Um grupo de estudantes da&nbsp;Escola Estadual Agnelo Ribeiro, no distrito de Roselândia, comeram&nbsp;brigadeiro feito com maconha e precisaram receber atendimento médico na manhã desta sexta-feira (14). De acordo com o Corpo de Bombeiros, os adolescentes, apresentavam comportamento eufórico, náusea e mal estar, porém com sinais vitais preservados.

<cite>O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 7h50 da manhã. Nossa guarnição foi prontamente ao local, no distrito de Roselândia. Fizemos toda a avaliação primária e depois transportamos os adolescentes, com idade entre 14 e 15 anos, para o Hospital Municipal de Bela Vista de Goiás", disse a aspirante oficial Ísis Menezes em entrevista à TV Anhanguera</cite>

Segundo a corporação, o resgate dos adolescentes contou com a ajuda de ambulâncias do&nbsp;Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Prefeitura de Bela Vista de Goiás. Os adolescentes&nbsp;foram levados para o Hospital Municipal de Bela Vista de Goiás, onde foram entregues à equipe médica e permanecem sob cuidados da unidade hospitalar.

A Polícia Civil foi acionada e investiga o caso para saber como os adolescentes conseguiram a droga. Em entrevista à&nbsp;TV Anhanguera, o&nbsp;delegado Antônio André Santos Júnior falou a respeito do que já foi apurado pela autoridade policial.

“Os adolescentes pegaram a receita em uma rede social. Fizeram a receita, derretendo a manteiga e misturaram a maconha nesse óleo da manteiga. Com isso, eles potencializaram o efeito da droga”, disse o investigador.

Ao POPULAR,&nbsp; a Secretaria de Estado da Educação de Goiás disse a equipe gestora do Colégio ao tomar conhecimento dos fatos encaminhou todos&nbsp;para o Hospital Municipal de Bela Vista, que é a unidade de saúde mais próxima, e&nbsp;acionou imediatamente os pais (leia a nota na íntegra abaixo).

Nota Seduce

"Em atenção à solicitação de informações sobre as 10 crianças que estudam no Colégio Estadual Agnelo Ribeiro, no distrito de Roselândia, em Bela Vista de Goiás, que chegaram passando mal à unidade escolar, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás esclarece: 
 
- As crianças, na faixa etária de 9 a 14 anos, já chegaram ao colégio apresentando sintomas de que não estavam bem; 
 
- Assim que tomou conhecimento do fato, a equipe gestora prontamente atendeu&nbsp;os estudantes&nbsp;e encaminhou todos&nbsp;para o Hospital Municipal de Bela Vista, que é a unidade de saúde mais próxima da unidade escolar; 
 
- Seguindo à risca as orientações do Protocolo de Segurança Escolar da Seduc/GO, a gestão do colégio acionou imediatamente os pais e/ou responsáveis pelas crianças para informá-los do ocorrido; 
 
- Equipes do colégio, da Coordenação Regional de Educação de Piracanjuba e da Superintendência de Segurança Escolar e Colégio Militar da Seduc/GO acompanham de perto o desenrolar dos fatos, em busca de esclarecimentos."

Alunos comem brigadeiro feito com maconha e são internados após intoxicação

Cidades

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Matéria - Cidades

ROSELÂNDIA

<img attr-cid="policy:1.3336350" attr-version="policy:1.3336350:1763036650" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3336350/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-11-13T092343.496.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Funcionárias da empresa trocando de roupa (Divulgação/Polícia Civil)

A operadora de máquinas Keorislene Bernadino, uma das <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-instala-cameras-para-filmar-funcionarias-nuas-trocando-de-roupa-diz-policia-1.3336347" target="_self">funcionárias filmadas trocando de roupa</a> em um frigorífico em Bela Vista de Goiás, revelou que tem medo de as imagens originais serem divulgadas na internet. Em entrevista à TV Anhanguera, a trabalhadora disse que, ao ser contratada pela empresa, estranhou a presença das câmeras e chegou a questionar a situação.

