Os destroços do avião que levava a cantora Marília Mendonça e outras quatro pessoas foram retirados neste domingo (7) do local do acidente, que fica na zona rural de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais. A operação foi realizada por uma empresa da região. Foram utilizados um guincho de arrasto de 200 toneladas, para puxar o avião de dentro da cachoeira, e um caminhão.O acidente aconteceu na última sexta-feira. O avião havia partido de Goiânia (GO) e seguia para Caratinga (MG), cidade em que a cantora faria um show para 8 mil pessoas. Além de Marília, também morreram o produtor Henrique Ribeiro; o tio da artista, Abicieli Silveira Dias Filho; o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana.A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou que a aeronave atingiu um cabo de alta tensão antes de cair, a apenas dois quilômetros do aeródromo. Pilotos haviam relatado a existência de uma antena e uma torre de energia sem iluminação próximos ao aeródromo de Caratinga. Segundo a Cemig, porém, os equipamentos estão fora da zona de proteção do aeródromo, ou seja, não são irregulares.As causas do acidente são apuradas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Os investigadores devem conversar com testemunhas e fazer análises de partes da aeronave. A Força Aérea Brasileira (FAB) afirma que a apuração será feita “no menor prazo possível”.Peritos investigam se houve mal súbito no piloto ou copiloto antes da queda do avião. A hipótese será verificada no exame anatomopatológico, uma espécie de biopsia. Por meio dele, é feita uma análise microscopia para identificar “doença prévia” à colisão do avião, explica a médica legista Vanessa Marinho. A perícia também realiza exame toxicológico, que pode identificar a presença de alguma droga no corpo das vítimas. (Folhapress)