1 - Porque criar ferramenta online para reunir esses dados?Entendemos que havia a necessidade de uma plataforma para reunir vários dados, inclusive que relacionasse casos de violência nas escolas, bullying, entre outros. Nossa intenção é ser o mais transparente possível. Acreditamos que, assim, será possível estabelecer critérios de ação, como combater casos especificamente. O ideal, porém, é sistematizar o registro das ocorrências escolares, a medida que são observados, juntamente com uma avaliação institucional a cada semestre, integrados a um plano de protocolos previamente definidos para tratamento de cada situação.2 - Como esse programa vai funcionar?O programa se chama Ação 360. É uma plataforma que permite a notificação e acompanhamento de diversos dados, entre eles, de casos de bullying. O programa vai gerar dados estatísticos de ocorrências escolares de toda rede pública estadual de educação.Por meio de protocolos previamente definidos, apresentará as soluções ou apontará os caminhos a serem seguidos para prevenção e solução de possíveis situações. As estatísticas do Ação 360 estarão integradas aos indicadores sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, como relacionados às drogas, trabalho infantil, trabalho comunitário, ações de cidadania, ações positivas em sala de aula, violência psicológica, violência física entre outros.&nbsp;3 - Qual a previsão de início de funcionamento? O que a secretaria espera?Os servidores da Seduce estão sendo capacitados para implementação da ferramenta, agora a pasta promove a fase de integração com os órgãos de proteção a crianças e adolescentes. A expectativa é que o Ação 360 esteja implantado nos próximos meses. Um dos pontos interessantes da plataforma será permitir que qualquer pessoa da comunidade escolar faça o registro do problema, independente de ser a vítima. Tanto professor, pai, gestor ou até um colega de sala que presenciou a agressão, poderá acionar a ferramenta, que vai reunir dados e também dar andamento às ações de combate.&nbsp;

3 perguntas para Ralph Waldo Rangel

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<div attr-cid="policy:Image_1.1655198" attr-version="policy:Image_1.1655198" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.1655198" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.1655198', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.1655198">Imagem (Image_1.1655198)</a></div>Qual o papel da internet na democracia atual?As tecnologias de comunicação e informação mais recentes possibilitam o surgimento progressivo de movimentos em rede e de novas formas de governança eletrônica. Além dos novos experimentos políticos, não podemos ignorar a expansão de um modelo de comunicação em forma de rede, por meio do qual todos podem se comunicar com todos, em pontos distintos do mapa mundi, “em tese” livres das mediações do Estado e dos veículos tradicionais de comunicação. Isto é importantíssimo para a democracia atual, por possibilitar a organização dos movimentos e garantir canais de comunicação alternativos à mídia hegemônica, seja no Brasil ou no resto do mundo. Destaco “em tese” porque não podemos ignorar o controle das redes sociais digitais em alguns países, tampouco a manipulação dos nossos dados enquanto usuários.A manipulação da internet oferece risco à democracia?Hoje a internet e suas redes possibilitam uma propagação viral de fake news? Sem dúvida. Mas também oferecem caminhos para a checagem dos fatos, da qual lançaram mão muitos veículos de comunicação da grande imprensa ao longo da cobertura eleitoral. Demonizar as redes não contribui para o debate nesse contexto de pós-verdade, no qual o sociólogo italiano Massimo Di Felice sugere que a verdade é construída “a posteriori”, após deliberação entre os próprios membros da rede. Nas minhas redes, por exemplo, identifiquei alguns casos de fake news, colaborando para a sua remoção. Em geral, quem ignorou os alertas vindos de diversas direções assumiu aquilo como a “sua verdade”, o que pode ser questionável, mas levaria este debate para longe do seu foco. Ainda na ressaca dos fatos, a única análise de risco que posso identificar foi a subestimação, por parte das instituições responsáveis pela regulamentação do pleito eleitoral, do WhatsApp no interior das estratégias de campanha deste ano.O “sucesso” da direita pode ser ligado à habilidade em ocupar um espaço como o formado pelos movimentos de 2013?É importante lembrar que os movimentos de net-ativismo, aqueles que nascem em colaboração com as redes sociais digitais, não são homogêneos. Estariam mais próximos da ideia de conjunto de singularidades, como o filósofo italiano Antonio Negri bem definiu em seu conceito de multidão. Mas existia uma polarização política notória no Brasil, que antecedia até mesmo as Jornadas de Junho de 2013, e foi acentuada por uma série de protestos que se estenderam desde então, com destaque para aqueles “pró-impeachment” ou “contra o golpe” da &lt;CW-27&gt;ex-presidente Dilma Rousseff. Infelizmente, não vimos surgir uma proposta que de fato se apresentasse como resposta às manifestações que ocuparam as ruas em junho de 2013. A não ser uma das suas bandeiras, aquela contra a corrupção, mas ainda levantada pelos mesmos líderes, pelos mesmos partidos, pela mesma forma tradicional de fazer política.&nbsp;

