&nbsp;A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) trabalha com duas possíveis linhas de investigação sobre a morte do entregador Carlos Willian Rodrigues Martins, de 25 anos. A primeira é a hipótese de uma discussão de trânsito, que chegou até a imprensa depois de ter sido relatada por testemunhas. A segunda considera a possibilidade de uma desavença ligada a alguma entrega, produto ou mesmo a conflitos pessoais anteriores da vítima.

Em entrevista ao POPULAR, o delegado Paulo Ludovico, titular da Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict), contou que as apurações ainda estão recentes, apenas no terceiro dia de investigação, dentro de um limite para conclusão de 30 dias úteis. Segundo ele, neste momento não é possível confirmar nenhuma tese de forma definitiva. O delegado também esclareceu que não há indícios de relação do caso com tráfico de drogas, apesar de Carlos ter tido uma passagem por causa desse tipo de infração em novembro de 2022, quando ficou preso por seis dias. Ele respondia a esse processo em liberdade.

“Existem algumas linhas de investigação. A primeira foi a discussão de trânsito, ventilada pela própria mídia; a segunda é alguma desavença em entrega ou conflito anterior da vítima”, explicou o delegado. A Polícia Civil busca agora identificar o condutor do veículo suspeito, para avançar no encaixe das peças do quebra-cabeça da investigação.

Segundo Ludovico, imagens de câmeras de segurança mostram um veículo branco trafegando próximo à motocicleta de Carlos pela Avenida César Lattes durante um longo trajeto. Em determinado momento, não é possível afirmar se houve contato entre o carro e a moto, mas a motocicleta fica desgovernada e colide contra um poste, causando a morte do entregador. As equipes continuam realizando diligências e coletando registros para confirmar ou descartar a tese de briga de trânsito antes da colisão.

Na manhã de segunda-feira (15), um homem se apresentou espontaneamente à Central Geral de Flagrantes, declarando não ter envolvimento com o acidente. Ele relatou ter sido abordado por policiais militares por conta do veículo que conduzia. Uma perícia foi solicitada ao Instituto de Criminalística, mas o laudo preliminar não apontou vestígios que ligassem o carro ao sinistro. Contudo, ainda é aguardado o laudo definitivo, que poderá confirmar ou descartar qualquer participação.

O delegado destacou que a prioridade por ora é a coleta de imagens de câmeras de segurança, já que elas não ficam armazenadas por muito tempo. “Neste primeiro momento, é mais importante fazer diligências de campo para coletar as imagens, porque, às vezes, elas acabam se sobrepondo ao que se fala. Posteriormente, testemunhas também serão ouvidas”, explicou.

As informações sobre o veículo suspeito ainda estão em checagem. O processo de identificação segue etapas: primeiro, a confirmação do veículo; depois, a análise da placa; e, por último, a definição de quem era o condutor. O sepultamento de Carlos Willian ocorreu na manhã de terça-feira (16), no Cemitério Parque, no Setor Gentil Meireles, em Goiânia.

(Laysa Milograma é estagiária do GJC em convênio com a UniAlfa)

Acidente que vitimou entregador por aplicativos tem 2 linhas de investigação

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Matéria - Cidades

Colisão de moto

A Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) investiga quem seria o motorista de um carro que estaria envolvido no acidente que resultou na morte do entregador por aplicativo Carlos Willian Rodrigues Martins, de 25 anos, no Setor Novo Horizonte, em Goiânia. O motociclista morreu na noite de domingo (14) após colidir com um poste e uma lixeira e ter parte do corpo incendiado, além de várias fraturas. Imagens de câmeras de segurança mostram a vítima sendo perseguida por um veículo e a polícia procura entender se houve uma briga de trânsito antes da colisão.

Câmeras de videomonitoramento mostram um carro branco e a motocicleta conduzida por Carlos Willian percorrendo a Avenida César Lattes na noite de domingo. Por volta das 21 horas, o motociclista colide com as estruturas situadas na calçada em frente a um supermercado e, instantaneamente, o veículo começa a pegar fogo. Um casal com uma criança que andava pela calçada quase é atingido, mas consegue desviar rapidamente. Logo depois, populares aparecem com extintores tentando apagar as chamas e buscando retirar o jovem do ponto incendiado. Testemunhas relataram que o motorista teria jogado o carro para cima da vítima, momento em que ele teria se desequilibrado e colidido.

