Os ambulantes que atuam na região da Praça do Trabalhador e Rua 44, no Setor Norte Ferroviário, não concordaram com a proposta da Prefeitura de Goiânia para trocarem a irregularidade por se tornarem feirantes ou lojistas em galerias da região. O Paço Municipal confirmou, em reunião com vereadores na tarde de sexta-feira (28), que a partir desta segunda-feira (31) vai intensificar a fiscalização nas ruas e calçadas locais para evitar a atuação dos comerciantes informais. Por outro lado, a Associação dos Camelôs afirma que fará protestos pacíficos já nesta manhã de segunda, sob o argumento de que a proposta da administração não os beneficia. No final de semana, os trabalhadores informais atuaram normalmente durante a Feira Hippie e também com as galerias abertas no sábado.

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A contraproposta apresentada ao Paço Municipal pelos ambulantes foi de formarem a associação e se formalizarem para que pudessem atuar na região em um horário alternativo, quando as lojas da região da Rua 44 estivessem fechadas. Dessa forma, os camelôs atuariam de segunda a sábado das 3h às 7h30 e das 17h às 21h. Uma comissão de vereadores se reuniu com o prefeito para ouvir a resposta a essa proposta, que foi negada, mantendo o projeto inicial da gestão de garantir o aluguel social nas galerias ou espaços na Feira Hippie. Porém, nenhum vendedor informal aderiu a uma das propostas até então. O Paço reafirmou que a fiscalização passa a ser intensificada nesta segunda-feira (31).

Representante da Associação dos Camelôs, Ana Paula de Oliveira explica que, mesmo pagando apenas o condomínio nas galerias, o valor varia de R$ 1 mil a R$ 3 mil, o que inviabiliza os negócios. “É isso ou ir para a feira em um lugar que está ‘morto’, que nem os feirantes querem. São 3 mil ambulantes e amanhã (segunda-feira, 31) vamos protestar pacificamente às 8 horas, e vai ter protesto todo dia. Ninguém aderiu a essa proposta, nem vai”, diz a vendedora. Ela conta que a informação no local é que a fiscalização neste dia 31 vai começar às 7 horas e, depois, já às 4 horas.

“A gente quer regularizar. O prefeito fala que a gente não paga imposto, mas a gente quer pagar, quer ser regularizado como ambulante e trabalhar nesse horário da madrugada, não vai prejudicar ninguém. Os lojistas reclamam porque querem ocupar os lugares vazios das galerias deles, se lá fosse bom não estaria vazio”, afirma Ana Paula ao citar que a formalização já ocorreu em outras cidades.

Para ela, a formalização da associação e dos ambulantes evitaria a aparição de novos vendedores informais. Em 2014, para resolver o problema dos ambulantes na Região da 44, a Prefeitura liberou a formalização dos trabalhadores como feirantes, criando a Feira da Madrugada, que existe até hoje. A argumentação, à época, era de que a criação da feira no horário alternativo resolveria a questão dos ambulantes locais. No entanto, pouco tempo depois, os camelôs voltaram a atuar na região da mesma forma e em número ainda maior; logo, não foi solucionado o problema. Na época, cerca de 400 ambulantes se formalizaram e, agora, estima-se a presença de 3 mil trabalhadores. O número, no entanto, não é reconhecido como oficial.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/camelos-tem-ate-30-de-marco-para-deixar-as-ruas-da-regi-o-da-44-confirma-prefeitura-1.3245364" target="_blank">Camelôs têm até 30 de março para deixar as ruas da região da 44, confirma prefeitura</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/prazo-para-retirada-de-camelos-da-regi-o-da-44-pode-ser-prorrogado-1.3242230" target="_blank">Prazo para retirada de camelôs da Região da 44 pode ser prorrogado</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/realocac-o-de-ambulantes-na-regi-o-da-rua-44-e-desafio-para-prefeitura-de-goiania-1.3235968" target="_blank">Realocação de ambulantes na Região da Rua 44 é desafio para Prefeitura de Goiânia</a></div>

Um levantamento da Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44) no começo do ano apontou 600 camelôs, sendo que metade deles também atuaria como lojista ou feirante. “O prefeito não quer conversar com a gente. Se nem com os vereadores ele aceitou falar, imagina com a gente. Mas nós vamos tentar ser ouvidos, vamos protestar todos os dias, nós só queremos trabalhar e pagar o imposto. Se temos aqui 3 mil ambulantes, com uma taxa de 100 reais, dá R$ 300 mil para a Prefeitura. Já dá para colocar luz em um Cais que vive sem. Prefeito deveria cuidar era da saúde, não de impedir a gente de trabalhar”, disse Ana Paula.

