Dez anos após a licitação de construção do corredor exclusivo BRT Norte-Sul, em Goiânia, o início da operação das linhas que vão utilizar a estrutura está marcado para o final de agosto. Em um mês, o consórcio das empresas concessionárias do sistema de transporte coletivo da região metropolitana terá de finalizar 30 das 31 estações de embarque dispostas ao longo do trecho entre os terminais Recanto do Bosque, na região norte, e Isidória, na região sul da cidade. O serviço está previsto para ser iniciado com 60 ônibus novos, sendo 50 a diesel e 10 elétricos, todos equipados com ar-condicionado. Eles vão operar em seis linhas, com frequência média de 5 minutos. Porém, para um resultado positivo ao usuário é preciso mais que estrutura: informação, integração e programação semafórica. Doutora em Transportes e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Erika Kneib, entende que, se a previsão de início da operação é em agosto, seria muito importante já ter um processo de comunicação sobre as linhas e possibilidade de integração em vigor. “Todo ‘novo’ sistema de transporte precisa ter uma comunicação muito incisiva e efetiva com o usuário e com a sociedade”, diz. Para ela, é importante que a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) divulgue e explique à população como se dará a integração com as demais linhas do sistema, “para que o usuário tenha mais opções de deslocamento, em um menor tempo e consiga avaliar se e como o BRT pode melhorar seu trajeto”.