<cite>Uma líder disse que quem tinha acesso à câmera era só a menina do RH [Recursos Humanos]. A gente até comentava: para quê essa câmera? Porque a gente ficava praticamente nua. A gente não espera. Eu sou uma mãe de família. E se alguém soltar isso bem nítido para todo mundo ver?", desabafou.</cite>

Também à TV Anhanguera, uma outra funcionária, que não quis se identificar, afirmou que a situação é revoltante.

<cite>Pessoas e líderes de área ou encarregados tendo acesso a essas câmeras. E é onde a gente fica com vergonha. Eu espero que a justiça seja feita, que investiguem", compartilhou.</cite>

<ul>
	<li>Veja entrevista do delegado do caso na TV Anhanguera:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/video/empresario-e-suspeito-de-instalar-cameras-em-vestiario-e-filmar-funcionarias-nuas-14096854.ghtml" target="_blank">Empresário é suspeito de instalar câmeras em vestiário e filmar funcionárias nuas</a></li>
</ul>

O dono do frigorífico relatou à polícia que instalou as câmeras no local para tentar prevenir o furto de celulares e que a medida foi tomada após orientação do departamento jurídico. "Capturar essas imagens sem consentimento já é crime. Nós vamos investigar as pessoas que tinham acesso a essas imagens, quem tinha esse login e senha, e para quantas pessoas essas imagens foram compartilhadas", explicou o delegado do caso, Antônio André Santos, à TV Anhanguera.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-instala-cameras-para-filmar-funcionarias-nuas-trocando-de-roupa-diz-policia-1.3336347" target="_self">Empresário instala câmeras para filmar funcionárias nuas trocando de roupa, diz polícia</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/hospedes-encontram-camera-escondida-em-casa-alugada-de-pirenopolis-1.3307545" target="_self">Hóspedes encontram câmera escondida em casa alugada de Pirenópolis</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-o-que-se-sabe-e-o-que-falta-esclarecer-sobre-desaparecimento-de-mulher-que-cuidava-da-irm-1.3336325" target="_self">Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre desaparecimento de mulher que cuidava da irmã</a></div>

Posicionamento do frigorífico

A empresa em questão é a Kero Frango Alimentos, localizada na zona rural do município. Em uma nota publicada nas redes sociais, o frigorífico informou que o local mencionado não se trata de vestiário, mas sim de um guarda-volumes destinado exclusivamente ao armazenamento de pertences pessoais. "Algumas colaboradoras já foram advertidas quanto ao uso inadequado do referido espaço", diz parte do comunicado (leia na íntegra ao final do texto).

O frigorífico também esclareceu que não divulgou as imagens relacionadas ao caso e enfatizou que respeita a privacidade de todos os colaboradores. Nesta sexta-feira (14), o POPULAR entrou em contato com a empresa para pedir um novo posicionamento. A tentativa foi feita por mensagem de aplicativo. Porém, ainda não houve retorno.

Investigação

A investigação começou a partir de uma denúncia anônima. O dono do frigorífico foi levado à delegacia para prestar depoimento na última terça-feira (11) e, após algumas horas, foi liberado. O nome do empresário não foi divulgado.

Segundo a Polícia Civil (PC), ao chegarem à empresa, os agentes encontraram as câmeras funcionando. Além disso, elas estavam instaladas de uma forma que era possível registrar o espaço exato onde as trabalhadoras trocavam de roupa.

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Nota da empresa

A empresa vem, por meio desta, esclarecer informações inverídicas que têm circulado nas redes sociais acerca de recente acontecimento envolvendo seu quadro de colaboradoras.

Esclarecemos que o local mencionado não se trata de vestuário, conforme vem sendo alegado, mas sim de um guarda-volume destinado exclusivamente ao armazenamento de pertences pessoais. Algumas colaboradoras já foram devidamente advertidas quanto ao uso inadequado do referido espaço, em conformidade com as normas internas da empresa.

Cumpre informar, ainda, que as imagens relacionadas ao fato não foram divulgadas por esta empresa.

