O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) se reuniu, na manhã desta quarta-feira (16), com representantes da Associação dos Moradores dos Condomínios Fechados de Goiânia. O encontro acontece um dia depois de a prefeitura autuar ao menos quatro condomínios por afixar faixas críticas a Cruz e a vereadores, motivadas pelas alterações na cobrança do IPTU.A reunião com a associação foi publicada nas redes sociais do prefeito e, segundo ele, serviu para discutir com os representantes a questão da cobrança do IPTU na capital, que tem sido alvo de críticas e protestos em Goiânia desde que a alteração foi aprovada na Câmara.Na última terça-feira (15), a Prefeitura de Goiânia, por meio da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/prefeitura-de-goi%C3%A2nia-autua-condom%C3%ADnios-por-faixas-internas-contra-aumento-do-iptu-1.2403420" target="_blank">expediu autos de infração</a> para ao menos quatro condomínios horizontais por afixar em seus muros faixas com críticas a Rogério Cruz e aos vereadores da capital.“Prefeito Rogério crucificador, honre o plano de governo do prefeito eleito Maguito Vilela", dizia uma delas.No documento, a Amma deu aos condomínios Jardins Paris, Verona, Athenas e Valência o prazo de três horas para remover as faixas.

Após polêmica das faixas, Rogério Cruz se reúne com associação de condomínios fechados

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Ao invés de comprar um lote no condomínio Portal do Sol Green e construir sua própria casa, o empresário Helder Camargo e a esposa, a advogada trabalhista Ana Paula Caseiro Camargo, optaram por comprar o imóvel novo que já estava sendo construído por um construtor que comprava terrenos e construía para vender o imóvel pronto. “Quando eu e minha esposa, que tinha vindo de São Paulo para trabalhar em Goiânia, revolvemos nos casar para que ela se mudasse para cá, optamos por uma casa quase pronta, já em fase final de acabamento, por ser mais rápido e prático”, justifica.

Camargo conta que já tinha passado por uma experiência anterior com reforma, que não foi boa, pois demorou o triplo do tempo planejado e consumiu o triplo do dinheiro previsto inicialmente.&nbsp;“Além disso, me tomou muito tempo, pois precisa comprar materiais de construção várias vezes”, lembra.

Para ter mais segurança, ele procurou a assessoria de um corretor de confiança e de um construtor com boas referências, que já tinha construído muitas casas no condomínio com qualidade. “Construir pode até ficar mais barato, mas exige tempo disponível para acompanhar a obra, o que eu não tenho”, completa.

De acordo com o coordenador de vendas da Portal do Sol Urbanismo, Ediberto Jardim, os pequenos construtores correspondem por cerca de 20% das negociações na segunda fase do Portal do Sol Green, o Reserva dos Lagos, onde compram o terreno, constroem e vendem as casas prontas. “Uma das principais vantagens é não ter de se preocupar com os detalhes da construção, como a coordenação de pedreiros, compra de materiais e outras tarefas”, lembra.

Construtor há 20 anos, Emerson Adriano Rodrigues de Oliveira se especializou em comprar lotes em condomínios fechados para construir e vender casas de alto padrão. Os preços costumam variar de R$ 1,5 milhão a R$ 3 milhões, de casas térreas a sobrados maiores. Segundo ele, seus clientes são pessoas que não querem ter trabalho com mão de obra e nem ter de lidar com outros aspectos da construção, como documentação ou a compra de materiais.

Como tem um extenso know how de mercado, o construtor garante que consegue executar um projeto de alto padrão em um tempo e custo menores do que se alguém fosse construir por conta própria. “A vantagem para quem compra a casa já com o lote, além da agilidade com conclusão da obra, é a possibilidade de financiar o imóvel já pronto, e não financiar apenas o terreno e ainda ter os gastos com a construção”, explica.

Praticidade

Oliveira já conta com equipe própria de mão de obra, que está escassa no mercado. “Muita gente não tem tempo pra isso e quer mais praticidade. Por isso, oferecemos várias opções de casas para a pessoa escolher”, destaca. Estes clientes também costumam fazer permutas por outras casas, carros, terrenos ou apartamentos. “O financiamento, hoje, está mais difícil porque as taxas de juros estão elevadas”, lembra.

