da Eunice Paiva no cinema é poder ouvir a voz dos meus. E eles estão nos lembrando que não podemos nos esquecer jamais do que aconteceu no Brasil durante a ditadura militar”, completa Luisa.

Sem respostas

Marcos Antônio Dias Baptista é considerado o desaparecido político mais jovem da ditadura militar. Ele, um estudante do Lyceu de Goiânia, tinha apenas 15 anos de idade quando sumiu em maio de 1970. Ainda hoje, mais de 50 anos depois, não existem dados oficiais de sua morte, como data, local e motivo.

“Minha mãe, Maria de Campos Baptista, tentou elucidar a morte do meu irmão e compareceu a uma audiência em Brasília em 15 de fevereiro de 2006 com o vice-presidente da República e ministro da Defesa, José de Alencar, o chefe das Forças Armadas, além do ministro dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, depois de uma decisão judicial da Justiça Federal para explicar o que aconteceu”, conta o jornalista e sociólogo Renato Dias, 57 anos.

Após sair da audiência, Maria de Campos Baptista morreu, aos 78 anos, em um acidente na estrada. “Minha família foi duramente atingida pela ditadura. Vejo muitas relações da nossa história com a de Ainda Estou Aqui”, comenta. Ele foi ao cinema já conhecendo a fundo a narrativa: leu o livro homônimo e Não És Tu, Brasil, ambos de Marcelo Rubens Paiva, assim como Segredo de Estado, de Jason Tércio, que também conta o caso de Rubens Paiva.

Na obra, o autor relata que a mãe, Eunice Paiva, ia a escolas católicas tentar bolsas de estudo para os cinco filhos, algo que a mãe de Renato também fez à época. “Há também a semelhança em relação à ausência do luto. A figura do desaparecido político cria uma situação inusitada. Como não tem corpo, não há funeral, não existe enterro, não há elaboração do luto”, comenta. “O trauma, então, persiste, e ele se manifesta de muitas formas. Sou refém da depressão desde os 12 anos de idade”, diz. “O filme retrata esse período muito bem e é, mais do que nunca, atual.”

Gerações

Há alguns dias, a família de Euler Ivo, ex-vereador de Goiânia, foi assistir a Ainda Estou Aqui. “Isaura, Maira e os netos foram ver o filme. Maira chorou muito, ficaram todos impactados. Minha neta Nina, de 17 anos, disse que quer voltar para assistir novamente, dessa vez com os amigos jovens”, conta. Ele, no entanto, optou por não ir por receio das cenas de tortura, que o lembrariam do que viveu durante a ditadura militar ao lado da mulher, a ex-deputada estadual em Goiás Isaura Lemos.

 
O comentário de sua neta adolescente deu o veredito do que a repercussão da obra representa para ele: é um filme necessário e oportuno. “É preciso dizer às gerações atuais a verdade, o que aconteceu de fato durante a ditadura. Minha neta dizer que quer voltar e assistir novamente ao lado dos amigos é ótimo, porque sempre contei para eles, os jovens, o que aconteceu. Foram mais de 50 anos lutando, sendo 12 anos deles na clandestinidade, perseguido. É preciso divulgar isso, é uma necessidade”, diz.

 
Ele aponta que apesar de hoje existir um governo democrático, a ameaça de golpe segue. “O caso do Rubens Paiva. Assassinaram ele por que? Porque era um patriota e defendia o País. Essas forças que atuam contra a democracia continuam intactas ainda hoje”, diz. “O filme ajuda a levar nossa história para a comunidade, especialmente às novas gerações que não viveram isso”, finaliza.

 
Destaque mundial

- Em apenas 11 dias em cartaz no Brasil, Ainda Estou Aqui atingiu a marca de mais de 1 milhão de espectadores e &nbsp;já é a maior bilheteria nacional de 2024;

 
- O longa entrou oficialmente para a lista de filmes elegíveis ao Oscar 2025, que terá divulgação oficial dos concorrentes em 17 de janeiro;

- Sua primeira exibição foi no 81º Festival de Veneza, onde ganhou o prêmio de Melhor Roteiro;

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- O filme levou prêmios também no Viff Audience Awards, Critics Choice Association e Festival de Mill Valley.

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Sucesso de 'Ainda Estou Aqui' joga luz sobre histórias de famílias afetadas pela ditadura militar

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Direito à memória

Após a recomendação de torcida única em Atlético-GO x Palmeiras feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) e a declaração do presidente rubro-negro Adson Batista de que o jogo terá torcida visitante, o promotor de Justiça Sandro Henrique Silva Halfeld Barros afirmou que a entidade não obrigará o clube goiano a acatar a decisão.&nbsp;A partida será no próximo sábado (23), no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia, às 19h30, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“É possível fazer (uma medida judicial), mas eu entendo que os clubes já estão avisados. Seria possível, em tese, o Ministério Público entrar com uma ação para ter apenas uma torcida. Na verdade, eu acho que os clubes têm de assumir as suas responsabilidades. O Ministério Público avisou, a polícia avisou. A recomendação não tem caráter de obrigação. Os clubes fazem a análise do custo-benefício, mas já estão cientes do risco”, disse Sandro ao POPULAR.