A empresa reitera seu compromisso com a transparência, a ética e o respeito à privacidade de todos os seus colaboradores, bem como com a estrita observância da legislação vigente e dos princípios que norteiam suas atividades.

Atenciosamente, 
Corpo diretivo da empresa Kero Frango Alimentos.

<img attr-cid="policy:1.3336356" attr-version="policy:1.3336356:1763036762" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3336356/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-11-13T092405.811.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
À esquerda, a Delegacia de Bela Vista de Goiás. À direita, as câmeras apreendidas pela polícia (Divulgação/Polícia Civil)

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Funcionária filmada trocando de roupa em frigorífico desabafa: 'Sou uma mãe de família'

IMAGENS ÍNTIMAS

<img attr-cid="policy:1.3336350" attr-version="policy:1.3336350:1763036650" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3336350/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-11-13T092343.496.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Funcionárias da empresa trocando de roupa (Divulgação/Polícia Civil)

Um empresário de Bela Vista de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia, é suspeito de instalar câmeras para filmar funcionárias enquanto elas trocavam de roupa no vestiário da empresa. O caso veio à tona após uma denúncia anônima e o proprietário foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos. As informações foram divulgadas pela Polícia Civil nessa quarta-feira (12).

A empresa em questão é a Kero Frango Alimentos, localizada na zona rural do município. Em uma nota publicada nas redes sociais, o frigorífico informou que o local mencionado não se trata de vestiário, mas sim de um guarda-volumes destinado exclusivamente ao armazenamento de pertences pessoais. "Algumas colaboradoras já foram advertidas quanto ao uso inadequado do referido espaço", diz parte do comunicado (leia na íntegra ao final do texto).

Segundo a PC, ao chegarem à empresa, os agentes encontraram as câmeras funcionando. Além disso, elas estavam instaladas de uma forma que era possível registrar o espaço exato onde as trabalhadoras trocavam de roupa. A investigação continua para apurar mais detalhes do caso e verificar se outras pessoas tiveram acesso às imagens íntimas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/hospedes-encontram-camera-escondida-em-casa-alugada-de-pirenopolis-1.3307545" target="_self">Hóspedes encontram câmera escondida em casa alugada de Pirenópolis</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-o-que-se-sabe-e-o-que-falta-esclarecer-sobre-desaparecimento-de-mulher-que-cuidava-da-irm-1.3336325" target="_self">Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre desaparecimento de mulher que cuidava da irmã</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/biomedica-desaparecida-veja-cronologia-do-caso-1.3335893" target="_self">Biomédica desaparecida: Veja cronologia do caso</a></div>

Segundo apurado pela TV Anhanguera, o proprietário prestou depoimento na delegacia e, em seguida, foi liberado. O nome dele não foi divulgado pela polícia.

Nota da empresa

A empresa vem, por meio desta, esclarecer informações inverídicas que têm circulado nas redes sociais acerca de recente acontecimento envolvendo seu quadro de colaboradoras.

Esclarecemos que o local mencionado não se trata de vestuário, conforme vem sendo alegado, mas sim de um guarda-volume destinado exclusivamente ao armazenamento de pertences pessoais. Algumas colaboradoras já foram devidamente advertidas quanto ao uso inadequado do referido espaço, em conformidade com as normas internas da empresa.

Cumpre informar, ainda, que as imagens relacionadas ao fato não foram divulgadas por esta empresa.

A empresa reitera seu compromisso com a transparência, a ética e o respeito à privacidade de todos os seus colaboradores, bem como com a estrita observância da legislação vigente e dos princípios que norteiam suas atividades.

Atenciosamente, 
Corpo diretivo da empresa Kero Frango Alimentos.

