POP_AgressaoHavena_100825

WEBSTORIES AGRESSÕES HAVENA

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A cantora goiana Havena denuncia ter sido agredida pelo influenciador fitness Glauber Sousa, em Goiânia. O caso aconteceu no final do mês de julho, porém foi divulgado pela artista neste sábado (9) nas redes sociais.

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Ao&nbsp;POPULAR,&nbsp;o influencer disse que seu departamento jurídico está organizando os trâmites necessários e, por justiça e transparência, considera importante prestar um posicionamento público sobre o assunto.

O&nbsp;POPULAR&nbsp;entrou em contato com a Defensoria Pública para saber se ele é assistido pelo órgão e foi informado que não atua no caso. Diante disso, a reportagem não conseguiu contato com a defesa do influencer até o momento.

A reportagem apurou que o influenciador fitness foi preso no dia 21 de julho, após a cantora Havena ter acionado a Polícia Militar por estar sendo agredida. De acordo com o relato da PM, aos policiais a cantora disse que havia sido agredida fisicamente, ameaçada de morte e ofendida pelo influenciador, com quem possui um filho de dois meses&nbsp;

Segundo a PM, Havena contou aos policiais que foi retirada à força do interior do apartamento e durante as agressões teve sua cabeça arremessada contra a parede e, em tentativa de se proteger, trancou-se no banheiro. A cantora disse ainda que, durantes as agressões, o influencer a enforcou e tentou, a todo momento, tapar sua boca para impedir que ela concluísse uma ligação para acionar a polícia (assista o vídeo acima).&nbsp;

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Imagens mostram o momento em que a cantora é agredida pelo ex-companheiro (Divulgação/PM e Reprodução/Instagram Havena Oficial)

Durante a abordagem, o influencer e sua irmã se negaram a abrir a porta para os policiais. Diante disso, os policiais precisaram arrombar a porta. Como o agressor encontrava-se atrás da porta, com o impacto do arrombamento, ele foi atingido&nbsp;e sofreu escoriações na face e no joelho. Ao entrar no imóvel, o influencer não resistiu à abordagem, foi preso em flagrante e levado para a Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher.&nbsp;

O influencer fitness Glauber Sousa passou por audiência de custódia no dia 22 de julho e teve a prisão em flagrante convertida em liberdade provisória com o cumprimento de medidas cautelares. A reportagem apurou que o influencer está sendo autuado pelos crimes de injúria, ameaça, lesão corporal e violência doméstica contra mulher.&nbsp;

Ao POPULAR, a Polícia Civil informou que foi instaurado um procedimento policial para averiguar os fatos.

<h2>Agressões&nbsp;</h2>

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Cantora desabafou nas redes socias com relatos e fotos das agressões sofridas do ex-companheiro (Reprodução/Instagram Havena Oficial)

Nas redes sociais, a cantora Havena postou vídeos com relatos e fotos das agressões sofridas de quando se relacionava com o influenciador Glauber Sousa. Em um dos posts a artista disse: “Fui covardemente agredida pelo pai do meu filho! Vivi um relacionamento inteiro baseado no medo”.&nbsp;&nbsp;

Já em outro, Havena relata ter sido alvo de ameaças: “Conheci a pessoa mais agressiva, manipuladora e narcisista dessa vida! Ele conseguiu me intimidar todo esse tempo! Com ameaças! Que se um dia eu denunciasse, ele disse que é tão inteligente e manipulador que colocaria todos contra mim”, afirma.

Segundo o relato da artista, houve agressões enquanto ela ainda estava grávida do influenciador. Uma das agressões foi registrada pela própria cantora.&nbsp;

<cite>Eu terminei por muitos motivos. Teve uma vez, quando eu ainda estava grávida, eu de barrigão, ele me puxou e eu caí no chão com muita força. Comeci a sangrar e comcei a ficar desesperada achando que ia perder”, relatou.</cite> 
&nbsp;

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Cantora denuncia ter sido agredida por influenciador fitness, em Goiânia