De acordo com o promotor, a obrigação de manter a segurança é dos clubes e Atlético-GO e Federação Goiana de Futebol (FGF) sabem do risco de confronto entre torcidas. Sandro Halfeld explica que não poderão eventualmente alegar desconhecimento. A partir disso, haverá responsabilização das partes.

“Tenho certeza de que eles vão tomar mais medidas de segurança. Acaba que isso onera a nossa polícia, que vai reforçar o policiamento, mas não podem falar depois que não sabiam do risco. A recomendação tem como grande vantagem para o MPGO posteriormente, caso o risco se materialize. O risco existe, foi documentado, avisado, e os responsáveis pelo evento podem fazer a análise se compensa ou não abrir mão do evento em razão do risco”, completou o promotor.

Leia também

+&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/esporte/tecnico-do-atletico-go-lamenta-erros-contra-furac-o-n-o-fomos-eficientes-1.3201695">Técnico do Atlético-GO lamenta erros contra Furacão: "Não fomos eficientes"</a>

Advogado do Atlético-GO, Marcos Egídio afirmou que o clube recebeu a recomendação do MPGO na última terça-feira (19), um dia depois das vendas de ingressos terem sido abertas, e que quase todos os bilhetes já tinham sido comercializados àquela altura.

“O Atlético-GO tem a obrigação primeira de cumprir o regulamento da competição, que é a disponibilização de 10% mínimo para o torcedor adversário, sob pena de sermos punidos pela Justiça Desportiva. Por fim, confiamos em nossa Segurança Pública para que nenhum incidente venha a acontecer em Goiânia”, afirmou.

Segundo o advogado, o comando da polícia trabalha com a demanda necessária de contingência conforme o evento e, nesse caso, certamente será maior. Além disso, o Atlético-GO cuidará do reforço de segurança dentro do Estádio Antônio Accioly.

“Na verdade, o risco não é dentro do estádio, é para a sociedade como um todo. A gente não sabe onde vai ser o ataque, a revanche. Pode ser que não ocorra nem em Goiás, pode ser que ocorra lá no Triângulo Mineiro, em São Paulo, a gente não sabe onde vai ser o ataque. Mas já avisamos que a chance é grande de um revide (em Goiânia)”, pontuou o promotor Sandro Halfeld.

Entenda o caso

O MPGO recomendou à CBF que o jogo entre Atlético-GO e Palmeiras, pela 35ª rodada do Brasileirão, no próximo sábado (23), às 19h30, no Antônio Accioly, tenha torcida única devido à possibilidade de confronto entre torcidas.

A recomendação de torcida única leva em conta o contexto recente de violência entre a torcida organizada Mancha Verde, do Palmeiras, e a Máfia Azul, do Cruzeiro.

Segundo a justificativa do MPGO, a Máfia Azul é aliada da Torcida Dragões Atleticanos, do Atlético-GO. No entendimento do órgão, isso traz um "altíssimo risco de confronto" por causa da rivalidade e também pela estrutura física do Antônio Accioly, que, segundo a entidade, não possui vias de acesso exclusivo e seguro para a torcida visitante.

O contexto de violência entre as torcidas organizadas de Palmeiras e Cruzeiro ocorreu no dia 27 de outubro, quando uma emboscada de palmeirenses contra cruzeirenses envolveu cerca de 150 pessoas e deixou uma pessoa morta e outras 17 feridas, em Mairiporã (SP).

MPGO não vai impedir torcida visitante em Atlético-GO x Palmeiras: "Clubes têm de assumir a responsabilidade"

Risco

VÍDEO NO YOUTUBE ESCRAVOS

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Que atire o primeiro dicionário quem nunca ouviu algum quiproquó sobre essas palavras. De fato, é um assunto muito sensível e que tem grande relevância para o respeito que nós, brasileiros, temos que ter com os nossos ancestrais africanos, que construíram esse país.

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Usar o termo escravo ou optar pela palavra escravizado faz completa diferença no efeito de sentido na comunicação.

Explico:

A palavra escravo funciona como substantivo ou como adjetivo e possui o sentido de “pessoa, privada da liberdade; que está submetida à vontade absoluta de um senhor, a quem pertence como propriedade”. O termo escravo é ligado a um estado de permanência e de reificação (transformação de alguém em objeto).

É importante lembrar que esse termo - embora se tenha notabilizado em razão do tráfico de seres humanos africanos pelos portugueses – tem origem no latim medieval slavo e refere-se ao nome que se dava à família de povos eslavos, que eram escravizados pelos povos germanos e bizantinos, na Europa central.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/honorarios-1.3194328" target="_blank">Honorários</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/os-estados-unidos-e-ou-s-o-1.3196685" target="_blank">Os Estados Unidos é ou são?</a></div>

Já a palavra escravizado funciona como particípio do verbo escravizar e significa “pessoa que sofreu escravidão”. Note que essa palavra não indica um ser ou uma característica, mas um estado social passageiro, em razão de relações de poder de um povo sobre o outro.