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<img attr-cid="policy:1.3336356" attr-version="policy:1.3336356:1763036762" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3336356/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-11-13T092405.811.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
À esquerda, a Delegacia de Bela Vista de Goiás. À direita, as câmeras apreendidas pela polícia (Divulgação/Polícia Civil)

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Empresário instala câmeras para filmar funcionárias nuas trocando de roupa, diz polícia

BELA VISTA DE GOIÁS

Vídeo YouTube

WEBSTORIES: Vejacaso da Avestruz Master

<div attr-cid="policy:1.3334444" attr-version="policy:1.3334444:1762637961" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3334444" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3334444', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3334444">Vídeo YouTube (1.3334444)</a></div>

A <a href="http://opopular.com.br/cidades/carne-era-vista-como-promessa-1.421305" target="_blank">promessa de altos rendimentos</a> e o investimento intenso em publicidade atraíram mais de 40 mil investidores a depositarem suas economias em avestruzes, em Goiás. A ave africana pode pesar até 140kg e botar, em média, 50 ovos por ano, cujo peso chega a incríveis 2kg cada um. O couro, a pena e até mesmo os ossos também são aproveitados. Parecia ser um grande negócio investir na Avestruz Master, até o Ministério Público Federal (MPF) descobrir que se tratava de uma pirâmide financeira e os investidores notarem seus lucros caírem.&nbsp;Com prejuízo estimado em R$ 1 bilhão, o caso é considerado um dos maiores golpes já aplicados no Brasil (veja o vídeo acima).

Recentemente, a Justiça declarou extinto o processo que punia todos os 18 acusados, incluindo ex-diretores, por fraudes na gestão da empresa em processo de falência. Os milhares que investiram no empreendimento ainda aguardam, sem esperança, algum ressarcimento.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.421375" attr-version="policy:1.421375:1703004333" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.421375/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Investidores da Avestruz Master fecharam o cruzamento da T-10 com a T-4, em Goiânia, no dia em que a empresa não abriu as portas na época (Diomício Gomes)

<h2>O grande negócio</h2>

Em 1998, a Avestruz Master Agropecuária Importação e Exportação Ltda inaugurou a fazenda em Bela Vista, com 3,8 mil aves. Foram investidos R$ 50 milhões e outros R$ 16 milhões com a construção de um frigorífico, que nunca foi terminado.&nbsp;&nbsp;

Era o tempo de ouro do avestruz no Brasil, ainda mais se considerar que o rebanho bovino estava, na época, fortemente ameaçado pela doença conhecida como “vaca louca". Fazendeiros de diferentes partes do estado passaram a destinar parte de seus investimentos e pastos para a criação da ave. Por questões de relevo e clima, a promessa era de que Goiás se tornaria o terceiro maior criatório de avestruzes do mundo, colocando o Brasil à frente da China.

De acordo com a Polícia Federal (PF), em 2004, foram gastos mais de R$ 4 milhões em publicidade. Em contraponto, naquele mesmo ano, foram gastos apenas R$ 100 mil com ração para as aves, segundo a investigação.&nbsp;

O investidor pagava cerca de R$ 4,6 mil por um casal de avestruzes com seis meses de idade. A promessa era de receber R$ 12 mil ao final de 18 meses. Dos 40 mil investidores que depositaram confiança no negócio, 30 mil eram goianos. O grupo ofereceu contratos de compra e venda das aves. O retorno mínimo era de 10% investidos.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.421398" attr-version="policy:1.421398:1762459082" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.421398/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Antes: aves alimentadas em fazenda da Avestruz Master (Reprodução)

Ao POPULAR, o presidente da Associação Nacional dos Investidores da Avestruz Master (Anavestruz), Eduardo Scartezini, afirmou que os proprietários prometiam uma “lucratividade absurda”. Segundo ele, no início, quem entrou no negócio teve retorno, o que levou boa parte deles a investirem ainda mais.&nbsp;

<cite>Os que retiravam parte do lucro para investir em coisa real, até podem ter se dado bem, mas muita gente vendeu tudo que tinha para investir lá. Prometiam que em três meses você teria a lucratividade que jamais alcançaria em um ano de investimentos normais. Uma verdadeira pirâmide”, revelou.&nbsp;</cite>

