O Núcleo Especializado de Direitos Humanos (NUDH) da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE/GO) solicitou que o Estado envie, em até 48h, informações sobre a morte de Wanderson Mota Protácio, ocorrida na terça-feira (18). O suspeito de matar a esposa grávida, a enteada e um vizinho, foi encontrado morto em uma cela do Núcleo de Custódia, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.O ofício foi assinado pelo coordenador do NUDH, defensor público Marco Túlio Félix Rosa e enviado à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE/GO). "As informações são necessárias para que a Defensoria possa tomar as medidas pertinentes caso tenha havido uma possível violação dos Direitos Humanos no fato", pontuou o defensor público.A DPE-GO afirma ainda que tomou conhecimento do ocorrido por intermédio de notícias veiculadas na imprensa goiana. O documento também questiona se havia algum registro de filmagem perto do local do fato, o nome dos servidores que encontraram o corpo, o número do registro da ocorrência e também o processo administrativo instaurado para apurar as responsabilidades do caso.RespostaEm nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que a Unidade Prisional Especial Núcleo de Custódia, onde Wanderson Mota estava detido, possui câmeras de monitoramento nos corredores que dão acesso às celas. Explicou também que ele passou pela triagem de saúde quando chegou na unidade prisional, e não foi constatado nenhum problema de saúde. “Ele não mencionou o uso de nenhuma medicação e não solicitou atendimento médico ou psicológico, durante o período em que esteve preso”, diz o comunicado.A DGAP afirmou ainda que servidores penitenciários que estavam de plantão no dia que foi constatada a morte de Wanderson já começaram a ser ouvidos pelas autoridades que investigam o caso e por sua própria Ouvidoria.CrimeWanderson é suspeito de matar a mulher, Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, grávida de quatro meses, a enteada, Geysa, de 2 anos, e o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73, crime cometido na zona rural de Corumbá. O rapaz também teria tentado estuprar e matar a mulher de Roberto, Cristina Nascimento Silva, de 45. Ela foi atingida por um tiro no ombro, fingiu ter morrido e conseguiu ser deixada para trás por Wanderson, que fugiu com a caminhonete do casal.