A artista plástica Bia Doria expõe seu trabalho, Redesenhando a natureza – esculturas e relevos, a partir de segunda-feira (21), às 20 horas, no Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC), no Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON). Pela manhã, às 9 horas, Bia Doria participa juntamente com artistas goianos de um plantio de árvores. A exposição fica em cartaz até 8 de novembro no MAC/Goiás, que fica na Av. Jamel Cecílio, nº 4.490, saída para Bela Vista.A obra Com montagem especial, a exposição conta com uma grande instalação e foi dividida em quatro módulos de ocupação. Integram a exposição 50 obras, entre esculturas de grande porte e relevos de parede. Se destaca a série “Bailarinas da Natureza”, esculturas feitas a partir de galhos de árvores, que insinuam braços contorcidos, como se fossem bailarinas. &nbsp;Suas esculturas exalam vivacidade. Feitas a partir de árvores resgatadas, simbolizam a vida, chamando a atenção para a sustentabilidade e para a formação de uma consciência ambiental.Bia Doria A artista plástica Bia Doria nasceu em Pinhalzinho, Santa Catarina. Tem na natureza a matéria-prima e o motivo de seu trabalho. Suas peças são identificadas por suas obras feitas a partir de resíduos de floresta de manejo, produtos sustentáveis e árvores nativas resgatadas em queimadas, desmatamentos, fundo de rios, barragens, entre outros. Bia se autodenomina uma representante da arte contemporânea sustentável. Radicada em São Paulo desde 1980, a artista mantém seu ateliê na capital paulista.As informações são do Goiás Agora

MAC recebe exposição da artista plástica Bia Doria

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Matéria - Magazine

O pecuarista consultor em Agronegócio Ronaty Makuko diz que o <a href="https://opopular.com.br/economia/preco-da-carne-dispara-nos-acougues-e-tende-a-subir-mais-1.3200032" target="_blank">momento é muito positivo para o pecuarista, que vem de margens negativas em 2023</a> e no primeiro semestre de 2024. Segundo ele, a arroba desvalorizada também fez com que as exportações ganhassem ainda mais força. “Hoje, consumimos 69% a 70% de nossa carne no mercado doméstico e 30% vão para exportação”, informa.

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Para Makuko, a valorização atual da arroba é consequência de um aumento da demanda, junto com uma oferta menor de animais, pois muitos pecuaristas e confinadores fecharam ou até saíram da atividade por conta da baixa remuneração e falta de estímulo para produção nos últimos anos.

Com isso, o preço da arroba subiu mais de R$ 110 neste ano. Algumas praças tiveram uma valorização até maior. “O atacado está na máxima histórica observada. Por isso, acreditamos que os preços devem continuar firmes no atacado e varejo até o final de 2024 e os primeiros dois meses de 2025. Hoje, há uma oferta menor de animais prontos para o abate e de carne no mercado”, explica.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/preco-da-carne-dispara-nos-acougues-e-tende-a-subir-mais-1.3200032" target="_blank">Preço da carne dispara nos açougues e tende a subir mais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/evento-de-inovac-o-e-cooperativismo-debate-inteligencia-artificial-e-empreendedorismo-1.3199324" target="_blank">Evento de inovação e cooperativismo debate inteligência artificial e empreendedorismo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/goias-cai-duas-posic-es-no-ranking-de-seguranca-1.3199638" target="_blank">Goiás cai duas posições no ranking de segurança</a></div>

Mesmo com a maior valorização histórica num curto espaço de tempo, alguns analistas e pecuaristas não gostam de falar em altas, mas sim numa recuperação das quedas ocorridas nos anos de 2022 e 2023. “Quando se olha outras matérias-primas, os suínos também estão com preços em alta, na máxima dos últimos dois anos, assim como os frangos. Essa não é uma realidade só para a pecuária. Por isso, nesta reta final de ano, nosso churrasco de Natal será com preços maiores que nos dois últimos anos”, alerta.

O também consultor em Agronegócio Enio Fernandes, da Terra Agronegócios, acredita que este preço mais elevado deve se manter, pelo menos, até o final deste ano. “Estamos numa época do ano em que a demanda por proteína animal cresce bastante”, destaca. Ele lembra que a estiagem também foi muito forte, com um período de seca prolongado, com mais de 165 dias sem chuva, o que afetou muito as pastagens.

