Primeiro bairro de Goiânia, o Setor Central é alvo de debates há mais de 20 anos sobre o que deve ser feito no local, em busca de uma revitalização que traga uma valorização imobiliária, representando um aumento na quantidade de moradores e, ao mesmo tempo, fortalecendo o comércio. Ideias de projetos para que isso ocorra, evitando a degradação atual do bairro, ocorrem a cada nova gestão municipal. A atual propôs o programa Centraliza em outubro de 2023, com ações que começaram em dezembro, das quais algumas já foram concluídas, como a troca dos abrigos dos pontos de ônibus. Outras propostas, porém, como a revitalização do Bosque dos Buritis e do Jóquei Clube, são de médio a longo prazo e devem ser para os próximos anos. Arquiteta e urbanista, a pesquisadora do Observatório das Metrópoles - Núcleo Goiânia, Maria Ester de Souza, afirma que o Centraliza poderia ser o projeto a resolver a questão do Centro, mas acredita que ele será só mais um dos que tentaram melhorar o bairro. “Há muito viés de parceria, de vender, de entregar, de adotar. Mas é a gestão quem tem de adotar os espaços públicos, a Prefeitura é quem é ‘mãe’ da cidade, não precisa de ninguém adotar”, diz. Para ela, a ideia de conceder isenção fiscal deveria ser revista, trocando o objeto e passando a dar benefícios a empreendimentos culturais, como teatros e cinemas no Centro.