Atualizada às 20h45 de 08/04/2019A Base Aérea de Anápolis recebeu na manhã desta segunda-feira (8), a jovem cientista árabe, Alia Al Mansoori, de 16 anos, que pediu para conhecer a estrutura e organização do local. Além disso, durante a tarde, a garota conversou com mais de 900 alunos do ensino fundamental do Colégio Estadual da Polícia Militar de Goiás Dr. César Toledo, sobre a importância da ciência para o crescimento das crianças e desenvolvimento dos países. Alia Al Mansoori nasceu em Dubai e em 2017 venceu a competição "Genes in Space UAE", onde conseguiu enviar pela agência espacial americana Nasa um experimento que se propõe a estudar como a exposição ao espaço sideral afeta a saúde dos organismos vivos. Sua experiência foi carregada no foguete Space X Falcon 9, em agosto de 2017, em direção à Estação Espacial Internacional, onde é monitorado por astronautas.Com artigos sobre o seu estudo publicados em importantes revistas científicas como, por exemplo, a Public Library of Science (Plos), de São Francisco, Califórnia, a emiradense está se tornando uma referência na área. Atualmente, a adolescente trabalha e estuda para alcançar seu próximo e ambicioso objetivo: se tornar uma astronauta.Alia Al Mansoori, está no Brasil desde a semana passada e já esteve em cidades como Curitiba, onde palestrou para alunos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR); Brasília, onde foi recebida pelo Ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes; e no Rio de Janeiro, onde visitou o Museu da Astronomia e Ciência Afins (Mast).Perguntas para Alia Al MansooriA garota de 16 anos, considerada um prodígio dos Emirados Árabes, afirmou que fica feliz em inspirar outras crianças à terem propósitos relevantes para a sociedade. Ela, que esteve em visita à Base Aérea de Anápolis, quer ser a primeira astronauta à pisar em Marte.Por que incluiu a Base Aérea de Anápolis em seu itinerário de visitas ao Brasil?A razão pela qual eu vim até aqui, é pelo meu amor por aviões. Desde que eu era uma criança muito pequena eu gosto de aeronaves e em especial, jatos e foguetes.O que chamou sua atenção durante a visita ao local?Estar aqui na Base Aérea me ensinou muito sobre o que o Brasil tem. O país tem uma tecnologia maravilhosa e que não é só vantajosa para os propósitos militares, mas também para proteger o meio ambiente, que é uma coisa que admiro muito, pois o Brasil tem a Floresta Amazônica.Quais são seus sonhos como cientista?Meu sonho como cientista é construir algo que irá criar um grande impacto. Não só para a comunidade, mas também para todo planeta e para toda a humanidade. Algo que realmente irá mudar o mundo e torná-lo um lugar melhor. Especificamente, eu quero assegurar uma forma para que as pessoas possam ir para o espaço de forma saudável e segura ao mesmo tempo, porque muitos astronautas que vão para o espaço desenvolvem câncer ou outras doenças. Eu quero aprender e descobrir maneiras de protegê-los quando eles retornam para o espaço e inovação para futuras missões espaciais.O que veio dizer às crianças e jovens brasileiros? Qual sua mensagem?Minha mensagem para todos vocês é: sigam seus sonhos e tentem fazer com que eles sejam os mais claros possíveis, para que vocês possam segui-los. Quando eu comecei a trabalhar no meu sonho, primeiro me assegurei de que ele era bem claro para mim: o porque eu queria aquele sonho, como realizaria esse sonho e quando eu o realizaria. Se você também tem um sonho, faça essa lista, se se questione e então trabalhe o mais duro possível para atingi-los.Como aconteceu seu envolvimento com a ciência tão precocemente?Eu sempre amei ler sobre ciência, mas, meu irmão foi o maior estímulo. Ele estuda fisiologia e ecologia e eu costumava ler seus livros da escola e me esforçava para entender, isso porque a genética é algo realmente complicado, então eu sempre pesquisava no Google. Eu acho que a curiosidade foi a responsável por esse amor pela ciência em uma idade tão precoce.(Mariana Carneiro, estagiária da OJC em convênio com a UFG)