Com prazo de 180 dias e valor de pouco mais de R$ 3,5 milhões, a reurbanização da Avenida Castelo Branco teve a ordem de serviço assinada nesta segunda-feira (14), para início das obras. O trecho, da Praça Ciro Lisita, no Setor Coimbra, até a GO-060, no Bairro Ipiranga, sofrerá intervenções em seis etapas de aproximadamente 2 km cada. A primeira, entre a GO-060 e a Avenida Pirineus, no Bairro Ipiranga. Não haverá interdição da via. A empresa vencedora da concorrência pública foi a baiana J.F.E. Engenharia e Urbanismo, que apresentou menor preço. A homologação do processo licitatório foi assinada em outubro de 2021. Inicialmente, o orçamento era de R$ 4,2 milhões e a segunda colocada, a HB20 Construções Eirelli, apresentou uma proposta de pouco mais de R$ 4,1 milhões. A ideia é transformar a avenida em uma Agrovia, o maior polo de comércio agropecuário do país. O projeto foi desenvolvido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese) em parceria com a Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) e doado à Prefeitura de Goiânia. A coordenação e implementação estão a cargo da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh). Presidente da Acieg, Rubens Fileti esteve presente no evento da manhã desta segunda-feira (14) e afirmou que o projeto surgiu há cinco anos, por demanda dos comerciantes. “O setor produtivo criou projeto inicial, fez estudos de viabilidade e de custos. A partir disso, aprovado, virou lei e chegou à Prefeitura. A partir de agora, nós, empresários, cobramos o que está sendo assinado hoje e que seja respeitado pela empresa que assinou hoje a entrega nos próximos seis meses”, completou. Fileti comemorou o início das obras e disse que a ideia é fazer com que a região seja ainda mais conhecida nacionalmente e internacionalmente. “Temos muitas caravanas que vêm fazer compras aqui na região, tanto do resto do país, de diversas regiões, como de fora do Brasil. Nada mais justo que esta obra seja a mola propulsora da retomada efetiva da economia do estado, que vem do agronegócio.” Considerada uma das principais vias de ligação entre as regiões Sul e Oeste da capital, a Avenida Castelo Branco terá o canteiro central revitalizado, com troca de árvores por espécies nativas do Cerrado. Também está prevista a instalação de piso drenante nas três praças do trecho: Ciro Lisita, Walter Santos e Dom Prudêncio. As esquinas serão rebaixadas com intuito de garantir acessibilidade. Por fim, estão previstos pórticos para a Praça Ciro Lisita e para o Viaduto da GO-060. Ao longo da avenida serão instalados minipórticos e plaquinhas com orientação de categorias de comércio, separadas por cores. Prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos) enalteceu o comércio agropecuário e disse que o projeto já constava no plano de governo. “O nosso desejo é fazer com que a capital do agronegócio seja Goiânia e isso é o pontapé inicial. Principal objetivo é cuidar da nossa cidade, e o segundo, trazer valorização importante daqueles que geram renda e emprego para o nosso estado, que é o agronegócio.” Sobre desvios ou intervenções, Cruz garantiu que a ideia é impactar da menor forma possível o tráfego na região de forma que, mesmo com as obras, a via continue sendo utilizada. Rogério acredita que a requalificação vai não só fomentar os negócios existentes, como também atrair novas empresas, gerando renda e emprego para a capital. Via aberta Flávio Máximo é coordenador executivo do Programa Ambiental Macambira Anicuns (Puama) e gestor da obra de revitalização da Avenida Castelo Branco. Ele explica que, como a obra será prioritariamente realizada no canteiro central, não haverá bloqueio da via ou fechamento durante as obras, mas as faixas internas devem ser fechadas durante a execução dos trabalhos. “Faremos a substituição de algumas espécies que estão condenadas, mas temos outras que já foram regularmente plantadas pela Amma. Não temos no planejamento fechamento de vias, a não ser que ocorra algo excepcional, mas aí nossa ideia é fazer isso aos fins de semana, se for necessário”, completa Máximo. Ele explica ainda que devem acontecer sugestões de desvios já que o tráfego de carros é intenso na via. Licitação A J.F.E Engenharia e Urbanismo foi criada em 2014 na cidade de Quijingue, Nordeste da Bahia, a mais de 300 quilômetros de Salvador. Desde então tem executado projetos em municípios do seu estado. Mais recentemente, assumiu os serviços de revitalização da Via W3 Sul, entre as quadras 513 e 514, em Brasília (DF), um projeto que prevê a readequação do sistema viário com estacionamentos, acessibilidade e paisagismo, projeto semelhante ao previsto para a Avenida Castelo Branco. -Imagem (1.2402990)