Uma curiosidade: grandes intelectuais como Joaquim Nabuco já usavam, no século XIX, a palavra escravizado, em vez de escravo.

Leia a passagem abaixo da obra O Abolicionismo, escrita por Nabuco, para comprovar o que citei acima:

“Quando a própria lei, como se verá exposto com toda a minudência, não basta para garantir, à metade, pelo menos, dos indivíduos ESCRAVIZADOS, a liberdade que decretou a para eles (...)”

Por questão gramatical e, também, por uma moral, ligada a respeito humanitário, prefira ESCRAVIZADO a ESCRAVO.

Até a próxima

Fraterno abraço

Professor Carlos André

Escravo ou escravizado?

PORTUGUÊS EXPRESSO

Fui incluída em mais um grupo no WhatsApp. Zero novidade nesse clima de fim de mundo. Suspeito de que, se houver uma explosão nuclear, não sobreviverão as baratas, mas os grupos. Inútil tentar exterminá-los. Dê uma chinelada em um e segundos depois surgem dez.Ele seria só mais um entre zilhões, não fosse o nome: Arca de Noé. Esperei para ver do que se tratava, antes de sair à francesa. Mas o que me manteve foi a curiosidade de saber que bicho sou eu para ser incluída nessa Arca de Noé, se realmente era de Noé, pois surgiram especulações se não seria na verdade a Arca de Noel.Mil bons dias, boas tardes e boas noites depois, já se cogitava de tudo. Quem seria esse tal Noé? Alguém indagou se não seria um sujeito lá de Goiatuba. Ou um cabra de longas barbas brancas, com manchas cinzentas – fumava muito – e que passou a usar bengala, segundo ele, para ficar igual ao xará bíblico, embora não haja nas sagradas escrituras registro de bengala.Não faltou quem esclarecesse os ateus, condenados ao fogo eterno da descrença e da ignorância, que se tratava de história bíblica. E ainda quem rogasse aos céus para que a Arca não fosse um Titanic.Aguardei até segunda ordem de embarque, embora não tenha condição de integrar mais nenhum. Passo dia e noite acompanhando as postagens dos 300 nos quais me incluíram e de que não pude evadir, sob o risco de ganhar mais uns 3 mil desafetos. As pessoas andam tão sensíveis, que sair resulta em grande ofensa. Do grupo de amigos, fim da amizade; de família, deserdamentos; de trabalho, demissão por justa causa.Levei em conta as boas intenções do criador. Quem nunca criou, que atire a primeira figurinha. Uma vez criei, para reunir velhos amigos, todos saíram e só restei eu... cri cri cri, estridulando como um grilo. Se bem que a maioria só serve pra isso: falar sozinho.Foco inexiste. Posta-se de tudo, saudações fofas, vídeos motivacionais, menos sobre o tema. Uma compulsão acomete os membros assim que ingressam.Quando me mudei, criei um grupo para comunicar o número novo. Não sabia de outras formas de fazer isso. Assim que me dei conta da burrada, saí correndo e deixei o povo enfurecido lá. Talvez até hoje exista e sirva para falar mal da Cássia.Ora, não se dê tanta importância! Um grupo exclusivo para falar mal de você!? Já vi. Alguém arruma treta e logo se criam dissidentes para descer a lenha nele, onde ele não está, naturalmente.Nas duas últimas eleições presidenciais foi o que mais se viu. Existem alguns tão cabeludos, que só um meteoro ou a Polícia Federal na causa. De vez em quando o conteúdo de um deles vaza.Enquanto aguardava pra saber que bicho era eu, compartilhei minha angústia. Os amigos, sagazes, levantaram hipóteses. Que eu seria um bicho-grilo – concordei –, pois nasci nos anos 1970, baby boom de bichos-grilos no mundo. Que eu seria a responsável por manter os vegetarianos e carnívoros separados na hora do almoço, pomba da paz, missão perigosa. Talvez a encarregada de escrever o diário de bordo, versão da pomba de Noé ou quem sabe uma papagaia.Pareciam certos de que era Arca de Noé, não Noel, embora eu discordasse, pois no Natal, parece que o mundo vai acabar em compras, o povo doido comprando tudo e metendo ali dentro, tipo um bunker. Cogitaram que fosse um Tinder do fim do mundo; ou fila de espera para entrar na embarcação, com show do Roberto Carlos e espaço pet; ou o Arca de Noé, antigo acampamento no Rio Araguaia, que reunia a mais louca fauna humana.Teve quem contestasse que eu, diaba-da-Tasmânia, não seria aceita na Arca Santa. E quem me aconselhasse a embarcar logo por causa da chuvarada desses dias em Goiânia.Ainda estou nele, embora sem saber qual bicho sou eu e receosa de quem seja meu par. Ao menos já se revelou sua finalidade, nada conspiratória. É antes para nos salvar do dilúvio de notícias falsas e desinformação. Não se chama Copa 2022 ou algo do gênero Ufa! Ainda bem. Estou salva.