Além disso, as margens para os pecuaristas há alguns meses estavam muito ruins, o que levou a um grande abate de fêmeas. “Agora, temos menos animais novos chegando, as pastagens foram afetadas e a demanda em crescimento”, completa o consultor. O problema é que a capacidade do mercado de repor este gado gordo está comprometida. “Então, até o final do ano, teremos preços de carnes sustentados sim, inclusive até com novas altas”, prevê Fernandes.

Valorização da arroba segue no início de 2025

Economia

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Pecuária

Nomes cotados para o secretariado de Mabel

Pelo menos sete nomes da equipe de transição do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), devem assumir cargos no primeiro escalão do Paço Municipal. O futuro gestor afirmou na noite de quinta-feira (14) que só vai anunciar o secretariado em dezembro, mas os sinais em reuniões internas apontam para satisfação com o trabalho de alguns dos auxiliares, já tidos como certos na administração.

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Até agora, Mabel <a href="https://opopular.com.br/politica/futuro-secretario-indica-que-aperto-dura-4-anos-1.3198157" target="_blank">anunciou apenas o futuro secretário de Finanças, Valdivino Oliveira</a> (MDB), que também integra a comissão de transição. Ao indicar os nomes para o grupo, no final de outubro, Mabel havia dito que a participação não significava compromisso para a composição da equipe. No entanto, no dia a dia dos trabalhos, parte dos integrantes cresce na bolsa de apostas para a formação do secretariado.

A previsão de anunciar em dezembro tem a ver principalmente com o fato de Mabel ainda não ter formatado a reforma administrativa, que definirá a nova estrutura de pastas na gestão. Nas reuniões, Mabel tem sinalizado intenção de ter entre 10 e 14 secretarias.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/dois-dos-vetos-de-cruz-ao-refis-s-o-derrubados-em-plenario-1.3199647" target="_blank">Dois dos vetos de Cruz ao Refis são derrubados em plenário</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/os-primeiros-sinais-de-mabel-1.3199496" target="_blank">Os primeiros sinais de Mabel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-deve-desengavetar-criac-o-da-taxa-do-lixo-1.3199150" target="_blank">Mabel deve desengavetar criação da taxa do lixo</a></div>

Atualmente a administração tem 17 secretarias, mais 3 extraordinárias, além de 12 pastas consideradas de primeiro escalão, com estatais, agências e outros órgãos.

A equipe de transição do prefeito eleito soma 19 nomes - além do próprio -, indicados aos poucos e com publicação em quatro decretos.

Amigo de longa data de Mabel, o engenheiro Francisco Elísio Lacerda é considerado nome certo para a Infraestrutura. Ele foi diretor da Valec Engenharia, estatal federal, em indicação com a participação do futuro prefeito, à época deputado federal. Francisco também ocupou a Secretaria Municipal de Obras de Anápolis na primeira gestão do prefeito Roberto Naves (Republicanos), também por sugestão de Mabel.

Outra nomeação praticamente fechada é de Giselle Pereira Campos Faria, hoje superintendente de Educação Infantil e do Ensino Fundamental da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), para a pasta do município.

Oficializado como integrante da transição no último dia 11, o advogado Wandir Allan provavelmente será o procurador-geral do Município. Ele foi nomeado para o grupo junto com o também advogado Dyogo Crosara, de quem partiu a sugestão para a PGM.

O ex-presidente da Câmara de Goiânia, Andrey Azeredo (MDB), que também atuou na coordenação da campanha de Mabel, tem vaga garantida no secretariado, embora as apostas variem entre Mobilidade e Governo. O ex-vereador já comandou as Secretarias de Trânsito e da Casa Civil, e tem cuidado da área de mobilidade neste período da transição.

O nome da ex-candidata a prefeita de Anápolis Eerizania de Freitas (UB) também ganhou força esta semana, com apostas de que pode assumir o comando da área social, que deve ter também forte atuação da futura primeira-dama do município, Karolyna de Freitas. A previsão é que a atual Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social receba a junção de outras pastas em meio ao enxugamento avaliado.

