Uma campanha do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) tem transformado a forma como a educação ambiental é trabalhada com crianças da rede estadual de ensino. A iniciativa Liga Cidade Limpa, que incentiva a separação correta de resíduos, já começa a se expandir para diversos municípios goianos. Com a assinatura de um termo de compromisso, a campanha deve ser levada também a outros Ministérios Públicos do País. O projeto — que tem como principal destaque um gibi com aventuras de heróis dedicados a combater o descarte irregular de lixo — já foi apresentado até ao governo federal.

Em outubro de 2024, o MP-GO e o governo de Goiás firmaram um termo de cooperação técnica para a elaboração e divulgação da campanha Liga Cidade Limpa. A iniciativa nasceu no âmbito do projeto institucional Todos Pela Pers (Política Estadual de Resíduos Sólidos), desenvolvido desde 2021 pelo MP-GO, com o objetivo de promover o cumprimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O MP-GO já atua no encerramento dos lixões — uma das medidas previstas na PNRS —, buscando implantar ações necessárias à disposição final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. No entanto, também foi identificada a necessidade de produzir materiais de educação ambiental voltados à separação correta dos resíduos, outro ponto essencial da política nacional.

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De acordo com a PNRS, uma das metas nacionais é a eliminação e recuperação dos lixões, associada à inclusão social e emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. Já os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) preveem medidas que incentivem e viabilizem a gestão regionalizada dos resíduos, além de programas e ações de educação ambiental que estimulem a não geração, redução, reutilização e reciclagem.

Em Goiás, segundo o Painel de Indicadores de 2024 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico (Sinisa), apenas 1,08% dos resíduos recicláveis secos e orgânicos são recuperados. Além disso, 72,01% dos resíduos sólidos urbanos têm destinação final inadequada. Já o desempenho da coleta seletiva é de apenas 4,34%.

“A sociedade não é estimulada a fazer a separação. É importante que as pessoas se automatizem a não ver ‘lixo’, mas, sim, resíduo. Esse é o grande mote da campanha”, esclarece Juliano de Barros Araújo, coordenador regional do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do MP-GO.

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<h2>Campanha</h2>

Diante desse cenário, em janeiro de 2025 foi lançada oficialmente a Liga Cidade Limpa, resultado de quase dois anos de trabalho. Toda a concepção e o desenvolvimento da ideia central foram realizados pela Comunicação do MP-GO, que considerou, ao longo do processo, aspectos relacionados a gênero e raça, com o apoio das secretarias estaduais de Educação (Seduc), Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Retomada.

A campanha tem como principal instrumento um gibi educativo, distribuído a crianças, que apresenta as aventuras da Turma do Super R. A publicação reúne oito histórias em quadrinhos protagonizadas por três personagens. “O Super R é o cesto do resíduo reciclável. A Natureba é o cesto do resíduo orgânico. O Jeitoso é o cesto de resíduo que vai para o aterro”, explica Araújo.

Juntos, eles ensinam crianças — e, por extensão, adultos — sobre a separação correta dos resíduos sólidos em casa e na escola, abordando temas como coleta seletiva, rejeitos, descarte adequado de óleo de cozinha, pilhas e baterias, e aterros sanitários.

O material da campanha existe em diferentes formatos: impressos (cartilhas, folders, cartazes e adesivos), outdoors, mídias digitais, vídeos e jingles. Em parceria com a Área do Meio Ambiente e Consumidor e outros órgãos, o MP-GO também produziu um audiolivro baseado no gibi, tornando a publicação acessível a pessoas com deficiência visual. Está em desenvolvimento, ainda a versão em vídeo animado e acessibilidade em Libras.

Também em janeiro, teve início a qualificação de professores, promovida pela Escola Superior do Ministério Público (Esump), realizada de forma on-line, com o objetivo de apoiar a implantação de atividades de educação ambiental em sala de aula, usando a cartilha Aventuras do Super R como ferramenta pedagógica.