3 perguntas para Marina Magalhães

Política

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<div attr-cid="policy:Image_1.1645661" attr-version="policy:Image_1.1645661" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:Image_1.1645661" data-onecms-type="image" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'Image_1.1645661', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:Image_1.1645661">Imagem (Image_1.1645661)</a></div>A chapa de oposição teve&nbsp;36,5% dos votos. Este número é motivo para reflexão?É natural que, quando você cria uma oposição, alguns clubes, em determinado momento, tenha opinião divergente. Mas, a partir de agora, seguimos todos no mesmo projeto do futebol goiano. É indiferente quem estava do lado A ou B. O mais importante é que mostramos que fizemos um bom trabalho.Como você avalia o processo eleitoral e sua gestão, que, pela primeira vez, enfrentou uma chapa de oposição?Em virtude da passagem do tempo, há um desgaste natural. Quem administra a federação tem de decidir e essas decisões, às vezes, favorecem um clube e prejudicam outro. Nós temos de ter a cabeça no lugar e buscar corrigir o que possamos ter errado, aprimorar o que acertamos para fazer uma boa gestão nos próximos quatro anos.Ao final deste mandato, você vai completar 15 anos à frente da FGF. Háverá mudança na forma de gerir a entidade?Temos de manter a correção e tentar fazer justiça. Cumprindo as regras, a legislação, como sempre fizemos. Vamos continuar fazendo. Não sabemos se a oposição vai continuar ou não. Se continuar, vamos fazer tudo da mesma forma que fizemos. Foi isso que fez com que eu fosse reeleito.

3 perguntas para André Pitta

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1 - Uma das justificativas para a queda da produtividade do HC é a adequação ao perfil do hospital à média e alta complexidade. No entanto, tanto as cirurgias comuns como as pequenas estão caindo. Por que isso acontece?Porque diminuiu o número de leitos da clínica cirúrgica. A gente ficou com o centro cirúrgico fechado durante quase um ano para reforma, que diminuiu os números de leitos. Porque seis leitos por enfermaria a Vigilância Sanitária não aceita mais. Outro fator é o nosso centro de referência de oftalmologia, que ainda está em reforma, e a gente fazia uma grande quantidade de cirurgia oftalmológica. Essas cirurgias duram 10, 15, 20 minutos, qualquer outra maior pode durar duas, três horas de duração. Quando você diminui o ritmo de cirurgias oftalmológicas por exemplo, você diminui muito em termo quantitativos.&nbsp; A Ebserh garantiu que ano que vem vamos terminar essa reforma com o recurso de 1,7 milhão para poder voltar a fazer uma quantidade imensa de cirurgias oftalmológicas.2 - A diminuição de exames, consultas e cirurgias no HC estão caindo quando se compara o ano anterior à terceirização. Houve algum problema de gestão da Ebserh?Não tem muito a ver com a Ebserh. Sem a Ebserh provavelmente essa curva seria muito mais agressiva. Porque ela pelo menos nesse período (2015-2017) conseguiu nos repor aproximadamente 280 funcionários. Nós não teríamos isso de jeito nenhum. Nós teríamos perdido todos os funcionários que perdemos e não teríamos a reposição de ninguém. E tem a promessa da reposição de mais 200 que eles vão mandar.3 - Existe alguma previsão para a reposição desses funcionários?A previsão era até o final do ano, mas é difícil a gente acreditar nisso. Já estão concursados, é só chamá-los, mas vai depender muito de liberação do Governo Federal. Na verdade, a Ebserh sozinha não resolve nada, ela é um órgão estatal, mas é do MEC (Ministério da Educação). E quem autoriza o MEC, quem financia, em resumo, é o Planejamento, o Ministério da Fazenda e o Tesouro Nacional. Ou seja, o financiamento continua o mesmo, não mudou em nada.&nbsp;4 - Como é a contratação desse funcionário pela Ebserh?Na Ebserh, ao invés de ser funcionário federal, é reconhecido pela lei como empregado federal. A terminologia é um pouco diferente porque ele é regido pela CLT. O que isso facilita para a gente? Facilita a entrada dele, não disputa com funcionários do regime jurídico único do MEC do Brasil inteiro, é uma coisa separada. E que ao mesmo tempo na troca é mais fácil. Com a Ebserh, ela cria e desaparece com a vaga na medida que for necessário. Então ela cria de maneira urgente, faz o concurso. Se aquilo não for mais necessário a gente elimina aquela área e simplesmente podemos substituir por outra.

4 perguntas para José Garcia Neto

A senhora planejava se dedicar 100% à Fazenda?Eu nem imaginava. Na época, eu tinha 21 anos e estava me preparando para o meu casamento. Me considerava a pessoa mais feliz do mundo. Uma família grande, um namorado que me amava, já tinha a minha empresa. Mas eu senti que faltava alguma coisa. Antes de casar eu queria ver se poderia renunciar tudo para servir a Deus. Pensei que três meses bastava. Então eu pedi a Deus que me mostrasse onde eu poderia servir. E dois dias ele me respondeu, quando o Nelson, que é meu sobrinho, foi a Sergipe com um grupo de internos. Eles estavam de passagem, rumo ao Maranhão, onde ia abrir a segunda Fazenda. Eu fui e pedi para que eles fossem conversar com os jovens de um grupo da igreja que eu coordenava. Durante a conversa, uma menina perguntou porque não tinha uma Fazenda para mulheres, e ele respondeu que já haviam ganhado um lugar, mas faltava uma corajosa para ser instrumento de Deus. Naquela hora era como se fosse apenas eu e Deus; como se ele tivesse me respondendo. &nbsp;Junto com a Iraci comecei a receber as meninas, fui ficando, pedindo para o meu noivo esperar. Quando completou um ano e meio, ele pediu para eu escolher. Pior pedido que ele me fez, né? (risos)&nbsp;E a senhora já se arrependeu de ter deixado tudo?Estou completando 30 anos na Fazenda e nunca teve um dia que eu me arrependesse.O que a senhora acha que seria da vida dessas mulheres sem essa comunidade?Acho que Deus ia achar os caminhos. Mas acho que seria mais difícil sem a Fazenda. Deus inventou porque sabia que precisava.&nbsp;