O Tribunal de Justiça de Goiás condenou Daniel da Silva e Souza a 32 anos e 8 meses de prisão por ter <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresaria-e-encontrada-morta-no-proprio-carro-em-aguas-lindas-de-goias-1.3205743" target="_blank">matado e abandonado o corpo da empresária Belmira Alves Ribeiro</a>, de 71 anos. O crime aconteceu no final do mês de outubro de 2024, na zona rural de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.&nbsp;

O POPULAR não conseguiu entrar em contato com a defesa de Daniel da Silva e Souza até a última atualização desta matéria.&nbsp;

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Segundo a sentença proferida pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Águas Lindas de Goiás, Daniel foi condenado por roubo majorado com resultado em morte. O crime teve agravamento pelo uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e pela prática do delito contra idoso.&nbsp;&nbsp;

Além disso, o réu foi acusado por tentativa de ocultação de cadáver e corrupção de menores, visto que para cometer o crime contou com a ajuda de dois adolescentes.&nbsp;

Com a somatória das penas, Daniel acabou condenado a 32 anos e 8 meses de reclusão, em regime fechado, bem como ao pagamento de 236 dias-multa e R$ 50 mil como danos morais à família da vítima.&nbsp;

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<h2>Relembre o caso&nbsp;</h2>

O crime aconteceu no dia 29 de outubro e a vítima foi morta com golpes de facas, pauladas e pedradas. O corpo da empresária foi encontrado dentro da caçamba de uma caminhonete, enrolada em cobertas, nu e com sinais de violência no pescoço.&nbsp;

Na época dos fatos, a PM disse que os envolvidos disseram em depoimento que a intenção inicial era apenas roubar. Inclusive, durante os interrogatórios, os acusados apresentaram versões conflitantes dos fatos. Daniel disse ter ficado apenas do lado de fora, recolhendo objetos da vítima, enquanto um dos adolescentes cometia o homicídio.&nbsp;

Ainda segundo Daniel, o corpo seria jogado no Rio dos Macacos, e a caminhonete, vendida em Goiânia. Os adolescentes, contudo, responsabilizaram-se mutuamente pela execução do homicídio.&nbsp;&nbsp;

Acusado de matar empresária e abandonar corpo em carro é condenado a 32 anos de prisão

Cidades

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Matéria - Cidades

JUSTIÇA

Webstore - Veja quem era a empresária

Uma mulher gentil, amada e trabalhadora, é assim que a empresária Leila Portilho, de 51 anos, é descrita por amigos e pessoas próximas. A mulher, que era dona de uma loja de cosméticos em Goianésia, cidade da região Central de Goiás, <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-mata-a-mulher-e-se-mata-em-seguida-em-goianesia-diz-delegada-1.3239608" target="_blank">foi morta a facadas pelo companheiro na última segunda-feira (10)</a>. A informação foi confirmada pela delegada Ana Carolina Pedrotti. As motivações do crime ainda estão sendo investigadas.

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Nas redes sociais, amigos e familiares de Leila lamentaram a tragédia, que gerou grande comoção no município. A empresária deixou dois filhos: uma advogada e um contador. Era no seu perfil que Leila compartilhava sua paixão pela maternidade, por viagens e pelo então companheiro. As mensagens de despedida foram deixadas nos comentários das fotos compartilhadas por ela.

<cite>Estou muito triste pela forma que você se foi. Mas seus filhos e sua família se consolam sabendo da pessoa que você era. Tinha caráter, era linda, gentil e muito trabalhadora”, escreveu uma amiga.</cite>

<cite>Muito triste para todos nós. Não dá para acreditar”, escreveu um amigo.&nbsp;</cite>