Por outro lado, a Prefeitura de Goiânia reafirma que “intensificará a fiscalização na região da 44 a partir desta segunda-feira, 31, com o objetivo de organizar o espaço público e desocupar calçadas e vias atualmente ocupadas por ambulantes”. O Paço Municipal reforça ainda que, para realocação, “os ambulantes poderão optar entre duas alternativas: a Feira Hippie, onde a Secretaria de Gestão, Negócios e Parcerias (Segenp) disponibilizou 1,2 mil espaços ociosos, ou salas comerciais em galerias, pagando apenas a taxa de condomínio. Ao longo dos próximos dias, os trabalhadores poderão escolher a opção que melhor atenda às suas necessidades.” Durante as negociações, os vereadores pleitearam um maior prazo para que houvesse um consenso com os ambulantes, mas o prefeito Sandro Mabel (UB) manteve a data prometida ainda antes de assumir o cargo.

Na proposta do Paço, o pagamento do condomínio seria feito por cerca de seis meses, quando então os lojistas passariam a pagar 30% do valor e, depois do mesmo período, 50%. Também houve pedidos para que a fiscalização ocorresse sem violência e tomada de materiais dos camelôs. Durante as reuniões, o prefeito reforçou que o trabalho será feito com respeito e atendimento às leis, mas que evitará a presença dos ambulantes na região, sob o argumento de que não se trata de um impedimento ao trabalho ou expulsão dos vendedores, já que é dada uma alternativa aos camelôs.

De acordo com a AER44, a alocação dos ambulantes para um local com melhores condições de trabalho, como nas bancas da Feira Hippie e da Feira da Madrugada, é positiva. “Vale lembrar que a mudança faz parte de um amplo projeto de revitalização do Setor Central, já anunciado pela Prefeitura e que promoverá um enorme ganho para o turismo de compras na Região da 44. É preciso salientar também que a Prefeitura está apenas aplicando o que determina o Código de Posturas do Município, mas sem negligenciar o aspecto social, já que oferece alternativas de novos espaços para os ambulantes trabalharem”, informa a entidade empresarial.

Já com relação ao projeto Aluguel Social, que disponibilizaria pontos de venda ociosos em empreendimentos da Região da 44, a associação ressalta que, apesar de cerca de cem ambulantes terem se cadastrado no fim do ano passado, nenhum deles, até então, quis aderir à iniciativa. Vale lembrar que, no início dos anos 2000, a Prefeitura também tentou a retirada de camelôs das ruas da capital, então na região da Avenida Goiás, com a construção do Mercado Aberto da Avenida Paranaíba, mas os informais voltaram a atuar também poucos anos após a medida implantada.

Camelôs rejeitam sair das ruas da Região da 44 e fazem contraproposta ao Paço

Cidades

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Matéria - Cidades

Comércio informal

Três bares foram interditados por não possuírem alvarás de localização e funcionamento no setor Marista, em Goiânia, na&nbsp;noite de sexta-feira (21). A ação, realizada por órgãos municipais, se deu em cumprimento de decisão judicial que determina a desobstrução do passeio público.&nbsp;

Durante a operação de fiscalização, promovida pela Secretaria Municipal de Eficiência, Guarda Civil Metropolitana (GCM), Vigilância Sanitária, Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) e Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), as mesas e cadeiras dispostas de forma irregular nas calçadas dos estabelecimentos também foram recolhidas.&nbsp;

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Em nota publicada nas redes sociais, o Deck Mambo Gastrobar, por meio de seu representante legal Florisvaldo de Araújo Neto, informou que o bar foi interditado devido a um espaço da parte externa do estabelecimento, que “somente recentemente foi devidamente esclarecido que a área em questão pertence à calçada e, portanto, faz parte do espaço público”. &nbsp;

Ainda de acordo com a nota, “já estão sendo tomadas todas as providências necessárias para a regularização dessa pequena área edificada em espaço público de calçada”&nbsp;(leia na íntegra ao final da matéria).&nbsp;

