Trabalhar com educação é tarefa das mais desafiadoras entre as atividades humanas. Atuar no planejamento da educação é, portanto, ainda mais complexo. Isso foi o que Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira fez durante toda sua trajetória, sendo professora e dirigente na Universidade Federal de Goiás (UFG), mas também como política (deputada federal por dois mandatos) e gestora – em Goiás, foi secretária de Estado por quatro vezes, nas pastas de Ciência e Tecnologia (2005 a 2006), de Cidadania (2007) e da Educação por duas vezes (de 1999 a 2001 e de 2015 a 2018). Mas o que é essa vasta experiência diante de ter de dar solução para a sequência das aulas em um estado inteiro devastado por um fenômeno climático? Após mais de 50 anos de trajetória acadêmica e de vida pública, é novamente à frente da Educação que a goianiense Raquel, agora no Rio Grande do Sul, onde está desde abril de 2021, se depara com seu maior desafio, na verdade, uma tarefa hercúlea: reconstruir a estrutura física e humana do sistema educacional gaúcho diante do dilúvio que deixou sem condições de uso praticamente metade das 2.340 escolas da rede estadual de ensino.