Uma carta assinada por mais de 40 pesquisadores brasileiros e estrangeiros em defesa do Cerrado foi publicada na segunda-feira (6) numa extensão da mais importante revista científica do mundo, a Nature. No documento, intitulado Ignorar a perda de vegetação fora das florestas coloca em perigo o Cerrado brasileiro e outros biomas não florestais, os estudiosos, vários deles de Goiás, alertam para a importância do reconhecimento da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos prestados por esses biomas.

Esse “manifesto”, como cita o professor doutor José Alexandre Felizola Diniz Filho, do Departamento de Ecologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), um dos cientistas que assina a carta, visa chamar a atenção dos agentes públicos que tomam decisões para as partes não florestais dos biomas. “Tradicionalmente existe essa ideia de que o Cerrado é um bioma menos importante e ela é equivocada, também em relação a outros biomas como os Pampas ou a Caatinga. Essa percepção desencadeia uma série de problemas em toda a legislação e na dificuldade em ter iniciativas mais efetivas de conservação dessas áreas abertas.”

Na Nature Ecology &amp; Evolution, os cientistas lembram que o Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro e da América do Sul, correspondendo a 23,3% do território nacional, já perdeu mais da metade de sua vegetação original. Mapeamento feito pela rede MapBiomas mostra que em 2022, 50,1% do bioma estava em uso pelo setor agropecuário e 47,9% era composto de vegetação nativa. Entretanto, o Deter, um sistema de alerta de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) identificou no primeiro semestre de 2023 que, enquanto houve 33,6% de redução de derrubada de florestas na Amazônia, o Cerrado sofreu um aumento de 21% de desmatamento.

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No documento, pesquisadores de instituições de várias partes do mundo, enfatizam a negligência histórica de ecossistemas ricos em biodiversidade. No Cerrado, a fronteira mais ativa da expansão agrícola no Brasil, existem mais de 4.800 espécies endêmicas de plantas e vertebrados. “Em um cenário de crise climática e taxas alarmantes de desmatamento, precisamos demandar esforços para reduzir essa ameaça e levar a temática para o centro de grandes discussões políticas, como a COP28”, afirma outra signatária da carta, a doutora Flávia de Figueiredo Machado.

Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Tocantins, Flávia Machado comemora a publicação do artigo antes da 28ª Conferência de Mudanças Climáticas (COP 28) da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá de 30 de novembro a 12 de dezembro deste ano, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O agronegócio brasileiro será um dos destaques do evento. “Precisamos chamar a atenção do mundo, questionar normas e políticas públicas. Sem a conservação adequada desses biomas haverá prejuízo também para a economia, para o agronegócio.”

“Os mesmos esforços para combater o crescente desmatamento na Amazônia devem ser estendidos também para combater a perda de vegetação natural no Cerrado e em outros biomas brasileiros. O Cerrado é crucial para o cultivo de produtos essenciais e é lar de povos indígenas e tradicionais, comunidades que dependem da sustentabilidade e da utilização dos recursos naturais da região”, diz a carta. Pelas projeções dos cientistas, com o avanço do desmatamento no Cerrado, haverá a extinção de 480 espécies de plantas endêmicas no bioma até 2050.

No documento, os estudiosos ambientais lembram que o Cerrado possui o segundo maior banco de carbono do Brasil, com a média de 48 toneladas estocadas por hectare. Quando a vegetação do bioma é destruída, mais gases superaquecedores são emitidos para a atmosfera, agravando a crise climática. Os pesquisadores citam instrumentos legais como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Projeto de Lei 2903/2023, que trata do marco temporal em terras indígenas, como ameaças ao Cerrado. “Apenas 3% de sua área está sob estrita proteção legal e 62% de todos os remanescentes de vegetação do Cerrado estão localizados em propriedades privadas, com proteção limitada.”

