A morte de um garoto de 10 anos em Anápolis na sexta-feira (19), vitimado por uma descarga de energia elétrica após pisar em um fio solto na calçada, traz à tona um problema amplamente debatido pelas administrações municipais. Nas áreas urbanas, os postes são tomados por um emaranhado de fios que trazem insegurança à população. Muito além de deixar as cidades esteticamente feias, o compartilhamento do espaço pela concessionária de energia elétrica e pelas empresas de telefonia e de internet gera uma série de irregularidades, como descumprimento de normas técnicas e peso nas estruturas de concretos, ampliando a possibilidade de queda das fiações. E a fiscalização está longe de ser a ideal. Em Anápolis, a tragédia com o menino João Victor Gontijo Oliveira, ocorrida na Vila Jussara, está sob investigação da Polícia Civil, que deverá apontar a quem pertencia a fiação que provocou a descarga elétrica. Profissionais da Polícia Técnico-Científica estiveram no local e de imediato fizeram dois tipos de perícia. Em entrevista à TV Anhanguera, o perito Leandro Carneiro informou que um laudo preliminar deve ser divulgado até a sexta-feira (26). Segundo ele, a princípio ficou constatado que um cabo de fibra ótica estava conectado na haste do poste de forma irregular. “Fios de telecomunicações devem ficar conectados nos próprios suportes que as empresas colocam e devem passar abaixo da fiação da rede elétrica.”