A enfermeira Letícia Pereira, 35 anos, moradora de Indiara, a cerca de 100 quilômetros de Goiânia no rumo sudoeste, não pensou muito para se inscrever no programa Goiás Todo Rosa quando teve o diagnóstico de câncer de mama, em julho de 2024. Ela e centenas de mulheres têm contribuído para o fortalecimento de uma iniciativa pioneira no País, que prevê o rastreamento genético familiar como método de prevenção contra tumores. O programa – parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) de Goiás e a Universidade Federal de Goiás (UFG) – nasceu no fim de 2023 e já atendeu 571 pessoas, 305 pacientes e 266 familiares. Desses, 40% apresentaram mutação genética. Com a intenção de alcançar esse público, a SES lança nesta segunda-feira (6), dentro do programa Goiás Todo Rosa, o Protocolo e Linha de Cuidado do Câncer de Mama. O objetivo é organizar e qualificar a rede de atenção oncológica, possibilitando o diagnóstico precoce, o tratamento ágil e a redução da mortalidade. “A ideia é fazer várias ações para mitigar os riscos de desenvolver câncer, desde orientações sobre mudanças nos hábitos de vida até o acompanhamento mais próximo com consultas especializadas e exames numa periodicidade diferente do protocolo convencional”, explica o médico oncologista Kleber Monteiro, que integra o programa desde o início.