Cidades

Cidades - título

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Matéria - Cidades

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Fala da mãe do estudante

Estudante de medicina contido

<div attr-cid="policy:1.3306393" attr-version="policy:1.3306393:1756573304" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3306393" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3306393', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3306393">Fala da mãe do estudante (1.3306393)</a></div>

O estudante de medicina goiano Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos, <a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-de-medicina-de-goias-morre-asfixiado-na-bolivia-diz-familia-1.3306382" target="_self">teve um surto e foi asfixiado</a> por guardas de loja na Bolívia, denunciou a mãe dele, a professora Neidimar Oliveira Souza (veja vídeo acima). Igor morreu em Santa Cruz de La Sierra após abordagem de seguranças privados de um comércio local. O caso foi revelado com exclusividade pela TV Anhanguera.&nbsp;

<cite>Como todo estudante que vai para longe, que enfrenta solidão, ele começou a desenvolver depressão e usar drogas. Ele surtou no prédio onde morava e saiu para a rua pedindo ajuda. O pessoal chamou os guardas de uma escola e esses guardas mataram meu filho asfixiado", contou a mãe para a TV Anhanguera.</cite>

Em nota ao POPULAR, no sábado (30), o Ministério das Relações Exteriores informou que acompanha o caso e oferece assistência consular à família do brasileiro. A pasta ressaltou ainda que não divulga dados pessoais de cidadãos que solicitam apoio nem fornece detalhes sobre o tipo de auxílio prestado.&nbsp;

<ul>
	<li>Veja na TV Anhanguera outros detalhes sobre esse caso:&nbsp;<a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/familia-de-estudante-morto-na-bolivia-viaja-para-o-pais-neste-domingo-31-13886486.ghtml" target="_blank">Família de estudante morto na Bolívia viaja para o país neste domingo (31)</a></li>
</ul>

Nesta segunda-feira (1º), às 6h40, por e-mail, a reportagem voltou a entrar em contato com o ministério para obter informações sobre atualização do caso, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. O POPULAR também solicitou novamente posicionamento à Polícia Nacional da Bolívia, porém, não houve resposta.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-de-medicina-de-goias-morre-asfixiado-na-bolivia-diz-familia-1.3306382" target="_self">Estudante de medicina de Goiás morre asfixiado na Bolívia, diz família</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-de-medicina-de-goias-que-morreu-em-acidente-se-declarou-a-familia-em-post-pouco-antes-de-viajar-1.3306318" target="_self">Estudante de medicina de Goiás que morreu em acidente se declarou à família em post pouco antes de viajar</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/marido-de-estudante-de-medicina-que-morreu-em-acidente-na-br-060-deixa-hospital-apos-passar-por-cirurgias-1.3305404" target="_self">Marido de estudante de medicina que morreu em acidente na BR-060 deixa hospital após passar por cirurgias</a></div>

O estudante cursava medicina em uma faculdade boliviana. No último dia 26, um vídeo mostra quando Igor Rafael entra em um comércio. Ele estava com uma camiseta cinza e aparentava estar desorientado&nbsp;(veja vídeo abaixo).&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3306398" attr-version="policy:1.3306398:1756573451" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3306398" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3306398', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3306398">Estudante de medicina contido (1.3306398)</a></div>

Diante da situação, os funcionários acionaram os seguranças que estavam próximos. O vídeo mostra o momento em que o estudante é contido pelos vigilantes, que o retiram do local segurando-o pelos braços e pernas. Em seguida, ele é colocado na calçada, onde permanece cercado pela equipe de segurança.

<h2>Quem era o estudante</h2>

Natural de Anápolis, no centro de Goiás, Igor Rafael se mudou para Santa Cruz de La Sierra em 2015 para cursar medicina e estava no último período da graduação. Agora, familiares devem viajar à Bolívia para tratar do traslado do corpo e cobrar esclarecimentos da polícia.

