-Imagem (1.2434424)A avó que desapareceu junto com as netas por quase oito dias está internada em um hospital psiquiátrico de Anápolis, na região Central de Goiás. A informação foi confirmada pelo delegado Rodrigo Arana, na manhã desta quinta-feira (7), durante entrevista coletiva em Goiânia. As meninas seguem internadas e em observação.O delegado contou que após a mulher e as meninas serem encontradas e levadas para o hospital, ele teve um contato preliminar com a avó e após perceber que ela apresentava problemas aparentes de um distúrbio psicológico, como fala desconexa e não conseguir organizar ideias e informações, solicitou a presença de um psiquiatra. O profissional percebeu a necessidade de internação provisória.Arana explica que mediante essa situação em quem a avó não tinha condições de responder criminalmente, não foi possível estabelecer uma possível responsabilidade criminal e por isso não foi lavrado prisão em flagrante contra ela. Porém, o investigador disse que isso “não significa dizer que ela não vai responder ou que responderá. Precisa aguardar o laudo psiquiátrico solicitado junto ao Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia.”Esse laudo, de acordo com o delegado, visa identificar se durante o período em que ela ficou desaparecida com as netas, ela tinha capacidade de entender o que estava fazendo. Em caso afirmativo, ela deve responder criminalmente. Do contrário, será isenta.Família desconhecia possíveis problemas mentaisO delegado Rodrigo Arana contou que a família desconhecia que avó pudesse ter problemas mentais, visto que não possuíam laudos psicológicos e ou psiquiátricos atestando uma doença mental. No entanto, havia comentários que há quatro meses ela ficou desaparecida por quatro dias e foi localizada no local em que mechas de cabelos foram encontradas.O investigador comentou sobre um diálogo entre o pai e a filha mais velha, que causou estranheza a polícia. Segundo o investigador, o pai perguntou se a menina não teria ouvido os gritos das pessoas procurando por elas e a garota respondeu que sim e que todas as vezes que tentaram responder a avó “teria tapado” a boca delas. Algo que deverá ser verificado por uma equipe da escuta especializada.Arana explica que em casos envolvendo crianças, como esse, os mesmos não são ouvidos na delegacia, essa ação visa evitar mais traumas. As meninas devem passar por uma equipe de escuta especializada e após isso será elaborado um laudo para saber o que fato aconteceu.Fim das buscasAs meninas e as avós foram encontradas, nesta quarta-feira (6), às margens de um ribeirão dentro de uma mata fechada, nas proximidades da BR-153 no município de Goianápolis. A primeira a ser localizada foi a adolescente de 11 anos.O delegado Rodrigo Arana relatou que um adolescente avistou a menina caminhando da mata em direção ao alambrado de uma chácara. O garoto reconheceu a menina e a convenceu a entrar na propriedade. Enquanto a garota era acolhida pela família, uma pessoa avisou a Polícia Militar.Uma equipe foi até o endereço e os policiais convenceram a garota a ir até o local onde a avó e a irmã caçula estavam.Leia também:- Vídeo mostra momento em que avó e netas são encontradas em mata de Goianápolis