Para João Victor Araújo, presidente da Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado (ADU), esta tendência parte de um desejo dos goianos, de forma geral, de morarem em residências horizontais, sem se sentirem como passarinhos em gaiolas. O incorporador resolveu entregar este desejo final de casa pronta. “Comprando só o lote, a pessoa ainda tem de procurar outro prestador de serviço para construir a casa. Hoje, as pessoas de forma geral têm menos tempo para isso e buscam empresas especializadas para isso”, acredita.

Quem tem um pouco mais de recursos, busca uma empresa especializada para já receber o imóvel pronto. Para o presidente da ADU, incorporadores horizontais perceberam esta oportunidade e começaram a entregar o produto casa pronta. Uma das expoentes deste mercado é a FGR. “A resposta muito positiva é vista no grande volume de vendas. Este produto de casa pronta tem níveis baixíssimos de estoque, o menor dos últimos dez anos para este tipo de produto”, informa.

Um dos motivos para a opção pela casa pronta é a escassa mão de obra disponível para a construção civil. “É o segmento com demanda mais aquecida no mercado hoje e que mais sofre efeito inflacionário”, destaca. João Victor acredita que isso tem efeitos muito positivos para a economia, como o desemprego mais baixo em Goiás, mas reconhece que um dos problemas é que não há profissionalização de uma nova mão de obra para a construção. “A formação é muito menor que nas últimas décadas e os cursos profissionalizantes da área deixaram de ser procurados”, lamenta o incorporador.

Pequeno construtor assume obras para vender imóvel

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Mercado imobiliário

Incorporadoras que atuam no segmento de condomínios horizontais estão apostando mais em empreendimentos de casas já prontas. O motivo é a alta velocidade de vendas dos imóveis, que são adquiridos por pessoas que preferem residir em casas, mas que não querem enfrentar os desafios de uma construção, principalmente com a atual escassez de mão de obra na construção civil. Outro motivo é a maior facilidade de obtenção de financiamento.

Famosa pelos condomínios de lotes da grife Jardins, a FGR Incorporações começou a investir em empreendimentos de casas prontas entre 2019 e 2020 através de um projeto-piloto com algumas unidades. “Observamos que o cliente comprava o lote, mas demorava construir. Criamos o evento Arquitetando e vimos que havia dificuldade para conseguir recursos”, lembra Camila Alcantara diretora comercial da FGR.

Foi quando a empresa resolveu investir no Jardim Marselha, com 626 casas, que tiveram venda recorde. O empreendimento já foi entregue e conta até com uma padaria. Depois, vierem os Jardins Leon e Cannes. Camila lembra que foram três na região de Aparecida e, depois, a empresa passou a investir também em condomínios de casas na região da GO-020, o Frankfurt e o Berlim, que já foram 100% vendidos.&nbsp;

Neste sábado (dia 28), a FGR lança o Jardins Grécia, que terá 598 casas, a partir de R$ 990 mil, na entrada do município de Senador Canedo. Mas a expectativa era vender tudo ainda no pré-lançamento. O cliente pode escolher entre casa térrea, com três quartos e duas suítes e sobrados de 4 quartos e 3 suítes e de 3 quartos e 2 suítes, com diferentes tipologias de fachada. O financiamento é direto com a construtora em até 480 meses.

Com metro quadrado a partir de R$ 9 mil, o futuro condomínio também terá uma padaria e restaurante, além de uma trilha de mountain bike. A diretora da FGR informa que entre os clientes estão casais em ascensão com filhos pequenos, que saem de bairros como Bueno e Marista para terem um quintal com segurança e mais qualidade de vida. “São condomínios que se tornaram eixos de expansão de Goiânia. Temos tido um processo migratório de apartamentos para casas. Neste novo projeto, 80% dos clientes vêm de apartamentos”, conta.

Camila ressalta que muitos também não querem ter dor de cabeça com obra e, algumas vezes, também não têm a comprovação de renda necessária para conseguir crédito para construir. “Por isso, a demanda é crescente, com alta velocidade de vendas. Todas unidades devem ser vendidas em dois ou três dias. O goiano gosta de pisar no chão e ter liberdade”.