Por não terem tido os nomes divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar os demais estabelecimentos para que se posicionassem até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/grupo-empresarial-e-alvo-de-buscas-por-suspeita-de-sonegar-mais-de-r-7-milh-es-em-impostos-1.3243218" target="_blank">Grupo empresarial é alvo de buscas por suspeita de sonegar mais de R$ 7 milhões em impostos</a> 
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De acordo com o auditor fiscal de posturas André Barros, da Secretaria Municipal de Eficiência,&nbsp;é possível ter autorização para usar parte da calçada para colocar mesas e cadeiras, mas necessariamente devem ser observadas as regras do artigo 54 do Código de Posturas de Goiânia. &nbsp;

<cite>Entre elas, é preciso deixar o que a lei chama de faixa livre, que, dependendo do tamanho da calçada, pode ser de até 1,5 metro. Além disso, onde está o piso tátil, não pode ser ocupado por mesa e cadeira”,&nbsp;ressaltou ele,&nbsp;acrescentando que há horários em que esse uso do passeio público é permitido. &nbsp;</cite>

André Ramos reforçou que a determinação da atual gestão é garantir que a legislação e o Código de Posturas sejam cumpridos em toda a cidade, para garantir que todos os estabelecimentos comerciais funcionem dentro da legalidade.&nbsp;

<cite>A ordem é para que a gente fiscalize e cumpra a lei. A cidade precisa ficar organizada e vamos seguir essa determinação em todos os bairros”, disse.&nbsp;</cite>

Além das interdições, um bar que não tinha alvará de localização e funcionamento foi autuado, enquanto outro fechou antes do início da operação. Um estabelecimento, que não tinha nenhuma irregularidade, continuou funcionando.&nbsp;

Sobre os estabelecimentos autuados e interditados, André Barros informou que todos podem ter a situação regularizada, desde que sigam as determinações legais. &nbsp;&nbsp;

<cite>O primeiro passo é aprovar um projeto e levantar o embargo na construção. Em seguida, atender todos os requisitos do Código de Posturas para conseguir obter o alvará de localização e funcionamento, junto com a autorização para colocar mesa e cadeira, desde que sigam as regras existentes”, explicou o auditor fiscal. &nbsp;</cite>

Na mesma noite das interdições, a Amma emitiu três autos de infração por falta de licenciamento ambiental e realizou três visitas fiscais, enquanto a Vigilância Sanitária lavrou dois autos de infração, um termo de intimação e realizou duas visitas fiscais. Os agentes da SET emitiram 105 autos de infração, dos quais um resultou em remoção do veículo.&nbsp;

A ação cumpriu a decisão judicial de 2023, a partir de ação proposta pelo Ministério Público estadual, que determinou que a fiscalização municipal deve apresentar o relatório mensal de apreensões e autuações em relação à desobstrução do passeio público, para impedir a demarcação de vagas com cones, a ação de flanelinhas e a instalação de mesas e cadeiras de forma irregular.&nbsp;

<h2>Nota do Deck Mambo&nbsp;</h2>

O Deck Mambo Gastronomia LTDA, por meio de seu representante legal, Florisvaldo de Araújo Neto, vem a público esclarecer e informar sobre a interdição ocorrida na data de ontem 21/03/2025, a qual se deu exclusivamente por questões de natureza burocrática envolvendo a legislação municipal, o que explicaremos a seguir.&nbsp;

Especificamente, trata-se de uma área da parte externa do estabelecimento que, quando adquirido pelos atuais proprietários, integrava um deck edificado e coberto, sem qualquer indicação de que tal espaço estaria localizado em área pública, somente recentemente foi devidamente esclarecido que a área em questão pertence à calçada e, portanto, faz parte do espaço público. &nbsp;

Essa particularidade decorre de um projeto urbanístico da prefeitura de Goiânia, que prevê a ampliação da via pública para uma configuração de mão dupla mais ampla, mas que até o momento não foi executado por ausência de informações claras à época. O Deck Mambo Gastrobar, de boa-fé, requereu sucessivamente o alvará de funcionamento, obtendo inclusive as licenças ambiental e sanitária. atestando a conformidade com as normas vigentes. &nbsp;

No entanto, a interdição foi determinada por conta do uso dessa área pública, situação que foi explicada de forma educada, polida e solícita pelos fiscais responsáveis, os quais desempenharam suas funções com profissionalismo. É&nbsp;importante ressaltar que esse foi o único e exclusivo motivo para a interdição. &nbsp;