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Motocicleta da vítima pegou fogo e ficou completamente destruída (Wesley Costa / O Popular)

Com o impacto, a motocicleta ficou totalmente destruída. Conforme o registro de atendimento integrado (RAI), a colisão causou inúmeras lesões graves no motociclista, que teve “traumatismo craniano encefálico grave com fratura mandibular, maxilar, exposição de massa encefálica, corte no rosto, fratura no membro superior esquerdo”, além de queimaduras. Ele foi colocado na ambulância ainda com vida, mas teve uma parada cardiorrespiratória ainda no veículo, tendo a reanimação sido “sem sucesso”. Ele foi levado ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu e teve o óbito confirmado.

Conforme o delegado Pedro Ludovico, a Dict foi notificada apenas na manhã desta segunda-feira (15) sobre o sinistro e um inquérito policial foi instaurado para apurar as circunstâncias e a autoria da ocorrência. Até a noite desta segunda, o motorista do carro branco ainda não havia sido identificado. Pela manhã, um homem se apresentado espontaneamente à Central de Flagrantes para prestar declarações. Conforme o delegado, policiais militares teriam desconfiado dele por conta do veículo e se deslocaram até a casa dele. “Pairavam suspeitas sobre ele. Então ele foi lá e prestou esclarecimentos dizendo que não tinha envolvimento”, explica. Ele ainda deve ser investigado para confirmar que não estava, de fato, envolvido.

Ludovico explica ainda que não houve perícia no local e que o laudo cadavérico de Carlos Willian é esperado para identificar a causa da morte. Testemunhas e familiares também devem ser ouvidos nos próximos dias. “Precisamos elucidar as circunstâncias. Se aconteceu por uma desavença, se foi dolosamente ou acidentalmente que a pessoa jogou o carro para cima dele, pois aí já muda e pode ser dolo eventual ou dolo com vontade de matar”, cita. Ele acrescenta ainda que, caso haja outras motivações em relação ao sinistro, o inquérito pode ser remetido a outra especializada. “As investigações vão ser iniciadas por aqui, porque de forma preliminar leva a crer que foi um sinistro. Mas, se foi outra causa, temos a faculdade de enviar (a outra delegacia).” A possibilidade de outra motivação foi ventilada pelo fato do jovem ter passagem por tráfico de drogas em novembro de 2022. Ele chegou a ser preso por seis dias, e respondia o processo em liberdade.

O motorista Raphael Humberto Costa, 37 anos, foi testemunha do ocorrido. Ele estava prestes a descer do carro para ir à farmácia do outro lado da avenida quando o carro branco fechou a motocicleta. Ao ver que o motociclista também estava em chamas, correu ao comércio para buscar um extintor. “Ouvi o barulho da moto vindo, aquele barulho de moto acelerada, e logo em seguida já vi a colisão. A moto já bateu pegando fogo. No que um rapaz puxou ele (para tirar das chamas), derrubou mais combustível da moto e o fogo aumentou, estava muito alto. Afastamos ele para tirar da zona de perigo, só que a fiação elétrica estava em curto, então o puxamos para perto do canteiro central, porque ali estaria mais seguro.”

Ele conta que tanto a motocicleta como o carro estavam percorrendo a via rapidamente, sendo que, naquele ponto, o motorista “jogou o carro para cima dele”. “Não houve colisão, porque só teve um barulho. Se tivesse batido (ambos os veículos), teria dois sons”, relata. E mesmo após ter os membros inferiores queimados, bem como múltiplas fraturas abertas, Carlos Willian ainda permaneceu consciente por um tempo. “Ele estava muito ferido, mas acredito que não estava com dor, porque não reclamava. Foi uma cena muito… Até agora não consegui dormir. Ele dizia ‘não me deixa morrer’, falava ‘minha esposa, minha família’. Estava muito confuso.” A testemunha diz que o veículo que teria causado a colisão seguiu rápido na via, sem parar para prestar socorro. “Pode não ter visto, mas com certeza ele ouviu. Foi um barulho muito alto”.

<h2>Pai crê em briga de trânsito</h2>

“Um menino gigante de tanto amor”, resume o pai do motociclista Carlos Willian Rodrigues Martins, de 25 anos, o guarda civil metropolitano (GCM) Carlos Willian de Sousa Martins. Ao POPULAR, relata que acredita que a morte do filho tenha sido motivada por uma briga de trânsito e que não tenha relação com a passagem por tráfico de drogas do jovem no fim de 2022, haja vista que o filho não havia mencionado nenhuma desavença ou ameaça ao pai antes do ocorrido.