O empresário Leonardo Rebouças e a esposa, Beatriz Conceição Rebouças, compraram uma das casas do Jardins Marselha, em Aparecida de Goiânia, em 2020. Pagaram R$ 650 mil na época pelo imóvel de 181 metros quadrados, que hoje vale R$ 1,2 milhão. “Optei pela casa pronta pela dificuldade de aprovação de projetos em prefeituras e de contratação de profissionais para a obra, desde engenheiro até serventes. Além disso, fazer acompanhamento da obra é muito difícil”, justifica.

Por isso, comprar a casa pronta foi uma comodidade, já que ele não tem tempo para acompanhar a obra. “Via as pessoas passando por dificuldades nas obras e resolvi comprar uma casa pronta. Só precisei entrar com armários, iluminação e móveis. Comprei com entrada de 10% e financiamento em 360 meses. Foi um grande negócio”.

Sobrados

A Cinq Desenvolvimento Imobiliário está investindo em seu primeiro condomínio de sobrados prontos, em parceria com a Palme, o Uniq, no setor Faiçalville. Eduardo Oliveira, diretor de Novos Negócios e Comercial da Cinq, informa que o empreendimento terá 75 sobrados de 180 metros quadrados, com 3 suítes e toda estrutura de lazer. As obras ainda estão no início e restam apenas sete unidades, na faixa de R$ 1,4 milhão.

Segundo ele, o condomínio de sobrados de alto padrão atende quem deseja morar em casa com a mesma segurança de um empreendimento vertical e dentro da cidade. “Este cliente da casa não quer mais passar por um processo construtivo e não se incomoda em ter uma casa igual a do seu vizinho”, adverte.

A empresa já tinha know how no desenvolvimento de loteamentos fechados com grandes áreas para desenvolver comunidades planejadas. Outro projeto em desenvolvimento é o de um bairro planejado na região central de Aparecida, em uma área com 3 milhões de metros quadrados no conceito de novo urbanismo. “Ele terá 2,8 mil unidades imobiliárias horizontais e verticais e também para comércio e serviços”, conta o incorporador.

Ele lembra que, em um condomínio fechado de lotes, a pessoa quer construir uma casa de acordo com suas demandas. “Talvez a pessoa iria para um apartamento, mas viu a oportunidade de continuar ou migrar para uma casa com mais facilidade. Hoje está mais fácil pelas condições de financiamento”, destaca. Além disso, com mais construtoras especializadas em construir casas em condomínios, também ficou mais fácil ocupar os loteamentos.

Os condomínios de casas em bairros mais centralizados têm áreas mais compactas e sem grandes quintais, mas o foco é comodidade, estando em um bairro consolidado, enquanto nos loteamentos a busca é por mais áreas verdes, equipamentos de lazer e casas maiores. “São dois perfis de consumidores diferentes, mas com mesmo desejo de viver em casa. Além disso, são produtos escassos no mercado”, alerta Oliveira. Como a precificação é menos competitiva que nos empreendimentos verticais, os condomínios de casas surgem em áreas onde não pode verticalização ou em fundos de vales.

A EBM também já conta com um condomínio de casas entregue e outro que será lançado no próximo trimestre. Marcos Túlio Campos, diretor de incorporação da EBM, lembra que o primeiro, que já foi entregue na região do Parque Atheneu, no ano passado, conta com 180 casas de 2 dormitórios e teve uma boa velocidade de venda, com 100% vendidos em 60 dias. O próximo será de melhor padrão, com 240 casas de 3 dormitórios, sendo 1 suíte, na região do Jardim Bela Vista, com um tíquete médio de R$ 700 mil.

Para Campos, o desejo de todo mundo é morar em casa e, muitas vezes, a pessoa não faz esta opção pelas longas distâncias do trabalho e falta de segurança. “Além da segurança, também conseguimos trazer o fator lazer do condomínio vertical para empreendimentos de casas muito bem localizados”, ressalta. Mas quando se fala em casa, o comprador também pode estar disposto a ficar mais distante para ter seu quintal. “Havia uma lacuna de mercado, pois nesta faixa de casas não há grandes players atuando”, justifica.