O Deck Mambo Gastrobar LTDA é uma empresa séria, que emprega diversas famílias e contribui significativamente para a sociedade goiana, seja por meio da geração de empregos, seja pela sua função social. Primamos pela alta qualidade da gastronomia, pelo atendimento excepcional aos nossos clientes e pela estrita observância da legalidade. &nbsp;

Por isso, já estão sendo tomadas todas as providências necessárias para a regularização dessa pequena área edificada em espaço público de calçada, para que, com a máxima brevidade, possamos retomar nossas atividades. Reafirmamos o compromisso de continuar servindo com amor, alto padrão de qualidade e muita alegria, cumprindo nossa missão de oferecer uma experiência gastronômica única e contribuindo para o desenvolvimento de nossa cidade. &nbsp;

Pedimos ainda compreensão e respeito a essa empresa que emprega diversas pessoas, tem compromisso com a sociedade goiana e trabalha para levar alegria e contribuir com uma experiência gastronômica única de alto padrão. &nbsp;

Agradecemos a compreensão de nossos clientes e parceiros e reforçamos nosso empenho em solucionar essa questão com rapidez e responsabilidade. nos colocamos ainda à inteira disposição de maiores e futuros esclarecimentos de todos prezando pela ética, transparência e compromisso dentro da legalidade. atenciosamente. &nbsp;

Florisvaldo de Araújo Neto &nbsp;

Advogado do Deck Mambo Gastrobar LTDA&nbsp;

Bares são interditados no setor Marista por falta de alvarás

FISCALIZAÇÃO

A Prefeitura de Goiânia sinaliza que pode prorrogar o prazo para retirada dos ambulantes da Região da 44, caso necessário. Ao mesmo tempo, a Associação dos Camelôs defende alternativas, como a implantação de horários flexíveis para trabalho de madrugada e à noite. As reivindicações foram apresentadas durante audiência pública na Câmara, nesta segunda-feira (17), duas semanas antes do fim do prazo para <a href="https://opopular.com.br/cidades/realocac-o-de-ambulantes-na-regi-o-da-rua-44-e-desafio-para-prefeitura-de-goiania-1.3235968" target="_blank">realocação dos informais</a>. A proposta da gestão é de eles serem levados às galerias, por meio de aluguel social, ou mesmo para a Feira Hippie – ambas rejeitadas pela categoria.

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O prazo limite para retirada dos ambulantes, 30 de março, foi citado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) em entrevista à TV Anhanguera em 26 de fevereiro. Dessa forma, a medida seria tomada em pouco mais de 30 dias. O POPULAR já havia antecipado a possibilidade no dia 19 daquele mês, citando as propostas do Paço. No aluguel social, o plano é levar os camelôs para os espaços vazios nos empreendimentos comerciais da região, a partir de isenção progressiva no valor do aluguel, mas com custos do condomínio às galerias e shoppings centers.

No fim de fevereiro, a reportagem também mostrou que a medida não havia sido bem recebida. Muitos, que já haviam tido locação nos empreendimentos, não conseguiram se manter por conta dos altos valores e da redução nas vendas, especialmente após a pandemia, a partir de 2020. Também foi relatada a queda no movimento na região e, consequentemente, do lucro. A realidade dos trabalhadores demonstra a dificuldade que a Prefeitura tem para fazer a realocação, de forma a garantir emprego para todos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/realocac-o-de-ambulantes-na-regi-o-da-rua-44-e-desafio-para-prefeitura-de-goiania-1.3235968" target="_blank">Realocação de ambulantes na Região da Rua 44 é desafio para Prefeitura de Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/ambulantes-s-o-alvo-de-fiscalizac-o-em-goiania-1.3233460" target="_blank">Ambulantes são alvo de fiscalização em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/realocac-o-de-ambulantes-na-regi-o-da-rua-44-e-desafio-para-prefeitura-de-goiania-1.3235968" target="_blank">Mabel planeja retirada de ambulantes da Região da 44 para o início do mandato</a></div>

O impasse na retirada motivou a audiência pública na Câmara, proposta pelo vereador Heyler Leão (PP). Com a presença de representantes da Associação dos Camelôs, Prefeitura, Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar, além de centenas de comerciantes de rua, o encontro foi finalizado com a determinação de criação de comissão temporária. A proposta será apresentada nesta terça-feira (18) e uma comissão será responsável por estudar soluções para a realocação.

