A maior parte da carteira de projetos de Goiás aprovados no Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal, composta por 1.371 empreendimentos, continua na fase de papel. Atualmente, 33,6% (460 projetos) estão classificados como em “ação preparatória”, ou seja, sequer foram licitados, e outros 26,4% (362 projetos) encontram-se em fase de licitação. Somados, esses números indicam que 60% das obras prometidas ainda não passaram a ser executadas. Quando avaliado por valores, porém, o PAC já conta com 52,5% (R$ 17,8 bilhões) do montante previsto para o período 2023-2026 classificado como “em execução”.

No entanto, ao observar a quantidade de empreendimentos, apenas 21% (288 projetos) foram concluídos até o momento. Os números fazem parte do último balanço fornecido pela Casa Civil do governo federal, com dados consolidados até agosto deste ano. Eles se referem aos projetos encaminhados por municípios, governo estadual e também os regionais que abrangem Goiás, assim como iniciativas privadas que utilizam recursos do programa federal. Nesse caso, estão inclusos os projetos do PAC Retomada, que foi iniciado em 2023 por iniciativa da União, utilizando obras consideradas prioritárias e/ou que estavam paradas, e os dois chamamentos do PAC Seleções, em 2023 e neste ano.

Segundo a Casa Civil, o Novo PAC vai investir um total de R$ 1,8 trilhão em todos os Estados, sendo R$ 1,3 trilhão até 2026. “Em Goiás, a previsão é de R$ 64,9 bilhões até 2030, sendo R$ 33 bilhões até 2026. Do valor total, R$ 22,2 bilhões são investimentos feitos diretamente no Estado e R$ 42,7 bilhões em projetos regionais, ou seja, que trazem impactos e benefícios para a população goiana”, informa. Em Goiânia, são R$ 8,7 bilhões previstos até 2030 (R$ 6,8 bilhões no período 2023-2026), sendo R$ 460 milhões realizados diretamente no município. Atualmente, 241 municípios goianos contam com pelo menos um dos 1.371 empreendimentos da carteira de empreendimentos do Programa em Goiás.

Uma das obras credenciadas no PAC é o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Bem Me Quer, localizado na Rua Teotônio Vilela do Jardim Riviera em Aparecida de Goiânia, integrante da Rede de Atenção Psicossocial (Raps) do município. A construção foi iniciada em agosto deste ano, com o custo de R$ 2,99 milhões e previsão de entrega em maio de 2026. Porém, em nota ao POPULAR, a prefeitura de Aparecida de Goiânia informou que a estimativa, atualmente, é de conclusão dos serviços em julho do próximo ano. Também estão em execução no município as obras de novas unidades básicas de saúde (UBSs) nos bairros Vila Maria, Independência e Parque das Nações.

“Juntas, as quatro obras representam um investimento superior a R$ 6 milhões, e têm o objetivo de ampliar a cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) e substituir imóveis alugados por estruturas próprias, modernas e adequadas às necessidades da população”, informa a prefeitura de Aparecida de Goiânia. Em Goiânia, para ter ideia, foram inseridas no PAC Retomada as obras do trecho 2 do Corredor BRT Norte-Sul, que corresponde ao trajeto entre os terminais Isidória e Recanto do Bosque, finalizado em setembro de 2024, e também o trecho 1, entre os terminais Isidória e Cruzeiro, descrito como em fase de ação preparatória no relatório do governo federal.

O edital para a construção do trecho 1 do BRT Norte-Sul está publicado desde agosto deste ano, justamente no período em que o governo federal fechou os dados para a compilação anual sobre o PAC. Porém, a Prefeitura de Goiânia considera que a obra está em fase de desapropriação dos imóveis no trecho a ser executado e há uma previsão de que a homologação do processo e a ordem de serviço sejam realizadas no primeiro trimestre de 2026. No quesito mobilidade, também foi contemplada, ainda na gestão municipal anterior, a realização de estudos e projetos para implantação de corredores de ônibus nas avenidas 24 de Outubro, T-63, Independência, 85 e Mutirão.

