Antes de matar ex-mulher no hipermercado e se suicidar, homem aumentou agressões

Um dia antes de <a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-o-que-se-sabe-sobre-caso-da-funcionaria-morta-pelo-ex-dentro-de-supermercado-1.3257879" target="_self">matar a ex-mulher no supermercado em que ela trabalhava e se matar em seguida</a>, o motorista de aplicativo Valdinez Borges de Oliveira, de 61 anos, mudou a foto do perfil no Whatsapp, o que chamou a atenção de familiares. A atitude faz parte de uma escalada na forma violenta como manifestava não ter aceitado a separação meses antes do crime, cometido na manhã de 24 de abril deste ano, em Goiânia. A informação consta no inquérito concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Poder Judiciário nesta semana.

Valdinez foi casado por 33 anos com Silvia Barros Marinho de Oliveira, de 60 anos, com quem teve dois filhos. Ela era dona de casa e há cinco anos resolveu fazer uma faculdade de Serviço Social e, mais recentemente, começou a trabalhar em um mercado na Avenida Perimetral Norte, no Setor Empresarial. O motorista desde o começo demonstrou insatisfação com as decisões da mulher e as brigas, que já eram comum antes, se agravaram. Em dezembro de 2024, ela se separou do marido e foi morar em um apartamento.

Silvia estava próxima à entrada do mercado quando o ex-marido chegou. O local de trabalho dela era no interior do estabelecimento, mas naquele instante um colega pediu para ela ficar no lugar dele por um momento, para que pegasse água nos fundos. A vítima ainda pediu para outra colega a substituir, porque viu o ex entrando, mas não houve tempo. Assim que se virou, encontrou Valdinez armado. Testemunhas disseram na delegacia que ele não falou muito: “Você achou que eu estava brincando? Está aqui a brincadeira”. A frase sugere que ele já havia ameaçado ela.

<ul>
	<li>Veja no g1 Goiás: <a href="https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2025/04/25/ex-matou-funcionaria-de-supermercado-com-dois-tiros-no-pescoco-um-no-peito-e-outro-no-braco-diz-policia.ghtml" target="_blank">Ex matou funcionária de supermercado com dois tiros no pescoço, um no peito e outro no braço, diz polícia</a></li>
</ul>

Familiares e pessoas próximas ao casal afirmaram em depoimento que a relação de Valdinez com a ex-mulher sempre foi conturbada e por motivos fúteis. As discussões seriam rotineiras e testemunhadas por terceiros, porém Sílvia não reclamava de agressões físicas ou ameaças. O motorista fazia questão de desmerecer os esforços e conquistas da mulher quando estavam juntos, principalmente quando ela começou a estudar. “Uma velha dessa estudando, não tem necessidade” era uma frase ouvida por parentes e relatada na delegacia.

Quando Sílvia começou a trabalhar, o então marido passou a buscar formas de incomodá-la, sugerindo entre outras coisas que passasse a ajudar nas despesas de casa, o que foi refutado pelos outros familiares. A separação teria se dado após mais uma discussão que começara por motivo aparentemente banal (o aparelho do ar condicionado ter permanecido ligado uma noite), mas que terminou de forma mais grave, com o motorista indo dormir fora de casa. Para a vítima, foi o estopim para o fim do casamento. Ela manteve firme sua decisão desde então.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-o-que-se-sabe-sobre-caso-da-funcionaria-morta-pelo-ex-dentro-de-supermercado-1.3257879" target="_self">Veja o que se sabe sobre caso da funcionária morta pelo ex dentro de supermercado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-usou-arma-de-ex-colega-de-trabalho-para-matar-funcionaria-de-supermercado-diz-policia-1.3256491" target="_self">Ex usou arma de ex-colega de trabalho para matar funcionária de supermercado, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/funcionaria-morta-em-supermercado-n-o-queria-que-ex-tivesse-acesso-a-ela-diz-delegada-1.3256415" target="_self">Funcionária morta em supermercado não queria que ex tivesse acesso a ela, diz delegada</a></div>

A saída de casa de Sílvia marcou uma nova etapa na forma violenta como Valdinez reagia. Ele não aceitava a separação e falava como se ainda fosse casado com a vítima. Silvia chegou a comentar com uma colega de trabalho que deixou o ex após descobrir algo errado que ele fez, comentando inclusive que ele já estava “velho demais” para fazer essa “coisa errada”, mas não detalhou a ninguém o que seria. Ainda em fevereiro, Valdinez chegou a ir até o mercado e até a nova residência da ex, sem ter indicado que faria isso. Não teve sucesso em encontrá-la.