Após a explanação dos vereadores presentes, que defenderam diálogo entre as partes e cobraram prazo maior para a implantação da medida, o secretário municipal de Eficiência, Fernando Peternella, garantiu que a <a href="https://opopular.com.br/cidades/ambulantes-s-o-alvo-de-fiscalizac-o-em-goiania-1.3233460" target="_blank">retirada dos ambulantes</a> será “com tranquilidade” e reforçou que a determinação é de que seja concluída até dia 30. Contudo, sinalizou, o prazo pode ser dilatado caso necessário.

“Se sentirem necessidade de prorrogar o prazo, vamos fazer. Estamos construindo isso. É a primeira reunião com todos vocês. Tenham calma, estamos abertos a ideias. O que não vai existir mais é a informalidade nas ruas. Nós entendemos que existe uma preocupação de vocês, houve falhas das gestões anteriores, mas agora estamos aqui para regularizar. Ter legalidade significa paz”, complementa.

Ainda segundo o secretário, não haverá uso da força policial para remoção dos ambulantes. “Ninguém precisa ficar preocupado que não vai ter polícia, cachorro, spray de pimenta. Isso não vai existir. A gente não quer apreender, não quer brigar. Só vamos organizar, com calma, escutando vocês”, cita. Peternella explica ainda que a ideia de Mabel é que a Região da 44 seja transformada em um “polo nacional de turismo e de comércio”. “Isso vai favorecer todos vocês. A 44 vai ser a maior área de turismo do Brasil, e mais organizada”, pontua.

O secretário executivo da Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias, José Silva Soares Neto, também reforçou que haverá diálogo e busca de “solução viável para todos”. “Ninguém vai ficar descontente, ninguém vai tirar o direito de trabalhar. Pelo contrário. Ninguém vai fazer nada de forma arbitrária, não existe nenhuma determinação nesse sentido. A orientação é diálogo, chegar a um denominador comum.” A pasta será a responsável pela adoção das medidas relacionadas aos trabalhadores informais.

Após a fala do secretário de Eficiência sobre possibilidade de prorrogação de prazo, além da cobrança dos vereadores para dilação de ao menos 30 dias, POPULAR questionou a Prefeitura se já há definição sobre o acréscimo do <a href="https://opopular.com.br/cidades/realocac-o-de-ambulantes-na-regi-o-da-rua-44-e-desafio-para-prefeitura-de-goiania-1.3235968" target="_blank">período para realocação</a> ou se alternativas são estudadas. Apesar da alegação de Peternella, a administração disse que não se pronunciará no momento, pois ainda não foi possível tomar decisões referentes à audiência pública.

<h2>Associação pede horários flexíveis</h2>

Presidente da Associação dos Camelôs, Ana Paula de Oliveira esteve na audiência na Câmara de Goiânia e defendeu que os comerciantes permaneçam trabalhando nas ruas, mas com adoção de horários alternativos. Ao POPULAR, ela disse que a categoria não aceita as propostas da administração municipal, seja de aluguel social nos empreendimentos, diante do alto custo, ou realocação na Feira Hippie, que funciona entre sexta-feira e domingo.

“A gente não quer isso. Esse aluguel social, por exemplo, temos de pagar condomínio e tem gente que não tem condições para entrar numa loja. E na feira também não vamos aceitar, são só três dias, não é o suficiente, a gente trabalha de segunda a segunda. E aqui na Região da 44, o tradicional é a madrugada. Tem cliente que vem só de madrugada aqui. Então não custa nada entrarem em acordo com a gente para trabalharmos das 3 horas até às 7h30; depois, voltamos às 17 horas, quando as lojas estão fechando”, pontua.

Ana Paula também cita que há um levantamento da associação que mostra a existência de cerca de 3 mil trabalhadores informais na região, ao contrário dos 600 estimados pelo Paço, conforme disse. Dessa forma, pondera que também não haveria como realocar todos como está proposto. Para ela, a solução definitiva seria a regularização de todos e a imposição de horários alternativos.