Depois da derrota no 1º turno, Eerizania, que teve apoio do governador Ronaldo Caiado (UB) e do prefeito Roberto Naves, voltou ao cargo de secretária em Anápolis.

O médico Luiz Gaspar Machado Pellizzer, que teve atuação em unidades do município e do Estado, está cotado para a Secretaria de Saúde, embora também haja avaliação de outras opções.

Ex-secretária de Planejamento e de Finanças na gestão de Iris Rezende (MDB), Zilma Percussor Campos Peixoto, que foi nomeada para a transição no dia 8, também tem prestígio junto a Mabel e é cotada para uma pasta, ainda sem definição.

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Alguns dos demais nomes também entram em apostas internas. Entretanto, por já ocuparem cargos no governo estadual ou por alegações de questões pessoais, são menos cotados para ocupar o primeiro escalão do Paço na futura gestão.

Coordenador da campanha e da equipe que prepara os primeiros passos da administração, Paulo Ortegal, que foi braço-direito de Iris Rezende, seria um nome certo na Prefeitura, mas tem demonstrado interesse em permanecer no governo estadual, onde é assessor especial da Governadoria e conselheiro da Saneago.

Também atuante na campanha e na elaboração do plano de governo de Mabel, o ex-deputado federal Francisco Júnior (PSD) tem preferência por permanecer à frente da Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego), mas seu nome não está descartado para o Paço. Nos bastidores, há articulações para abrir o espaço na Codego para outra liderança aliada do governo.

Os outros integrantes da transição de Mabel são o presidente da Câmara, Romário Policarpo (PRD), que deve ser reeleito no cargo; a vice-prefeita eleita Cláudia Lira (Avante); o presidente do União Brasil em Goiânia, Marcos Roberto Silva, que é vice-presidente da estatal CelgPar; o ex-deputado Euler Moraes (MDB), assessor do gabinete do vice-governador Daniel Vilela (MDB); o ex-secretário municipal Jairo da Cunha Bastos; Marcelo Caixeta, da área de tecnologia da informação; a diretora Legislativa da Câmara, Gabriela Machado Silveira Tejota; e Sayonara de Castro Brotherhood, consultora da Federação das Indústrias de Goiás (da qual Mabel é presidente) e que atua na área de recursos humanos.

<h2>Técnicos</h2>

Na noite de quinta, Mabel reafirmou a intenção de ocupar a maioria das pastas por critérios técnicos. “Estamos conhecendo os programas que vamos levar adiante e estudando as dificuldades de cada pasta. Isso vai nos mostrar quem vamos colocar lá. Não serão só indicações políticas, serão principalmente técnicas. Temos problemas muito sérios em Goiânia e precisaremos tomar providências importantes para melhorar a cidade e vou precisar de pessoas com experiência e competência em cada área”, disse, em entrevista coletiva.

Apesar de destacar a busca por técnicos, também há conversas para espaços políticos na gestão, mas elas devem ser adiadas até a definição da eleição da mesa diretora da Câmara de Goiânia e de novas acomodações no governo estadual pós-eleições municipais.

Ao menos sete da transição de Mabel devem assumir pastas

Política

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Prefeitura de Goiânia

Em 2002, o então prefeito de Goiânia Pedro Wilson (PT) organizou um encontro num hotel em Brasília entre o candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Henrique Meirelles, que àquela época havia acabado de deixar a presidência do Banco de Boston, instituição financeira onde trabalhou por quase 30 anos. Morando nos Estados Unidos, Meirelles queria voltar ao Brasil pela via política.

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“Acho que você deve entrar no PSDB”, aconselhou Lula. Ao que Pedro Wilson se sobressaltou: “Mas Lula, o que é isso? Você o está aconselhando a entrar no partido adversário?”. Então Lula explicou que as ideias de Meirelles estavam “mais em linha” com os ideários tucanos. E a sugestão do petista prosperou.

