Pelo menos 28 projetos prometidos pela atual gestão municipal (2021-2024) permanecem no papel em razão do não andamento dos processos licitatórios. Em alguns casos, a licitação até já foi concluída, mas não houve início das obras, seja por desistência das empresas vencedoras ou escolha da administração. Há projetos que estão há mais de dois anos esperando a licitação e nada do certame ser finalizado. É o caso, por exemplo, da fiscalização eletrônica, cujo contrato foi aditivado em mais um ano por duas vezes até não ser mais possível em junho último e perder o serviço na cidade. Outro exemplo é o trecho I do BRT Norte-Sul, em que o contrato anterior foi abandonado com cerca de 6% de conclusão da obra em dezembro de 2021 e, desde então, não foi publicado novo certame. Quanto ao trecho I do BRT Norte-Sul, que liga o Terminal Isidória, em Goiânia, ao Cruzeiro do Sul, em Aparecida de Goiânia, que começou a ser feito em 2020 e abandonado em dezembro de 2021, a Prefeitura teve de negociar com a Caixa Econômica Federal, que é o agente financiador da obra pelo Governo Federal, um novo edital. Havia um embate entre o tipo de obra do corredor exclusivo, se seria urbana, como defendia o Paço, ou rodoviária, como entendia os técnicos da instituição financeira. Essa discussão durou praticamente um ano, quando finalmente houve um acordo em abril deste ano para que o edital pudesse ser publicado, dentro das cláusulas acordadas.