O jornal entrou em contato com o Gabinete de Assuntos Internacionais de Goiás, nesta segunda, para saber se houve algum pedido de assistência para a transferência do corpo do estudante pela família, no entanto, não teve retorno.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3306392" attr-version="policy:1.3306392:1756573184" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3306392/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2025-08-30T135942.558.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Estudante Igor Rafael Oliveira Souza, de 32 anos. (Reprodução/g1)

&nbsp;

<ul>
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</ul>

Estudante de medicina de Goiás teve um surto e foi asfixiado por guardas de loja na Bolívia, denuncia mãe

Abordagem 

Quem transita desatento à noite pela ponte da Rua 10, que passa sobre a Marginal Botafogo, no Setor Leste Universitário, pode se encantar com a mudança na paisagem. Antes ocupado por pessoas em situação de rua, repleto de lixo e pichações, o local agora está limpo, vazio e ganhou uma nova pintura. Entretanto, cobertores, restos de comida e garrafas de bebida alcoólica, acomodados em cantos estratégicos da via, denunciam aos olhares mais atentos que a população em situação de rua ainda permanece nas redondezas, à mercê da fome, do frio, de doenças, do tráfico de drogas e da violência.

No final de julho, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), postou vídeos em suas redes sociais informando que a Prefeitura havia aproveitado uma obra da Companhia Saneamento de Goiás (Saneago) na adutora que fica na Rua 10 para realizar uma ação de acolhimento às pessoas em situação de rua que estavam no local. Ao lado da secretária municipal de Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos, Erizania Freitas, e do comandante da Guarda Civil Metropolitana (GCM), Gustavo Toledo, ele disse que cada caso estava sendo tratado com “responsabilidade e respeito” e que iria ocorrer uma “fiscalização rigorosa” para que o tráfico de drogas não retornasse ao local. Situação semelhante aconteceu na Praça Joaquim Lúcio e no Ginásio de Esportes, em Campinas, no primeiro semestre deste ano.

O POPULAR circulou pelas ruas de Goiânia ao longo da última semana, especialmente no Centro e em Campinas, e constatou que a população em situação de rua da capital permanece presente nessas regiões e, em alguns casos, em situação ainda mais vulnerável. Na última quarta-feira (27), um grupo de pessoas fazia o uso de bebidas alcoólicas e fumava crack com palha de aço à luz do dia nas imediações de um pit dog localizado na Rua 10. Outras estavam deitadas em um colchão encostado na adutora. Traficantes também circulavam pelo local.

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À noite, a maioria dessas pessoas saiu dali e migrou para dois pontos próximos da Rua 10: um casarão abandonado na Rua 233, no Setor Leste Universitário, e a parte debaixo da ponte sobre a Marginal Botafogo, que já foi classificada pela própria Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) como “em situação ruim” e pelo Ministério Público do Estado de Goiás(MP-GO) como “em estado periclitante”.

Conforme relatos das pessoas em situação de rua, passar a noite nesses locais é mais difícil do que na adutora da Rua 10. Mulheres contaram que ficaram expostas a estupros no casarão abandonado. Quem dorme lá também reclama do frio e da umidade do local, queixa que é compartilhada por quem passa as noites sob a ponte. “Lá (embaixo da ponte) tem muitos ratos e pessoas com tuberculose. Não recomendo você ir”, aconselhou uma mulher à reportagem.

Mesmo em condições adversas, essas pessoas não se arriscam a voltar a passar as madrugadas na adutora. Elas dizem ser alvo de socos, tapas, chutes, xingamentos e do uso de spray de pimenta por parte GCM. O relato se repete entre aqueles que dizem já ter tentado passar a noite na Praça Joaquim Lúcio, em Campinas. “Não dá para ficar. Eles tiram a gente e somem com nossas coisas. No máximo, dá para ficar nas farmácias ali por perto”, contou um homem que costumava dormir na praça.

Grande parte do grupo que ficava na Praça Joaquim Lúcio migrou para o Parque Municipal Campininha das Flores, localizado a menos de um quilômetro de distância. Lá, a proximidade com o Córrego Cascavel torna as noites mais frias, especialmente para aqueles que dormem ao relento, debaixo de uma torre de energia elétrica. A fome também aumentou, enquanto os banhos se tornaram mais escassos. Quando estavam na Joaquim Lúcio, o grupo tinha acesso facilitado a banhos solidários e sopas oferecidas por instituições de caridade. Agora, muitas vezes, se contentam em passar os dias com fome e tomar banho nas torneiras do parque.