Em abril, o MP-GO promoveu um webinário para apresentar a campanha a gestores municipais. Cidades goianas de diferentes regiões já aderiram à iniciativa, entre elas Itauçu, Caldas Novas, Goianira, Brazabrantes, Três Ranchos, Ouvidor, Piranhas, Orizona e Catalão. Em Goiânia, que também assinou o termo de compromisso, o trabalho deve começar em 2026.

<h3>Expansão nacional</h3>

Em longo prazo, os planos para a Liga Cidade Limpa são ambiciosos. “Que o Super R seja tipo um Zé Gotinha, só que da reciclagem”, diz Araújo. O projeto tem potencial de expansão: o MP-GO já firmou um termo de compromisso com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), para levar a campanha a outros Ministérios Públicos do País. “Também estamos em tratativas com a área de educação ambiental do Ministério do Meio Ambiente”, comenta o promotor.

Antes mesmo de se expandir para outras regiões, a campanha já demonstra resultados expressivos na transformação da educação ambiental em Goiás. Na Escola Estadual Professora Marinete Silva, na Vila Abajá, em Goiânia, o projeto foi incorporado às aulas de Ciências e Geografia no primeiro semestre deste ano. Segundo a coordenadora pedagógica Stella Ordones, a iniciativa despertou grande engajamento entre os alunos de 10 e 11 anos. “Sempre trabalhamos os três Rs (reduzir, reutilizar e reciclar), mas o gibi da campanha permitiu ampliar essa discussão”, afirma.

A partir da leitura do gibi — atualmente disponível na biblioteca da unidade —, os estudantes começaram a realizar a coleta de tampinhas e lacres para reciclagem. O trabalho acabou envolvendo outras turmas e também as famílias, tornando-se uma prática permanente com a instalação de um garrafão para armazenamento do material. Outra ação que surgiu a partir do projeto foi a coleta de óleo de cozinha usado, que passou a ser transformado em sabão para a limpeza da própria escola. “Hoje, alguns alunos fazem essa coleta em casa também”, destaca Stella.

De acordo com a gerente de Programas e Projetos Intersetoriais e de Socioeducação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Patrícia Assunção, exemplares do gibi foram distribuídos a todas as regionais de ensino de Goiás e os resultados positivos se multiplicaram. Um dos exemplos vem do Colégio Estadual Quilombola Vida Boa, em Piracanjuba, que criou o projeto Coleta Seletiva Solidária e Quilombo Bank: Aprender para transformar. Nele, os alunos criaram uma moeda simbólica — o quilombo – que, ao separar, coletar e doar resíduos sólidos, o material era trocado por ela. O valor pode ser trocado por benefícios dentro da escola, como participação em datas comemorativas para aquisição de comidas típicas em eventos tradicionais na escola, como festas juninas. A iniciativa, de tanto sucesso, foi apresentada na Conferência Nacional do Meio Ambiente. “Temos recebido muitos retornos positivos”, conclui Patrícia.

Cartilha do MP-GO ensina separação resíduos com histórias em quadrinhos

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Meio ambiente

Dema indicia Sandro Mabel e Rogério Cruz por aterro sem licença em Goiânia

A 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) manteve a <a href="https://opopular.com.br/cidades/semad-acredita-que-aterro-de-goiania-so-tem-mais-2-anos-de-vida-util-1.3332029" target="_self">suspensão da liminar que havia determinado a interdição do Aterro Sanitário de Goiânia</a> e entendeu que a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) tem competência no licenciamento ambiental do empreendimento situado às margens da GO-060 – diante do questionamento se a atribuição seria do órgão estadual. A resolução foi dada em sessão de julgamento nesta quinta-feira (6), em resposta a um recurso apresentado pela Prefeitura contra decisão judicial que havia determinado em abril deste ano o fechamento progressivo do local.