Capital

Ao todo, o PAC Retomada em Goiânia tem 67 projetos que somam R$ 8,7 bilhões; outros 5 projetos estão no PAC Seleções de 2023 (um total de R$ 60,5 milhões); e mais 156, no PAC Seleções 2025 (219,7 milhões). Desse último, porém, 100 projetos se referem à renovação da frota de ônibus do sistema metropolitano de transportes, além de 14 ambulâncias para renovação da frota do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que também vai ter a ampliação dos veículos em 17 unidades. É válido explicar que o PAC é um programa de parceria entre os entes federativos, em que municípios e Estados propõem os projetos e a União avalia quais estão adequados a receber a verba para a execução. O ente executor é o responsável por toda a documentação, a licitação e a realização das obras.

A maior parte dos instrumentos cadastrados é da esfera municipal, que são 81,4% (1.116 projetos). De Goiás, são 125 projetos habilitados, que representam 9,1% do total, enquanto há ainda 89 projetos federais (6,5%) e 41 da esfera privada (3%). Embora detenha a menor fatia numérica de projetos, o governo federal é o executor mais ágil em termos de obras iniciadas, com 58,4% dos projetos em execução e 23,6% concluídos. Tratam-se de obras estruturantes de grande porte, como a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), com 30,4% de conclusão, e a manutenção de rodovias federais. Do total, 15,7% de suas propostas permanecem classificadas em fase inicial de ação preparatória. Esses casos são classificados como de investimento regional, ou seja, cuja extensão beneficia mais de um Estado e são também a maior parte dos recursos destinados até 2030, sendo R$ 42,7 bilhões dos R$ 64,9 bilhões.

Já o governo de Goiás aparece nos relatórios com o desempenho mais lento entre os entes públicos, com a maior taxa de projetos na fase de ação preparatória, com 40,8%. Apenas 9,6% das obras sob responsabilidade estadual estão em execução. Projetos de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) em cidades como Senador Canedo, Cidade Ocidental e Valparaíso de Goiás constam como paralisados, enquanto que, em Goiânia, uma frente do SES atinge 90%, a chamada SES 2 também permanece paralisada no relatório. Já as prefeituras goianas carregam o maior volume de trabalho e 21,1% dos projetos estão concluídos.

Porém, o maior volume quando os executores são municipais se dá em obras ainda no papel, sendo 29,2% dos projetos em fase de licitação e 34,1% em ação preparatória. A maior parte dos instrumentos aprovados no PAC está concentrada nos eixos de Saúde e Educação Básica. Quanto ao setor privado, o foco é de investimentos de retorno econômico, como concessões rodoviárias e geração de energia. Assim como o executor federal, apresenta alta taxa de projetos em execução (56,1%), destacando-se em usinas fotovoltaicas e na construção de tancagem (capacidade de armazenamento de tanques) em Senador Canedo, que já atingiu 86,2% de conclusão.

<h2>Estado discorda dos números de relatório</h2>

Os números apresentados pela Casa Civil do governo federal a respeito do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) iniciado em 2023 não batem com o considerado pelo governo de Goiás. Nos dados da União, o Estado está como executor de 125 projetos e tem a maior taxa de projetos na fase de ação preparatória – 40,8%, com 51 propostas. Outros 34 seguem em licitação, 12 estão em execução e 28 foram entregues à população. Segundo o governo de Goiás, por meio da Secretaria-Geral de Governo (SGG), o Estado consta como executor de 33 projetos, sendo que 22 estão em execução.

A divergência se dá fundamentalmente em razão de o Estado ignorar os dados referentes ao PAC Retomada e ao Pacto Nacional pela Retomada das Obras da Educação, que também foi incluído no programa federal. Nos dados estaduais, constam apenas os projetos inseridos nos programas PAC Seleções, que tiveram duas chamadas desde o retorno do programa nacional, com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, em 2023. O primeiro edital de chamamento se deu em 2023 e o segundo, neste ano. De acordo com o governo estadual, Goiás apresentou 140 propostas somando as duas edições, o que totalizaria R$ 10,7 bilhões de recursos para obras.

Porém, o governo federal acatou as 33 propostas que são as consideradas pela administração estadual, que se aglutinaram e se tornaram 26, sendo 22 em execução. Estas somam R$ 109 milhões, sendo que R$ 65,1 milhões estão em execução. O Estado tem como principal exemplo o caso do BRT de Luziânia, que não consta entre as 33 propostas aprovadas pela União, diferentemente do BRT de Águas Lindas, que está contemplado. A inserção da obra em Luziânia depende da finalização do Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA), que está sendo feito pelo Estado. Inicialmente, a União não teria aceitado a inclusão do projeto sem a realização do estudo. Caso essa fase seja resolvida, o Estado passa a ter potencial de receber mais R$ 1 bilhão do PAC.

