O tempo e a falta de cuidados básicos são dois pontos que elevam os riscos de quem trafega pela Marginal Botafogo, uma das principais vias de Goiânia, e que há pelo menos dez anos passa por problemas de infraestrutura a cada chuva na capital. O POPULAR percorreu os 14 quilômetros de extensão da marginal na companhia da engenheira civil e vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), Juliana Matos de Sousa, e verificou que os problemas se repetem ao longo da via, em vários pontos que denunciam os riscos para os motoristas e que serviços de manutenção rotineiros não são executados. São seis tipos de problemas enumerados que elevam a situação da via a um local em risco. Há erosões espalhadas, poucos pontos de infiltração, resíduos espalhados no canal, nos muros e taludes, estruturas destruídas, pouca vegetação e construções irregulares próximas à via. Segundo Juliana, há situações que mostram a falta de cuidados básicos com a via, como o acúmulo de lixo espalhado pelos taludes e muros de gabião, que também possuem locais com as telas arrebentadas. Com isso, as pedras que deveriam segurar a estrutura e impedir a água do Córrego Botafogo de chegar às vias, são despejadas no canal. “Deveria ser feita a manutenção, amarrar essas telas, reforçar o muro, retirar esse lixo. São coisas básicas”, diz.