<cite>Estou tão triste. Você era uma amada mulher. Deus a tenha no reino de glória. Não só a sua família está em luto, mas os amigos também. Uma tristeza imensurável”, desabafou outra amiga.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-mata-a-mulher-e-se-mata-em-seguida-em-goianesia-diz-delegada-1.3239608" target="_blank">Empresário mata a mulher e se mata em seguida em Goianésia, diz delegada</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-suspeito-de-atirar-contra-a-ex-e-o-atual-namorado-dela-1.3238478" target="_blank">Homem é preso suspeito de atirar contra a ex e o atual namorado dela</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/professora-morta-pelo-marido-tinha-feito-pos-graduac-o-e-pensava-em-dar-aula-de-graca-na-aposentadoria-diz-filha-1.3237303" target="_blank">Professora morta pelo marido tinha feito pós-graduação e pensava em dar aula de graça na aposentadoria, diz filha</a></div>

<h2>Morte&nbsp;</h2>

<img attr-cid="policy:1.3239613" attr-version="policy:1.3239613:1741641591" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3239613/WhatsApp Image 2025-03-10 at 18.23.10.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Gilvan Pires se enforcou após esfaquear a esposa Leila Portilho (Reprodução/Redes sociais)

De acordo com a titular da Delegacia da Mulher (Deam) de Goianésia, um homem, identificado como Gilvan Pires, de 53 anos, desferiu diversas <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-mata-a-mulher-e-se-mata-em-seguida-em-goianesia-diz-delegada-1.3239608">facadas em Leila</a>. Após esfaquear a vítima, de acordo com Pedrotti, o suspeito, que era empresário do ramo de transportes, se enforcou. Não há informações sobre o tempo de relacionamento dos dois.&nbsp;

Conforme informações do Corpo de Bombeiros, a vítima foi resgatada ainda com vida e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas morreu no local.

Segundo a Polícia Científica, a provável causa da morte da vítima, que foi atingida com 29 facadas nas regiões do tórax, abdômen e membros, é de choque hipovolêmico devido à perda significativa de sangue e fluidos corporais.

<div attr-cid="policy:1.3240176" attr-version="policy:1.3240176:1741777749" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3240176" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3240176', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3240176">Webstore - Veja quem era a empresária (1.3240176)</a></div>

Veja quem era a empresária morta pelo marido a facadas em Goianésia

GENTIL E AMADA

Uma mulher suspeita de participar de um ataque a banco no Distrito Federal foi presa por policiais civis&nbsp;em Águas Lindas de Goiás, na região do Entorno do DF. Além da mulher, outros&nbsp;seis participantes já foram identificados, quatro estão presos e dois, foragidos.&nbsp;

Por não ter o nome divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa da suspeita até a última atualização desta matéria.&nbsp;

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A mulher foi presa nesta quarta-feira (26), pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Segundo a PCDF, as investigações apontam que a mulher participou da abertura dos cofres e também atuou como olheira no ataque à agência do Banco do Brasil de Brazlândia (DF) ocorrido no começo do mês de fevereiro.&nbsp;

A suspeita estava em prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica no momento do crime. De acordo com a investigação, para impedir a transmissão de dados de localização, a mulher cobriu a tornozeleira com papel alumínio. Porém, foram captados dados de temperatura e detectado o aquecimento expressivo da tornozeleira, indicando a atuação da autora na abertura dos cofres da agência.&nbsp;

A polícia informou que a mulher presa possui antecedentes criminais e já esteve envolvida em quatro roubos.&nbsp;

<h2>Entenda o crime&nbsp;</h2>

O ataque a agência do Banco do Brasil, em&nbsp;Brazlândia, aconteceu no dia 9 de fevereiro. Segundo investigações da&nbsp;PCDF, os assaltantes entraram pelo telhado de uma sala ao lado do cofre, arrombaram o compartimento e levaram cerca de R$ 70 mil.&nbsp;

De acordo com a PCDF, a ação foi planejada por pelo menos quatro pessoas que viviam em uma casa vizinha à agência bancária. Os suspeitos se dividiram em tarefas e monitoraram as adjacências do banco durante o final de semana. Além disso, no dia seguinte ao ataque, o grupo se reuniu em um restaurante e exibiu parte do dinheiro furtado.&nbsp;&nbsp;

