Uma menina de 13 anos, que carrega uma gravidez fruto de uma violência sexual, está sendo impedida de acessar a interrupção legal da gestação em Goiânia. Após um pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) para que o procedimento ocorresse, o próprio pai da adolescente entrou na Justiça para que a interrupção não fosse realizada. O caso corre em sigilo. As informações foram obtidas pelo POPULAR com exclusividade. A garota foi encaminhada para o pré-natal de alto risco e é acompanhada pela rede de proteção.

A adolescente mora com o pai e a madrasta e não estava frequentando a escola quando engravidou de um homem, de 24 anos. Conforme relatos de pessoas que acompanham o caso, o pai da garota se mostra resistente em admitir que ela sofreu violência, chegando a considerar a existência de um relacionamento entre a filha e o homem que a engravidou. De acordo com o Código Penal, qualquer relação sexual com menores de 14 anos é classificada como estupro de vulnerável.

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Reportagem do POPULAR publicada no mês passado mostrou que, na última década, Goiás registrou 5,9 mil nascimentos de bebês com mães de 10 a 14 anos de idade. O assunto voltou ao centro do debate público devido ao Projeto de Lei (PL) 1904, chamado de PL Antiaborto por Estupro, que determina a prisão ou internação (no caso de menores de 18 anos) de vítimas de estupro que fizerem aborto após a 22ª semana de gravidez. Atualmente, o aborto legal é garantido, em qualquer idade gestacional, nos casos de gravidez decorrente de estupro, risco à vida da pessoa gestante e anencefalia do feto.

A gravidez foi descoberta em fevereiro e chegou a rede de proteção um mês depois. Ela foi encaminhada para o pré-natal de alto risco. Na época, a menina se aproximava da 20ª semana gestacional. De acordo com informações repassadas à reportagem por atores próximos, inicialmente a garota teria demonstrado interesse em seguir com a gravidez. Porém, após conversar com a mãe, que não mora com ela, mudou de ideia. Com dificuldades de acessar a interrupção da gestação, ela teria ficado ainda mais frágil emocionalmente e ameaçado fazer o procedimento por outros meios, o que colocaria a vida dela em risco. Atualmente, a adolescente faz acompanhamento psicológico.

Como ocorre em processos dessa natureza, o MPGO acompanha o caso e foi o responsável pela requisição para a instauração de um inquérito policial. De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO), o caso segue em investigação pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Senador Canedo. Por se tratar de um caso sigiloso, nenhuma das instituições comentou os desdobramentos.

Após o caso chegar à rede, o MPGO pediu à Justiça a interrupção da gravidez da adolescente. A juíza Maria do Socorro de Sousa Afonso e Silva, do Juizado de Infância e Juventude da capital, autorizou. Porém, determinou que isso acontecesse “com a proteção ao nascituro e aplicação das medidas protetivas de acompanhamento médico e psicológico pela rede pública protetiva e o que mais for indicado”.

A magistrada determinou que a equipe médica não induzisse a morte do feto e usasse de todos os meios e técnicas para assegurar a sobrevida dele, destacando que “em caso de risco real para a vida da gestante e do nascituro sempre a vida da adolescente deverá ser priorizada”. Na prática, isso significa que a garota teria de ser submetida a uma cesariana.

A juíza ainda estabeleceu que a unidade de saúde que fosse realizar o procedimento não poderia impor cuidados ou exibição do bebê à adolescente, apenas se isso fosse o desejo dela. Conforme a determinação da magistrada, após o procedimento, a adolescente deveria ser encaminhada para ser orientada pelas redes de saúde e assistência social “para o mapeamento de suas necessidades e acompanhamentos necessários”.

Mesmo dentro do prazo processual para manifestação do pai da garota, a tutela de urgência foi concedida por se considerar que a situação gestacional exigia uma decisão judicial antecipatória. A juíza levou em consideração que “o perigo da demora está intrínseco ao avançar da gestação, os apelos da adolescente acerca de ideias de tomar medicação abortiva, os atos de pressão psicológica feitos pelo seu meio familiar e social e finalmente, as recomendações das equipes técnicas atuantes no processo”.

Apelação

O pai da jovem não se conformou com a decisão e entrou com um recurso na Justiça para suspendê-la. O caso foi parar nas mãos da desembargadora Doraci Lamar Rosa da Silva Andrade. A defesa dele alegou que a decisão era irreversível, informou que a menina estava com 25 semanas, o que tornaria o feto “inapto para a vida”, declarou que “não há relatório médico que indique risco na continuidade da gestação” e ainda argumentou que o “delito de estupro está pendente de apuração”.