Um dia, Valdinez abordou a ex na rua do prédio onde ela morava, desceu do carro e disse que “aceitava que ela voltasse” para retomarem o casamento, proposta recusada por ela. Ele voltou a ir à casa dela, mas foi barrado na portaria. Em abril, o motorista contratou um advogado, mas trocou dias depois dizendo que o mesmo não estava “do seu lado” e demonstrou irritação quando, cinco dias antes do crime, descobriu que a ex procurou a Defensoria Pública para tratar do divórcio. Na véspera do assassinato, Sílvia comemorou o aniversário de um dos filhos e folgou no serviço.

<div attr-cid="policy:1.3292392" attr-version="policy:1.3292392:1753449210" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3292392" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3292392', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3292392">Antes de matar ex-mulher no hipermercado e se suicidar, homem aumentou agressões (1.3292392)</a></div>

Valdinez manifestava contrariedade com o que chamava de independência excessiva da mulher e dizia que ela devia “ficar quieta” em casa em vez de procurar estudo e trabalho fora. O motorista queria a mulher “100% dependente dele”, como afirmou uma testemunha em depoimento à polícia. A separação passou a ser comentada por Sílva três meses antes de concretizada, quando ela afirmou a um familiar que o casal já não vivia mais como tal. O motorista também se irritou por ver frustrada uma tentativa de juntar os filhos e a ex com ele em um almoço às vésperas do crime.

A Polícia Civil não conseguiu descobrir como foi o planejamento do crime nem como o motorista conseguiu a arma. Suspeitou-se de um <a href="https://opopular.com.br/cidades/ex-usou-arma-de-ex-colega-de-trabalho-para-matar-funcionaria-de-supermercado-diz-policia-1.3256491" target="_self">colega de outro trabalho dele</a>, porém a arma – uma pistola Taurus calibre 7.65 – foi roubada de uma casa na zona rural de Vicentinópolis em 2000. O dono da arma disse não conhecer Valdinez e afirmou que nunca fez registro do roubo porque um colega que era policial militar prometeu encontrar a arma. Questionado sobre o policial, o dono da arma disse ter perdido contato. A pistola foi encaminhada para o Instituto de Criminalística (IC).

Cidades

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Matéria - Cidades

Feminicídio

POP_FEMINICIDIO_CALDAS_NOVAS_4_7_2025

<img attr-cid="policy:1.3288901" attr-version="policy:1.3288901:1752685066" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3288901/WhatsApp Image 2025-07-16 at 13.48.10.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Thaís Thealdo Silva, assassinada pelo ex (Reprodução/TV Anhanguera)

Um jovem de 24 anos, que foi&nbsp;entregue à polícia pelo próprio pai após <a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-suspeito-de-matar-mulher-com-facadas-e-ser-levado-a-delegacia-pelo-pai-video-1.3284519" target="_self">confessar ter matado a ex-companheira com 54 facadas</a>, virou réu pelo crime de feminicídio. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (31) pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo as investigações, ele não aceitava o fim do relacionamento e descobriu que a ex estava se envolvendo com um colega de trabalho.&nbsp;O crime aconteceu no dia 3 de julho deste ano, no apartamento da vítima, em Caldas Novas, no sul goiano.

O POPULAR não conseguiu localizar a defesa de&nbsp;Cristian Vinch Batista para um posicionamento até a última atualização desta matéria. O caso está em segredo de Justiça.&nbsp;

A promotoria informou que denunciou o jovem por feminicídio com agravantes, por ter agido com crueldade e de maneira que impossibilitou a vítima de se defender. Também foi solicitado que ele pague uma indenização de R$ 200 mil às herdeiras da vítima, como reparação pelos danos morais e materiais causados.

Um vídeo de câmera de segurança registrou os dois saindo do condomínio com a filha de 4 anos, horas antes do crime. Cerca de 40 minutos depois, as imagens registram o casal entrando juntos no apartamento&nbsp;(assista abaixo).

