-Imagem (Image_1.1814516)A força-tarefa da Polícia Civil que investiga a causa da morte da estudante de Arquitetura Susy Nogueira Cavalcante, de 21 anos, já ouviu cerca de 50 pessoas e ainda espera receber o depoimento de mais oito, entre elas, do técnico em enfermagem Ildson Custodio Bastos, réu pelo estupro da estudante.Segundo o delegado titular do 9º Distrito Policial (9º DP), Washington da Conceição, entre as pessoas já ouvidas no inquérito estão os pais de Susy e um médico que já a havia atendido.A grande maioria restante é de funcionários da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Goiânia Leste, no Setor Universitário, que prestaram algum atendimento à estudante durante os dez dias que ela esteve internada na unidade.Para tentar ouvir o técnico de enfermagem suspeito de ter estuprado Susy, o delegado informa que irá nesta quinta-feira no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde Ildson está preso preventivamente.Ele se entregou à polícia dia 29 de maio, mas nega que tenha cometido o crime. O advogado de Ildson, Leonardo Araújo, informou ao POPULAR que soube pela imprensa que o técnico em enfermagem foi chamado para depor e que ainda não havia falado com ele.Além do técnico de enfermagem, o delegado diz que faltam os depoimentos de profissionais da ambulância que realizaram o primeiro atendimento à Susy e de mais colaboradores da UTI que a atenderam.A universitária foi internada no dia 16 de maio na UTI do Hospital Goiânia Leste, após sofrer crises convulsivas durante uma aula. O estupro ocorreu na madrugada do dia 17 e foi registrado por câmeras de segurança. Ela seguiu internada no local até o dia 26 de maio, quando veio a óbito. A causa da morte da estudante ainda não foi esclarecida. Os pais alegam que só tiveram conhecimento do abuso sexual que a filha foi vítima durante o velório dela, horas antes do sepultamento.O inquérito sobre o estupro foi concluído pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) no último dia 31. Logo após, a família de Susy solicitou à Polícia Civil nova investigação, desta vez para apurar a causa da morte dela. Além disso, pediram a formação de uma força-tarefa para ajudar no atual inquérito.O delegado Washigton, responsável pela DP que cuida do caso, passou a contar com o auxílio de mais dois delegados na investigação.Além do restante dos depoimentos que pretendem coletar, o delegado informa que estão esperando os laudos periciais e técnicos já solicitados, entre eles, exames das vísceras da estudante para investigar a causa da morte.Também esperam a análise das cerca de 200 horas de imagens gravadas por câmeras da UTI durante os dez dias em que a estudante esteve internada. Segundo o delegado, essas gravações foram remetidas na segunda-feira (24) para o Instituto de Criminalística realizar a perícia.No último dia 14, o juiz Alessandro Manso e Silva aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás e o técnico em enfermagem Ildson Custodio Bastos se tornou réu pelo estupro de Susy. Na decisão, o magistrado deu dez dias para a defesa se manifestar. O advogado de Ildson informa que buscou o processo na segunda-feira (24) e que só então o prazo começaria a correr.