De acordo com o governo estadual, não seria justo a União considerar os projetos inclusos em programas anteriores, como da época do governo Dilma Rousseff (PT), já que seriam legados de outras administrações que não tiveram suas obras finalizadas e, muitas vezes, não fazem mais parte do plano de governo na administração atual, ou seja, podem ser obras que não mais seriam realizadas por esta gestão não ver como necessária. Assim, o governo estadual leva em consideração apenas os projetos elencados pela gestão Ronaldo Caiado (UB), a partir de 2019.

É válido explicar que o PAC Retomada e o Pacto Nacional pela Retomada das Obras da Educação são iniciativas da União para finalizar obras consideradas prioritárias e que não haviam tido continuidade desde o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. No caso, o governo federal fez um levantamento das obras não finalizadas e as incluiu no PAC.

Com isso, Estados e municípios devem realizar os trâmites para obter os recursos federais, que são: habilitação ao programa, apresentação de documentos, assinatura do contrato de financiamento, licitação e a execução. No caso do PAC Seleções, são os entes que apresentam os projetos e a União define quais entram ou não no programa. Aqueles escolhidos podem ter os recursos com a realização dos trâmites junto à Casa Civil (apresentação de documentos, contrato, licitação e execução).

<h2>Atender exigências da União segue como principal entrave do PAC</h2>

A dificuldade em obter as aprovações do governo federal para chegar ao final do trâmite e receber a verba do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) é o principal entrave para o andamento das obras. A própria Casa Civil da União entende que muitos entes federativos não conseguem receber os recursos do PAC devido à falta de documentação, sobretudo os projetos executivos das obras e as liberações, como as licenças ambientais e desapropriações.

O governo de Goiás também informa que atender as exigências do governo federal é o principal problema do PAC, já que muitas vezes elas estão baseadas em casos ou projetos da própria União ou de locais geridos por administrações ligadas politicamente à administração. O Estado entende, por exemplo, que há dificuldade em conseguir a liberação da verba federal para realizar projetos das policlínicas, já que a proposta goiana é diferente do idealizado pela União.

Outro exemplo disso é que Goiás pretende remanejar os recursos que seriam para a execução do Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora) para outras unidades de saúde, já que a União não aprovou o projeto inicial e, agora, negocia politicamente que os recursos sejam utilizados no sistema de saúde estadual.

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60% dos projetos do PAC em Goiás seguem só no papel