Mulher suspeita de participar de assalto a banco no DF é presa em Goiás

ÁGUAS LINDAS

O juiz do Juizado de Violência Doméstica contra a Mulher de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, mandou soltar um suspeito de agredir a companheira. Ele tinha sido preso e na audiência de custódia a juíza Lívia Vaz da Silva converteu o flagrante em prisão preventiva. No entanto, a decisão foi revisada pelo magistrado Felipe Morais Barbosa, que entendeu que a manutenção da prisão foi motivada por "feminismo punitivista".&nbsp;

<cite>Interpretar que o juiz pode de ofício, mesmo com manifestação expressa do Ministério Público pela liberdade e sem pedido da autoridade policial de prisão, viola o sistema acusatório", declarou o juiz, ao POPULAR.</cite>

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O POPULAR não conseguiu o contato da juíza Lívia Vaz da Silva e nem com o contato da defesa do suspeito de agredir a esposa até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

A titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, delegada Tamires Teixeira, citou um dispositivo na Lei Maria da Penha que permite ao juiz decidir pela prisão preventiva mesmo sem pedido do Ministério Público ou da autoridade policial.&nbsp;

<cite>Entretanto, o entendimento majoritário é de que esse dispositivo teria sido revogado pelo Pacote Anticrime, principalmente após a súmula 676 do STJ [Superior Tribunal de Justiça] que proíbe essa decretação de prisão espontânea pelo juiz", destaca a delegada.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-e-arrastada-por-carro-em-movimento-apos-discuss-o-com-o-marido-diz-policia-1.3220112">Mulher é arrastada por carro em movimento após discussão com o marido, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pm-e-baleado-ao-tentar-proteger-namorada-de-agress-es-do-ex-diz-policia-1.3231962">PM é baleado ao tentar proteger namorada de agressões do ex, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/professora-que-denuncia-ter-perdido-parte-da-audic-o-apos-ser-espancada-pelo-ex-diz-que-precisa-de-remedios-para-dormir-1.3219369">Professora que denuncia ter perdido parte da audição após ser espancada pelo ex diz que precisa de remédios para dormir</a></div>

Segundo Teixeira, a juíza pode ter utilizado do dispositivo como fundamento jurídico para converter o flagrante em prisão preventiva na audiência de custódia.&nbsp;

Acerca das duas decisões controversas, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que "não comenta decisão judicial e os magistrados não comentam os casos que estão julgando". O POPULAR entrou em contato com o MP-GO, para comentar sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

Na decisão, que concedeu liberdade provisória ao suspeito, Barbosa citou que a juíza Lívia Vaz tinha destacado ser a única mulher presente na sessão e que teria optado "'por romper com o sistema processual acusatório’, acrescentando que enquanto puder salvar a vida de uma mulher manterá o suposto agressor preso". Na sentença, o juiz ressalta que o MP se manifestou pela liberdade do investigado.&nbsp;&nbsp;

<cite>Esse ponto é fundamental para evitar que o feminismo seja capturado por narrativas punitivistas, que não apenas reforçam a seletividade do sistema penal, mas também reproduzem lógicas autoritárias que historicamente prejudicam grupos vulnerabilizados,"&nbsp; comentou na sentença o juiz.&nbsp;</cite>

Embora tenha decidido pela soltura do suspeito, Barbosa determinou medidas cautelares contra o suspeito, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se aproximar da vítima e a participação nas palestras mensais para homens autores ou investigados por delito de violência doméstica.&nbsp;

Na decisão, o juiz também fez críticas ao uso inadequado da Justiça apenas para a imposição de penas privativas de liberdade.