“A gente fabrica roupa, ajuda em Campinas comprando tecido, (na cadeia produtiva) atrás da gente tem costureira, cortador de roupa. Só queremos o direito de trabalhar, não queremos briga. Somos famílias que dependem da renda daqui. Eu mesma estou aqui há 15 anos. Tinham de olhar nosso lado. Falam que a gente não paga imposto. Pagamos sim, porque compramos tecido em Campinas, por exemplo, e a gente também pode pagar uma taxa. Lógico que queremos trabalhar regularizados, com tudo certo.”

Ainda conforme Ana Paula, a expectativa é de que o impasse seja solucionado no prazo, mesmo com a solicitação de prorrogação. “Até 30 de março para acordo não tem como, já está aí. Mas até lá o prefeito Sandro Mabel vai resolver isso para gente”, acredita. A própria associação já havia feito reunião, na última semana, com a Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias. “Querem acordo, mas oferecendo só a Feira Hippie e o aluguel social. Agora, passamos para olhar com ele (a permanência) na rua. Acho que não atrapalha nem lojista nem a gente.”

O aluguel social proposto pela Prefeitura é articulado com a Associação Empresarial da Região 44 (Aer44). A intenção é os ambulantes ocuparem espaços vazios nas galerias e shoppings, com os primeiros seis meses tendo custo arcado apenas do condomínio. Após esse prazo, o comerciante começará a pagar, além do condomínio, mais 30% do valor do aluguel, passando para 60% em um ano. A partir de um ano e meio, ele passa a arcar com 100% do custo. O subsídio será feito pelo próprio empreendimento.

Prazo para retirada de camelôs da Região da 44 pode ser prorrogado

Comércio

<img attr-cid="policy:1.3222978" attr-version="policy:1.3222978:1737632047" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3222978/Proporção para foto do site.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Registros da fiscalização do Procon-GO feita em um trecho da BR-153. (Divulgação/Procon-GO)

A Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon) em Goiás autuou a Triunfo Concebra, concessionária que administra a BR-153, por má conservação da rodovia. Em uma fiscalização feita no trecho da via que liga os municípios goianos de Hidrolândia e Professor Jamil, o órgão encontrou buracos e ondulações. Segundo o Procon-GO, essas irregularidades comprometem a segurança dos motoristas que passam pelo local.&nbsp;&nbsp;

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A ação, realizada com o apoio da Polícia Rodoviária Federal em Goiás (PRF-GO), ocorreu na última terça-feira (21). O Procon-GO ainda aplicou uma segunda autuação à Triunfo Concebra pela&nbsp;falta de esclarecimentos no pagamento de pedágio. Segundo o órgão, a informação de que a empresa não aceita cartão de crédito não está disponível ao longo da estrada, o que gera constrangimento ao consumidor. &nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/clinica-e-interditada-por-n-o-finalizar-servicos-de-implantes-dentarios-dos-clientes-diz-procon-1.3211197" target="_blank">Clínica é interditada por não finalizar serviços de implantes dentários dos clientes, diz Procon</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/procon-go-quer-explicac-es-do-facebook-por-anuncios-de-venda-de-cigarro-eletronico-1.3209586" target="_blank">Procon-GO quer explicações do Facebook por anúncios de venda de cigarro eletrônico</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/economia/mensalidade-nas-escolas-de-goiania-varia-ate-160-aponta-procon-veja-series-com-maior-variac-o-de-preco-1.3200968" target="_blank">Mensalidade nas escolas de Goiânia varia até 160%, aponta Procon; veja séries com maior variação de preço&nbsp;</a></div>

Em nota, a Triunfo Concebra disse que as necessidades no pavimento são maiores no período chuvoso e que, por isso, ampliou o número de equipes em todo o trecho de concessão. A empresa também explicou que as informações sobre as formas de pagamento são amplamente divulgadas em seus canais oficiais, como site, revista, placas nas rodovias e redes sociais (leia na íntegra ao final do texto). &nbsp;

A Triunfo Concebra tem o prazo de até 20 dias para prestar esclarecimentos ao Procon-GO, contados a partir da data de autuação. Ao POPULAR, o órgão de proteção ao consumidor informou também que iniciou essa fiscalização na BR-153 após receber denúncias. Caso deseje, a pessoa pode registrar uma reclamação no Procon Goiás pelo número 151 e <a href="https://proconweb.ssp.go.gov.br/#/" target="_blank">pelo site</a>.