Cidades

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Infraestrutura

O ano de 2025 termina com o governador Ronaldo Caiado (UB) reafirmando sua pré-candidatura a presidente da República, principalmente internamente, já que na recém-formada federação União Progressista (junção de UB e PP), o cenário é de insegurança para que o projeto seja bancado pela sigla. Devido a uma série de entraves, a pré-candidatura pouco avançou desde o seu lançamento, no dia 4 de abril, em Salvador (BA), já precedido por pressões e disputas internas no partido e resistência entre bolsonaristas.De lá para cá, o cenário permanece indefinido na direita sobre o nome com maior potencial para disputar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca a reeleição, mas os nomes do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), despontam como os favoritos dos conservadores. Por sua vez, Caiado busca se apresentar, cada vez mais, como um contraponto a Lula e ao governo petista ao trabalhar medidas que garantam maior projeção nacional.Uma estratégia do goiano é assumir protagonismo no debate sobre segurança pública, o que foi feito principalmente com críticas à PEC da Segurança, em tramitação no Congresso Nacional, que ele acusa de concentrar poderes na União. Também se engajou em defesa do projeto de lei conhecido como PL Antifacção, contra o crime organizado, após a megaoperação das forças policiais no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, em outubro, que culminou com 122 mortos, superando o Massacre do Carandiru e tornando-se a mais letal da história do país.Além dessa atuação, Caiado procurou se tornar mais conhecido pelo país e esteve presente em seminários e encontros fora do estado, a maioria do setor empresarial, nos quais apresentou sua plataforma baseada nos resultados da gestão em Goiás, cuja avaliação se mantém alta. A previsão inicial, porém, era muito mais ambiciosa, mas faltou engajamento e contribuição do UB nas ações, conforme avaliação de articuladores ao POPULAR.Um dos entraves foi justamente a formação da federação partidária com o PP, classificada por Caiado como “um tiro no pé”. O posicionamento contrário levou a troca de acusações com o presidente do PP, o senador Ciro Nogueira, um dos líderes do centrão defensores de candidatura única e com preferência por Tarcísio de Freitas visando inclusive a possibilidade ser elevado à condição de segundo nome na chapa presidencial.Outra dificuldade de Caiado é angariar apoio de bolsonaristas. Após a condenação e prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em dezembro, o nome de seu filho Flávio foi lançado à Presidência da República. Mas a definição foi aplaudida pelo governador goiano, hoje seu concorrente. É que a iniciativa é vista como reforço à tese de Caiado de que o melhor cenário é o de várias candidaturas da direita, com afunilamento apenas no segundo turno. Em entrevista, o governador afirmou que a entrada de Flávio na disputa barra a “ditadura partidária” que vinha sendo imposta pela cúpula do centrão.Já pré-candidato, Flávio se encontrou com Caiado em Goiânia, e este na sequência afirmou ao POPULAR que o filho 01 de Bolsonaro terá lugar em palanque do atual vice-governador Daniel Vilela (MDB), que buscará se eleger para seguir no Palácio das Esmeraldas no próximo ano - após assumir a cadeira com a desincompatibilização do atual gestor. Caiado não disse como se dará essa situação, uma vez que serão dois candidatos à Presidência e um mesmo palanque, mas enfatizou que seu interesse está na aliança com o PL localmente.Passados nove meses desde a largada do projeto nacional, Caiado se mostra determinado na corrida presidencial, mesmo diante de pesquisa que aponta ter conseguido se tornar apenas um pouco mais conhecido entre os brasileiros, mas com aumento também da rejeição. A mais recente rodada da pesquisa Genial/Quaest sobre a eleição de 2026, publicada no dia 16, mostra que o governador de Goiás ainda é desconhecido por 50% dos brasileiros.Enquanto isso, atua fortemente para as definições do cenário em Goiás, apostando que uma vaga ao Senado na chapa governista para o deputado federal Gustavo Gayer confirme a aliança com o PL. Além de buscar o esvaziamento do senador Wilder Morais, presidente da sigla e pré-candidato ao governo, Caiado usa da “hierarquia política” para reforçar que a definição da escolha do vice na chapa governista passa pela sua escolha.

Retrospectiva 2025: Pré-candidatura de Caiado avança pouco

Política

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Relembre o ano

Goiás desponta em um setor hoje estratégico para o mundo, a mineração de terras raras. O <a href="https://opopular.com.br/economia/para-que-servem-as-terras-raras-quem-domina-o-mercado-e-qual-a-posic-o-do-brasil-1.3320071" target="_self">Estado tem 25% das terras raras conhecidas no Brasil,</a> que por sua vez abriga a terceira maior reserva de terras raras do mundo, atrás de China e Vietnã. Essas reservas em solo goiano vêm atraindo investimentos e interesse por parcerias. 

Em novembro, por exemplo, <a href="https://opopular.com.br/economia/mineradora-em-goias-recebe-financiamento-dos-eua-para-explorac-o-de-terras-raras-1.3351486" target="_self">os Estados Unidos aprovaram um financiamento de até 465 milhões de dólares para a Serra Verde Pesquisa e Mineração (SVPM) em Minaçu,</a> na região norte de Goiás, única mineradora ativa no Brasil na extração de terras raras e uma das poucas fora da China.

Além de Serra Verde, existem outros dois projetos em fase de implantação no estado, em Nova Roma, no Nordeste goiano, com investimentos previstos de R$ 2,8 bilhões, e em Iporá, no Oeste de Goiás. Segundo o governo estadual, também existem outros pontos identificados em Niquelândia, Catalão e Monte Alegre de Goiás.

Para os EUA, o movimento faz parte da estratégia de depender menos do fornecimento de terras raras da China, hoje dona de 60% da extração global de terras raras e 90% da capacidade de refino.

<a href="https://opopular.com.br/economia/goias-e-jap-o-querem-avancar-em-cooperac-o-por-terras-raras-1.3305773" target="_self">O Japão também mira no potencial goiano de terras raras.</a> Em agosto, <a href="https://opopular.com.br/economia/jap-o-sinaliza-que-quer-investir-em-terras-raras-de-goias-1.3288687" target="_self">membros de uma comitiva japonesa se reuniram com o governador Ronaldo Caiado (UB) e visitou Serra Verde,</a> confirmando a decisão de avançar na cooperação para investimentos na ampliação da cadeia produtiva de minerais críticos no estado.

