A defesa do empresário Maurício Borges Sampaio conseguiu um habeas corpus (HC) no Superior Tribunal de Justiça (STJ) reconhecendo a nulidade do depoimento do açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, um dos condenados pela morte do radialista Valério Luiz. A decisão, concedida nesta quinta-feira (29), é da ministra Daniela Teixeira, e anula “todos os atos processuais posteriores”, como o júri popular que condenou quatro réus pelo crime. O recurso da defesa foi negado inicialmente pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) e levado ao STJ pela defesa do condenado como mandante do crime. A alegação é de que o interrogatório do açougueiro, em 2015, que teria deletado os demais réus do processo, foi feito sem a presença dos demais acusados e de seus defensores. Durante sessão de julgamento na 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), nesta terça-feira (27), o assistente de acusação e filho da vítima, Valério Luiz Filho, defendeu que o interrogatório não foi utilizado no Tribunal do Júri, em novembro de 2022, que condenou Sampaio e Marcus Vinícius, além do sargento da Polícia Militar (PM) Ademá Figueredo Aguiar Silva, e o empresário Urbano Xavier Malta.