Gabriela Lima

<div attr-cid="policy:1.1054378" attr-version="policy:1.1054378" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.1054378" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.1054378', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.1054378">Imagem (1.1054378)</a></div>Cerca de 50 juízes de várias comarcas de Goiás se reuniram nesta sexta-feira (18), em frente ao Tribunal de Justiça de Goiás, em um ato de apoio ao juiz federal Sergio Moro, em defesa da independência do judiciário e pelo combate a corrupção.A manifestação durou cerca de 30 minutos e durante o ato o presidente da Associação dos Magistrados do Estado de Goiás (Asmego) Wilton Müller Salomão leu uma nota publica. "Estamos mostrando o quanto é importante um judiciário autônomo. Nos queremos também mostrar a sociedade que estamos unidos com o objetivo de apoiar o combate a corrupção".

Juízes fazem ato a favor de Moro em Goiânia

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Matéria - Política

A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao TRF-4 depois do Tribunal de Santa Catarina determinar que o ex-presidente prestasse esclarecimentos sobre Silvinei Vasques de forma oral.

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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) decidiu manter a decisão que determina que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) preste depoimento no processo do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques na Controladoria-Geral da União (CGU) de forma oral, e não por escrito.

Em 14 de outubro, a Justiça Federal de Santa Catarina determinou que Bolsonaro prestasse esclarecimentos de forma oral. A AGU recorreu e pediu a anulação do depoimento do diretor-geral da PRF, Antônio Fernando de Souza.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/bolsonaro-vai-ao-senado-negociar-anistia-ao-8-1-e-a-ele-proprio-para-apoiar-alcolumbre-e-motta-1.3193167" target="_blank">Bolsonaro vai ao Senado negociar anistia ao 8/1 e a ele próprio para apoiar Alcolumbre e Motta</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/bolsonaro-p-e-em-duvida-acidente-domestico-de-lula-com-pontos-na-cabeca-mandrake-1.3192038" target="_blank">Bolsonaro põe em dúvida acidente doméstico de Lula com pontos na cabeça: 'Mandrake'</a></div>

A AGU também pediu que o ex-ministro de Bolsonaro Anderson Torres prestasse esclarecimentos de forma oral. A desembargadora Ana Cristina Ferro Blasi, que assina a decisão, rejeitou a solicitação da União.

Silvinei Vasques é investigado pela CGU por sua atuação como diretor-geral da PRF e por ter participado de eventos oficiais, conceder entrevistas e fazer publicações nas redes sociais pedindo voto para Bolsonaro no 2º turno das eleições de 2022.

O ex-diretor da PRF teve a prisão preventiva decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em agosto de 2023. À época, PF argumentou que a medida era necessária para evitar embaraçamento das investigações.

Silvinei Vasques foi solto no início de agosto de 2024, na véspera do aniversário de um ano de sua prisão preventiva. Moraes determinou que o ex-diretor use tornozeleira eletrônica e outras medidas cautelares.

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Justiça mantém decisão para Bolsonaro depor em caso de ex-diretor da PRF

Investigação 

Gusttavo Lima, 35, fez uma piada sobre suas<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-bloqueia-r-2-milh-es-da-conta-de-gusttavo-lima-1.3178830" target="_blank"> contas bloqueadas pela Justiça</a> na Operação Integration.

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O cantor fazia um show no último fim de semana, e brincou com a situação. "O bebê está devendo e luxando, porque minhas contas estão bloqueadas. Trinca, sessenta, noventa, sem juros, eu aceito", disse ele no palco.

Na última quinta-feira (09), a juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, manteve o bloqueio de bens do cantor. Além dele, a decisão também foi mantida para Deolane Bezerra, 36, e de outros investigados por suposta lavagem de dinheiro e jogos ilegais na Operação Integration, deflagrada em 4 de setembro.