Ele pontua que ainda não tem muitas informações sobre as circunstâncias do ocorrido nem tampouco onde teria sido iniciada a perseguição de um carro branco, que diz ser do modelo HB20, à motocicleta conduzida pela vítima. O jovem trabalhava fazendo entregas de refeições no momento da colisão e estava longe de casa.

Mesmo trabalhando no momento do ocorrido, o GCM esteve no local da colisão pouco tempo depois para verificar o estado do filho. Durante esta segunda-feira (15), teve de cuidar dos trâmites legais para a liberação do corpo do filho que estava sendo periciado no Instituto Médico Legal (IML). A pedido do jovem, o enterro deve ser curto e restrito à família, na manhã desta terça-feira (16).

(Laysa Milograma é estagiária do GJC em convênio com a UniAlfa)

Polícia procura condutor de carro envolvido em acidente com moto que matou entregador

Morte na avenida

WEBSTORIES CEI LIMPAGYN

A Comissão Especial de Inquérito (CEI) do Limpa Gyn realizou, na manhã desta sexta-feira (5), sua <a href="https://opopular.com.br/politica/primeira-reuni-o-de-cei-definira-comando-nesta-sexta-feira-5-1.3308625" target="_self">primeira reunião ordinária</a>, marcada pela eleição dos cargos de direção e definição das regras de funcionamento do colegiado.

Como antecipado pelo POPULAR, foram confirmados Welton Lemos (SD) na presidência, Aava Santiago (PSDB) na vice-presidência e Willian Veloso (PL) na relatoria.&nbsp;

Ronilson Reis (SD) também chegou a disputar a relatoria, mas recebeu apenas dois votos. Os demais cargos foram definidos por consenso, uma vez que os vereadores eram candidatos únicos.

O colegiado é composto por sete titulares e três suplentes. Entre os titulares, três são da oposição - Welton, Aava e Pedro Azulão Jr. (MDB) -, três integram a base do prefeito Sandro Mabel (UB) - Ronilson Reis (SD), Thialu Guiotti (Avante) e Juarez Lopes (PDT) -, além de Willian Veloso, que não aderiu a nenhum bloco partidário. Os suplentes são Sanches da Federal (PP), Fabrício Rosa (PT) e Cabo Senna (PRD).&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/primeira-reuni-o-de-cei-definira-comando-nesta-sexta-feira-5-1.3308625" target="_self">Primeira reunião de CEI definirá comando nesta sexta-feira (5)</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/com-cei-publicada-vereadores-articulam-postos-de-comando-1.3308181" target="_self">Com CEI publicada, vereadores articulam postos de comando</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/mabel-rebate-ex-lider-e-aponta-fim-de-mamata-1.3308621" target="_self">Mabel rebate ex-líder e aponta fim de "mamata"</a></div>

O único ausente na reunião de instalação foi Thialu Guiotti, que afirmou à reportagem “não ter podido comparecer”.

Os vereadores definiram que as reuniões serão realizadas semanalmente, às terças-feiras, às 14h, com possibilidade de sessões extraordinárias quando necessário.&nbsp;

Os requerimentos deverão ser apresentados ao presidente e entregues diretamente ao relator até as 10h do dia da sessão.

Ficou estabelecido ainda que as reuniões podem ser abertas pelo presidente ou vice-presidente, com quórum mínimo de quatro vereadores. Na ausência de titulares, suplentes assumem automaticamente com direito a voto, respeitando a ordem de suplência. Eles também terão direito a fala e poderão apresentar requerimentos, mas só votarão quando forem convocados como titulares. Todos os documentos serão recebidos exclusivamente em formato digital, via Suap.

A CEI terá prazo inicial de 120 dias, prorrogável por igual período, para investigar possíveis irregularidades no contrato e nos serviços do Consórcio Limpa Gyn na capital.

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CEI do Limpa Gyn define comando e regras para funcionamento

Política

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Matéria - Política

Crise 

WEBSTORIES PCC COMBUSTIVEL

Uma força-tarefa com 1.400 agentes cumpriu nesta quinta-feira (28) mandados de busca, apreensão e prisão em empresas do setor de combustíveis e do mercado financeiro suspeitas de serem utilizadas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). A meta é desarticular a infiltração do crime organizado em negócios regulares da economia formal.

Também foram realizadas outras duas operações sobre o mesmo tema pela Polícia Federal, a Quasar e a Tank.

No total, os agentes foram a campo em dez estados —São Paulo, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.