Cientistas publicam manifesto em defesa do Cerrado

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Meio ambiente

Em uma jornada pelos sabores e cores da gastronomia brasileira, destacando a riqueza culinária que se espalha pelo País, o Globo Repórter desta sexta-feira (6) promete dar água na boca. O programa viaja pelas cinco regiões do Brasil e mostra os frutos da terra e do mar que, além de renderem ótimas receitas, se transformam em fonte de renda para os brasileiros. Com reportagens feitas por jornalistas da Globo em Minas Gerais e em Brasília e das afiliadas do Pará, Bahia, Ceará e Santa Catarina, o Globo Repórter explora desde a tradicional tapioca até os sabores únicos do Cerrado e do litoral brasileiro.A viagem tem início na cozinha paraense, uma das mais ricas do País. A repórter Jalília Messias mostra como é feita a extração do tucupi, um molho único extraído da mandioca, e fala sobre o tacacá, um lanche de rua popular no Pará. Jalília vai a uma comunidade quilombola e acompanha a produção artesanal do tucupi, tradição aprendida com os índios. “Aqui em Belém, a mandioca é muito mais do que um alimento, é uma parte essencial da nossa identidade cultural. Acompanhar o processo artesanal de fabricação do tucupi em uma comunidade quilombola foi uma experiência imersiva e transformadora. É emocionante ver o esforço dedicado pelos moradores para manter essa tradição, que não só garante renda para as famílias, mas também celebra o orgulho das nossas raízes indígenas. Essa reportagem é, acima de tudo, uma homenagem à sabedoria e à resistência dos povos tradicionais”, afirma a repórter.A tapioca, iguaria derivada da raiz de mandioca, com suas qualidades nutricionais, é um alimento que se popularizou em todo o Brasil e é servida como merenda escolar no Recôncavo Baiano. No Globo Repórter desta sexta-feira, a repórter Camila Marinho mostra como é feita a extração artesanal da goma da tapioca e os diversos produtos derivados como o beiju, bolo de tapioca, cuscuz de tapioca e canudinho de tapioca, famosos na Bahia. “O consumo de raiz e seus subprodutos é parte da cultura brasileira que ganhou muita força no Nordeste. Acompanhar todo o processo de extração da mandioca - desde a colheita no campo até a sua completa transformação - foi uma oportunidade de aprender e se deliciar com tudo o que pode ser criado a partir dela”, conta Camila.Em Goiás, dona Ana e seu Zilas, extrativistas dedicados, cultivam uma variedade de frutas do Cerrado em seu sítio, a 80 quilômetros de Brasília. Eles processam essas frutas em sucos, biscoitos, geleias e licores, e vendem seus produtos na Ceasa de Brasília. Em seu primeiro Globo Repórter, Pedro Figueiredo visita o sítio e mostra as frutas no pé e o processo de produção. “Foi um privilégio participar do Globo Repórter e conhecer os guardiões de um dos nossos biomas mais potentes: o Cerrado. Muitos brasileiros não sabem da força e da vida que essa terra vermelha nos traz. O Cerrado é a savana mais biodiversa do mundo, riquíssimo em espécies que só têm aqui e com sabores únicos. Dona Ana e seu Zilas são símbolos da força do povo do Centro-Oeste e de como é possível valorizar as riquezas com a cara e a diversidade do nosso País”, garante o repórter.As Mestras de Igarapé, um grupo de sete mulheres que participam de uma associação de cozinheiras em Minas Gerais, são responsáveis por preservar a culinária mineira, preparando pratos típicos e receitas familiares passadas de geração em geração. Elas possuem um quiosque na praça principal da cidade onde, a cada semana, uma delas é responsável por cozinhar e vender pratos típicos a preços populares, como galinhada, angu, galinha caipira, costelinha de porco e tutu. A repórter Larissa Carvalho conhece essas cozinheiras e lê algumas de suas receitas, todas escritas à mão em livros de família com vários anos de história. “Gravando com as Mestras de Igarapé aprendi mais que do que receita de comida mineira gostosa daqueles velhos caderninhos de vó. Com toda aquela sabedoria, elas mostram pra gente, sobretudo, como a vida tem mais sentido quando valorizamos as histórias de família, seus afetos e tradições”, diz. No Ceará, a repórter Aline Oliveira conhece o projeto dos Quintais Gastronômicos, nascido da união de mulheres apaixonadas por cozinhar que transformaram os quintais de suas casas em restaurantes especializados em frutos do mar e comida regional. Localizados em Amontada, esses quintais são uma nova promessa do turismo cearense e revelam sabores especiais, onde o frescor dos ingredientes e o toque caseiro se destacam. “Visitar os quintais dos moradores desse pedaço tão especial do litoral cearense e poder mostrar o que eles proporcionam aos visitantes nos enche de orgulho. É dar visibilidade a uma riqueza que passa longe das grandes estruturas turísticas, mas que valoriza a natureza, as tradições e os sabores deixados pelos povos indígenas, que já habitaram a região. A maioria pratos à base de frutos do mar, cheios de temperos, servido com sorriso no rosto e muito afeto. Uma experiência para guardar na memória e no coração”, revela Aline.Aos 79 anos, Zenaide é a primeira mulher pescadora da comunidade de Pântano do Sul, em Florianópolis. Ela comanda um restaurante pé na areia, famoso pelo prato Feijão com Tainha, muito apreciado pelos frequentadores. Ao repórter Jean Raupp, ela conta que aprendeu a pescar com o pai e a cozinhar com a mãe, e hoje encara seu restaurante como um grande navio onde é a capitã. “Eu sou do Pântano do Sul, cresci nessa vila de pescadores, onde tenho muitos amigos e parentes. Foi muito bacana mostrar um pouquinho da pesca da tainha, tradicional para quem vive no litoral de Santa Catarina, e conversar com a dona Zenaide, uma figura que eu conheço desde pequeno. É sempre bom ouvir suas histórias, aprender seus truques na cozinha, aproveitar a Tainha no Feijão”, conta Jean.