A decisão para a interdição se deu em meio a uma ação civil pública proposta pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) e pelo governo estadual, em que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) ingressou demonstrando a omissão da Prefeitura no cumprimento de um termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado entre as partes em 2020, e aditivado em 2024, <a href="https://opopular.com.br/cidades/semad-aplica-2-multa-diaria-a-prefeitura-de-goiania-por-conta-do-aterro-1.3327410" target="_self">com prazos para adequação do aterro</a>. A juíza Mariuccia Benicio Soares Miguel, da 7ª Vara de Fazenda Pública, determinou, no dia 25 de abril, a “interdição progressiva e controlada”, dando prazo de 30 dias para que o município deixasse de enviar resíduos ao local.

Além disso, a magistrada determinou também, à Amma, que se abstivesse “de praticar qualquer ato de licenciamento ou fiscalização ambiental relativo ao aterro sanitário, em razão da ausência de competência legal”. Quatro dias depois, a liminar foi derrubada pelo desembargador Leandro Crispim, presidente do TJ-GO, após recurso da Prefeitura alegando risco “grave lesão à ordem pública, à saúde pública e à economia pública”. Logo após, em maio, as partes entraram com recursos contrários à derrubada da liminar. Desde então, se aguardava uma nova decisão dentro do processo, sob a relatoria do desembargador Maurício Porfírio Rosa, que fez uma inspeção judicial no empreendimento em agosto.

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Maurício Porfírio e Sandro Mabel, no dia da inspeção judicial no aterro (Fábio Lima / O Popular)

Durante a sessão de julgamento nesta quinta-feira, após as falas das partes, o desembargador proferiu seu voto da suspensão da decisão em primeiro grau que tratava da interdição do aterro, alegando que não há elementos que demonstrem o risco de dano. “Não há consequências (dos problemas) desse aterro que sejam sanadas com a medida de suspender a colocação de lixo lá. Tudo continua da mesma maneira. O chorume é colocado em três piscinas e por um tubo é levado para a estação de tratamento em Goiânia. Não há despejo em nenhum curso de água. Não estou a fazer a defesa de que é a coisa certa, perfeita, nem entrando nesse mérito. Estou agora momentaneamente dizendo que não há essa urgência necessária, porque traria para o município imensas consequências. Não consta no processo, mas apenas para anotação, qual o custo disso?”, disse.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/semad-acredita-que-aterro-de-goiania-so-tem-mais-2-anos-de-vida-util-1.3332029" target="_self">Semad acredita que aterro de Goiânia só tem mais 2 anos de vida útil</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/semad-aplica-2-multa-diaria-a-prefeitura-de-goiania-por-conta-do-aterro-1.3327410" target="_self">Semad aplica 2ª multa diária à Prefeitura de Goiânia por conta do aterro</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/indiciamento-de-mabel-e-rogerio-cruz-por-aterro-sem-licenca-e-quest-o-de-politica-publica-diz-delegado-1.3327027" target="_self">Indiciamento de Mabel e Rogério Cruz por aterro sem licença é questão de política pública, diz delegado</a></div>

“Entendo que não há essa urgência (de interdição). Se a gente fechar isso lá agora, na verdade, vai criar um enorme problema, sem que as consequências do depósito ilícito sejam sanadas. Vai continuar o lixo lá, produzindo todos os efeitos ruins. É muito melhor não impor ao município ônus muito grande e, por ora, permitir que continue lá até que a decisão venha”, defendeu. Pouco antes, ele havia citado matéria do POPULAR veiculada nesta quinta, em que se mostra um estudo encomendado pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) garantindo a estabilidade dos maciços. Conforme ele, na inspeção judicial, “do ponto de vista visual, já tinha percebido que não seria possível (desabar), porque está bem compactado”.