<div attr-cid="policy:1.3284524" attr-version="policy:1.3284524:1751635042" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3284524" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3284524', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3284524">POP_FEMINICIDIO_CALDAS_NOVAS_4_7_2025 (1.3284524)</a></div>

Na época, o delegado responsável pelo caso, André Barbosa, contou que a informação inicial era de que o jovem pudesse ter levado a criança para a casa de parentes na intenção de retornar ao apartamento e matar a ex-mulher.

<cite>No interrogatório ele negou, ele falou que precisava levar a criança para a casa dos pais, retornou com ela para ela buscar as coisas dela e durante a discussão ele desferiu as facadas”, relatou o delegado.&nbsp;</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/homem-e-preso-suspeito-de-matar-mulher-com-facadas-e-ser-levado-a-delegacia-pelo-pai-video-1.3284519" target="_self">Homem é preso suspeito de matar mulher com facadas e ser levado à delegacia pelo pai; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-entregue-a-policia-pelo-pai-matou-a-ex-com-54-facadas-por-n-o-aceitar-o-fim-da-relac-o-conclui-policia-1.3288896" target="_self">Jovem entregue à polícia pelo pai matou a ex com 54 facadas por não aceitar o fim da relação, conclui polícia&nbsp;</a></div>

Após deixar o edifício, ele procurou o pai, confessou o crime e afirmou que também pretendia matar o suposto novo companheiro da ex-mulher e tirar a própria vida. Diante da situação, o pai o levou imediatamente à delegacia. O jovem foi preso em flagrante e permanece detido na Unidade Prisional Regional de Caldas Novas, enquanto aguarda decisão da Justiça.

<h2>Violência doméstica</h2>

<img attr-cid="policy:1.3288902" attr-version="policy:1.3288902:1752685067" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3288902/Proporção para foto do site (57).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Cristian Batista e Thaís Thealdo Silva ficaram juntos por sete anos e tiveram uma filha (Reprodução/TV Anhanguera)

A investigação revelou que o casal esteve junto por sete anos e teve uma filha de 4 anos. No entanto, haviam se separado poucas semanas antes. A Polícia Civil apurou que, durante o relacionamento, a mulher sofreu violência doméstica e, dias antes do crime, decidiu romper definitivamente. O acusado, porém, <a href="https://opopular.com.br/cidades/jovem-entregue-a-policia-pelo-pai-matou-a-ex-com-54-facadas-por-n-o-aceitar-o-fim-da-relac-o-conclui-policia-1.3288896" target="_self">não aceitava o término</a> e insistia na reconciliação.

Segundo o MP-GO, ele descobriu o envolvimento da ex-companheira com um colega de trabalho ao interceptar mensagens no WhatsApp dela. No sábado anterior ao crime, acompanhado do pai, foi até o restaurante onde a vítima trabalhava e a ameaçou.

Jovem entregue à polícia pelo pai após confessar ter matado ex com 54 facadas vira réu, diz MP

DENÚNCIA

Praticamente <a href="https://opopular.com.br/cidades/homicidios-em-goias-apresentam-queda-de-13-no-primeiro-semestre-de-2025-1.3294312" target="_self">todos os crimes violentos em Goiás tiveram redução</a> no comparativo entre o primeiro semestre deste ano e o mesmo período de 2024, com exceção apenas do feminicídio, que subiu de 21 para 23. O total de homicídios dolosos – quando há intenção de matar – também foi um ponto de destaque diante de uma queda de 475 para 414 ocorrências. Os indicadores criminais parciais foram divulgados nesta quarta-feira (30) pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás (SSP-GO).&nbsp;

O levantamento feito de janeiro a junho mostra que o Estado registrou queda em crimes como estupro, tentativa de homicídio, latrocínio, além dos diversos tipos de roubos e furtos a transeuntes, comércios, residências e veículos. A variação porcentual foi maior para roubo de carga, com 40% – caindo de 10 para 6 casos. Contudo, considerando um indicador com maior quantitativo de ocorrências, a maior variação ocorreu em roubo a transeunte, com uma queda de 34%, passando de 3.131 para 2.080.