'Globo Repórter' explora os sabores do Brasil

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Jornalismo

O biólogo e doutor em Ecologia Mario Barroso Ramos Neto nasceu em São Paulo e aos 19 anos conheceu o Cerrado, bioma pelo qual se apaixonou. “Minha vida mudou. Pela estética, pela ecologia e pela biologia.” Atualmente, ele é o coordenador de monitoramento da The Nature Conservancy (TNC) Brasil, uma organização da sociedade civil presente em 81 países que atua, com parcerias colaborativas, para a conservação do meio ambiente. Na sexta-feira (8) o biólogo esteve em Goiânia para a palestra de encerramento do Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conpeex) 2024 da Universidade Federal de Goiás (UFG), quando abordou o tema Para Onde Vai o Cerrado: O que Podemos Esperar e quem Decide o que irá Acontecer.

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Na explanação o ecólogo fez uma comparação entre a necessidade do consumo de bens e a exploração do Cerrado. “Dentro do processo de transformação do Cerrado é preciso fazer algumas perguntas: devo, posso e preciso desmatar o Cerrado?” Mário Barroso explica que 80% do Cerrado ainda preservado é terra privada e a única legislação que atinge esses proprietários é o Código Florestal que exige 20% de reserva legal e as áreas de preservação permanente (APPs). Hoje, segundo o pesquisador, há 50% do bioma preservado em todo o País e a metade desse total, 32 milhões de hectares, pode ser desmatada legalmente. “A gente já sabe onde isso vai dar”, afirma.

A esperança de reversão desse quadro, diz Mario Barroso, está depositada em empresas e em países - como a comunidade europeia - que estão fazendo compromissos de não comprar a produção agrícola de áreas desmatadas. “Por que ao invés de desmatar, não se usa melhor as áreas em processo de degradação? O que está previsto de expansão de pecuária e lavoura para áreas degradadas atende a necessidade que o Brasil tem de produção”, afirma o pesquisador. Ele lembra que o Lapig - Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento, da UFG, está mapeando as áreas degradadas.

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Dos 32 milhões de hectares de Cerrado que correm o risco de serem desmatados, 16 milhões estão em 3% das propriedades. “É uma concentração grande de áreas que serão desmatadas nas mãos de poucos. Será muito difícil atingir as 500 mil fazendas existentes no Cerrado, mas podemos focar naquelas com mais remanescentes, cerca de 15 mil fazendas. Ou seja, a tomada de decisão do que vai acontecer com o Cerrado está nas mãos de 15 mil proprietários de terras. É muito pouco. Como o Brasil optou por não fazer o planejamento territorial, não tem o poder de colocar como regra um determinado uso do solo”, salienta Mario Barroso.