Parte das pessoas que dormiam no Ginásio de Campinas se mudou para uma mata na Avenida Sergipe, a apenas três quadras do centro esportivo. Outras foram para as imediações de um depósito de materiais recicláveis, localizado próximo ao cruzamento da Avenida Perimetral com a Rua Santa Luzia. A saída do grupo do Ginásio de Campinas, no entanto, não resolveu o problema do tráfico de drogas no local. No final da tarde de quarta-feira, pessoas ainda repassavam substâncias entre si em frente ao centro esportivo.

<img attr-cid="policy:1.3306711" attr-version="policy:1.3306711:1756695530" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3306711/image.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Edificação da Prefeitura na Vila Novo Horizonte é usada como ‘mocó’ (Wesley Costa / O Popular)

Além disso, há pontos que nunca deixaram de registrar a presença massiva da população em situação de rua, como a Avenida Independência e a praça em frente ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop), ambos no Centro. A presença dessas pessoas também é notável em outras regiões da capital, como o Setor Serrinha, Jardim América, Jardim Planalto e Vila Novo Horizonte.

Na pista de skate do Novo Horizonte, por exemplo, existe até um “mocó”, onde pessoas em situação de rua vivem há meses. A edificação, que foi usada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) até 2023, agora está ocupada por pessoas em situação de vulnerabilidade. O local também é marcado pela presença do tráfico de drogas e da violência. Em uma das visitas feitas pela reportagem à edificação, em junho deste ano, o piso estava pintado com os seguintes dizeres: “vai morre nóia safado”.

Educador social e coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua em Goiás (MNPR-GO), Eduardo de Matos avalia que as ações da Prefeitura ignoram a complexidade dos problemas das pessoas em situação de rua. “Dá a coberta em um dia e no outro limpa tudo. Ser humano não é lixo para chegar a ‘zeladoria’ e tirar”, pondera. Ele defende que a política pública mais adequada é o Programa Moradia Cidadã, que consta no Plano Nacional Ruas Visíveis (PNRV) do governo federal. “É mais barata e traz mais dignidade”, diz.

Consultório na Rua é deficitário 
 
O Consultório na Rua, estratégia do Sistema Único de Saúde (SUS) que visa ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, funciona de forma deficitária em Goiânia. Nenhuma das pessoas entrevistadas pelo POPULAR na última semana disse ter sido atendida pela estratégia neste ano. São pessoas com sintomas gripais diversos, feridas graves e infeccionadas, além de doenças psiquiátricas e dependência química.

Um exemplo é caso de um homem em situação de rua que costuma ficar na região da Avenida C-104, no Jardim América, e possui uma ferida putrefata no calcanhar esquerdo há meses. Como não recebeu ajuda do Consultório na Rua, ele contou à reportagem que procurou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Jardim América. Lá, ele foi informado que deveria procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Então, ele foi até a unidade que fica no Parque Amazônia, mas chegando lá ficou sabendo que deveria procurar o posto de saúde que fica no Parque Anhanguera. “Não tenho dinheiro para pagar passagem de ônibus”, comentou. Sem uma solução definitiva para o problema, ele depende da doação de itens como gaze e água oxigenada para tratar a ferida. “Agora está até boa. Já chegou a dar bicho”, lembrou.

Em Goiânia, as bases do programa Consultório na Rua estão localizadas nos Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais) Vila Nova e Bairro Goiá. A reportagem esteve em ambos os locais na última sexta-feira (29), e os relatos indicam que apenas uma equipe atua de forma completa no Cais Vila Nova, no período da manhã, enquanto o serviço está praticamente paralisado no Cais Bairro Goiá. Além da falta de profissionais para compor as equipes multidisciplinares, outro grande obstáculo é a ausência de motoristas para conduzir os veículos que transportam as equipes pelas ruas.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informou que, atualmente, duas equipes multidisciplinares completas que realizam atendimentos pelo Consultório na Rua. Uma das equipes atua no período da manhã, no Cais Vila Nova, e a outra atua no período noturno, no Cais Bairro Goiá. Conforme a pasta, entre janeiro e agosto de 2025, o Consultório na Rua realizou 437 atendimentos, sendo que existe um “processo interno em andamento para o preenchimento de vagas em outras três equipes, e avalia a publicação de edital específico para contratação de profissionais de saúde para o programa caso as demandas não sejam supridas”.