<h4>Nota da Triunfo Concebra</h4>

A Triunfo Concebra informa que terça-feira (21), às 16h35min, recebeu a notificação do Procon e esclarecerá dentro do prazo todos os pontos ao órgão competente.

A Triunfo Concebra informa que no período chuvoso são maiores as necessidades no pavimento, por isso, em todo o trecho de concessão ampliou o número de equipes para 23, as programações diárias dos serviços estão disponíveis nas redes sociais @triunfoconcebra no Instagram, Threads e X.

Em específico no trecho de Professor Jamil/GO, a Concessionária adicionou uma equipe de manutenção do pavimento, inclusive no trajeto de deslocamento do Procon, foi confirmado que havia equipe atuando no pavimento.

A Concessionária adiciona que informações sobre as formas de pagamento são amplamente divulgadas em seus canais oficiais, como o site, revista, placas nas rodovias e redes sociais. A sinalização da praça de pedágio segue a previsão contratual junto à agência reguladora.

A Triunfo Concebra reafirma seu compromisso com a segurança dos usuários que trafegam nas rodovias sob sua concessão, mantendo equipes de pavimentação e conservação em regime contínuo, para manter as estradas em condições de trafegabilidade.

<img attr-cid="policy:1.3222979" attr-version="policy:1.3222979:1737632146" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3222979/Proporção para foto do site (1).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Registros da fiscalização do Procon-GO feita em um trecho da BR-153. (Divulgação/Procon-GO)

&nbsp;

Procon autua Triunfo Concebra após encontrar buracos e ondulações em trecho da BR-153 em Goiás

'MÁ CONSERVAÇÃO'

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apreendeu, neste sábado (7), nove ônibus suspeitos de transporte clandestino de passeiros em Jaraguá, Petrolina de Goiás e Hidrolândia. Segundo o órgão, cinco dos ônibus faziam transporte interestadual e quatro eram intermunicipais.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Os nomes das empresas não foram divulgados. Por isto, a reportagem não conseguiu localizá-las para pedir uma posição sobre as apreensões.

Ao POPULAR,&nbsp;o coordenador de operações da ANTT Jesiel Marcelino da Silva Júnior, responsável pela fiscalização no estado,&nbsp;informou que, além do transporte remunerado de passageiros sem autorização, foi identificado também várias irregularidades de segurança veicular. "Irregularidades essas que colocavam em risco a segurança dos passageiros", disse.

<cite>“Pneus carecas, parabrisa trincado, ausência de cinto de segurança, entre outros, e o condutor sem o curso obrigatório de capacitação para o transporte coletivo de passageiros", detalhou.&nbsp;</cite>

Após a apreensão, os passageiros foram levados para o Terminal&nbsp;Rodoviário de Goiânia, no Setor Central, onde aguardaram outros ônibus, desta vez com autorização, para seguir viagem.&nbsp;

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Conforme Jesiel, entre os veículos apreendidos está um ônibus em condições insalubres que saiu de Belém, no Pará,&nbsp;transportando 36 cubanos com destino à Santa Catarina, no Sul do País.&nbsp;

<cite>Esse veículo apresentava diversas irregularidades de segurança que colocavam em risco os passeiros que estavam nessa viagem extensa, de praticamente três dias. O banheiro, por exemplo, estava sem condições nenhuma de utilização, um ambiente insalubre”, descreveu ele.&nbsp;</cite>

Segundo ele, os passageiros&nbsp;pagaram cerca de R$ 600 pela viagem, que duraria cerca três dias.&nbsp; 

Neste caso, ainda de acordo com o coordenador de operações, foi caracterizado como transporte clandestino. "O&nbsp;ônibus tinha autorização para realizar viagem de turismo, porém ele realizava uma viagem com características de linha regular, como a comercialização de bilhetes individuais de passagens e que esses passageiros não retornariam ao seu destino de origem, caracterizando um serviço de fretamento", contou.

Conforme o coordenador de operações da ANTT, casos como esse colocam em risco tanto a vida de quem está no transporte quanto a de quem está na rodovia.

<cite>Veículo regular sai de um terminal rodoviário e o passeiro precisa ter o bilhete de passagem eletrônico, que é o BPE. Então, essas passagens que são compradas para sair de postos de gasolinas, praças, alguma irregularidade elas têm”, pontuou Jesiel Marcelino da Silva Júnior.&nbsp;</cite>

Colaboraram João Victor Guedes e&nbsp;Anna Clelma