<a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-bloqueia-r-2-milh-es-da-conta-de-gusttavo-lima-1.3178830" target="_blank">Justiça bloqueia R$ 2 milhões da conta de Gusttavo Lima</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/mp-aponta-falta-de-indicios-de-crime-em-apurac-o-contra-gusttavo-lima-e-cantor-comemora-em-show-nada-a-ver-com-isso-1.3186175" target="_blank">MP aponta falta de indícios de crime em apuração contra Gusttavo Lima, e cantor comemora em show: 'Nada a ver com isso'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/gusttavo-lima-faz-live-apos-indiciamento-jamais-trocaria-minha-paz-por-nenhum-dinheiro-desse-mundo-1.3181386" target="_blank">Gusttavo Lima faz live após indiciamento: 'Jamais trocaria minha paz por nenhum dinheiro desse mundo'</a>

A defesa de Gusttavo Lima havia solicitado o desbloqueio dos bens do sertanejo. Eles argumentaram que na decisão tomada em segunda instância, em 24 de setembro, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, revogou a ordem de prisão e todas as medidas cautelares que haviam sido impostas.

Isso também incluiria também o bloqueio de valores e bens de Gusttavo. O Ministério Público de Pernambuco ainda afirmou que faltam indícios de crime na investigação contra Gusttavo Lima.

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Gusttavo Lima debocha sobre contas bloqueadas pela Justiça em show

Gusttavo Lima debocha sobre contas bloqueadas pela Justiça em show: 'bebê está devendo e luxando'

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JOGOS ILEGAIS

A Justiça de São Paulo determinou que o Facebook remova posts que acusam a influenciadora Virginia Fonseca de trair o cantor Zé Felipe, considerando os conteúdos ofensivos e ilícitos. Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;a assessoria de Virginia informou que as plataformas da Meta, Facebook e Instagram, devem retirar as postagens, sob pena de multas que podem chegar a R$ 50 mil (leia a nota na íntegra ao fim da reportagem).

Em contato com à reportagem, a Meta, empresa que gerencia o Facebook e o Instagram, declarou que não comentará sobre o tema. 
 
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O juiz Christopher Alexander Roisin, da 14ª Vara Cível&nbsp; da Justiça de São Paulo, aceitou parcialmente o pedido feito pela equipe jurídica de Virginia, determinando a exclusão de 11 posts que alegam traição, mas manteve as publicações que especulavam sobre a paternidade da primeira filha do casal. Segundo o magistrado, essas especulações não violam a honra da influenciadora.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/virginia-impressiona-ao-mostrar-rosto-inchado-apos-procedimento-estetico-video-1.3183556" target="_blank">Virginia impressiona ao mostrar rosto inchado após procedimento estético</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/mans-o-onde-virginia-e-ze-felipe-moraram-e-colocada-a-venda-por-r-29-milh-es-em-goiania-veja-detalhes-1.3179492" target="_blank">Mansão onde Virginia e Zé Felipe moraram é colocada à venda por R$ 29 milhões em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/virginia-alerta-sobre-golpe-envolvendo-uma-de-suas-filhas-video-1.3166052" target="_blank">Virginia alerta sobre golpe envolvendo uma de suas filhas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/virginia-fonseca-alerta-sobre-suposto-golpe-usando-a-voz-dela-gerada-por-inteligencia-artificial-1.3157293" target="_blank">Virginia alerta sobre suposto golpe usando a voz dela gerada por inteligência artificial</a></div>

No processo, a influenciadora Virginia Fonseca, que tem mais de 50 milhões de seguidores, alega que&nbsp;foi alvo de ataques nas redes sociais, nas quais usuários faziam posts&nbsp;colocando dúvida sobre a paternidade de sua filha Maria Alice, fruto de seu casamento com o cantor Zé Felipe. 
 
Segundo a influenciadora,&nbsp;os ataques nas redes sociais extrapolaram sua vida pública e podem causar danos à imagem de sua filha, Maria Alice (que não é parte do processo). Por isso, pediu a remoção do conteúdo que considerava difamatório e solicitou a identificação dos autores das postagens.

Na decisão, o juiz analisou o conflito entre o direito à liberdade de expressão e argumentou que, por ser uma pessoa pública, Virginia está sujeita a críticas e especulações, ponderando que essas não podem ultrapassar certos limites.