O episódio é descrito pelo próprio Meirelles no livro de memórias “Calma sob pressão: o que aprendi comandando o Banco de Boston, o Banco Central e o ministério da Fazenda” (Editora Planeta), que será lançado em Goiânia na terça-feira (19), no Sicoob UniCentro do Setor Marista.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/troca-de-ataques-marca-reta-final-de-disputa-na-oab-go-1.3200009" target="_blank">Troca de ataques marca reta final de disputa na OAB-GO</a> 
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Antes de fechar o acerto de filiação com o PSDB, Meirelles ainda titubeou com a possibilidade de filiar-se ao PFL. Uma ligação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), porém, convenceu da ideia soprada inicialmente por Lula de que o partido dos tucanos seria mesmo a melhor opção.

Naquele ano, o anapolino Meirelles saiu candidato a deputado federal por Goiás pelo PSDB. A campanha fora um acontecimento, logrando a ele a maior votação da história de Goiás para o Legislativo federal até então. Uma estreia política nada mal para quem havia passado boa parte da carreira profissional sobretudo em cargos executivos no setor privado.

Mas o estopim eleitoral não durou muito tempo. Antes mesmo de assumir sua cadeira na Câmara dos Deputados, Meirelles foi a Washington e a Nova York, a pedido do governador reeleito de então, Marconi Perillo (PSDB), para ajudar o governo de Goiás a atrair empréstimos do Banco Mundial para o estado. Em meio ao périplo em Nova York, o telefone tocou. Era Aloizio Mercadante, que o convidava para uma conversa com Lula, que fora eleito presidente em outubro, em Washington. “Era óbvio que aquele convite não era para tomar chá”, conta Meirelles.

E não era. Às voltas na montagem da equipe que desembarcaria com ele na Esplanada dos Ministérios no ano seguinte, Lula fez o convite para que Meirelles fosse presidente do Banco Central. A cena era: o Brasil tinha reservas internacionais de 38 bilhões de dólares, um acordo assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para ter acesso a um empréstimo de 30 bilhões de dólares, e a inflação que rodava em mais de 12% ao ano naquela época. Meirelles aceitou o convite com a condição de total independência.

Segundo relata no livro, Lula reagiu questionando sobre a tal independência, mas o futuro chefe do BC respondeu citando exemplos internacionais de bancos centrais independentes e, por essa razão, seguros no trabalhar da principal meta: controlar a inflação sem influências políticas externas. O petista concordou. Meirelles viu como “pragmático” o gesto do futuro presidente.

Apesar de ter sido eleito com 183 mil votos para deputado federal, Meirelles renunciou ao cargo cerca de dois meses após a eleição e desfiliou-se do PSDB antes mesmo da posse para assumir a presidência do Banco Central. Na primeira medida à frente da autarquia federal, o goiano levou o Comitê de Política Monetária (Copom) a elevar os juros, razão pela qual foi duramente criticado e pressionado internamente, o que chamou de “fogo amigo”.

***

Tanto na relação política com Lula quanto, anos depois, como ministro da Fazenda do presidente Michel Temer (MDB), Meirelles, hoje com 79 anos, afirma em entrevista ao POPULAR que seu grande trunfo foi sempre saber se dedicar com eficiência ao cargo específico que tinha e exercê-lo bem.

“Por exemplo, no BC, eu trabalhei bem e consegui baixar a inflação, conseguimos acumular reservas, e tudo isso levou a um crescimento maior do Brasil. O próprio Lula diz que foi uma parceria de sucesso. Com o Temer, me dediquei também e o produto brasileiro subiu”, observa.

“Calma sob pressão”, inclusive, é prefaciado por Lula e Temer. Olhando no retrovisor, o petista afirma que sua admiração por Meirelles não se limita aos números positivos da economia, mas também “à lealdade dele ao nosso projeto de crescimento econômico com inclusão social”, mencionando ainda a renúncia ao mandato de deputado federal para assumir a presidência do BC em um momento em que “o recém-eleito governo do PT provocava um temor infundado no setor financeiro”. Para Lula, a relação com Meirelles mostrou que “um petista e um tucano podem deixar de lado as divergências e trabalhar pelo bem do Brasil”.

Temer, por sua vez, afirma que por causa da monta da credibilidade de Meirelles, enquanto presidente não o deixava apenas na área econômica. “Pedia a ele para renegociar a reforma da previdência e outros temas. Pedia a ele para ir ao presidente da Câmara, do Senado, reunir-se com deputados e senadores porque tínhamos temas complicados”, diz o emedebista. Durante o governo Temer, Meirelles foi o responsável por propor o teto de gastos, uma medida duramente criticada pelo PT e substituída no primeiro ano do governo Lula 3 pelo arcabouço fiscal.