<div attr-cid="policy:1.3305495" attr-version="policy:1.3305495:1756397947" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3305495" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3305495', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3305495">WEBSTORIES PCC COMBUSTIVEL (1.3305495)</a></div>

Veja os números citados pela Receita e pela Polícia Federal em entrevista nesta quinta (28).

Número de operações e escopo:

- Três operações investigaram a infiltração do PCC em atividades da economia formal, em 10 estados: São Paulo, Bahia, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.

- Só na Receita Federal, havia 350 auditores na rua ajudando a cumprir os mandados.

- No total, mais de 1.400 profissionais do Estado brasileiro (policiais federais, militares, civis, Receita etc.) agiram na operação

Mandados e prisões:

- Na operação de São Paulo (Quazar), foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão.

- Na operação do Paraná, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão preventiva.

- Inicialmente, cinco pessoas foram presas no dia. Posteriormente, o diretor-geral da PF informou que uma sexta pessoa foi presa em Santa Catarina, totalizando 6 presos dos 14 mandados.

- Os alvos envolvem 41 pessoas físicas e 255 pessoas jurídicas.

Valores bloqueados/apreendidos e patrimônio dos criminosos:

- Uma fintech central do esquema criminoso, investigada na Operação Carbono Oculto, movimentou R$ 47 bilhões de 2020 a 2024, fora do radar da Receita Federal.

- A Receita Federal já tem mais de R$ 8,4 bilhões lançados em autuações fiscais e mais autos de infração a serem formalizados.

- A Justiça Federal autorizou o bloqueio de até R$ 1,2 bilhão, valor correspondente às autuações fiscais já realizadas.

- Mais de R$ 300 mil em dinheiro foram apreendidos.

- Foram apreendidos 141 veículos.

- Houve determinação judicial de sequestro de 100 veículos adicionais.

- Foram sequestrados 192 imóveis e duas embarcações.

Fundos de Investimento:

- A equipe para fraude estruturada da Receita Federal investigou fundos por onde transitaram R$ 52 bilhões em 4 anos.

- Foram identificados 40 fundos de investimento ligados ao crime organizado.

- Esses fundos de investimento são fundos imobiliários e fundos multimercado com patrimônio de R$ 30 bilhões.

- O bloqueio total de 21 fundos de investimento foi realizado.

- Três gestores que administram esses fundos fechados, alguns com cotista único ou empresas intermediárias.

- Os fundos fechados investigados tinham bens adquiridos como um terminal portuário, quatro usinas produtoras de álcool, participação em duas outras usinas, uma frota de 1.600 caminhões e mais de 100 imóveis (incluindo seis fazendas avaliadas em R$ 31 milhões e uma residência avaliada em R$ 13 milhões).

141 carros apreendidos, 192 imóveis sequestrados, R$ 1,2 bi bloqueado, veja os números da megaoperação contra o PCC

Megaoperação contra o PCC teve 141 carros apreendidos, 192 imóveis sequestrados e R$ 1,2 bilhão bloqueado

Organização criminosa

Megaoperação contra o PCC

Atualizado em 03/09/2025, com declarações do ex-presidente da Goiás Bioenergia

Dez empresas de Senador Canedo, na Região Metropolitana de Goiânia, foram alvos de mandados de busca na megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (28) pela Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Federal e Ministério Público de São Paulo (MP-SP) <a href="https://opopular.com.br/esporte/reag-e-alvo-de-operac-o-e-grupo-que-fez-proposta-por-saf-do-vila-nova-vai-trocar-gestora-1.3305551" target="_self">para investigar a infiltração do crime organizado no setor de combustíveis, com suspeita de esquemas de fraudes e lavagem de dinheiro.</a> O dado foi divulgado pela Receita, em um total de 315 mandados, mas o órgão não informou os nomes das empresas.

Lista divulgada pelo portal UOL aponta também uma usina de Porteirão (GO) entre as pessoas jurídicas investigadas na operação, batizada de Carbono Oculto. Além disso, o MP-SP informou, em entrevista coletiva, que as apurações já identificaram uma rede de postos de combustíveis em Goiás usada para atender interesses da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo os investigadores, a rede não foi alvo nesta quinta porque a operação focou no “andar de cima”.

