O cirurgião dentista, advogado, administrador e médico goianiense Roger William Fernandes Moreira passou 45 anos dentro de uma sala de aula, estudando. Surpreendentemente, em áreas distintas. E hoje, aos 53 anos, continua mergulhado no vasto mundo do conhecimento tentando decifrar enigmas através da ciência. Atualmente ele ocupa a cadeira de professor e pesquisador da Faculdade de Odontologia da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e conquistou, ao lado de dois colegas chineses, uma bolsa de US$ 2,3 milhões, do National Institutes of Health (NIH) para estudar as causas da desordem temporomandibular (DTM ou ATM). É a maior verba já concedida em todo o mundo para um estudo na área. A DTM é uma condição que afeta a articulação da mandíbula e reduz a qualidade de vida de 30% da população mundial em razão das dores intensas, ruídos articulares, dificuldade na mastigação e no abrir e fechar da boca. Nesta entrevista ao POPULAR, enquanto 22 pacientes o aguardavam para consultas, Roger Moreira detalha o estudo, que já começou e deve ser concluído em cinco anos, e de que maneira os resultados poderão ajudar os milhares de pacientes que sofrem com a dor orofacial crônica.