A diretora da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás, Angelita Lima, afirma ao POPULAR que a sua nomeação para o cargo de reitora é uma “página triste” da instituição. Terceira da lista tríplice enviada após consulta interna, ela também adianta que vai “defender” o projeto ao lado de Sandramara Chaves, a mais votada em consulta interna. “Lamentavelmente, é a primeira vez que a universidade não tem o primeiro nome referendado. É uma página triste da UFG. Desde a minha graduação isso é respeitado. Estou aqui (como professora) há 20 anos e é triste. Estamos solidários à Sandramara”, comenta Angelita. Perguntada sobre os próximos passos, ela responde que ela e o grupo precisam de tempo. “Eu tenho uma resposta para isso que é a seguinte: em junho a lista tríplice foi formada e enviada ao Ministério da Educação. O governo (federal) controlou o relógio até o último minuto e tem apenas 24 horas que saiu a nomeação.” Ela completa que Sandramara continuará reitora em exercício até sexta (14).Ainda assim, a reitora nomeada adianta que seu mandato será de defesa do projeto eleito e que há tendência de presença de Sandramara na gestão. “Eu não estou fora do projeto. Estou no projeto e ela (Sandramara) não abandona o projeto. A forma de viabilizar isso não temos condições de responder. Nós vamos defender o projeto. Eu, Sandramara, Edward (Madureira Brasil, ex-reitor) e Jesiel Carvalho (primeiro nome da lisa tríplice para vice-reitor) vamos defender esse projeto.”Ao ser questionada sobre o tipo de participação de Sandramara, Angelita diz que não houve tempo para debater o assunto. “Embora soubéssemos do risco, ninguém contava que ela não fosse ser nomeada. A gente lutou muito por isso. Na vida real, se passou 24 horas. Acho até violento fazer qualquer tipo de pergunta desse tipo a ela. Temos direito de ter um tempo para discutir. De qualquer maneira, é público e notório que participei da campanha”, justifica. Sobre sua presença na lista tríplice, ela afirma que as três inscrições submetidas ao Conselho Universitário (Consuni) da UFG integravam o mesmo grupo. “Quem participou do projeto vitorioso se inscreveu. Seria lícito, embora não coerente com a UFG, que o projeto derrotado se inscrevesse. Sou parte desse projeto. A professora Karla (Emmanuela Ribeiro Hora, segundo nome da lista) fez parte desse projeto. A composição vai ao Consuni que é quem define a lista tríplice. Os mecanismos foram todos cumpridos”, defende. Ela também aponta que os questionamentos a respeito da situação devem ser dirigidos exclusivamente ao governo federal. “O fato de eu fazer do mesmo projeto não desqualifica a possibilidade de eu me inscrever em um edital aberto. O que desqualifica é o governo não nomear o primeiro nome da lista. Não podemos inverter”, finaliza.