Ainda em seu voto, o desembargador defendeu a derrubada do comando que determinou à Amma que se abstenha de praticar qualquer ato de licenciamento ou fiscalização ambiental do aterro. Em meio às argumentações no processo, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) havia citado que uma resolução do Conselho Estadual de Meio Ambiente de 2024, que trata sobre as atividades de impacto local, de competência dos municípios, apontando que aterros sanitários não são atividades consideradas de “impacto ambiental local, não podendo ser licenciadas pelos municípios”. Portanto, defendendo que a competência do licenciamento seria do órgão estadual.

Para o relator, “não há exclusão da Constituição Federal para o município atuar na regulação, fiscalização ambiental”. “Estou dizendo que não há exclusão dos aterros sanitários da competência municipal. Pelo contrário, (leis federais) incluem todo empreendimento de impacto local. (...) Não cabe a essa entidade (Conselho Estadual de Meio Ambiente), mesmo que seja composta por entes federados, estabelecer limitações para competência do município, porque é matéria constitucional”, apontou. “Tem de ser estudado se esse impacto foge do ambiente local. Até poderia entender que não extrapola, porque tudo fica dentro do município. Mas, por cautela, essa matéria tem de ser discutida, porque se estabelecer que esse impacto regional prepondere sobre interesse local, deveria ser discutido para o Estado”, complementou. Os dois desembargadores acompanharam o voto do relator.

<div attr-cid="policy:1.3326473" attr-version="policy:1.3326473:1761039570" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3326473" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3326473', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3326473">Dema indicia Sandro Mabel e Rogério Cruz por aterro sem licença em Goiânia (1.3326473)</a></div>

Em nota, a Abrema diz que “recebe com perplexidade o julgamento (desta quinta), pois a decisão ignorou dados técnicos oficiais e o comando claro da lei”. “Relatório da Semad apontou 12 falhas gravíssimas no lixão e evidências de operação há mais de dez anos sem licenças ambientais válidas, com risco ao solo, às águas e à saúde da população de Goiânia e da região metropolitana. A Lei Complementar 140 de 2011 é expressa: empreendimentos com impacto regional, como aterros sanitários, são de competência do órgão estadual. Não é interpretação: é texto de lei. Quando decisões desconsideram a técnica e a lei, o resultado pode ser o mesmo que ocorreu em Padre Bernardo, um dos piores desastres ambientais de Goiás, que atingiu cursos hídricos e vários municípios. O risco de repetição em Goiânia é real”, cita.

Já a Semad categoriza como “gravemente equivocada” a decisão que reconheceu a competência do município para o licenciamento do aterro. “Essa decisão atropela o Conselho Estadual de Meio Ambiente de Goiás, que em 2016 definiu que o licenciamento de aterros cabe exclusivamente ao Estado. A deliberação tem justamente o objetivo de impedir o autolicenciamento feito sob influência política, sem o devido rigor técnico. O autolicenciamento trava o progresso do Estado na meta de <a href="https://opopular.com.br/cidades/indiciamento-de-mabel-e-rogerio-cruz-por-aterro-sem-licenca-e-quest-o-de-politica-publica-diz-delegado-1.3327027" target="_self">fechar os lixões em operação</a>. A prova de que a deliberação é necessária para Goiás está no fato de que a própria Amma emitiu uma licença para o lixão anos atrás sem considerar critérios mínimos, o que motivou o MP-GO redigir um TAC para corrigir o licenciamento”, aponta.

Tanto a Semad como a Abrema apontam que devem recorrer da decisão, o que deve ser feito junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vale lembrar que, em dezembro passado, a autarquia municipal suspendeu a licença ambiental corretiva diante da falta de cumprimento do TAC firmado junto ao órgão ministerial. Em um comunicado à imprensa enviado como resposta ao POPULAR, a Prefeitura cita que a decisão aponta que “não cabe interdição imediata do local sem provas técnicas e plano de contingência, evitando prejuízo à população e à administração pública.”