Urgência 
 
Pessoas em situação de rua entrevistadas pelo POPULAR também relataram dificuldades para conseguir atendimento nas unidades de saúde de urgência da capital, especialmente quando chegam aos locais sem documentos pessoais. Na última quinta-feira (28), a reportagem encontrou um homem que havia sofrido um choque no pé esquerdo, após encostar em um fio desencapado na região do Jardim América, naquele mesmo dia. O pé estava inchado, arroxeado e apresentava feridas no dorso e nos dedos. No entanto, ele ainda não havia procurado uma unidade de urgência. “A gente bebe pra esquecer a dor”, disse.

Sobre a reclamação, a SMS comunicou que a ausência de documentos pessoais e comprovante de endereço não impede o atendimento e que “as unidades de urgência e emergência têm assistentes sociais para acolher, orientar e auxiliar a população em situação de rua no acesso à assistência”.

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Moradores em situação de rua na Avenida C-104, no Setor Jardim América, em Goiânia (Wesley Costa / O Popular)

Semasdh não informa quantos já saíram das ruas

A Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) não informa quantas pessoas já saíram das ruas de Goiânia desde o início de 2025. O POPULAR solicitou à secretaria dados sobre quantas pessoas, desde o início da gestão, foram encaminhadas para casas de acolhida, conseguiram acessar o aluguel social ou foram enviadas de volta para suas cidades de origem, mas não obteve resposta sobre isso, nem esclarecimentos sobre quantas delas seguem sendo acompanhadas pela pasta ou quantas não retornaram às ruas.

A reportagem também questionou a Semasdh sobre outras ações prometidas pela pasta para este ano, como, por exemplo, a realização do censo da população em situação de rua -- o último levantamento, realizado em 2019 pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Criminalidade e Violência (Necrivi) da Universidade Federal de Goiás (UFG), apontou que 1,2 mil pessoas ocupavam logradouros públicos na capital, mas as autoridades acreditam que o número já possa ter dobrado -- e a expansão das vagas em casas de acolhidas, mas também ficou sem resposta.

A pasta se limitou a informar, na última sexta-feira (29), que, em relação à edificação ocupada na Vila Novo Horizonte, a equipe de abordagem social já havia sido encaminhada ao local para realizar o levantamento e o acompanhamento da situação. “O trabalho busca identificar as necessidades das pessoas em situação de rua que ocupam a área, garantindo encaminhamentos adequados e a proteção dos direitos da população vulnerável”, detalha a nota enviada pela pasta.

Já a Secretaria Municipal de Eficiência (Sefic) informou que enviará uma equipe de fiscalização ao local para averiguar a ocupação irregular da&nbsp; área, já que trata-se de uma Área Pública Municipal (APM).

Forças de segurança

Além dos relatos de abuso de força por parte da Guarda Civil Metropolitana (GCM) contra pessoas em situação de rua no Centro e em Campinas, grupos também se queixaram ao POPULAR sobre o uso de violência por parte da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO), especialmente contra quem permanece na praça em frente ao Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) e na região do Jardim América.

Em nota, a GCM comunicou que “não há nenhuma orientação de ação de violência contra as pessoas em situação de rua na capital” e que “o policiamento comunitário visa aproximação com a comunidade, estimulando a colaboração mútua para promover mais segurança e qualidade de vida à toda população goianiense”.

A corporação também informou que atua em conjunto com a Semasdh e reforçou que pauta o trabalho da GCM “no policiamento comunitário pelo respeito e dignidade à população vulnerável, alicerçado nos valores de direitos humanos, proteção à vida e garantia do direito de ir e vir, conforme o artigo 5º da Constituição Federal”.