No caso dos crimes hediondos, a maior redução foi para latrocínios – também com um quantitativo baixo de ocorrências –, passando de 10 para 8 registros, o que representa queda de 20% entre os primeiros semestres de 2024 e 2025. Logo depois, aparecem os homicídios dolosos, com decréscimo de 13%. Para tentativas de homicídios, a variação negativa foi de 6%, sendo 821 tentativas no período do ano anterior e 768 neste ano. Estupros, por outro lado, tiveram uma diminuição menor, de 4%, ou, em número de casos, 355 para 340 (veja mais no quadro ao lado).

<ul>
	<li>
	Confira mais dados sobre violência contra a mulher na TV Anhanguera: <a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/cerca-de-90-das-vitimas-de-feminicidio-em-goias-nao-tinham-medida-protetiva-13711938.ghtml" target="_blank">Cerca de 90% das vítimas de feminicídio em Goiás não tinham medida protetiva</a>
	</li>
</ul>

Não foram registrados homicídios dolosos – quando há intenção de cometer o crime – em 145 dos 246 municípios goianos no primeiro semestre deste ano. Durante a apresentação dos dados, o secretário estadual de Segurança Pública, Renato Brum, destacou o que já havia falado ao POPULAR em entrevista divulgada na edição do último dia 25. “Estamos no sétimo ano consecutivo de redução de homicídios. Há muitos anos, estávamos com mais de 200 ao mês, mas com muito trabalho e investigação, conseguimos mudar isso. E detalhe, mais de 60% dos municípios não registraram casos”, disse.

Brum também apontou que, para manter a redução dos crimes, as forças de segurança pública têm feito um “mapeamento das manchas criminais”. Trabalhamos reforçando essas áreas. É um investimento de especialização do profissional, do armamento, do equipamento. Mas, claro que é um grande desafio continuar reduzindo, porque as reduções são consecutivas, ou seja, no segundo semestre deste ano a gente espera continuar tendo essas quedas de forma bem expressiva.”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/homicidios-em-goias-apresentam-queda-de-13-no-primeiro-semestre-de-2025-1.3294312" style="font-size: 12px;" target="_self">Homicídios em Goiás apresentam queda de 13% no primeiro semestre de 2025</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/numeros-mostram-que-violencia-contra-a-mulher-persiste-em-goias-1.3292316" style="font-size: 12px;" target="_self">Números mostram que violência contra a mulher persiste em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/feminicidios-e-estupros-crescem-no-brasil-mostra-anuario-da-seguranca-1.3291964" style="font-size: 12px;" target="_self">Feminicídios e estupros crescem no Brasil, mostra Anuário da Segurança</a></div>

<h2>Área prioritária</h2>

Durante a apresentação, também foi mostrado um comparativo entre o primeiro semestre de 2018, antes de o governador Ronaldo Caiado (UB) assumir o cargo, e do mesmo período deste ano. Neste caso, todos os 16 crimes listados tiveram queda – até mesmo o feminicídio. Vale lembrar que a segurança pública é considerada uma das áreas prioritárias do atual chefe do Executivo estadual. “Estamos criando um clima de tranquilidade”, disse Caiado, ao citar o comparativo entre os anos.

Considerando esse recorte, a maior redução ocorreu para roubos a instituições financeiras, que de 17 ocorrências no primeiro semestre de 2018 passou para zero em 2025, ou seja, 100% de queda. Crimes como roubo de carga (98%), de veículos (95%) e a transeuntes (92%) também tiveram destaque no período analisado. No caso dos crimes hediondos, como latrocínio, a redução foi de 86%, seguido por homicídio doloso (62%), homicídio tentado (27%), feminicídio (23%) e estupro (13%). “São dados que as pessoas normalmente não acreditam. Chegamos hoje ao final de seis anos e meio com quedas porcentuais que mostram o quanto a segurança pública em Goiás é hoje a melhor do País. Temos crimes caindo vertiginosamente, o que mostra o quanto nós estamos avançando e que Goiás é referência nacional”, disse o governador.

O evento com a presença de representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Penal e Polícia Científica também contou com a divulgação de indicadores de produtividade. A PM, por exemplo, mostrou que o acompanhamento de medidas protetivas de urgência cresceu de 95.260 no primeiro semestre de 2024 para 125.977 no período este ano, 30% a mais de mulheres vítimas de violência doméstica acompanhadas. Também houve a ativação de três batalhões Maria da Penha nas cidades de Goiás, Rio Verde e Águas Lindas.