A viabilidade fetal depende de vários fatores, como os recursos técnicos, equipe médica e idade gestacional. Esse último não tem limite preciso, mas a maioria dos profissionais considera que a viabilidade fetal não é possível antes da 22ª semana de gestação. Entretanto, é consenso que a gravidez de uma criança ou adolescente é de alto risco, com possibilidade de prematuridade do bebê e chance aumentada de abortamento, pré-eclâmpsia, depressão pós-parto e complicações que podem levar a mãe à morte.

A defesa do pai da garota ainda relatou que ela “estava se sentindo pressionada pelas imposições do Conselho Tutelar, e que acreditava que a interrupção gestacional interromperia, também, as ações do Conselho” e sustentou que a decisão anterior seria nula pois foi proferida sem o aguardo do escoamento do prazo para a manifestação do pai no processo.

Ainda acrescentou que “há riscos aumentados de óbito e de comorbidades graves para o feto, com probabilidades de sobrevivência inferiores a 50% em boa parte das situações” e argumentou o direito à vida do nascituro, “sendo o nascituro pessoa, não há falar em direito ao aborto, inexistindo, portanto, colisão de direitos fundamentais”. Pediu que a gestação atingisse 30 semanas, ou, sucessivamente, 28 semanas, antes de realizar-se a interrupção.

Considerando os argumentos, no dia 27 de junho a desembargadora deferiu a concessão de efeito suspensivo, proibindo a realização de qualquer procedimento para interrupção da gravidez até o julgamento definitivo do recurso. O POPULAR não obteve acesso às movimentações processuais posteriores. Entretanto, até o último sábado (6) a adolescente permanecia gestante.

<h2>Impasse sobre entrega para adoção preocupa</h2>

Fontes ouvidas pelo POPULAR que acompanham o caso da adolescente de 13 anos que está grávida se preocupam com os desdobramentos vindouros, já que, segundo elas, o pai da garota tem se esforçado para que o bebê permaneça na família após o nascimento, ideia que é rejeitada por ela. Em Goiás, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) possui o programa Entrega Legal para Adoção e informações sobre ele já foram repassadas para a menina.

Entregar um bebê para adoção é um ato amparado por lei, enquanto abandoná-lo é um crime. “É um direito da mulher”, reforça Roberta Muniz, presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente (CDCA) da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO). Nesse contexto, a advogada aponta que o recém-nascido também tem direito à família. Entretanto, ela explica que em um contexto de resistência por parte do pai da adolescente, o caso pode vir a ser resolvido judicialmente. Nos bastidores, a informação é de que os advogados que estão assistindo o pai da garota têm ligação direta com a Igreja Católica, que é engajada no movimento antiaborto.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) diz que os ascendentes (ou seja, os avós) e irmãos não podem adotar um bebê ou criança. No entanto, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) admite que o dispositivo legal tem sofrido flexibilizações em situações excepcionais, por razões humanitárias e sociais, bem como para preservar situações de fato consolidadas.

Em 2022, O POPULAR noticiou o caso de uma garota, de 11 anos, que ficou grávida do padrasto, de 44, que foi preso. Com 22 semanas de gestação, ela seria encaminhada para o Hospital das Clínicas de Uberlândia (MG), referência em aborto legal em todo o País. Entretanto, a avó paterna da criança pediu a suspensão do procedimento alegando motivos religiosos, o que foi acatado pela Justiça. A decisão foi da juíza Maria Socorro de Souza Afonso da Silva.

De acordo com reportagem do POPULAR publicada em agosto daquele ano, a criança contou que não sabia o que era um aborto, mas depois que um padre mostrou um vídeo explicando, decidiu criar o bebê. Conforme o texto, nem o pai nem a avó paterna forneceram apoio emocional ou financeiro.

Direitos

Roberta esclarece que para uma menor de idade acessar o procedimento de interrupção de gestação nos casos previstos em lei, ela precisa estar acompanhada pelo pai, mãe ou outro representante legal. Ela destaca que os casos que envolvem crianças e o avanço de uma gestação devem ter prioridade absoluta, o que muitas vezes não acontece.

Ela ainda aponta que a menor de idade tem direito de ser acompanhada por um defensor público, que deve interceder pelos direitos dela. “Crianças e adolescentes são seres em desenvolvimento que também precisam ter os direitos respeitados”, frisa. No caso em questão, a garota está sendo assistida por um profissional da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO).

