Até esta quarta-feira (24), 15 municípios confirmaram casos de varíola dos macacos em Goiás, conforme o boletim Informe Monkeypox publicado hoje. Outras 55 cidades também já notificaram possíveis pacientes com a doença, que ainda estão sendo investigados ou já foram descartados. Goiânia e Aparecida continuam sendo os municípios com mais casos.De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), são174 casos confirmados ao todo. Só Goiânia e Aparecida têm 150 casos de monkeypox e os demais 24 pacientes com a varíola dos macacos são de outras 13 cidades. No total, já foram notificados mais 700 casos de varíola dos macacos em Goiás e 357 deles ainda aguardam a conclusão dos exames laboratoriais.Outros 13 municípios também notificaram à pasta possíveis casos, que já foram descartados após a conclusão dos exames e, atualmente, não têm nenhum caso confirmado ou suspeito. Goiás não registrou nenhum óbito pela varíola dos macacos. A faixa etária dos pacientes está entre 9 e 64 anos e a maioria dos casos foram identificados em homens. Somente três mulheres têm a doença.Na última segunda-feira (22), Goiás entrou oficialmente na classificação mais alta de risco da doença (nível III) devido a confirmação de transmissão local, conforme as normativas estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Com isso, a SES-GO adotou medidas para rastrear e restringir o vírus no território goiano. O boletim Informe Monkeypox ainda descreve que, atualmente, existem 3.984 casos confirmados de varíola de macacos no Brasil e 44.175 no mundo.O que é a monkeypox A monkeypox pertence ao mesmo vírus da família varíola (poxviridae). De acordo com a SES, ela é transmitida de pessoa a pessoa e não tem relação com macacos.Os principais sintomas são: ínguas (caroços) no pescoço, axilas e/ou virilhas; febre e calafrios; dor de cabeça; dores musculares e/ou nas costas; cansaço e lesões na pele do tipo feridas, principalmente na face, mãos, tórax, pernas e pés.As lesões são semelhantes a espinhas, bolhas ou vesículas e crostas. Há casos também de lesões nas mucosas (boca, genitais e ânus).Segundo a SES, foram realizadas três grandes capacitações dirigidas a profissionais de saúde da rede pública e privada, para repassar os protocolos relativos ao manejo clínico, diagnóstico e conduta terapêutica, além das medidas de prevenção e controle.Como se protegerQualquer pessoa que tenha contato físico próximo com alguém com sintomas da monkeypox ou com um animal infectado corre risco de infecção. O vírus é transmitido por contato com as lesões na pele, secreções respiratórias, contatos íntimos ou por objetos contaminados.Para se proteger, lave sempre as mãos e use álcool em gel, evite contatos próximos com pessoas com suspeita da doença; evite contato íntimo (beijos, abraços e contato com a pele com pessoas que apresentem as feridas); use máscara em ambientes fechados e não compartilhe objetos de uso pessoal, tais quais toalhas, roupas de cama e outros.Leia também:- Monkeypox: Goiás entra em estado de emergência em saúde pública- Varíola dos macacos: veja o que já se sabe sobre a doença- Varíola dos macacos: veja sintomas, formas de transmissão e como se proteger