<cite>A história demonstra que não colhemos bons frutos quando o Estado Juiz passa a agir com lógica policialesca, com a lógica do encarceramento, ainda que na defesa dos vulneráveis. Além de poder comprometer a imparcialidade, pela própria lógica da 'dissonância cognitiva' a população mais vulnerável tende a ser a mais afetada", disse Barbosa.</cite>

<h2>Prisão&nbsp;</h2>

O investigado foi preso no último dia 10 suspeito de agredir a companheira depois de uma crise de ciúmes. Segundo a polícia, o homem teria xingado a mulher de "piranha, vadia, vagabunda" e jogado contra ela uma boneca, que causou um ferimento no rosto da vítima. Ele passou por audiência de custódia, no dia 12, e foi mantido preso. E no dia seguinte, em nova decisão, o suspeito foi solto.

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Juiz manda soltar suspeito de agredir a companheira e diz que prisão foi motivada por 'feminismo punitivista'

Justiça

Quando assumir na tarde desta segunda-feira (3) a presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), o desembargador Leandro Crispim, 63 anos, atinge o último degrau de uma carreira desenhada ainda muito jovem, quando entrou nesse ambiente como datilógrafo. O vínculo, entretanto, iniciou bem mais cedo, no nascimento circunstancial em Goiatuba, comarca então conduzida pelo pai, Geraldo Crispim Borges. Mesmo antes de optar pelo Direito, Leandro Crispim ocupou diversos cargos dentro do Judiciário. Quando o pai assumiu a presidência do TJ-GO em 1985, recém-graduado foi seu chefe de gabinete.

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Para o desembargador Leandro Crispim, sua posse na sede do TJ-GO, no Setor Oeste, é carregada de simbolismo. Foi seu pai, ao lado do então governador Onofre Quinan, que inaugurou o prédio em junho de 1986. Ele vivenciou o momento, um ano antes da aprovação no concurso da magistratura. Naqueles idos, a convocação dos aprovados era lenta e Leandro Crispim assumiu a primeira comarca, Uruana, somente em 1988. Vieram depois Crixás, Anápolis (berço de sua família) até o retorno para Goiânia onde foi juiz da 3ª Vara Cível até 2007, quando foi promovido a desembargador.

Após várias funções, foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral no biênio 2020-2022. Seu último cargo na composição principal do TJ-GO, na gestão de Carlos Alberto França, foi a Corregedoria-Geral de Justiça, o mesmo que o pai tinha ocupado antes da presidência. Ao POPULAR, Leandro Crispim detalha seus planos para os próximos dois anos (2025-2027) à frente do Judiciário goiano. Confira os principais trechos da entrevista. 
 
Quais as suas prioridades como presidente do TJ-GO? 
A minha gestão terá basicamente três vertentes: a primeira é oferecer melhor condição de trabalho aos servidores, investir na qualidade de vida deles criando jogos internos e maratonas e construir uma creche no Fórum Cível; a segunda é investir em Inteligência Artificial para ajudar no trabalho dos magistrados e servidores. Estou criando uma secretaria específica. Vamos investir pesadamente em IA e outras tecnologias para dar conta da avalanche de processos que recebemos todos os anos. O TJGO tem julgado uma média de 1 milhão de processos por ano; a terceira vertente é dar uma melhor moldagem ao Poder Judiciário a partir dos vários setores e cargos criados pelo desembargador Carlos França, uma sintonia fina da máquina administrativa.

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Dentro do que foi implantado pelo desembargador Carlos França, o que pretende dar continuidade? 
A praticamente todas as ações. Pedi um levantamento para tomar pé da máquina administrativa, mas meu foco é implementar em breve mais um concurso de juiz para preencher as vagas na magistratura. Temos uma lacuna muito grande nas comarcas iniciais. O ideal é que no final da minha gestão tenha juiz em todas as comarcas do Estado para agilizar a prestação do trabalho, fazendo com que nossa Justiça funcione da forma mais célere possível. Também quero fazer um concurso para cartórios para suprir de 150 a 170 vagas. Vou ainda tocar o projeto Raízes Kalunga. É importante legalizar as terras para dar melhor qualidade de vida a essa comunidade.