A jornalista, educadora e ativista pelos Direitos Humanos Geralda Cunha já acompanhou outros casos do tipo e conta que casos de violência institucional contra meninas e mulheres que são vítimas de violência sexual não são incomuns. No que diz respeito à menina de 13 anos, ela ainda salienta falhas da rede de proteção que vão desde o fato de a garota estar fora da escola até as decisões do Judiciário. “Enquanto as instituições não tiverem seus papéis claros, essas meninas vão ser vítimas de diversas violências”, finaliza.

Aos 13 anos, garota de Goiânia está obrigada a manter gestação

Cidades

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Matéria - Cidades

Justiça

O Grupo Jaime Câmara realiza pela primeira vez o UpFront 2025, evento exclusivo para anunciantes e profissionais de agências de publicidade de Goiânia. O foco do encontro é a apresentação de novidades para o próximo ano, além das oportunidades comerciais disponíveis no Book de Projetos 2025.

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O UpFront 2025 acontece nesta sexta-feira (22), a partir das 12h, no restaurante Quiabo Frito, localizado no Setor Sul, em Goiânia. O evento é uma oportunidade para os profissionais da área conhecerem de perto os projetos e soluções desenvolvidos pelo Grupo Jaime Câmara, que abrangem segmentos como esportes, saúde, cultura, universo pet, empresarial e conteúdo.&nbsp;

<h2>Convidados especiais&nbsp;</h2>

O UpFront 2025 contará com a presença da diretora de negócios do Grupo Jaime Câmara, Cristiana Moreira, que vai abordar a relevância da comunicação crossmedia no atual cenário publicitário.

Como spoiler, Cristiana revelou que o Book de Projetos 2025 foi desenvolvido para oferecer soluções que vão além da publicidade tradicional, com projetos de tradição que refletem a expertise e a credibilidade do Grupo Jaime Câmara ao longo dos anos.

Ela ressalta que a comunicação crossmedia é essencial no cenário atual, onde as marcas precisam alcançar seus públicos em múltiplas plataformas de forma consistente e impactante.&nbsp;&nbsp;

Também participará do UpFront 2025 o palestrante e autor Marcos Bedendo, uma das referências brasileiras em marketing e branding. No encontro ele vai compartilhar insights sendo o único brasileiro coautor de Philip Kotler, no recém lançado livro "Marketing H2H: A Jornada para o Marketing Human-to-Human", reforçando a importância do relacionamento humano no mercado publicitário.

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<h2>Serviço:</h2>

Evento: UpFront 2025 – Grupo Jaime Câmara 
Data: Sexta-feira, 22 de novembro de 2024 
Horário: 12h 
Local: Quiabo Frito – Goiânia, GO 
Público: Anunciantes e profissionais de agências de publicidade

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Grupo Jaime Câmara realiza UpFront 2025 em Goiânia

Economia

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NOVIDADES 

Organização dos atentados

A representação da Polícia Federal (PF) com pedido de medidas da Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19) contra militares do Exército investigados por tentativa de golpe e por planejar a execução de autoridades, contém 39 menções a Goiânia, em documento de 221 páginas. A operação prendeu na capital goiana o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo e fez busca e apreensão em endereço do capitão Lucas Guerellus. wAmbos atuavam no 1º Batalhão de Ações e Comandos (BAC), subordinado ao Comando de Operações Especiais (COpEsp), que tem sede em Goiânia, e são chamados de “kids pretos”, referência a militares com formação em Forças Especiais (FE).

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As investigações da PF citam Goiânia como base para aquisição de celulares e chips “frios”, aluguel de veículos para deslocamento até Brasília e a articulação do grupo “copa 2022”, que monitorou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com a suposta intenção de prendê-lo ou executá-lo.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/veja-quem-e-o-preso-em-goias-em-operac-o-contra-golpe-de-estado-e-planejamento-para-morte-de-lula-e-ministro-do-stf-1.3201128" target="_blank">Veja quem é o preso em Goiás em operação contra golpe de Estado e planejamento para morte de Lula e ministro do STF</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/lula-esta-estupefato-com-noticias-de-plano-para-golpe-e-para-envenena-lo-diz-lewandowski-1.3201300" target="_blank">Lula está estupefato com notícias de plano para golpe e para envenená-lo, diz Lewandowski</a> 
<a href="https://opopular.com.br/politica/plano-para-matar-lula-alckmin-e-moraes-foi-discutido-na-casa-de-braga-netto-diz-pf-1.3201138" target="_blank">Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF</a></div>

A capital já havia sido citada em etapas anteriores das investigações relacionados à tentativa de golpe após as eleições de 2022. Em fevereiro, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em endereço de integrante do COpEsp - o tenente-coronel Guilherme Marques Almeida -, em Goiânia, na Operação Tempus Veritatis, para investigar o chamado “Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral”.