Para ele, pouco tempo depois ficou claro que os investidores “foram vítimas de um golpe”. Scartezini informou que a associação está, atualmente, inativa por falta de engajamento dos associados. Perguntado se eles ainda têm esperança de reaver os valores depositados na empresa, o presidente retrucou com outra pergunta: “Com qual dinheiro?”.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/carne-era-vista-como-promessa-1.421305" target="_blank">Carne era vista como promessa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/quebra-completa-8-anos-1.421377" target="_blank">Quebra completa 8 anos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/esperanca-esta-na-venda-de-3-apartamentos-1.421380" target="_blank">Esperança está na venda de 3 apartamentos</a></div>

<h2>Investigações e queda&nbsp;</h2>

Na época, o governo estadual se mobilizou diante da promessa de revolução agropecuária que o avestruz traria a Goiás. No entanto, ainda em 2002, três anos antes do início da crise da Avestruz Master, o estado encerrou o projeto, sem divulgar o motivo. Os produtores começaram a vender suas aves para outros criadores, principalmente de São Paulo, no mesmo ano.&nbsp;

Mesmo assim, o grupo passou a ter focos de atuação fora do território goiano, chegando a oferecer seus papéis para Tocantins, Mato Grosso, Distrito Federal, Minas Gerais, Bahia, Ceará e Pernambuco.&nbsp;Em comerciais, era anunciado dez filiais, 22 franquias e 30 fazendas em todo país, além de uma fábrica de ração e escritórios nos Estados Unidos. Eram 800 empregos diretos e 2 mil indiretos, conforme a publicidade.&nbsp;

A partir de 2004, foram detectados problemas de liquidez, e o Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação. Conforme a Procuradoria da República, o avanço da Avestruz Master no mercado provocou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), órgão que fiscaliza e regula investimentos, ações, fundos e ofertas públicas feitas ao público em geral. A instituição queria saber se a atividade desenvolvida pelo grupo estaria violando o sistema financeiro.&nbsp;&nbsp;

Após auditoria, foi concluído que a empresa atuava no mercado de capitais, contudo, a oferta pública dos contratos de investimentos coletivos (CIC) não tinha a autorização da CVM, o que configura crime contra o sistema financeiro.&nbsp;

O grupo foi multado por ofertar ao público Cédulas do Produto Rural (CPRs), com compromisso de recompra. Começou-se a atrasar pagamentos e a não honrar compromissos assumidos com investidores.&nbsp;&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3334614" attr-version="policy:1.3334614:1762713045" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3334614" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3334614', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3334614">WEBSTORIES: Vejacaso da Avestruz Master (1.3334614)</a></div>

Para o Ministério Público Federal de Goiás (MPF-GO), o negócio oferecia retorno apenas enquanto eram recrutados novos investidores, o que apontava uma espécie de pirâmide financeira. Ao Fato Típico, revista do Núcleo de Persecução Criminal da Procuradoria da República em Goiás (PR/GO), o perito contador da PF Marcos Roberto dos Santos explicou que o grupo ainda aplicava o esquema chamado de lucros fictícios.&nbsp;

"A empresa pegava a dívida do mês e passava tudo para lucro. Assim, os sócios poderiam fazer retiradas do caixa. Contabilmente, pode-se fazer essa manobra: faz-se o registro, anula-se a dívida, passa tudo para lucros e o sócio os retiram. Para se ter um exemplo, só em dezembro de 2004 a empresa pagou para os sócios R$ 6,9 milhões, tudo lucro fictício. Era, no papel, o negócio perfeito, porém, no dia em que tivessem que pagar a dívida, não haveria caixa”, afirmou o perito.&nbsp;

Com o andamento das investigações, de forma preventiva, o MPF solicitou ao Judiciário o arresto, sequestro e busca e apreensão de bens, bloqueio de contas bancárias e aplicações financeiras das empresas e dos sócios, em 2005, conforme informações da Câmara dos Deputados na época.&nbsp;