Justiça mantém aterro de Goiânia aberto e autoriza Amma a conceder licença

Resíduos sólidos

Do rock ao rap, do pop ao eletrônico, passando pelo trap e pelo funk. Em 2025, o Vaca Amarela reassume de forma radical sua identidade e sua origem: toda a programação é composta exclusivamente por artistas locais de diferentes gerações e gêneros musicais. “É uma forma de celebrar o DNA goiano”, defende o produtor João Lucas Ribeiro. O festival chega à 24ª edição neste sábado (8) e domingo (9), na Roxy e no Open Air, localizados no Setor Sul.

Entre os destaques da agenda está a celebração dos 20 anos da banda Johnny Suxxx - agora com As Panteras -, e o show do Black Drawing Chalks, grupo de rock que projetou o nome de Goiânia para o Brasil. O festival também abre espaço para artistas em ascensão, como Paulette Paula, Maaju, Sheldon Malvazi e Capitão Greg, além de encontros especiais e colaborações no domingo, como Serjão convida, Faelll convida e Marina Versos convida.

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Johnny Suxxx (Divulgação)

“O objetivo é reafirmar o papel de Goiânia como um dos polos mais criativos da música independente no País”, explica João Lucas. Além de coordenador do Vaca, o artista é vocalista da Johnny Suxxx, banda que ficou marcada em diversos palcos da cidade pela forte influência do glam rock dos anos 1970 e 1980. “Trata-se de uma escolha consciente de resistência, valorização e reencontro da cidade com seus próprios artistas”, completa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/espetaculo-a-menina-e-o-ceu-de-memorias-da-du-caixote-cia-de-teatro-sera-apresentado-em-goiania-1.3333557" target="_self">Espetáculo 'A Menina e o Céu de Memórias', da Du Caixote Cia. de Teatro, será apresentado em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/com-mais-de-12-anos-em-cartaz-espetaculo-goiano-especie-comeca-terceira-turne-internacional-1.3333561" target="_self">Com mais de 12 anos em cartaz, espetáculo goiano 'Espécie' começa terceira turnê internacional</a></div>

O rock toma conta da agenda do evento, com bandas que ajudam a manter a fama da cena independente da cidade, como Aurora Rules, que faz show em celebração aos seus 17 anos, Overfuzz, com 15 anos de palco, e Woolloongabbas, com 20 anos de estrada. Há ainda uma aglutinação musical que embala os dois dias de evento, com nomes como Luz Negra e RPR MCs.

Mesmo sem grandes patrocínios, o Vaca Amarela mantém viva a vocação de ser palco da diversidade musical e garantir espaço para a criação independente. Nas últimas duas décadas, o evento se tornou uma vitrine fundamental para quem faz música fora dos grandes centros e das lógicas comerciais. “Muitos artistas que hoje circulam nacionalmente começaram ou ganharam visibilidade no festival. O projeto fomenta conexões, cria público e inspira outros eventos independentes a surgirem”, reitera o produtor.

Outro ponto de afirmação e resistência do festival é abarcar uma programação diversa com foco, por exemplo, na comunidade e nos artistas LGBTQIA+, a exemplo de Kira Spirandelli, cantora independente com uma carreira de quase 10 anos. Com influências do funk dos anos 2000 e 2010, ela também é bailarina e atriz e utiliza sua arte para transmitir mensagens de empoderamento.

“O festival tem esse histórico que vem da equipe de produção, não só artistas, mas produtores, colaboradores. Pensamos numa curadoria que entregue representatividade e reflita nossa equipe, nossa galera”, comenta João Lucas. “Compromisso com a diversidade de gênero, orientação, música e estética é algo presente não só politicamente, mas algo que acontece naturalmente”, salienta.

<h2>Futuro</h2>

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Shelldon (Divulgação)

A edição deste ano é um prólogo do que a produção do Vaca Amarela está preparando para 2026, ano em que o projeto chega à 25ª edição. A ideia é revisitar momentos importantes da trajetória do festival e projetar o futuro. “É um marco histórico não só para o festival, mas para toda a cena independente do País. Queremos celebrar esse quarto de século com uma programação que unirá memória, inovação e diversidade, reafirmando o festival como símbolo de resistência e criatividade goiana”, adianta.