Outro fator de valorização é a menor oferta. Enquanto em Goiânia as empresas lançaram mais de 10 mil unidades verticais em 2024, no mercado horizontal foram apenas 2 mil. “Há demanda grande, mas também maiores dificuldades, como a necessidade de maiores terrenos que na incorporação vertical”, lembra Campos.&nbsp;

Segundo ele, também é uma outra logística construir casas. “O prédio é uma construção mais escadinha, com uma etapa após a outra. Num condomínio horizontal, você pode construir todas as casas ao mesmo tempo”, explica. Como o empreendimento horizontal tem áreas de 100 mil metros quadrados, a mão de obra é diferente e trabalha mais espalhada. “Por isso, são poucas as empresas que atuam nos dois segmentos”, acredita o incorporador.

Outra vantagens da casa pronta é o acesso ao crédito, pois, para um lote sem casa, a pessoa não consegue acessar o financiamento bancário comum. Já numa casa, prevalece o modelo de incorporação comum, como no vertical, porque existe a casa como garantia na alienação fiduciária, seguindo a lei da incorporação, enquanto o lote segue a lei do loteamento com outras regras. “Assim, conseguimos acessar uma população maior”, diz Campos.&nbsp;

Condomínios fechados de casas prontas conquistam mercado

Mutirões da Prefeitura de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia planeja retomar o programa de mutirões nos bairros a partir de agosto, como foco em atendimentos à população e prestação de serviços, aos moldes da estrutura implantada pelas gestões de Iris Rezende (MDB), há 20 anos. A volta das edições, com expectativa de participação de diversas secretarias, governo estadual, Tribunal de Justiça (TJ-GO) e outros órgãos públicos, terá sete datas, realizadas a cada 15 dias, sendo a primeira da Praça da Feira do Setor Morada do Sol, na Avenida Mangalô, no dia 16 de agosto.

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O trabalho se diferencia das 44 edições do chamado “mutirão de limpeza”, realizado nas regiões da capital com trabalhos prioritariamente de zeladoria e saúde, a partir da promessa do prefeito Sandro Mabel (UB) de dar “uma nova cara” à cidade entre janeiro e abril. A primeira agenda também ocorreu no Setor Morada do Sol, na região noroeste, e a última na região central, nos setores Norte Ferroviário, Centro e Aeroporto.

A partir de agora, a intenção é disponibilizar estrutura física para disponibilizar serviços à população em cada uma das sete regiões administrativas da cidade, com gastos com tendas, palco, sonorização, camarotes e stands que podem custar até R$ 13,5 milhões (veja o quadro). Depois da noroeste, o mutirão terá as edições seguintes nas regiões norte e leste, mas ainda não há local específico definido.

O custo máximo dos mutirões é definido por ata de registro de preços publicada pelo Paço Municipal em 10 de junho, que inclui um total de 64 itens diferentes para atender à demanda de estrutura para as atividades nos bairros. A ata tem origem em pregão eletrônico efetivado na gestão do ex-prefeito Rogério Cruz (Republicanos), ainda em 2023, e foi retificado e republicado pela atual administração em cumprimento a acórdão do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

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Segundo a Prefeitura, o instrumento permite a contratação de todos os materiais levantados, mas a gestão pode optar por executar apenas parte da lista implantada na administração passada. Questionado, o Paço apontou que a retificação da ata decorreu de providências administrativas para cumprimento de acórdão exarado pelo TCM e que não gera obrigatoriedade de contratação.

O documento aponta para a demanda de contratação de empresa especializada na prestação de serviços de “organização, locação, montagem, desmontagem, transporte, mobiliário e equipamentos para composição de ambiente” do mutirão. A ata de preços ainda prevê a implantação de “estruturas, sonorizações, iluminação, confecção e colocação de material visual, confecção de camisetas, coletes, locação de banheiros, fornecimento de refeição, manutenção e instalação de equipamentos de rede e informática para realização de eventos”.

A publicação no Diário Oficial do Município (DOM) antecipa contratos para execução, “em especial, do programa de governo municipal para as prestações de serviços itinerantes e atendimento ao público, em atendimento à Secretaria Municipal de Administração”.

A Prefeitura reforça que o registro de preços não obriga a administração a firmar contratos e representa uma expectativa de contratação. Assim, cabe ao órgão gerenciador ou participante avaliar, “dentro de sua conveniência e oportunidade”, a necessidade de efetivar ou não as contratações.

