Entre barracas de lonas e construções improvisadas, 104 famílias acampadas na Ocupação Paulo Freire, no Residencial Solar Ville, vivem sobre constante ameaça de despejo. A situação foi agravada há um mês, com a decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) em estabelecer a reintegração de posse da área, mesmo sem um acordo firmado entre os ocupantes e a administração pública municipal, por exemplo. Temendo a situação de rua, famílias receberam a reportagem do POPULAR na quinta-feira (18), com um pedido de socorro diante “do descaso de alguns setores do poder público com a situação” vivida por eles desde setembro de 2022. Além da inconstância quanto a um plano de habitação, os dias na ocupação têm sido atravessados pela dificuldade em acessar políticas públicas e direitos básicos. Sem endereço registrado – lá não há código de endereçamento postal (CEP) –, saúde, educação, benefícios e emprego passam por altos e baixos antes de serem, de fato, acessados.