"A autora gaba-se de ser 'a influenciadora digital de maior relevância no Brasil', acrescentando que sua importância é tanta, que tornou o tema 'o assunto mais falado no país'. Se a autora é figura pública e expõe-se nas redes sociais como modo de adquirir fama, sucesso e contratos, corre o risco de não agradar a todos e ler ou ouvir o que não quer", escreveu o magistrado.

Diante disso, o&nbsp;juiz ponderou que a dúvida sobre a paternidade, sem acusação de traição, não era considerada ilícita. No entanto, as postagens que ultrapassaram um limite, o magistrado entendeu que configuram ofensas à honra e foram removidas.

<h2>Outra vitória na Justiça</h2>

Em nota enviada ao&nbsp;POPULAR, a&nbsp;assessoria de Virginia disse que uma liminar contra o Google/YouTube foi deferida antes da decisão em relação a Meta, empresa que gerencia o Facebook e o Instagram, de forma que os vídeos que mencionavam o assunto também foram retirados do ar.

O&nbsp;POPULAR&nbsp;pediu um posicionamento ao Google ao YouTube, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.

Nota Assessoria Virginia Fonseca

"A assessoria de imprensa de Virginia Fonseca informa que a rede social Facebook e o Instagram, plataformas da Meta, precisarão&nbsp;retirar do ar os links de postagens indicadas no processo, sob pena de multas que podem chegar a R$50 mil. O processo segue em andamento para a apreciação do pedido final com objetivo de exclusão definitiva das publicações.&nbsp;

É importante esclarecer que a liminar contra o Google/Youtube foi deferida antes da decisão em relação ao Facebook, de forma que vídeos que mencionaram o assunto também foram retirados do ar. Virginia Fonseca obteve sucesso em ambas as ações, garantindo o deferimento das duas liminares."

Justiça manda remover posts que acusam Virgínia de traição

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JUSTIÇA

<img attr-cid="policy:1.3184524" attr-version="policy:1.3184524:1728341745" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3184524/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Fábio Escobar teria sido morto em junho de 2021 por policiais militares após desavenças com Cacai Toledo (Redes Sociais)

Uma testemunha de defesa no processo judicial que trata do <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mp-go-denuncia-cacai-e-tres-pms-por-assassinato-de-escobar-1.3088997" target="_blank">assassinato do empresário Fábio Alves Escobar Cavalcante</a> foi morta no final de agosto em uma abordagem policial na zona rural de Niquelândia, próximo à BR-414. O pedreiro Lucas Costa Lopes Moreira, de 31 anos, foi um dos donos do aparelho celular usado para atrair o empresário, então com 38 anos, a uma emboscada em 23 de junho de 2021, em Anápolis. Lucas seria interrogado pela Justiça em novembro a pedido da defesa dos policiais militares que respondem pelo crime contra Fábio.

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O celular é uma peça fundamental nas acusações contra os policiais militares não apenas pela morte do empresário, como as de outras sete pessoas posteriormente para, segundo o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), encobrir os rastros do crime contra o empresário. O aparelho teria sido dado por Lucas a um traficante em 28 de maio de 2021, e este afirma que um dos policiais acusados de envolvimento na morte de Fábio pegou o aparelho dias depois durante uma abordagem quando ele estava junto com a namorada em um quarto de hotel em Anápolis.

As investigações apontaram que Fábio foi executado a mando do ex-auxiliar do governo de Goiás Carlos César Savastano de Toledo, o Cacai, com quem passou a ter desavenças após as eleições estaduais em 2018. Segundo a denúncia, Cacai teve a ajuda do <a href="https://opopular.com.br/opiniao/blog-fabiana-pulcineli/mp-go-denuncia-jorge-caiado-pela-morte-de-escobar-1.3119722" target="_blank">assessor parlamentar Jorge Caiado</a> para encontrar quem topasse matar o empresário. O executor do crime teria sido o terceiro sargento Welton da Silva Vieiga, que se matou em janeiro de 2023, com a ajuda dos cabos Glauko Olívio de Oliveira e Thiago Marcelino Machado e do terceiro sargento Erick Pereira da Silva.