<h4>Serviço</h4>

Evento: 

24º Festival Vaca Amarela

Data:

neste sábado (8) e domingo (9), a partir das 16 horas

Local:

Roxy e Open Air, Rua 87,

nº 536, Setor Sul

Ingressos:

R$ 30

(por dia - sujeito a lotação)

Informações: 

@festivalvacamarela

&nbsp;

Programação completa

Sábado (8)

16h30 – Paulette Paula

17h – Xela

17h40 – Capitão Greg

18h20 – Victor Leão

19h – Woolloongabbas (20 anos)

19h30 – Shelldon Malvasi

20h30 – Overfuzz (15 anos)

21h – Kira Spirandelli

22h – Johnny Suxxx e as Panteras (20 anos)

23h – Maaju

00h - Black Drawing Chalks (20 anos)

&nbsp;

Domingo (9) 

16h – Set Rua Mix (Kaemy, Neguim da ZO, Fayra Leão, Marrom MC, Xavier, Maick MC e Vida Clara)

16h40 – Luz Negra

17h20 – RPR MC’s

18h – Marina Versos

19h30 – Sótão (10 anos)

20h – Serjão convida: Léo Martine, Rfeijão, Panther, Donato no Relato e Silvvr

21h – Burning Rage

22h – Set das Mina

23h – Aurora Rules (17 anos)

Festival Vaca Amarela chega à 24ª edição neste final de semana em Goiânia

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DNA goiano

Ciência e poesia se encontram no espetáculo A Menina e o Céu de Memórias, que tem sessão gratuita neste domingo (9), às 10 horas, na Rua do Lazer, no Centro. Realizada pela Du Caixote Cia. de Teatro e com direção dramatúrgica e artística de Vanderlei Roncato, a oitava produção da companhia tem classificação livre e contará com intérprete de Libras e audiodescrição. O elenco é formado pelos atores Alírio Gomes, Bárbara Brinquedo, Francis Silva e Lary Camilo.

Parte do projeto Entre-Linhas, aprovado pelo Programa Estadual de Incentivo à Cultura (Lei Goyazes), a peça acompanha a menina Pipa e o robô com programação incompleta Hélio, em uma jornada entre a perda e a esperança. Resultado de mais de 5 meses de trabalho dos artistas, a produção une teatro e poesia cheios de sonoridade em uma narrativa que é voltada ao público infantojuvenil, mas também capaz de emocionar também os adultos.

O espetáculo envolve profissionais da dança, clown, cenografia e música, com todas as canções interpretadas ao vivo pelo elenco sob a orientação do diretor e produtor musical Cleyber Ribeiro. A história acompanha Pipa, uma menina que, junto de Hélio, um robô curioso, parte em uma jornada de lembranças, invenções e descobertas. Pelo caminho, encontram personagens mágicos que os ajudam a transformar ausências em reencontros e memórias em voo, tudo em meio a uma cenografia e figurinos cuidadosamente preparados por Paulinho Pessoa e Michelly Lucena.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/festival-vaca-amarela-chega-a-24-edic-o-neste-final-de-semana-em-goiania-1.3333576" target="_self">Festival Vaca Amarela chega à 24ª edição neste final de semana em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/com-mais-de-12-anos-em-cartaz-espetaculo-goiano-especie-comeca-terceira-turne-internacional-1.3333561" target="_self">Com mais de 12 anos em cartaz, espetáculo goiano 'Espécie' começa terceira turnê internacional</a></div>

Com oito produções no repertório, a Du Caixote Cia. de Arte surgiu em 2016 com o espetáculo O Misterioso Nascimento do Rei e tem como objetivo central de suas produções o foco nas infâncias e o resgate de valores humanos, educativos e sociais. Além disso, a companhia valoriza o profissionalismo nas artes cênicas, contribuindo para o enriquecimento do cenário cultural em Goiás.&nbsp;

