Idealizado em 2019 pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO), o programa Cidades Verdes começa a ser apresentado a Goiás como uma grande aposta no desenvolvimento urbano sustentável. De forma pioneira, Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, já está com o Viveiro do Cerrado pronto para desencadear uma proposta de arborização urbana com o objetivo de interferir positivamente em diversos indicadores ambientais, como a redução da incidência de luz, o aumento da permeabilidade do solo, a melhoria de microclimas e a recuperação de áreas degradadas e de nascentes.O lançamento oficial do programa, idealizado na gestão de Francisco Antônio Silva de Almeida, no Crea-GO, vai ocorrer na próxima semana com a presença do prefeito Gustavo Mendanha, de representantes do Crea-GO e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), parceiro da iniciativa. Coordenadora de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Crea-GO e à frente da implantação do programa, a engenheira ambiental Marcella Castro está confiante de que ao desencadear a ideia, a prefeitura de Aparecida irá oferecer condições para que outros municípios entendam o potencial do programa.O Cidades Verdes, mais do que estimular a implantação de uma política de arborização urbana, visa a envolver toda a comunidade num projeto de conscientização ambiental. O Viveiro Cerrado é o eixo do programa, de onde sairão as mudas que serão distribuídas de forma gratuita e sob orientação de técnicos para serem plantadas em fundos de quintal, em calçadas, em áreas degradadas e em espaços públicos.Em Aparecida de Goiânia, com 1.900 m², o Viveiro do Cerrado foi construído em uma área do Parque da Criança, no setor Mansões Paraíso. A administração local investiu mais de R$ 500 mil na ideia, utilizando recursos provenientes de multas pagas por empresas que são destinadas à compensação ambiental. Todo o projeto foi elaborado pelo Crea-GO. “Já estamos com 5 mil mudas, das quais 2 mil são frutíferas. Queremos que as pessoas façam o plantio de mudas nativas do Cerrado porque estamos perdendo as espécies antigas, como mama-cadela e gabiroba”, explica Cláudio Everson, secretário do Meio Ambiente de Aparecida de Goiânia.Do Viveiro Cerrado sairão não apenas mudas de espécies nativas, mas também ideias. O local será um ponto de encontro para treinamentos, discussões, palestras e ações educativas. Há quatro anos no cargo, Cláudio Éverson, que também é professor, já implantou projetos de educação ambiental com alunos da rede municipal de ensino e não será diferente com o viveiro. “Quando as atividades presenciais retornarem queremos levar os alunos para mostrar a compostagem, o plantio e o desenvolvimento de uma árvore. Queremos uma geração mais consciente, que não contribua com a degradação ambiental.” Programa será implantado em pequenas cidadesEm outubro de 2019, o Crea-GO lançou o Cidades Verdes com o apoio do Confea e do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). O objetivo era que ele integrasse o programa da ONU, Circuito Urbano. “Com a pandemia da Covid-19, a ONU-Habitat suspendeu todos os programas e nós fizemos parceria com a Pacto Global Rede Brasil, outra iniciativa da ONU que envolve empresas interessadas em investir em projetos sociais e de sustentabilidade, para a captação de recursos”, explica Marcella Castro. Esta parceria com a Pacto Global Rede Brasil, como detalha a engenheira, é de fundamental importância porque, originalmente, o Cidades Verdes nasceu para atender municípios de até 20 mil habitantes que não possuem recursos para implantação do viveiro e de uma agenda ambiental urbana. Como o Crea não pode captar recursos por ser uma autarquia pública, nem os municípios, o dinheiro sai direto do Pacto Global. O caso de Aparecida de Goiânia é diferente. O município se propôs a implantar, por conta própria, a proposta e servir de modelo para outras localidades.“Combinamos com as autoridades locais de delimitar uma área de atuação na fase inicial, em bairros mais próximos ao viveiro, para que possamos levantar os indicadores e, de acordo com eles, dar continuidade à proposta em outros municípios”, afirma Marcella Castro. Jandaia e Silvânia são outras cidades goianas que já se interessaram pela ideia e assinaram um termo de acordo com o Crea-GO.Em outubro de 2019, o Crea-GO lançou o Cidades Verdes com o apoio do Confea e do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat). O objetivo era que ele integrasse o programa da ONU, Circuito Urbano. “Com a pandemia da Covid-19, a ONU-Habitat suspendeu todos os programas e nós fizemos parceria com a Pacto Global Rede Brasil, outra iniciativa da ONU que envolve empresas interessadas em investir em projetos sociais e de sustentabilidade, para a captação de recursos”, explica Marcella Castro. Esta parceria com a Pacto Global Rede Brasil, como detalha a engenheira, é de fundamental importância porque, originalmente, o Cidades Verdes nasceu para atender municípios de até 20 mil habitantes que não possuem recursos para implantação do viveiro e de uma agenda ambiental urbana. Como o Crea não pode captar recursos por ser uma autarquia pública, nem os municípios, o dinheiro sai direto do Pacto Global. O caso de Aparecida de Goiânia é diferente. O município se propôs a implantar, por conta própria, a proposta e servir de modelo para outras localidades.“Combinamos com as autoridades locais de delimitar uma área de atuação na fase inicial, em bairros mais próximos ao viveiro, para que possamos levantar os indicadores e, de acordo com eles, dar continuidade à proposta em outros municípios”, afirma Marcella Castro. Jandaia e Silvânia são outras cidades goianas que já se interessaram pela ideia e assinaram um termo de acordo com o Crea-GO para sua implantação. “Nossa proposta é que o projeto se torne uma rede. Cerca de 75% dos municípios brasileiros têm menos de 20 mil habitantes, se conseguirmos melhorar as condições ambientais deles, vamos influenciar todos os outros.”-Imagem (1.2332806)