O biólogo não questiona quem usa a terra como meio de vida ou para acumular riquezas. “Existem pessoas para quem o céu é o limite, mas o Cerrado enquanto território tem limites, de água, de capacidade erosiva e de manutenção da sua diversidade. E estamos muito próximos desse limite.” Um cenário bem diferente da Mata Atlântica, que resta apenas 8% do bioma. “A região costeira não entrou em colapso porque tem uma influência do oceano e do Polo Sul. A chuva da Mata Atlântica primordialmente vem do mar. No Cerrado, vem da Amazônia ou do próprio bioma e ambos estão sendo desmatados. E vamos sofrer com isso.”

Apesar da rica diversidade florística, o pesquisador não acredita que o extrativismo seja uma opção para salvar o Cerrado, como acontece em parte da Amazônia. “Há alguns nichos de extrativismo ocorrendo, mas nenhum será comparável ao retorno financeiro da soja ou do boi no pasto. Alguém terá de pagar essa conta, por isso é preciso buscar mecanismos financeiros. Alguns bancos e empresas já estão atuando nesse setor para minimizar os efeitos do desmatamento.

<h2>Biólogo lamenta a 'tragédia&nbsp;do fogo'&nbsp;</h2>

Na TNC, Mário Barroso atua não somente no tema da conservação do Cerrado, mas também no manejo de áreas protegidas e ecologia do fogo. E o ponto de partida para reforçar a sua dedicação à área foi a tese de doutorado que defendeu em 2020, na Universidade de São Paulo. O estudo O Parque Nacional das Emas e o Fogo: Implicações para a Conservação,&nbsp;que o levou para uma longa estadia na unidade de conservação no Sudoeste goiano, referendou um trabalho consolidado no monitoramento do fogo, exigindo dele um esforço desmedido em 2024.&nbsp;

“O que aconteceu este ano foi uma tragédia”, afirmou. Pelo que o biólogo apurou, o País teve entre julho e setembro 700 mil focos de incêndios em pastagens, áreas de florestas, lavouras e entorno de cidades. Mario Barroso explica que no Cerrado os incêndios são provocados basicamente por raios, frequentes no período de chuvas. Entretanto, na estação de estiagemeles não aparecem. “Para pegar fogo é preciso combustível (vegetação seca), clima seco e o iniciador, o raio. Nesses meses não tem raio. Ou seja, 100% das queimadas nesse período foram causadas pelo homem.”

Ele contesta a possibilidade de combustão espontânea. “Ainda não está provado que ela existe, e se existir é um evento muito raro. Estamos falando de 700 mil queimadas no Brasil.” Mario Barroso não acredita em ações intencionais para tantos focos de incêndio. “O que aconteceu é que houve a junção de uma seca extrema, a falta de controle e o comportamento inadequado no ato de atear fogo.”

Especialista em Cerrado diz que bioma está "nas mãos de poucos"

Conpeex UFG 2024

<img attr-cid="policy:1.3195093" attr-version="policy:1.3195093:1730727179" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3195093/WhatsApp Image 2024-11-04 at 10.31.32.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Rio Meia Ponte (Wesley Costa/O Popular)

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O Rio Meia Ponte, que abastece a Região Metropolitana de Goiânia atingiu, no mês de novembro, o maior nível dos últimos seis meses, segundo dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad). O Rio deixou o nível crítico de alerta e nesta segunda-feira (3), a usa vazão é de 11.532 litros.&nbsp;

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Segundo a Semad, o Meia Ponte entrou em nível de alerta em maio deste ano, quando a vazão era de cerca de 8.437 litros. Nos meses seguintes, a vazão do rio foi diminuindo, até atingir o nível crítico 4, quando a média é de 2 mil litros. Para se ter uma ideia, no dia 9 de outubro deste ano, o rio atingiu a vazão de 1.959 litros, a mais baixa de 2024 em meio à estiagem. Em contraponto, no dia 22 do mesmo mês, o índice registrado foi de 34.505 mil litros.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-e-a-capital-com-maior-volume-de-chuva-do-brasil-em-outubro-diz-inmet-1.3194202" target="_blank">Goiânia é a capital com maior volume de chuva do Brasil em outubro, diz Inmet</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/jo-o-leite-funciona-com-capacidade-maxima-de-vaz-o-1.3178874" target="_blank">João Leite funciona com capacidade máxima de vazão</a></div>