Na ocasião, o governador destacou que o objetivo é ampliar a cadeia de produção relacionada a terras raras, o que demanda infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento de tecnologia. Na Serra Verde, o produto é extraído, mas é exportado de forma bruta. Segundo Caiado, o foco é avançar para as fases de transformação usando a tecnologia japonesa. A próxima seria a de separação.

Neste sentido, foi aprovada na Assembleia Legislativa de Goiás a lei que cria a Autoridade Estadual de Minerais Críticos do Estado de Goiás (Amic) e o Fundo Estadual de Desenvolvimento dos Minerais Críticos (FEDMC). Terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos de difícil extração e refino, sendo alguns matéria-prima para a fabricação de ímãs essenciais para tecnologias relacionadas à transição energética, como carros elétricos e smartphones, e à defesa.

Um dos itens de negociação para reverter tarifaço de 50% do presidente dos EUA, Donald Trump, a produtos brasileiros a partir de agosto, foram justamente as reservas de terras raras no país. Trump acabou recuando das sobretaxas, mas, apesar delas, Goiás não teve queda em suas exportações de janeiro a novembro, inclusive as vendas de carne até cresceram. Os maiores prejuízos foram amargados pela produção de açúcar e de pescados.

Retrospectiva 2025: Terras raras colocam Goiás em destaque

Economia

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Fechar escolas

O governador Ronaldo Caiado pode andar pouco por Goiânia, mas nunca ouvir que o estado fechasse alguma escola. Fechar Cmeis ou mudar o horário de escolas como a Prefeitura de Goiânia vem promovendo é um descalabro com as mães. Como poderão trabalhar para ajudar nas despesas de seus lares?

Com a mudança dos horários de escolas, os alunos serão prejudicados, isso sem falar na retirada de convênios na educação infantil. Que o prefeito Sandro Mabel pense nestas crianças, sem educação adequada, que é um direito delas. Elas serão seriamente prejudicadas futuramente.

Cheila Rossi Vaz

Setor Jaó - Goiânia 
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Orçamento público

Quero esclarecer que trabalhei com orçamento público de 1959 a 2010. Portanto, tenho em mente que minha opinião será bem avaliada. Primeiramente, LDO (Lei de diretrizes orçamentária), faz menção apenas sobre como deverá ser composto o orçamento do próximo ano (investimentos, despesas, prioridades, uso de remanejamento etc.). LOA (Lei orçamentária anual) é a lei que define, em rubricas (títulos de despesa) orçamentárias, quais despesas, com seu quantitativo fixado, poderão ser empenhadas. Essas despesas são detalhadas. É necessário destacar algo muito importante. A receita é estimada e a despesa é fixada.

Portanto, sua execução é dependente da receita. Antes da Lei 4.320/1967, o orçamento era utilizado em duodécimo. Ou seja. Só se empenhava, 1/12 avos mensalmente. Com o advento da Lei 4320, foram criados três tipos de empenhos: ordinário, estimativo e global. Essa modalidade, possibilitou uma facilidade em utilizar a LOA de forma mais adequada às necessidades. Empenhar uma obra licitada na sua totalidade e efetuar o pagamento conforme as etapas da obra entregue.

No empenho global, a única diferença é que o pagamento é efetuado em parcelas iguais. Na prática, há dois orçamentos. O fiscal que é a LOA, e o monetário, utilizado no interesse da administração. Até meados do início do século XXI, era comum, o executivo usar as emendas parlamentares para suplementar uma despesa, cuja dotação se tornou deficitária.

Para evitar a continuidade desse dispositivo, o legislativo criou o orçamento impositivo. Não é favor algum o executivo liberar o pagamento dessas emendas. Principalmente usar esse argumento para obter aprovação de alguma lei. A seriedade cabe em toda a República. Executivo, legislativo e judiciário. Sem esse respeito, não haverá ordem.

José Carlos Riccioppo

Setor Oeste - Goiânia

Carta do leitor

Opinião

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Carta dos Leitores

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Cartas

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), desembargador federal João Batista Moreira, suspendeu uma liminar que obrigava a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad) a apresentar um plano emergencial para o Aterro Ouro Verde, em Padre Bernardo, no Entorno do Distrito Federal. A decisão suspensa havia atendido pedido conjunto dos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPGO) e foi concedida pela Vara Única da Subseção Judiciária de Luziânia. 