Meirelles vê dificuldades em reduzir os juros do país com a atual situação econômica, em que projeções indicam ritmo de aumento da taxa de juros, podendo chegar a 14%, e uma expectativa pelo corte de gastos que não se consolida. “O Banco Central, para controlar a inflação, ele tem que realmente manter os juros em patamar adequado. Isso vai depender muito da política fiscal, como o próprio presidente do BC já mencionou. Possível é baixar os juros”, diz.

“Quando eu entrei no BC, a taxa de juros, a Selic, estava a 25%, muito maior do que hoje. Entreguei ela a um dígito. A queda de juros é puxada pelas projeções de inflação. Hoje o mais importante seria o plano de corte de gastos que o ministro Fernando Haddad e a ministra Simone Tebet estão se referindo.”

Na autobiografia, Meirelles comenta em uma passagem emblemática que as políticas monetária e fiscal tiveram um bom desempenho no primeiro mandato do presidente Lula. O ex-presidente do BC revela também que em 2007 Lula ligou para ele pedindo a redução dos juros. “Meirelles, olha, eu nunca te pedi nada”, disse o petista. “É verdade”, respondeu Meirelles. “Pois hoje eu vou te pedir. Vou te pedir, então, que corte os juros para o Brasil crescer, porque senão nós não vamos crescer os 5% da nossa meta”, pediu Lula. E Meirelles respondeu: “Olha, presidente, fique tranquilo que nós vamos fazer o melhor para o Brasil.”

***

O livro é coalhado de histórias pessoais e dos bastidores do Poder, todas narradas em primeira pessoa. Falando sobre Goiás, o ex-ministro da Fazenda repassa os anos de infância e juventude antes de sua mudança para São Paulo em 1965. Meirelles nasceu em Anápolis em 1945 graças a um personagem inesperado: um serial killer condenado por 21 assassinatos. O pai de Meirelles, então diretor da Penitenciária do Estado e secretário de Segurança Pública, havia assumido a responsabilidade pela liberdade condicional de José Lourenço, o “matador” da época.

Após ganhar uma nova chance, Lourenço tornou-se motorista da família Meirelles e foi peça-chave para que o parto dele ocorresse conforme o desejo da mãe, que insistia que ele nascesse em Anápolis e não em Goiânia. Em meio ao racionamento de combustível, Lourenço revelou que havia estocado gasolina no quintal, garantindo o transporte para o hospital.

A convivência entre Lourenço e a família Meirelles foi marcada pela confiança após o episódio. Anos depois, Meirelles, ainda jovem, confrontou o Lourenço sobre os crimes. “É verdade que você matou 21 pessoas?”, perguntou. Ele admitiu e explicou que perdia o controle em momentos de provocação, mas garantiu que nunca mais teve esses episódios após a ajuda do pai de Meirelles.

***

Nas memórias, Meirelles conta que em 2001, morando em Nova York, o Banco de Boston, instituição financeira que presidia, patrocinou um espetáculo no Lincoln Center com os Três Tenores. Anfitrião da festa, Meirelles vestia um smoking e cumprimentava as pessoas na saída quando recebeu um tapa nas costas que o fez lembrar de sua adolescência em Goiás. Quando se virou, viu um homem alto de cabelo laranja.

“Welcome to New York, Henrique (bem-vindo a Nova York, Henrique)”, disse o homem. Era o empresário Donald Trump. Meirelles afirma que a companhia de construção do futuro presidente dos EUA era cliente do Boston, mas sempre tivera problemas com crédito e dificuldades em pagar.

Meirelles se autodescreve como o “filho de Goiás que virou cidadão do mundo”: “É uma parte muito importante da minha biografia.”