Foram sequestradas seis fazendas, das quais cinco estão localizadas em Bela Vista de Goiás e uma em Senador Canedo. Na relação de bens da família constam 35 carros e oito motos. Dos <a href="https://opopular.com.br/cidades/ferrari-apreendida-tem-divida-de-r-150-mil-1.92820" target="_blank">veículos apreendidos, sete de luxo</a> e uma moto Harley-Davidson estavam na sede da Polícia Federal em Goiânia. Entre os carros estavam um Hummer, avaliado em R$ 1,5 milhão.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.92819" attr-version="policy:1.92819:1762459099" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.92819/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Ferrari Modena F1 está sob proteção no pátio da Agência Municipal de Trânsito (Reprodução)

De acordo com informações da Câmara dos Deputados, em nota à imprensa na época, a empresa negou os problemas financeiros e atribuiu os atrasos a falhas na integração de sistemas entre as empresas do grupo e um frigorífico. As falhas teriam dificultado a venda de aves, acarretando transtornos financeiros e, consequentemente, a devolução de diversos cheques da empresa.&nbsp;

Algum tempo depois, o escritório da firma em Goiânia foi fechado e uma multidão de aproximadamente 400 pessoas, entre elas investidores, foi até a sede. Logo, a empresa reabriu as portas na promessa de parcelar dívidas, mas não foi cumprido.&nbsp;&nbsp;

Em 2006, as empresas do grupo foram definitivamente fechadas após a denúncia de procuradores da República com atuação na área criminal em Goiás, por crimes cometidos contra o sistema financeiro, contra a economia popular e contra as relações de consumo. Na época, foi decretada a prisão temporária da diretoria e pedida a falência da empresa.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.421399" attr-version="policy:1.421399:1703004480" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.421399/image/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Depois: hoje local é usado como pasto por empresa de laticínio (Zuhair Mohamad)

<h2>Prisões</h2>

Com a denúncia do MPF, a Justiça Federal de Goiás expediu, em novembro de 2005, mandados de prisão de pelo menos sete dirigentes do grupo Avestruz Master, incluindo o fundador, Jerson Maciel da Silva, e os filhos dele, o diretor comercial, Jerson Júnior, e a diretora financeira, Patrícia Áurea da Silva Maciel, além do genro Emerson Ramos Correa, ex-gestor e diretor.&nbsp;

O fundador morreu aos 68 anos, em 2008, enquanto cumpria prisão domiciliar. Ele sofria de câncer no fígado, diagnosticado há um ano. Dois anos depois, os dirigentes foram condenados em primeira instância, a pena que chegava a mais de 38 anos. <a href="https://opopular.com.br/economia/mpf-pede-aumento-de-pena-para-condenados-1.71896" target="_blank">A procuradoria da república chegou a solicitar aumento de penas</a> contra Emerson, Patrícia e Jerson Junior. Contudo, em outubro de 2013, as penas aplicadas foram reduzidas.&nbsp;

Jerson Júnior&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/filho-do-dono-da-avestruz-master-e-absolvido-de-fraude-fiscal-1.1000491" target="_blank">foi inocentado pela Justiça Federal</a>, em 2015, do crime de fraude fiscal em que a empresa teria descontado de trabalhadores quase R$ 120 mil referentes a Imposto de Renda Retido na Fonte, mas não teria repassado os valores à Receita Federal. Na decisão, o juíz disse que o crime foi comprovado, mas ficou demonstrado pela defesa que, apesar de Jerson Júnior "figurar como sócio da empresa, não era ele quem realmente administrava".&nbsp;&nbsp;

Em 2019, os dois filhos e o genro foram <a href="http://opopular.com.br/cidades/tres-ex-diretores-da-avestruz-master-s-o-presos-1.1889956" target="_blank">presos por crime contra o sistema financeiro</a> nacional. A Justiça determinou que os réus cumprissem a pena em regime semiaberto.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="http://opopular.com.br/economia/mpf-pede-aumento-de-pena-para-condenados-1.71896" style="font-size: 12px;" target="_blank">MPF pede aumento de pena para condenados</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/filho-do-dono-da-avestruz-master-e-absolvido-de-fraude-fiscal-1.1000491" target="_blank">Filho do dono da Avestruz Master é absolvido de fraude fiscal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/tres-ex-diretores-da-avestruz-master-s-o-presos-1.1889956" style="font-size: 12px;" target="_blank">Três ex-diretores da Avestruz Master são presos</a></div>