A Polícia Civil também mostrou o crescimento de inquéritos policiais instaurados nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) no Estado, com 21% a mais – mas sem citar números brutos. Ao mesmo tempo, houve um aumento de 11% no total destes inquéritos remetidos ao Poder Judiciário com autoria definida.

Mesmo com os avanços citados pelas forças de segurança pública, a <a href="https://opopular.com.br/cidades/numeros-mostram-que-violencia-contra-a-mulher-persiste-em-goias-1.3292316" target="_self">violência contra a mulher segue sendo um desafio</a>. O POPULAR mostrou na edição do dia 25 que, apesar do quantitativo de feminicídios permanecer estável entre 2023 e 2024, outros tipos de violência de gênero avançaram em Goiás, tais como as tentativas de feminicídio, ameaças, perseguições e violência psicológica. Os dados integram o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2025, divulgados na última semana.

Conforme Brum, o Estado tem feito um incremento para reduzir este tipo de violência, mas o trabalho não tem sido fácil. “A violência doméstica é um desafio não só de Goiás, como de todo o País. Nós não estamos inertes. Ampliamos agora nesse mês o Batalhão Maria da Penha, que só tinha aqui na capital, e estamos ampliando as delegacias de atendimento à mulher. Mas precisamos muito da sociedade organizada. É um problema de segurança pública? Não vamos nos eximir dessa responsabilidade, mas é um problema de todos, do Judiciário, do Ministério Público. E isso porque muitas vezes (a violência) ocorre dentro de casa, onde a gente não consegue alcançar. Então estamos incentivando a mulher a denunciar essa agressão”, diz.

O secretário também aponta que, mesmo sem queda, o <a href="https://opopular.com.br/cidades/feminicidios-e-estupros-crescem-no-brasil-mostra-anuario-da-seguranca-1.3291964" target="_self">total de feminicídios tem se mantido estável</a>. “Estamos incentivando os canais de denúncia e houve um aumento natural, mas agora houve uma estabilização. É um desafio ainda, mas fico satisfeito, já que no primeiro semestre de 2025, comparado a 2018, antes de eu ser secretário, já teve uma redução. Já ficamos satisfeitos por não estar tendo aquela curva que vinha acontecendo. Nós (secretários de segurança publica) ainda não achamos a fórmula ainda. É uma sociedade machista e temos que acabar com isso. E só vai acabar com punições rígidas, legislações fortes, reforçando essa rede de apoio com a mulher."

<img attr-cid="policy:1.3294489" attr-version="policy:1.3294489:1753925959" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3294489/310725-vidt_violencia.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" />

Crimes letais em geral caem, mas feminicídios mantêm índice em Goiás

Segurança pública

O homem preso em flagrante por agredir a namorada com mais de <a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-e-espancada-com-mais-de-60-socos-por-namorado-ex-jogador-de-basquete-video-1.3293725" target="_self">60 socos</a> no último sábado (26) em Natal (RN) já a tinha empurrado e incentivava que ela cometesse suicídio, de acordo com a delegada Victoria Lisboa, da Deam (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher) da zona leste, oeste e sul da Polícia Civil do estado.

Igor Eduardo Pereira Cabral, 29, teve a prisão em flagrante convertida para preventiva (sem prazo). A reportagem tenta contato com a defesa dele, mas ainda não teve resposta. Ele disse, em depoimento, que sofreu um "surto claustrofóbico".

<cite>Ela informou que nunca solicitou medida protetiva contra ele. No formulário, ela informou que havia sido agredida com empurrão e que em outras ocasiões ela conversava com ele sobre a possibilidade de se matar e ele incentivava ela a tomar essa atitude atitude. O grau de violência psicológica que ela sofria era muito grande", informou a delegada.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-e-espancada-com-mais-de-60-socos-por-namorado-ex-jogador-de-basquete-video-1.3293725" target="_self">Mulher é espancada com mais de 60 socos por namorado ex-jogador de basquete; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/antes-de-ser-morta-pelo-ex-marido-mulher-sofreu-com-escalada-de-violencia-1.3283419" target="_self">Antes de ser morta pelo ex-marido, mulher sofreu com escalada de violência</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-desmaia-apos-levar-soco-do-namorado-na-rua-diz-pm-video-1.3283319" target="_self">Mulher desmaia após levar soco do namorado na rua, diz PM; vídeo</a></div>

Segundo ela, a vítima relatou que estava com o psicológico abalado e havia esse incentivo. Essa circunstância ainda continuará sendo apurada, já que pode configurar novo crime. O caso é tratado como tentativa de feminicídio.