Já&nbsp; PM-GO comunicou que “existem protocolos legais e institucionais que têm como prioridade a preservação da dignidade humana, sem qualquer tipo de excessos ou abusos” e ressaltou que “não compactua com condutas irregulares e que eventuais denúncias devem ser formalizadas junto à Corregedoria, para que sejam devidamente apuradas com o rigor necessário”.

Vulneráveis seguem presentes como nômades urbanos nas ruas de Goiânia

Invisíveis

Uma operação apreendeu 32 canetas emagrecedoras falsificadas que eram vendidas a R$ 4.300 em um centro comercial de Goiânia, na última sexta-feira. Os medicamentos imitavam a embalagem do Mounjaro (tirzepatida), canetas injetáveis, da farmacêutica Eli Lilly.

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A operação realizada pela Polícia Civil e Militar ocorreu na última sexta-feira no Camelódromo de Campinas, que fica no bairro Setor Campinas. Uma pessoa foi presa e um adolescente apreendido durante a ação. A polícia identificou outro integrante do grupo que está foragido.

As 32 canetas foram apreendidas no dia. De acordo com a investigação, as embalagens eram falsificadas dentro do próprio camelódromo, sendo montadas para dar aparência de originalidade ao produto. Medicamentos não tinham registro na Anvisa. O uso de versões não originais coloca pacientes em riscos. Farmacêutica já divulgou anteriormente uma carta aberta sobre os riscos de falsificação e manipulação de tirzepatida. “Saiba que ao comprar esse tipo de produto, ou o adquiri-lo de fonte não verificada ou sem prescrição de profissional de saúde habilitado, você pode estar adquirindo versões que representam riscos à sua saúde”.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/canetas-emagrecedoras-passam-a-ter-receita-retida-1.3280273" target="_blank">Canetas emagrecedoras passam a ter receita retida</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/anvisa-proibe-vers-es-manipuladas-de-ozempic-mounjaro-e-wegovy-no-brasil-1.3304307" target="_blank">Anvisa proíbe versões manipuladas de Ozempic, Mounjaro e Wegovy no Brasil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/governo-promove-caneta-emagrecedora-nacional-e-muda-rumo-de-disputa-entre-farmaceuticas-1.3306534" target="_blank">Governo promove caneta emagrecedora nacional e muda rumo de disputa entre farmacêutica</a></div>

O medicamento é vendido no Brasil desde maio deste ano. Em junho, Anvisa aprovou uso para obesidade. Antes dessa regulamentação, o remédio tinha aprovação do órgão para tratar diabetes tipo 2, e o uso para tratar sobrepeso e obesidade era feito de forma off label (que não consta na bula). Atualmente, o medicamento só é vendido com retenção de receita nas farmácias.

Preço máximo fora do programa cobrado ao paciente é de R$ 2.384,35 -no produto de 5 mg. Para os produtos de 2,5 mg , o preço é de R$ 1.907,29, considerando uma alíquota de 18% de ICMS. O medicamento não é fabricado no Brasil e vem de uma fábrica da Lilly na Europa. (Folhapress)

Caneta emagrecedora falsificada é vendida por mais de R$ 4 mil no camelódromo em Goiânia

Crime organizado

A Praça Maria Angélica da C. Brandão, mais conhecida como Bacião, no Setor Sul, ganha os retoques finais para receber nesta semana os participantes do Goiânia Crew Attack (GCA) 2025. O espaço público foi escolhido para não somente sediar os principais momentos do encontro, mas também para receber as melhorias que ficarão como legado do evento para a cidade.

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Um dos maiores eventos do skate brasileiro, que também conta com programação cultural e de ocupação urbana, a 16ª edição do GCA deverá reunir milhares de pessoas, de quinta-feira (4) a domingo (7). Além do Bacião, a haverá atividades na Base Ambiente, no Centro.

A quadra do Bacião foi totalmente reformada. Daniel Atássio, sócio da Base Ambiente, idealizadora do evento, explica que os organizadores entraram com o conjunto de conhecimentos e o investimento, mas coube aos operários da prefeitura enviados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) e Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) o trabalho de revitalização do local, que também contará com um parque infantil e um ambiente para animais.