SERVIÇO

Espetáculo: A Menina e o Céu de Memórias,

da Du Caixote Cia. de Teatro

Data:

Domingo (9), às 10 horas

Local: 

Rua do Lazer / Centro

Entrada gratuita (será realizada campanha

social de arrecadação de alimentos no local, sugestão de 2kg por ingresso)

Espetáculo 'A Menina e o Céu de Memórias', da Du Caixote Cia. de Teatro, será apresentado em Goiânia

Jornada de esperança

VÍDEO: Caçadores são presos

<div attr-cid="policy:1.3333525" attr-version="policy:1.3333525:1762458237" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3333525" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3333525', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3333525">VÍDEO: Caçadores são presos (1.3333525)</a></div>

Dois homens apontados pela polícia como os maiores caçadores de onça-pintada do Brasil foram presos nesta semana no município de São Miguel do Araguaia, no norte goiano, durante uma operação do Batalhão de Polícia Militar de Operações Ambientais (BPMOA).

O POPULAR&nbsp;não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos para posicionamento até a última atualização desta matéria.&nbsp;

A operação aconteceu na terça-feira (4). Segundo informações da corporação, a investigação durou quatro meses e as prisões ocorreram após denúncias anônimas enviadas ao canal BPMOA Denúncia.

O material analizado pelos policiais ambientais incluía áudios, vídeos e fotos mostrando o abate de dezenas de onças-pintadas, espécie ameaçada de extinção, mediante pagamento de R$ 2 mil por animal morto.

Veja a matéria da TV Anhanguera: <a href="https://g1.globo.com/go/goias/videos-bom-dia-go/video/homens-considerados-os-maiores-cacadores-de-onca-pintada-do-brasil-sao-presos-14074664.ghtml" target="_self">Presos os dois maiores caçadores de onça</a>

De acordo com o capitão Alxsander de Carvalho, os suspeitos foram autuados em flagrante e agora estão sob investigação da Polícia Civil.

<cite>Os dois suspeitos foram autuados em flagrante no munícipio de São Miguel do Araguaia, ficando a cargo da autoridade policial a investigação acerca de outros envolvidos e de fazendeiros que poderiam estar contratando o serviço de caça ilegal", disse.&nbsp;</cite>

Em um dos áudios interceptados pela polícia, os homens detalham o modo de atuação e as estratégias para encurralar os animais.

<cite>Aquela região ali tem demais. Tentar enganar ela aí de alguma forma pra ver se cai na armadilha. Esperta demais, mas a gente vai tentar ser mais esperto que ela”, diz um dos suspeitos.</cite>

Outro trecho revela o temor dos caçadores em relação à policia, dizendo até que ficavam apreensivos

<cite>O que é apreensivo é que também tem o medo da polícia, esses trem que é melindroso demais. Porque algumas vezes se for um lugar que nunca ninguém ficou mexendo e chamando ela, às vezes é fácil pra gente resolver o problema”, disseram.</cite>

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No momento da prisão, os dois homens também foram autuados por posse ilegal de arma de fogo, utilizadas na prática dos crimes ambientais.

A onça-pintada (Panthera onca) é considerada o maior felino das Américas e desempenha papel essencial no equilíbrio ecológico dos biomas brasileiros, como a Amazônia, o Pantanal e o Cerrado. A caça da espécie é crime ambiental e representa uma perda irreparável para a biodiversidade do país, de acordo com os policiais ambientais.

As investigações continuam para identificar a extensão da rede de caça ilegal e possíveis financiadores do esquema.

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(Divulgação / Batalhão de Operações Ambientais-BPMOA)

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Dois homens considerados os maiores caçadores de onça do Brasil são presos em São Miguel do Araguaia, diz polícia

Caça predatória ilegal

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