Além disso, o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid chegou a ser nomeado no fim de 2022 para o comando do BAC, mas houve cancelamento do ato por conta das investigações. Cid é peça-chave em várias apurações relacionadas a Bolsonaro e a operação desta terça começou justamente com a descoberta de trocas de mensagens do celular do ex-ajudante de ordens.

Conforme informações da operação desta semana, Rodrigo Azevedo, então major, tinha grande proximidade com o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira (conhecido como Joe), outro alvo de prisão e que também atuou em Goiânia. Ambos moravam em casas próximas na chamada Vila Militar, no setor Marista. Rafael Oliveira havia sido preso na operação de fevereiro, em Niterói (RJ), e usava tornozeleira eletrônica desde maio.

Segundo as investigações, ambos atuaram para viabilizar “telefones frios”, que representam aparelhos e chips comprados e cadastrados com dados de terceiros, “com finalidade de dificultar ou impedir qualquer tipo de identificação dos seus reais usuários” e “com vistas a alcançar o de anonimização das pessoas envolvidas”.

Rafael comprou um celular no nome da mulher dele em loja perto de sua residência, no Setor Marista, e habilitou chips em nomes de terceiros, incluindo uma pessoa em quem bateu o carro na rodovia de Brasília a Goiânia, em novembro de 2022. Segundo a PF, ele fotografou o documento da vítima e utilizou os dados, sem autorização, logo depois para habilitar um celular.

<div attr-cid="policy:1.3201461" attr-version="policy:1.3201461:1732070125" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3201461" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3201461', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3201461">Organização dos atentados (1.3201461)</a></div>

Rodrigo Azevedo também usaria codinomes no grupo com a participação de Rafael (“copa 2022”) com diferentes contatos de celulares. As localizações de telefones de integrantes do grupo apontam monitoramento em áreas próximas à residência de Moraes e ao Supremo.

Também pela estratégia de anonimização, a PF aponta que um outro preso, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, se deslocou de avião de São Paulo a Goiânia para então locar um carro e se dirigir a Brasília para atividades relacionadas à tentativa de golpe. Rafael Oliveira e Lucas Guerellus igualmente contrataram veículos no aeroporto de Goiânia para ir à capital federal, inclusive na mesma data. Há suspeita também de uso de veículos oficiais do Exército nas movimentações.

“As condutas identificadas pela investigação demonstram que esse núcleo de atuação se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas, as quais envolviam, inclusive, o monitoramento do Ministro Alexandre de Moraes”, diz a representação da PF.

Segundo o documento, os kids pretos usavam a formação e técnicas para planejar os atos. “Com planejamento, coordenação e execução típicos de uma operação militar especial, as ações demonstram um detalhado plano de atuação que envolve técnicas de anonimização, monitoramento clandestino e emprego ilícito de recursos públicos (...). Esse modo de atuação foi robustecido pelo emprego de técnicas de ações psicológicas e propaganda estratégica no ambiente politicamente sensível pelo “kids pretos”, instigando, auxiliando e direcionando líderes das manifestações antidemocráticas conforme seus interesses”, diz.

No monitoramento de um outro grupo no WhatsApp administrado por Mauro Cid, a PF aponta uma mensagem de Rodrigo Azevedo que indicaria “possível frustração pelo fato de as Forças Armadas não terem aderido ao intento golpista”. Em 30 de dezembro, mesmo dia em que Bolsonaro deixou o País, o militar enviou a seguinte mensagem: “Rapaziada esse grupo aqui pra mim perdeu a finalidade... deixo aqui um abraço pra FE (Forças Especiais) de verdade que fizeram o que podiam pra honrar o próprio nome e as Forças Especiais...qq coisa estou no privado!!Força!!” Além de Rodrigo, Rafael também fazia parte do grupo.