“Antes das obras conversamos com os moradores para entender o que eles queriam. A quadra recebeu várias camadas de pintura e a pedido da comunidade em uma metade demarcamos espaço para pickleball (minitênis) e a outra para basquete de rua. Uma nova tabela foi instalada. Também construímos três obstáculos de skate fixos. A ideia é que todos compartilhem o espaço”, explica Daniel Atássio. Ele reforça que a prefeitura atendeu prontamente os pedidos e instalou dez bancos de madeira e dez lixeiras na praça, fez a roçagem e a poda das árvores e renovou toda a iluminação. “Lá estava totalmente escuro há oito meses.”

Os skatistas medalhistas olímpicos Augusto Akio, o Japinha, e Pedro Barros confirmaram presença no Goiânia Crew Attack que deverá reunir 250 competidores de várias partes do país e um público estimado em 2 mil pessoas por dia, segundo Daniel Atássio. No Bacião, sábado (6) e domingo (7) haverá tendas, guarda-sóis e uma estrutura de paramédicos, mas as altas temperaturas e o clima muito seco, com umidade do ar abaixo de 20%, preocupam os organizadores. “Vamos orientar principalmente quem vem de fora para a importância da hidratação. ”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/parques-assumem-protagonismo-em-goiania-1.3274238" target="_blank">Parques assumem protagonismo em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/esporte/torneio-desafios-de-areia-vive-disputas-e-confraternizac-o-1.3306668" target="_blank">Torneio Desafios de Areia vive disputas e confraternização</a></div>

O objetivo dos idealizadores do evento é que as “crews” - grupos de amigos unidos pelo skate - se sintam acolhidas em Goiânia, uma cidade que, segundo estima Daniel Atássio, reúne aproximadamente 20 mil skatistas. “O skate faz barulho e pode incomodar. Também acontece muito de uma galera se camuflar em nossos eventos para usar drogas. As coisas se misturam e ficam confusas para a comunidade. Entretanto, o importante em um evento como esse é saldo positivo que fica. O Bacião estava totalmente abandonado e estamos renovando tudo.”

O GCA existe desde 2009 e a cada ano se consolida como um dos mais importantes eventos do skate brasileiro. Este ano serão disputados R$ 20 mil em premiações, igualmente divididos entre as categorias Masculino e LGBTQIA+ Feminino. As baterias vão ocorrer em cinco obstáculos distribuídos pela Base Ambiente e pelo Bacião. O público terá acesso totalmente gratuito. Daniel Atássio espera que a edição deste ano revele às autoridades a importância de um espaço dedicado exclusivamente ao esporte. “Goiânia ainda não possui uma pista de skate de alto nível, como Cuiabá (MT) que está construindo a maior da América Latina.”

Cleiton Rasta é uma das atrações do evento 
Além da movimentação dos competidores, o &nbsp;GCA 2025 vai contar também com atrações musicais. Entre os destaques está o DJ alagoano Cleiton Rasta, um fenômeno na internet. Ele iniciou a carreira em 2010 e ficou conhecido com a música Cabeça de Gelo, do cantor cearense Shalon Israel, que ele gravou em DVD em 2014. De lá para cá é convidado a se apresentar em todo o país. No festival de skate ele vai tocar de graça no Bacião, no sábado (06) a partir das 20 horas.&nbsp; 
Na sexta-feira (05), às 18 horas, Salma, vocalista da banda Carne Doce se apresenta no mesmo local em projeto ainda inédito. Vários DJs de São Paulo, Brasília, Curitiba e Goiânia vão se dividir nas &nbsp;pick ups durante todo o fim de semana. O GCA 2025 terá um encerramento festivo no domingo (07) no ponto mais badalado de Goiânia no momento, a Rua do Lazer, no centro da capital. &nbsp;

Serviço&nbsp; 
■ Goiânia Crew Attack 2025 
04 e 05 de setembro | 13h às 23h 
Local: Base Ambiente (Rua 3, no 84, Centro) 
06 e 07 de setembro | 10h às 22h 
Local: Praça Maria Angélica da C. Brandão (Bacião), Setor Sul