A agenda a ser iniciada pela região noroeste repete a opção da gestão passada, que retomou o formato de presença nos bairros no mesmo local, na região noroeste, em novembro de 2021, com a participação do governador Ronaldo Caiado (UB). A elaboração do planejamento dos novos mutirões, que emulam a estratégia irista implantada ainda em 2005, é feita por assessoria especial no próprio gabinete de Mabel, comandada pelo ex-deputado estadual Josias Cardoso Gonzaga (MDB).

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Elaboração

O emedebista conta com equipe formada por outros quatro servidores a ele subordinados, que finaliza nesta semana a versão final do planejamento. A expectativa é de que o plano seja apresentado ao prefeito na próxima quinta-feira (26).

<cite>Nesse ano, nós iniciamos com o mutirão de 100 dias de ações. Essa foi a primeira a primeira etapa, de janeiro até maio. Estávamos cuidando da zeladoria e prestando alguns serviços mais essenciais à comunidade. Com a paralisação das chuvas, nós estamos entrando agora em uma fase de revisão de toda a zeladoria de Goiânia, com pintura de meio-fio, poda de árvores, roçagem, entre outras atividades. Isso ocorre agora em junho e julho”, disse Josias ao POPULAR.</cite>

Segundo o auxiliar de Mabel, a intenção é que os novos mutirões contem com a parceria de outros órgãos públicos para a oferta de serviços. “Em agosto, nós vamos entrar com uma outra versão, que é aquela parte de atendimento à população nas regiões, em que vamos levar uma série de serviços da Prefeitura, do estado, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, entre outros. Para a administração chegar mais próximo da comunidade”, defende.

<cite>Vão ser sete edições, sendo uma em cada região administrativa da cidade, e começa no dia 16 de agosto. A cada 15 dias, termos a realização de um evento desses. A primeira será na Região Noroeste, na Praça da Feira do Setor Morada do Sol, na Avenida Mangalô. É um local grande, onde dá para montar uma estrutura boa”, confirma.</cite>

Josias foi deputado estadual durante o último mandato de Iris Rezende no governo estadual, entre 1991 e 1994, quando foi eleito deputado federal. O assessor especial do prefeito aponta que a retomada dos trabalhos têm inspiração em gestões do MDB. “É porque o mutirão em Goiânia é um nome consagrado. É uma marca. A gente tem que preservar aquilo que deu certo e vai dar certo”, afirma.

Depois da implantação do formato, com a volta de Iris à Prefeitura em 2005, o modelo foi mantido pelo ex-prefeito Paulo Garcia (PT), a partir de abril 2010, quando o emedebista renunciou para disputar o governo estadual. Com a volta de Iris ao Paço, em 2017, os mutirões foram retomados e, depois, mantidos por Rogério Cruz, que recomeçou as edições em novembro de 2021.

<cite>Na próxima quinta-feira eu vou ter todo o projeto que vai ser implantado, com a concepção e o formato, e vamos levar ao prefeito. Vai ser o projeto final para ele fazer os ajustes que achar necessários ou adaptações. O martelo final quem vai bater é o prefeito”, aponta Josias Gonzaga.</cite>

O auxiliar conta que a intenção é implantar uma estrutura reduzida, em comparação com a executada na gestão anterior. “Vai funcionar só sexta, sábado e domingo, até o meio dia. Então, vai ser uma estrutura adequada e com tamanho relativo aos serviços que vão ser prestados. A ideia é o prefeito despachar no sábado na região, durante o mutirão, para resolver os problemas de cada região, como obras e serviços, e aproximar da população para resolver as demandas de maneira mais rápida e eficiente”, antecipa.