8 de janeiro

A PF também relaciona as estratégias aos atos golpistas de 8 de janeiro e ao episódio do último dia 13, de lançamento de bombas e suicídio do chaveiro Francisco Wanderley Luiz. A representação da PF foi feita no dia seguinte ao caso e as medidas cautelares foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes na segunda-feira (18). “Tais fatos criaram o ambiente propício para o florescimento de um radicalismo que culminou nos atos do dia 8 de janeiro de 2022, mas que ainda se encontra em estado de latência em parcela da sociedade, exemplificado no atentado bomba ocorrido na data de 13/11/2024 na cidade de Brasília/DF”, diz a representação.

Além de Rodrigo, Rafael e Hélio, foram presos preventivamente o general de Brigada Mário Fernandes e o policial federal Wladimir Matos Soares, que teria passado informações sobre a segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao grupo de golpistas.

O POPULAR não conseguiu contato com os responsáveis pela defesa dos militares e do policial.

Goiânia é citada 39 vezes pela PF em apuração sobre plano golpista

Política

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Matéria - Política

Ataque à democracia

<a href="https://goias.gov.br/procon/wp-content/uploads/sites/19/2024/11/RELATORIO-MENSALIDADES-2025.pdf">Uma pesquisa de preços</a> apontou que as mensalidades nas escolas de Goiânia para 2025 apresentam uma variação de até 160%. De acordo com os dados da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiás), o levantamento foi feito em 44 unidades de ensino, considerando 17 séries escolares, entre a educação infantil e o 3° ano do ensino médio. A maior variação foi registrada na educação infantil em escolas da região norte de Goiânia.&nbsp;

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O levantamento foi feito entre os dias&nbsp;5 e 8 de novembro. Na região norte,&nbsp;a variação foi de 162,50% em preços da educação infantil, da série maternal, com mensalidades sendo encontradas de R$ 760 a R$ 1,9 mil. Nesta mesma região, houve outra variação considerável (147%), que ocorreu nos valores do 3º ano do ensino médio, com mensalidades entre R$ 1,2 mil a R$ 2,9 mil.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/sem-licitac-o-procon-goiania-gasta-r-3-8-milh-es-em-livros-1.3197312" target="_blank">Sem licitação, Procon Goiânia gasta R$ 3,8 milhões em livros</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/preco-de-produtos-da-cesta-basica-varia-ate-147-em-goiania-aponta-procon-1.3195901" target="_blank">Preço de produtos da cesta básica varia até 147% em Goiânia, aponta Procon</a> 
<a href="https://opopular.com.br/economia/preco-da-carne-dispara-nos-acougues-e-tende-a-subir-mais-1.3200032" target="_blank">Preço da carne dispara nos açougues e tende a subir mais</a></div>

Na região sul, a principal diferença verificada foi em mensalidades do 2º ano do ensino médio, com valores entre R$ 1,7 mil e R$ 3,8 mil. Na região centro-oeste da capital, a variação mais significativa ocorreu nos preços cobrados para 6º ano do ensino fundamental. Para essa série, os pesquisadores encontraram mensalidades entre R$ 1 mil e R$ 2,1 mil.&nbsp;

<h2>Variação anual</h2>

A pesquisa também leva em conta a variação de preços de um ano para o outro. Na região centro-oeste, por exemplo, houve variação anual de mais de 35% da mensalidade para o 9º ano. Em 2024, o preço médio praticado é de R$ 1,3 mil e para 2025 a mensalidade será de R$ 1,8 mil.&nbsp;

Na região sudoeste, para o 5º ano do ensino fundamental, houve oscilação de pouco mais de 28%. Para a série, este ano o preço médio das mensalidades foi de R$ 1,1 mil e, para o ano que vem, o valor é de R$ 1,5 mil.

<h2>Confira as séries com maior variação de preços:</h2>

<h3>Educação Infantil/maternal&nbsp;</h3>

Norte - R$ 760 até R$ 1,9 mil&nbsp; 
Centro-oeste - R$ 967 até 1,8 mil&nbsp; 
Sul - R$ 1,4 mil até 2,4 mil&nbsp; 
Sudoeste - R$ 995 até 1,6 mil&nbsp;

<h3>2° ano do Ensino Médio</h3>

Norte - R$ 1,2 mil até R$ 2,7 mil&nbsp; 
Centro-oeste - R$ 1,3 mil até 2,4 mil&nbsp; 
Sul - R$ 2,1 mil até 3,8 mil&nbsp; 
Sudoeste - R$ 1,3 mil até 1,4 mil&nbsp;

Mensalidade nas escolas de Goiânia varia até 160%, aponta Procon; veja séries com maior variação de preço