<img attr-cid="policy:1.3038733" attr-version="policy:1.3038733:1700162971" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3038733/WhatsApp Image 2023-06-15 at 11.56.28.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Carlos César Savastano Toledo, conhecido como Cacai (Arquivo pessoal)

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<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-solta-um-dos-pm-acusados-de-matar-fabio-escobar-1.3181150" target="_blank">Justiça solta um dos PM acusados de matar Fábio Escobar</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/sargento-e-expulso-da-pm-apos-10-meses-foragido-1.3176925" target="_blank">Sargento é expulso da PM após 10 meses foragido</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/reus-do-caso-fabio-escobar-ter-o-acesso-a-inquerito-sigiloso-da-morte-de-fazendeiro-1.3170213" target="_blank">Réus do caso Fábio Escobar terão acesso a inquérito sigiloso da morte de fazendeiro</a></div>

Um dos caminhos trilhados pela Polícia Civil para chegar aos policiais militares acusados de envolvimento na morte de Fábio foi rastrear a origem da mensagem recebida por Fábio para que fosse até o local que serviu de emboscada contra ele. Descobriram, então, que em 28 de maio de 2021 uma companheira de Lucas pagou R$ 150 pelo aparelho para que ele usasse em um golpe para furtar uma motocicleta. Neste mesmo dia, Lucas entregou o celular e mais três outros, além de uma motocicleta, para um traficante em troca de cinco pedras de crack.

Foi a partir do depoimento de Lucas sobre o paradeiro do celular que a Polícia Civil chegou até o traficante e sua namorada, Bruna Vitória Rabelo Tavares. Ela estava grávida quando foi morta em frente a uma distribuidora em 23 de agosto de 2021. Segundo o traficante, Glauko esteve envolvido tanto na abordagem que resultou na apreensão do celular no final de maio como na morte da jovem. Três colegas do casal foram mortos em seguida, segundo o MP-GO, para que fossem colocados como os autores da morte de Bruna.

O celular apreendido por Glauko foi entregue a Thiago, e esse o levou até Erick, que dois dias antes da emboscada contra Fábio, usou, segundo a denúncia do MP-GO, a rede de internet do filho para cadastrar um novo número no aparelho usando o nome do Fábio. O celular do empresário estava no nome da esposa, então, ainda segundo a acusação, a estratégia dos criminosos era tentar despistar a Polícia Civil para fazer parecer que a troca de mensagens era entre mulher e marido. Porém, o plano foi prejudicado por não terem conseguido desaparecer com o celular de Fábio.

<h2>Perseguição</h2>

Lucas foi morto em 28 de agosto de 2024, à tarde, porém somente agora, quando a Justiça tentou notificá-lo sobre a audiência no caso Fábio Escobar, é que foi protocolado no processo seu atestado de óbito. No registro feito pela PM sobre a morte, ao qual O POPULAR teve acesso, consta que os uma equipe estava em busca de dois suspeitos que teriam planejado roubos em fazendas da região de Goianésia quando se depararam com um carro no qual estaria Lucas e uma outra pessoa.

Ainda segundo o relato dos policiais, os dois suspeitos correram para uma mata próxima à BR-414, sendo que um deles conseguiu escapar. O outro, no caso Lucas, teria optado por disparar contra a equipe com um revólver calibre 32 e foi atingido após troca de tiros. Os policiais contam que ainda levaram o pedreiro para o Hospital Municipal de Niquelândia, onde este teria morrido. Os policiais ainda apresentaram pertences dentro do carro que, segundo eles, seriam usados para os crimes.

A família de Lucas contesta a versão oficial e diz que Lucas estava indo de carona para Niquelândia ver familiares. Ao POPULAR, admite que ele tem duas passagens por roubo, mas nega veementemente que tenha uma “extensa ficha criminal” como informado pela PM na ocasião e que responda por crimes violentos. O jornal encontrou um registro na imprensa local sobre a morte de Lucas no final de agosto, mas sem a menção de que seria uma testemunha no caso Fábio Escobar.

