Os motociclistas de Goiânia ainda analisam o uso dos corredores, até então, preferenciais ao transporte coletivo da capital. Há cautela com relação à segurança em compartilhar a via com os ônibus. O motociclista Lucas Lopes, que é mototaxista por aplicativo, afirma que o maior problema é a falta de respeito por parte dos motoristas de ônibus. “Vamos ver se vai compensar. Eu costumo usar, mas o problema é que os ônibus não respeitam a gente”, diz. Também motociclista por aplicativo, Stênio Rutierry, que atua na área há cinco anos, afirma que o uso será feito com cautela. Rutierry acredita que o maior perigo é quando os ônibus estão à frente das motos e impedem a visão sobre os pontos de ônibus. “Os motoristas já sabem certinho onde estão os pontos, onde eles têm de parar. A gente não sabe. Então eles vão parar de uma vez e a gente pode não conseguir”, afirma. Porém, ele pensa que o transporte coletivo não vai sair prejudicado com a medida. “As motos desviam rápido, para eles não vai fazer diferença.” Porém, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (Sindcoletivo), Carlos Alberto Luiz dos Santos, diz que os motoristas estão apreensivos com a medida.