Educação

<img attr-cid="policy:1.3200681" attr-version="policy:1.3200681:1731948734" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3200681/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Casal estava em uma moto durante enxurrada que tomou conta de rua no Setor Santos Dumont, em Goiânia (Divulgação)

O marido da empresária Daniella Magalhães Vila Nova que <a href="https://opopular.com.br/cidades/empresaria-morre-apos-ser-arrastada-por-enxurrada-em-goiania-1.3198839" target="_blank">morreu após ser arrastada por uma enxurrada em Goiânia</a>, está traumatizado, segundo a família. Ao POPULAR, um tio da vítima, Daniel Magalhães, contou como o marido de sua sobrinha está lidando com o acontecido.&nbsp;

<cite>Ele está vivendo a cena. Ele, inclusive, pediu licença para não ir trabalhar, pois está aficionado com a cena (do acidente) na sua mente. Ele sabe e tem consciência de que o que dava, tentou e tal. Mas, ele tem tentado ocupar a mente com alguma coisa, pois está vivendo a cena (do acidente) o tempo todo”, relatou.</cite>&nbsp;

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De acordo ainda com o familiar, o marido de Daniella está reagindo aos poucos dentro de casa, processando o luto, porém o que está pesando é estar com a “cena viva na memória”.&nbsp;

A empresária&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresaria-que-morreu-apos-ser-arrastada-por-enxurrada-em-goiania-era-determinada-e-queria-o-bem-de-todos-diz-familia-1.3199368" target="_blank">morava em Goiânia há aproximadamente 14 anos</a>. Daniella&nbsp;era dona de uma ótica na Vila Mutirão, região noroeste da capital, onde era bastante conhecida. A casa dela, localizada no Setor Santos Dumont, fica a cerca de 10 minutos do trabalho.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/empresaria-que-morreu-apos-ser-arrastada-por-enxurrada-em-goiania-era-determinada-e-queria-o-bem-de-todos-diz-familia-1.3199368" target="_blank">Empresária que morreu após ser arrastada por enxurrada em Goiânia era determinada e 'queria o bem de todos'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresaria-morre-apos-ser-arrastada-por-enxurrada-em-goiania-1.3198839" target="_blank">Empresária morre após ser arrastada por enxurrada em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/funcionaria-publica-e-m-e-saiba-quem-era-a-mulher-que-morreu-apos-levar-choque-enquanto-lavava-calcada-em-goias-1.3200566" target="_blank">Funcionária pública e mãe: saiba quem era a mulher que morreu após levar choque enquanto lavava calçada</a>&nbsp;</div>

<h2>Acidente&nbsp;</h2>

Daniella morreu afogada, nesta&nbsp;terça-feira (12),&nbsp;após ser arrastada por uma enxurrada, na Rua 20,&nbsp;no Setor Santos Dumont. Ela&nbsp;estava na garupa de uma motocicleta pilotada pelo marido dela quando, ao passar por uma área mais baixa da rua, uma forte enxurrada impediu a continuidade do trajeto dos dois e arrastou a mulher.&nbsp;

Segundo a Polícia Civil, a mulher foi levada até um arame, no qual ela ficou se segurando. Na sequência, porém, a mulher teve a cabeça coberta pela água. Quando a água baixou, o marido de Daniella conseguiu socorrê-la, mas, segundo ele, ela já estava com a boca arroxeada.&nbsp;&nbsp;

Um casal que passava em um veículo auxiliou Daniella e o marido, levando-a ao Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde ela recebeu atendimento médico, mas não resistiu e morreu.&nbsp;&nbsp;

O local onde ocorreu o acidente&nbsp;está em <a href="https://opopular.com.br/cidades/morte-de-mulher-ocorreu-ao-lado-de-obra-parada-de-drenagem-1.3199148" target="_blank">obras de drenagem&nbsp;urbana e pavimentação asfáltica desde maio de 2023</a>. A intervenção, prometida para ser entregue em outubro do ano passado, vinha sofrendo com diversos atrasos e estava atualmente paralisada. O contrato com a empresa contratada para o serviço foi encerrado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) no dia 5 de novembro.

<img attr-cid="policy:1.3199377" attr-version="policy:1.3199377:1731606275" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3199377/Proporção para foto do site (100).png?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Empresária Daniella Magalhães Vila Nova, de 41 anos, era natural de Gurupi, no Tocantins, e morava há 14 anos, em Goiânia. (Arquivo pessoal/Daniel Magalhães)

Marido de empresária morta ao ser arrastada por enxurrada está traumatizado, diz família: 'Cena viva na memória'

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O Popular