Na COP30, os olhos do mundo se voltam à Amazônia, local da conferência, mas a discussão do futuro climático do Brasil precisa ter em conta o cenário do Cerrado, com situação considerada crítica por especialistas da área. O efeito mais sentido na região é o aumento da temperatura, realidade que impulsiona um ciclo progressivo de calor e seca, com consequências que formam uma triste reação em cadeia: aquecimento regional, queda da umidade, alteração no ciclo de chuvas, prolongamento da estação de seca, favorecimento das queimadas, redução exponencial da vazão dos rios, impacto sobre a biodiversidade. As evidências de uma tendência generalizada de aquecimento na região foram foco do painel “Ciência no calor do Cerrado: a mudança do clima e o bioma mais ameaçado do Brasil”, realizado na quarta-feira (5) no 22º Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conpeex) da Universidade Federal de Goiás (UFG). Moderado pela reitora Angelita Pereira de Lima, o evento teve pesquisadores de diversas áreas para debater os impactos das mudanças climáticas no bioma e as estratégias necessárias para mitigação e adaptação.