Ao falar sobre a morte do pedreiro, sua família cobra que seja investigada e afirma que sequer o inquérito foi aberto. O POPULAR não conseguiu contato com o delegado Cássio Arantes do Nascimento, do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Niquelândia, que recebeu o registro inicial da ocorrência. Os números da delegacia constam como impossibilitados de receber chamadas.

Coincidentemente, o traficante que recebeu o celular de Lucas foi preso em fevereiro deste ano por causa de um mandado de prisão expedido pela Justiça um mês antes por não ser localizado para responder a um processo de tráfico de drogas que tramita desde novembro de 2020. O traficante havia mudado de endereço após o caso Fábio Escobar e foi localizado por policiais em uma viatura que faziam patrulhamento na rua e afirmam terem suspeitado do volume que ele carregava na bermuda, podendo ser uma arma.

Após verificação, descobriram que era apenas um celular. Mas levantando a identificação dele notaram o mandado em aberto e o prenderam. Em audiência de custódia, ele atualizou seu endereço e foi liberado. Ao MP-GO, no caso Fábio Escobar, ele afirmou que na época estava sendo caçado pelos policiais envolvidos no caso e que três das sete mortes ocorridas após a do empresário foram de colegas seus porque os suspeitos estavam atrás dele. Por isso, seu nome não está sendo colocado nesta reportagem.

<h2>Testemunha</h2>

A defesa dos três policiais militares convocou Lucas para que este confirmasse que repassou o celular para o traficante. A tese defendida é que o aparelho pertencia então ao traficante e não à Bruna e que não procede a versão do MP-GO de que ela e as outras seis pessoas foram mortas como queima de arquivo, pois o então verdadeiro dono do aparelho não foi sequer o alvo dos homens que teriam atirado contra a namorada dele.

A defesa dos policiais ainda faz ilação de que Fábio seria usuário de drogas e que foi conivente para o traficante afirmar ao MP-GO que era sua namorada a dona do celular, livrando-se assim da suspeito de envolvimento da morte do empresário. No depoimento, entretanto, o traficante não diz que o celular usado na morte de Fábio era de Bruna, mas, sim, um dos quatro entregues por Lucas e que estes quatro estavam no quarto do hotel quando os policiais chegaram. Afirma também que os policiais levaram os quatro aparelhos e o de Bruna.

Ainda segundo a defesa o celular usado na emboscada foi deixado em repouso noturno na região onde residia o traficante e não, como afirma o MP-GO, próximo à casa de Welton.

<h2>Processo</h2>

A Justiça realiza agora em novembro as audiências de instrução e julgamento que antecedem a decisão se os acusados vão ou não para júri popular. Os três policiais militares foram presos em setembro, <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-solta-um-dos-pm-acusados-de-matar-fabio-escobar-1.3181150" target="_blank">mas Erick conseguiu a liberdade no final de setembro</a>, após alegar excesso de prazo processual.

Glauko e Thiago seguem detidos, com o MP-GO alegando que, além do caso Fábio Escobar, eles respondem a uma série de outros homicídios. Os promotores do caso afirmam que Glauko está envolvido em 23 mortes de civis em 15 abordagens policiais entre 2020 e 2023, enquanto Thiago esteve em 4 abordagens que resultaram em 8 civis mortos entre 2021 e 2023.

Welton teria se matado em janeiro de 2023, quando policiais civis estiveram em sua casa para cumprir mandados de busca e apreensão e de prisão. Antes, ele teria trocado tiros com os policiais. O terceiro sargento também era suspeito de matar o fazendeiro Luiz Carlos Ribeiro da Silva, em Anápolis, em dezembro de 2022. A morte de Luiz Carlos chamou a atenção da mídia pela proximidade dele com o prefeito Roberto Naves (PP).

<a href="https://opopular.com.br/politica/video-mostra-cacai-toledo-sendo-preso-em-brasilia-1.3142594" target="_blank">Cacai também segue preso desde junho</a>. Ele ficou sete meses foragido e viu a Justiça negar diversos pedidos de liberdade. Já Jorge foi denunciado pelo MP-GO após os outros suspeitos e não chegou a ter a prisão decretada, respondendo ao processo em liberdade.