<h2>Extinção de crimes durante falência</h2>

Em abril de 2022, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) extinguiu o processo criminal que investigava 18 pessoas por supostas fraudes na gestão da empresa em processo de falência. A decisão, assinada pelo juiz Everton Pereira Santos reconheceu que todas as acusações prescreveram.&nbsp;

A ação foi aberta em 2007 após denúncia do Ministério Público, que apontava irregularidades como desvio de bens da massa falida, favorecimento de credores, omissão de informações contábeis e atos fraudulentos no curso da falência. O processo, no entanto, se arrastou por mais de 14 anos.&nbsp;

Ao analisar o caso, o magistrado concluiu que a pretensão punitiva estava prescrita tanto pelo tempo transcorrido quanto pela pena máxima possível para os crimes imputados. Houve também a redução do prazo prescricional pela metade para três acusados que possuíam mais de 70 anos.&nbsp;&nbsp;

O processo já havia registrado anteriormente a exclusão de três nomes por entender que não constituíam crimes contra eles. A punibilidade do proprietário Jerson Maciel da Silva e de outra mulher havia sido extinta devido suas mortes.&nbsp;

Com isso, o juiz decidiu encerrar o caso e entendeu que o estado não tem mais interesse em seguir com a ação penal. Assim, os acusados não podem mais ser punidos pelos crimes citados, e o processo foi arquivado.&nbsp;

Ainda tramitam diversos processos relacionados a credores, investidores, cobrança de impostos municipais e até um pedido de usucapião de uma das fazendas ligadas ao grupo, em Itapuranga

<h2>Reparação, ou, a tentativa dela</h2>

Em 2013, o POPULAR noticiou que <a href="https://opopular.com.br/cidades/quebra-completa-8-anos-1.421377" target="_blank">80% a 90% dos credores trabalhistas</a>, os primeiros a serem ressarcidos, já teriam recebido. Na última quarta-feira (5), a atual administradora da massa falida da Avestruz Master, Juliana Tomazini, disse que ainda há trabalhadores remanescentes a embolsar o acerto, com limitação de 150 salários mínimos. Ela não detalhou o número ou porcentagem, mas acrescentou que o pagamento depende do julgamento da ação de prestação de contas do administrador que a antecedeu.

Tomazini apontou que estão sendo vendidos os últimos patrimônios da massa. São um lote (um casa em ruínas na Avenida T-1) avaliada em R$ 600 mil, mais duas coberturas de mesmo valor (T-65 e T-4), todos em Goiânia. Porém, enquanto a disputa pelos apartamentos tramita, foram acumulados débitos de Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e condomínio, que serão descontados no valor. Há ainda dinheiro em espécie.&nbsp;

<cite>Tem também R$ 400 mil em dinheiro, da venda de um apartamento, depositado em conta vinculada ao processo a qual apenas a juíza titular pode autorizar acesso”, acrescentou.&nbsp;</cite>

Conforme os artigos 83 e 84 da Lei nº 11.101/05, que tratam da ordem de pagamento dos credores na falência, os créditos extraconcursais têm prioridade. Nessa categoria estão incluídas as remunerações do administrador judicial e de seus auxiliares, além de valores trabalhistas referentes a serviços prestados após a decretação da falência.&nbsp;

Também entram nessa lista as quantias fornecidas pelos credores à massa falida, as despesas com a administração e venda dos bens, as custas judiciais de processos perdidos pela massa. Por último, são as obrigações tributárias ou financeiras que surgirem depois da falência.&nbsp;&nbsp;

<cite>Esses débitos, a lei entende que devem ser pagos antes de qualquer um porque, sem eles, é impossível arrecadar ativo e pagar passivo”, afirmou a advogada.&nbsp;</cite>

Desde que Tomazini assumiu a administração da massa falida, por volta de 2017, ainda não foi remunerada, segundo ela.&nbsp;