Henrique Meirelles conta bastidores do poder em livro de memórias

Lançamento em Goiânia

Manifestações de apoio ao fim da escala 6x1, de seis dias de trabalho para um de folga, ocorreram em capitais de todas as regiões do país nesta sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, mas tiveram baixo comparecimento, apesar de o assunto ser um dos mais comentados em redes sociais.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Na Região Metropolitana de Goiânia, os organizadores estimam que cerca de 350 manifestantes compareceram ao ato que começou por volta das 14 horas em frente ao Buriti Shopping e seguiu até o Terminal Cruzeiro do Sul. Os participantes exibiam cartazes com frases como: Escala 6x1 é desumana; A gente não quer só trabalhar, a gente quer diversão, arte, cultura e lazer; Mais tempo em família; Fim da jornada 6X1. O vereador Fabrício Rosa (PT) compareceu e fez discurso.

As manifestações foram convocadas pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), autora da PEC (proposta de emenda à Constituição) que prevê redução da jornada de 44 horas semanais para 36, e pelo movimento VAT (Vida Além do Trabalho).

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/zacharias-calil-assina-pec-apos-admitir-press-o-1.3199159" target="_blank">Zacharias Calil assina PEC, após admitir pressão</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/maioria-da-bancada-goiana-e-contra-o-fim-da-jornada-6x1-1.3198668" target="_blank">Maioria da bancada goiana é contra o fim da jornada 6x1</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/carga-de-trabalho-no-brasil-e-maior-que-no-jap-o-na-coreia-do-sul-e-nos-estados-unidos-1.3198423" target="_blank">Carga de trabalho no Brasil é maior que no Japão, na Coreia do Sul e nos Estados Unidos</a></div>

Em várias capitais, os ativistas compararam a jornada de 44 horas à escravidão e, em diversos momentos, entoaram cantos em xingamento a expoentes da direita e da esquerda.

Mas para Erika Hilton, a pauta une esquerda e direita. “Essa não é discussão de campo ideológico, mas de país. Tem unido a direta, o centro e a esquerda”, afirmou na Câmara dos Deputados na quarta, ao lado de outros coautores da proposta.

A proposta já ultrapassou as 171 assinaturas necessárias para ser debatida no Congresso Nacional, mas ainda precisa ser protocolada para avançar entre os parlamentares.

O debate que ganhou força nas redes sociais e no mundo político nesta semana começou com um desabafo de Rick Azevedo, eleito vereador pelo PSOL no Rio de Janeiro no último pleito e fundador do movimento VAT.

Ele trabalhava no balcão de uma farmácia no ano passado quando gravou um vídeo que viralizou na rede social TikTok. A então chefe havia ligado em seu dia de folga para pedir que ele começasse a trabalhar mais cedo na manhã seguinte.

“Isso [a jornada de 44 horas] tira do trabalhador o direito de passar tempo com sua família, de cuidar de si, de se divertir, de procurar outro emprego ou até mesmo se qualificar para um emprego melhor. A escala 6x1 é uma prisão, e é incompatível com a dignidade do trabalhador”, disse.

No Rio de Janeiro, em ato em frente à Cinelândia, Azevedo disse que os protestos pelo fim da escala 6x1 são um sonho realizado. “Nunca imaginei que seriam iniciados por mim, pela minha revolta com esse modelo de trabalho escravocrata. Ela acaba com a vida dos trabalhadores, em especial as mães. Como elas podem ser mães com apenas um dia de folga?”, questionou.

Em São Paulo, o ato ocupou cerca de metade de um quarteirão da Avenida Paulista pela manhã até seguir em direção à rua da Consolação. Em Belo Horizonte, os manifestantes se reuniram na Praça Sete, um dos cartões-postais da cidade. Não há estimativas oficiais sobre o total de presentes.

No ato em Belo Horizonte, os presentes criticaram o ministro do Trabalho e Emprego do governo Lula (PT), Luiz Marinho. “Que contradição, tem ministro do Trabalho que é contra a redução [da escala 6 por 1]”, cantaram.

A pasta chefiada por Marinho defendeu, na segunda-feira, que a proposta fosse negociada diretamente entre empresas e trabalhadores, por meio de convenções e acordos coletivos. Após repercussão negativa, o ministro voltou atrás na quinta-feira e disse, em vídeo, ser a favor do fim da escala 6 por 1 sem redução de salários.

Atos contra escala 6x1 têm baixa adesão

Mercado de trabalho

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