O governo estadual também estava obrigado a executar o reforço geotécnico emergencial nas lagoas de chorume, que, segundo os MPs, correm risco de vazamento. O magistrado acatou, na nova decisão, o argumento, apresentado pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), de que as obrigações extrapolavam a capacidade operacional do ente público. “Estou convencido da necessidade de suspender parcialmente os efeitos da decisão impugnada, na parte em que as medidas se revelam superlativamente difíceis no período chuvoso e em prazo tão exíguo”, argumenta o desembargador.

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Pra ontem

A decisão anterior obrigava o estado a apresentar um plano emergencial em três dias. O MPF e o MPGO apontaram falta de capacidade financeira da Ouro Verde e solicitaram à Justiça Federal que o planejamento estivesse pronto em 48 horas.

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Parcial

O presidente do TRF-1 determinou que as Defesas Civis Estadual e Nacional elaborem, em 15 dias, planos emergenciais para o caso de materialização dos riscos apontados na ação e para a manutenção do abastecimento de água de boa qualidade em caso de rompimento do aterro.

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Costura

Revelado pelo POPULAR nesta segunda-feira (29), o convite para o auditor fiscal Adonídio Neto assumir a Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Prefeitura de Goiânia (Sedicas) surgiu a partir da indicação de Luís Alberto Pereira (OCB) e foi referendado, com direito a divulgação de carta, pelo Fórum das Entidades Empresariais (FEE).

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Sósia - Integrantes da bancada do PL na Câmara de Goiânia posam para foto com o mato-grossense Vilmar Rigo, conhecido como “Bolsonaro da Shopee”. (Fábio Lima / O Popular)

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Nuances

Adonídio é ligado a Wilder Morais, presidente do PL goiano. Ele foi, aliás, da equipe do senador durante sua passagem pela Secretaria Estadual de Indústria e Comércio e chegou a ser titular da pasta. Vêm daí algumas reações negativas, nos bastidores, de ala do governo estadual ao convite feito pelo prefeito Sandro Mabel (UB).

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Efeito Cosip

Ganhou lastro entre lideranças empresariais a percepção de que as mudanças na Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública, aprovadas pela Câmara de Goiânia, abrem espaço para aumento na taxação. Um deles ressalta que seria o terceiro da gestão Mabel, somando-se às taxas do lixo e de Regulação, Controle e Fiscalização.

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Correção

O governo estadual afirma que enviou dados com erro ao TCE-GO e que o valor correto de gasto com publicidade até setembro de 2025 é de R$ 139,17 milhões. O tribunal informou que o governo declarou despesas de R$ 306 milhões do Fundeinfra de forma equivocada - o que provocou a soma de R$ 445 milhões informada ontem no Giro - e que pediu prazo para reenviar os dados corretos.

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Pergunta para:

Eduardo Prado

Deputado estadual pelo PL

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Deputado estadual, Eduardo Prado (Divulgação)

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O aumento no valor das emendas extras pode beneficiar deputados do PL caso haja aliança visando 2026. Ainda assim vai questionar?

Abro mão de emenda extra por conta de apoio e por conta de voto em matérias do governo. Não apoio Daniel (Vilela, do MDB). As emendas tem de ser pagas de forma igual para todos os deputados. Eles não podem chantagear. Por isso entrei com uma representação. 

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Arremate:

A canetinha resolve - O presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB), levou ao Instagram um vídeo onde sua mulher, Luciene Peixoto, exibe um prato repleto de quitutes. Ela comenta em seguida que os exageros do fim de 2025 serão, literalmente, remediados a partir de janeiro. “Deixa eu ser feliz. Ano que vem eu tomo Mounjaro”, afirmou, encerrando a postagem.

&nbsp;E essa? - Natural de Rio Verde, o empresário Fernando Duarte tem dito na região que é pré-candidato a presidente da República pelo PSDB. Ele afirma que apresentará seu nome ao ex-governador Marconi Perillo e ao deputado federal Aécio Neves, que presidem os diretórios estadual e federal do partido.

Aterro Ouro Verde: TRF-1 retira obrigação do estado sobre plano emergencial

Matéria - Coluna Giro

Giro

O Popular