À Folha de S.Paulo a promotora de vendas Juliana Garcia dos Santos Soares, 35, relatou que as discussões foram iniciadas por conta de ciúme após Igor ter visto, no celular dela, mensagens em que ela se comunicava com um amigo dele, sem segundas intenções.

Ela também disse que ele já havia apresentado comportamentos agressivos anteriormente. O relacionamento durava dois anos, entre "muitas idas e vindas".

<cite>Ele não gostou. Jogou meu celular na piscina porque queria mostrar a um amigo que estava conosco. Eu saí de perto para evitar o conflito. Ele foi para o meu bloco, subiu para pegar as coisas dele e eu subi pelo outro elevador para encontrar ele lá. Quando subimos, eu o notei agressivo", iniciou ela.</cite>

Ela conversou com a reportagem por mensagem de texto, pois está com a dicção comprometida pelas lesões.

<cite>Eu não quis sair do elevador porque achei que ele fosse me agredir e, no corredor, não tem câmeras. Ele queria me convencer a sair de lá. Foi aí que ele disse que eu ia morrer e começou a me bater sem parar", complementou.</cite>

Ela já prestou depoimento à polícia. A reportagem também apurou que, por conta das lesões, Juliana entregou aos policiais do plantão, no dia da ocorrência, um bilhete em que afirmava que ele já sabia que ia bater nela e, por isso, pediu que saísse do elevador.

<cite>Ele começou a me bater e disse que ia me matar", escreveu ela na ocasião.</cite>

O ataque foi gravado por uma câmera de segurança.

O vídeo mostra o momento em que o rapaz desfere um primeiro soco na vítima. Ela cai no canto do elevador, e ele começa uma sequência de golpes. Segundo a Polícia Civil, foram mais de 60 socos.

No laudo médico do Hospital Walfredo Gurgel, onde foi atendida, consta que Juliana apresentou fraturas na face e na mandíbula. De acordo com ela, precisará passar por cirurgia, que será realizada na próxima sexta-feira (1º) ou segunda-feira (4).

<cite>Estão planejando bem direitinho. Vai dar tudo certo", resumiu Juliana.</cite>

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Homem que deu 60 socos em mulher já a havia empurrado e alegou surto claustrofóbico, diz delegada

Rio Grande do Norte

ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) - A cantora Lauana Prado revelou que sofreu assédio sexual de uma pessoa influente do mercado fonográfico no início da carreira. O caso foi dito por ela no Sabadou, programa apresentado por Virginia Fonseca no SBT, neste sábado (27).

Lauana foi questionada por Virginia se já havia recebido ofertas de "teste do sofá", termo popular para quando alguém usa sua influência em troca de vantagens sexuais. A sertaneja confirmou que já ocorreu.

"Isso já aconteceu sim. Eu nunca aceitei esse tipo de coisa. Graças a Deus, nunca precisei. Era para fazer tudo. Dormir, passar a noite. Em troca, a pessoa disse que me colocaria em contato com um artista influente na época", revelou.

<a href="https://www.whatsapp.com/channel/0029Va9rbSgCHDyl4gQj7A1C" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Lauana diz que nunca falou sobre o assunto por que esperou ter uma carreira mais consolidada no sertanejo. Ela, inclusive, pensou em revelar o nome do executivo.

"Ele deu o exemplo de uma artista que estava bem na época, dizendo que ela dormiu com não sei quem e aí conseguiu algo que fez ela bombar. Eu pensei em falar o nome dele quando me tornei um sucesso. Mas depois, pensei que a pessoa não merecia essa moral. E segundo por quê Deus me honrou e deu tudo certo", revelou.

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Lauana Prado diz que sofreu assédio sexual de executivo de gravadora: 'Queria teste do sofá'