<ul>
	<li>Assista vídeo da TV Anhnaguera com mais detalhes desta operação em Goiás:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/megaoperacao-combater-crime-organizado-em-esquema-de-fraudes-13880195.ghtml" target="_blank">Megaoperação combater crime organizado em esquema de fraudes</a></li>
</ul>

Três bases de <a href="https://opopular.com.br/cidades/megaoperac-o-em-goias-e-mais-sete-estados-mira-esquema-bilionario-do-pcc-no-setor-de-combustiveis-1.3305361" target="_self">armazenamento de combustíveis de Senador Canedo ficaram fechadas para o cumprimento dos mandados</a>, mas não necessariamente são alvos, já que cedem espaço para operação de outras empresas. Uma delas, a DCT, divulgou nota afirmando que uma das distribuidoras que operam em sua base é a única investigada, sem informar nome.

<div attr-cid="policy:1.3305908" attr-version="policy:1.3305908:1756476391" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3305908" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3305908', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3305908">Megaoperação contra o PCC (1.3305908)</a></div>

A usina citada na lista do UOL é a Goiás Bioenergia, que opera em Porteirão, na Região Sul do Estado. Não há informação se ela foi alvo de alguma medida cautelar autorizada na operação desta quinta.

Em 2020, grupo de Jundiaí (SP) anunciou investimentos na Goiás Bionergia em Porteirão, em acerto para receber incentivos fiscais do governo estadual. A gestão divulgou release que falava em investimento de R$ 265 milhões e geração de 370 empregos diretos e mil indiretos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/opiniao/editorial/crime-organizado-1.3305777" target="_self">Crime organizado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/acesso-ao-coaf-permitiria-chegar-mais-rapido-a-fraudes-diz-caiado-1.3305779" target="_self">Acesso ao Coaf permitiria 'chegar mais rápido' a fraudes, diz Caiado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/presidente-do-conselho-do-vila-nova-diz-que-nova-proposta-por-saf-esta-suspensa-apos-investigac-o-1.3305651" target="_self">Presidente do Conselho do Vila Nova diz que nova proposta por SAF está suspensa após investigação</a></div>

Na ocasião, o então presidente da usina, Marcio Barbero, afirmou que os incentivos foram fundamentais para escolha de Goiás. “O governo oferece diversos incentivos que estamos usufruindo. É válido e indico o Estado para investidores parceiros”, disse, segundo a divulgação do governo. A reportagem não conseguiu contato com a empresa no celular de São Paulo informado à Receita.

Barbero disse ao POPULAR que vendeu a empresa antes mesmo de receber os incentivos fiscais e de operar a usina, em 2021, para um fundo de investimento (BFL Vinte e Um). No registro da Receita, o atual representante legal e diretor é Marcos Guardiano, com quem a reportagem não conseguiu contato. Barbero afirma ainda que não tem conhecimento sobre as atividades da empresa depois da venda nem relação com os investigados.

O ex-presidente também diz que a Goiás Bioenergia S/A, sob sua gestão, não tinha qualquer ligação com a Usina Goiás Bioenergia Açúcar e Álcool Ltda., com sede em Goiânia, também investigada na operação.

<div attr-cid="policy:1.3305495" attr-version="policy:1.3305495:1756397947" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3305495" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3305495', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3305495">WEBSTORIES PCC COMBUSTIVEL (1.3305495)</a></div>

A lista divulgada pelo UOL inclui cinco empresas que operam em Senador Canedo, segundo relação disponível no site da Agência Nacional de Petróleo (ANP): Rede Sol Fuel Distribuidora S/A; Império Comércio de Petróleo Ltda.; Alpes Distribuidora de Petróleo Ltda.; Petroworld Combustíveis S/A; e Orizona Combustíveis S/A. A reportagem não conseguiu contato nos telefones informados pelas empresas no cadastro na Receita Federal ou em sites e redes sociais.

A megaoperação apura vários elos da cadeia de combustíveis e diversos núcleos de atuação criminosa, sem divulgação sobre as apurações relacionadas a cada empresa suspeita. Assim, não é possível saber se as distribuidoras e a usina de Goiás são suspeitas de adulteração de combustível, sonegação de impostos, lavagem de dinheiro ou outros crimes.

<ul>
	<li><a href="https://opopular.com.br/canal" style="font-size: 12px;" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a></li>
</ul>

Além de Goiás, a operação cumpriu mandados em sete estados: São Paulo, Espírito Santo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina. Também houve autorização judicial para bloqueio de mais de R$ 1 bilhão em bens dos envolvidos. As investigações incluem suspeitas sobre operações financeiras realizadas por meio de fintechs em tentativa de dificultar o rastreamento dos valores transacionados e “camadas de ocultação” para impedir a identificação os beneficiários.