"O primeiro administrador recebeu seus proventos. O segundo, recebeu por alguns anos, depois deixou de receber. Eu, quando cheguei, já não tinha condições de receber, porque a massa já não tinha ativos liquidados para isso e os poucos ativos que ainda restavam pendiam de decisões judiciais”, acrescentou.&nbsp;

Mais de duas décadas depois do auge da promessa de lucro fácil com o avestruz, o caso da Avestruz Master segue como um símbolo dos riscos do investimento sem transparência. Para milhares de vítimas, o que restou foi a lembrança amarga de um sonho que virou um dos maiores escândalos financeiros do país.

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Sede da Avestruz Master na Av. T-10 em Goiânia, em 2006. (Reprodução / MPF-GO)

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Avestruz Master: relembre história de empresa que causou prejuízos de R$ 1 bilhão a mais de 40 mil pessoas

SONHO VIROU PESADELO

<img attr-cid="policy:1.3328552" attr-version="policy:1.3328552:1761505171" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3328552/Proporção para foto do site (1).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Gelasio Franco Filho (Divulgação/ Delegado Humberto Teófilo)

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O ex-policial civil Gelasio Franco Filho, de 63 anos, foi preso nesta sexta-feira (7) em Petrolina de Goiás, no centro do estado. Ele estava foragido da Justiça, que pediu a iclusão do nome na <a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-pede-inclus-o-de-policial-condenado-por-estupro-na-lista-da-interpol-1.3328549" target="_self">lista vermelha da Interpol</a>, que reúne procurados internacionais. Gelasio foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão por estupro de vulnerável contra crianças de seu convívio familiar, em Anápolis.

O POPULAR não localizou a defesa de Gelasio até a última atualização desta reportagem.&nbsp; &nbsp;

De acordo com o delegado Humberto Teófilo, responsável pela investigação, Gelasio estava foragido desde o dia 10 de outubro. O delegado conta que as primeiras pistas apontavam que o ex-policial poderia estar escondido em uma casa no setor Jaó, em Goiânia.

<cite>Eu descobri que ele estava escondido em uma casa no setor Jaó. Pedi autorização judicial para ingressar na residência, e a própria OAB me acompanhou, porque havia suspeitas de que o dono da casa seria um advogado parente dele. Fizemos a diligência, mas não o encontramos”, relatou Teófilo.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/justica-pede-inclus-o-de-policial-condenado-por-estupro-na-lista-da-interpol-1.3328549" target="_self">Justiça pede inclusão de policial condenado por estupro na lista da Interpol | O Popular</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-deputado-iram-saraiva-junior-e-preso-suspeito-de-estuprar-crianca-de-2-anos-1.3319038" target="_self">Ex-deputado Iram Saraiva Júnior é preso suspeito de estuprar criança de 2 anos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-foge-de-ex-padrasto-apos-22-anos-de-violencia-e-carcere-privado-1.3314293" target="_self">Mulher foge de ex-padrasto após 22 anos de violência e cárcere privado</a></div>

Diante da dificuldade em localizá-lo, o delegado solicitou autorização judicial para divulgar a imagem de Gelasio e incluí-lo na lista vermelha da Interpol.

Após a divulgação da foto do foragido, as informações começaram a circular nas redes sociais e chegaram a diferentes forças policiais.

<cite>Compartilhei informações com a Polícia Militar. Inicialmente houve uma diligência em Nova Veneza, mas ele não foi encontrado. Depois, com novas informações sendo trocadas, conseguimos localizá-lo em Petrolina de Goiás”, contou o delegado.</cite>

A decisão, publicada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) no dia 22 de outubro, determinou a inclusão do mandado de prisão no sistema da Interpol. O documento afirma que a sentença transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos.

<cite>Isto posto, determino a inclusão do mandado de prisão por condenação definitiva expedido em desfavor de Gelasio no sistema de difusão vermelha da Interpol”, diz o trecho da decisão.</cite>

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O ex-policial foi preso em Petrolina de Goiás (Divulgação / Polícia Civil de Goiás)

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