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Outra ação que o desembargador Carlos França anunciou há pouco foi a revitalização de 24 prédios do TJ-GO. Como será esse trabalho? 
Será uma maratona. Como corregedor viajei por todas as regiões e muitos prédios precisam passar por reforma e receber novo mobiliário. Pretendo construir também o Fórum Criminal, em Goiânia, no Parque Lozandes. O prédio do Jardim Goiás está em reforma e será transformado na sede dos antigos juizados especiais e Zonas Recursais. O Juizado da Infância e Juventude também será transferido para lá. Acredito que em três meses a obra será finalizada.

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O Judiciário goiano enfrenta um grande problema que é manter magistrados em comarcas distantes. O que será feito para evitar isso? 
O atual corregedor nacional, o ministro Mauro Campbell Marques, é muito atento a isso. Ele tem uma normatização forte no sentido de os magistrados estarem presentes nas comarcas do interior. Nós não tínhamos nem juiz para colocar nas comarcas. Fizemos dois concursos, mas é lacuna demais, aproximadamente cem vagas, e tem a movimentação da carreira, muita gente se aposentou. Agora, aprovado no concurso, o juiz terá de ir para o interior. O Conselho Nacional de Justiça autorizou criar incentivos para que juízes fiquem em comarcas mais longínquas e mais difíceis de trabalhar. Recentemente foram empossados 44 magistrados que estão fazendo o curso inicial. Eles serão lotados no interior.

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Este cargo o assusta? 
A responsabilidade é grande porque vou suceder um presidente que teve uma gestão exitosa. O TJ-GO está sendo me passado com três selos diamante que é o reconhecimento Conselho Nacional de Justiça (CNJ) da qualidade da gestão. Mas passei por outras gestões, sei como funciona a máquina judiciária. Eu me sinto capacitado para assumir a presidência e tocar esse legado. Recebo com humildade e serenidade.

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Essa cadeira tem grande visibilidade e até pelas relações institucionais com os demais poderes pode gerar críticas. Como pretende lidar com elas?

Conheço o governador Ronaldo Caiado desde a época em que eu era juiz eleitoral em Anápolis e temos uma excelente relação pessoal. Pretendo manter uma relação institucional respeitosa com ele e com o Legislativo, como fizeram os presidentes anteriores. Fazemos parte da engrenagem do estado e, além da parceria, vamos manter nosso compromisso com a sociedade, com autonomia e imparcialidade em nossos julgamentos.

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O TJ-GO tem realizado um intenso trabalho contra a violência doméstica. As ações terão continuidade? 
Sim, é uma situação muito preocupante. A nossa Coordenadoria Estadual da Mulher tem um programa ao qual vamos dar ampla continuidade. Agora, por exemplo, com a aproximação do Carnaval, estamos investindo no bloco Nem Vem, que realiza uma ação de conscientização sobre a violência e o assédio sexual contra a mulher. Ele vai sair no dia 21 deste mês pelo terceiro ano consecutivo. Pretendo fazer novas parcerias e imprimir a nossa assinatura no combate à violência doméstica.

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Qual é sua opinião sobre o fato de até hoje, em 150 anos de história, o Judiciário goiano não ter sido presidido por uma mulher? 
O Judiciário, de uma forma geral, tem uma estrutura masculina e isso é uma coisa antiga. É um contexto profundo e enraizado. Em alguns tribunais não têm magistradas suficientes nem para cumprir a paridade de gênero estabelecida pela resolução 525/2023, do CNJ, que aumenta a participação feminina em cargos de decisão. Aqui no TJ-GO, o que posso falar é que estou bastante atento a isso e na minha gestão é um tema que vou dar prioridade, procurar de forma atenciosa suprir essa desigualdade de gênero. Hoje, os três principais foros de Goiás - Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis - são dirigidos por mulheres. Pode ter certeza de que no futuro próximo teremos uma presidente mulher.