<cite>É uma estrutura racional e econômica. O prefeito já deu a instrução de que vai ser uma coisa eficiente e com mais economia”, confirma. “Vai ser pago o que usar. A nossa ideia é fazer uma coisa bem enxuta e econômica, mas que preste um serviço de grande qualidade para a população. Esse é o nosso objetivo. A intenção não é montar uma coisa grande, mas algo que funcione e que resolva os problemas da população”, finaliza.</cite>

Prefeitura de Goiânia prepara volta dos mutirões para agosto

Política

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Serviços públicos

Experiente político e administrador, o ex-prefeito Iris Rezende se fechava em seu gabinete no primeiro ano de governo. Iris se dedicava a controlar com mão de ferro a receita e a despesa e a esperar, pacientemente, o tempo passar. Ele sabia que o primeiro ano de governo – em especial quando faltam recursos e sobram dívidas – costuma ser o mais difícil. Levam-se meses para organizar a máquina pública, reabastecer o caixa do Tesouro e para os resultados começarem a aparecer. Experiente gestor privado, o empresário Sandro Mabel assumiu seu primeiro mandato no executivo com superexposição nas redes sociais e na mídia. Participa de mais de uma agenda pública por dia para lançar projetos, visitar órgãos ou conferir ações administrativas, no ritmo do ex-prefeito Rogério Cruz. Herdou dele o gosto por aparecer em eventos com uniformes de servidores, jaqueta de agentes de trânsito, coletes da defesa civil, de agentes comunitários, boné de garis, entre outros. Mabel foi às ruas apresentar modificações no trânsito e já diz que a fluidez aumentou 30%, quando a percepção da população continua sendo a do congestionamento nos horários de pico; lançou testagem de semaforização inteligente em 3,1 kms dos 13 kms do Eixo Anhanguera, entre terminal da Praça da Bíblia e o Terminal Jardim Novo Mundo, projeto de metronização do transporte que só deve funcionar a partir de janeiro. Ele surgiu ligando iluminação de LED em ruas da cidade, enquanto boa parte dos bairros, na região central e na periferia, segue com lâmpadas queimadas e no escuro; acompanhou o transporte de mobiliário novo para uma unidade de saúde, quando boa parte delas segue em péssimas condições físicas. Mabel deu inúmeras coletivas para anunciar a reestruturação da Comurg. No início chegou a falar em milhares de demissões de efetivos. Passados mais de quatro meses, ainda não há prazo para essas demissões ocorrerem, porque a Comurg ainda calcula o valor que cada demitido terá direito a receber. Em outra frente, a prefeitura replica ações e programas muito criticadas na gestão anterior. Segundo reportagens deste jornal, já renovou oito contratos iniciados no governo anterior que totalizam R$ 38,9 milhões, seis deles sem licitação. A Secretaria de Engenharia Trânsito (SET), por exemplo, renovou, em um processo que durou apenas 16 dias, o contrato de R$ 167,24 milhões com a Jardiplan Urbanização e Paisagismo, de Itapetinga (SP), para serviços de implantação, ampliação e manutenção da sinalização viária por cinco anos. Essa empresa foi contratada em junho de 2024, sem licitação e por adesão à ata. Em janeiro, Mabel tinha dito que suspenderia todos os contratos feitos por essa modalidade.Entre outras ações polêmicas, e em meio à apreciação pela Assembleia Legislativa do pedido para prorrogar o decreto de calamidade financeira, a prefeitura decidiu gastar mais de R$ 8 milhões com os cachês de cantores famosos (como Amado Batista, Belo e Wesley Safadão) e com a estrutura dos shows da 78ª Exposição Agropecuária de Goiânia. O prefeito disse que receberia emendas individuais de parlamentares para cobrir essas despesas, o que não aconteceu até o momento.Se a régua de 100 dias é insuficiente, e injusta, para avaliar uma gestão, a rota seguida pelo gestor dá uma pista do que pode vir a acontecer. Por enquanto, Mabel tem agenda parecida com a do seu antecessor, muito voltada para os varejinhos, sem visão de médio e longo prazos e sem claras prioridades administrativas. A gestão ainda não se debruçou sobre demandas estruturais, sobre o planejamento da capital dos 100 anos, um futuro bem próximo, pois Goiânia se tornará centenária em 2033. Mabel tem o tempo a seu favor. Tem como definir prioridades, focar em grandes projetos (revitalização do Centro, programa de drenagem, recuperação da saúde municipal, investimentos públicos) e deixar o varejo para os secretários, seus superintendentes e gerentes e para os vereadores, pois isso eles adoram fazer. Esse tempo, contudo, não é o das redes sociais, onde tudo se resolve em um clique.