Com relação à vazão média calculada mês a mês, a Semad aponta que, em novembro deste ano, a marca é de 12.9 mil litros. O número é 41% maior do que o registrado no mesmo período de 2023, quando o índice foi de 7.9 mil litros. Em outubro de 2024, a marca foi de 12.6 mil litros, contra 7.6 mil no mesmo mês de 2023.&nbsp;

Sobre o nível do Meia Ponte, o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) detalhou, nesta segunda-feira que, a montante, os níveis de água se encontram acima da zona de normalidade, próximos das máximas históricas.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3195094" attr-version="policy:1.3195094:1730727206" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3195094/WhatsApp Image 2024-11-04 at 10.31.32 (1).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Rio Meia Ponte (Wesley Costa/O Popular)

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Goiânia registra maior índice de chuva entre capitais&nbsp;

Goiânia registrou <a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-e-a-capital-com-maior-volume-de-chuva-do-brasil-em-outubro-diz-inmet-1.3194202" target="_blank">o maior volume de chuva do Brasil no mês de outubro</a>, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo os dados, o total de chuva acumulado no mês foi de 336,7 milímetros, uma quantidade quase três vezes maior que a média normal para a capital em outubro, que é de aproximadamente 144 milímetros.&nbsp;

O volume acima da média histórica foi anunciado na última quinta-feira (31). De acordo com o Instituto, esse foi o quarto outubro mais chuvoso desde 1961 em Goiânia, sendo o maior registrado em 1965, há 59 anos, com 401,6 milímetros.

Em comparação ao mesmo período do ano passado, choveu mais que o triplo neste ano, já que em outubro de 2023 o volume total foi de 105,8 milímetros. De acordo com o Inmet, a previsão do tempo para o mês de novembro indica chuvas entre normal e acima da média em grande parte de Goiás.&nbsp;

Além disso, o clima pode ser marcado pela recuperação dos níveis de umidade no solo, devido às chuvas mais regulares que irão favorecer o plantio e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.

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Chuva na Praça Cívica Doutor Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia (Wildes Barbosa/O Popular)

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Rio Meia Ponte atinge maior nível dos últimos seis meses e deixa nível crítico, diz Semad

Meio Ambiente 

CHUVA DE QUARTA

<div attr-cid="policy:1.3193791" attr-version="policy:1.3193791:1730370327" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3193791" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3193791', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3193791">CHUVA DE QUARTA (1.3193791)</a></div>

Uma chuva forte que caiu em Goiânia na tarde desta quarta-feira (30) deixou pessoas ilhadas, derrubou árvores e alagou ruas (assista acima). Segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), os ventos passaram de 40km/h e na região central da capital choveu mais de 38 milímetros, um volume considerado alto para um período de até uma hora. Além disso, foi registrado granizo no Jardim Cerrado 4 e em regiões próximas.&nbsp;

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Em outubro, já choveu em Goiânia&nbsp;<a href="https://opopular.com.br/cidades/chuva-forte-e-ventos-de-mais-de-40-km-h-deixam-pessoas-ilhadas-derrubam-arvores-e-alagam-ruas-em-goiania-video-1.3193785" style="font-size: 12px;" target="_blank">o dobro esperado para o mês inteiro</a>. Nas imagens acima, é possível ver que um&nbsp;casal que estava em um carro teve que descer para tirar o veículo do alagamento, no Setor Aeroporto.&nbsp;Em outros pontos da cidade, as ruas e calçadas desapareceram debaixo d'água, como na BR-153,&nbsp;República do Líbano, Avenida D, Bosque dos Buritis e na Rua 87, no Setor Sul.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/secretaria-de-mobilidade-orienta-motoristas-a-evitarem-a-marginal-botafogo-durante-temporal-1.3193592" target="_blank">Secretaria de Mobilidade orienta motoristas a evitarem a Marginal Botafogo durante temporal</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/chove-em-goiania-o-dobro-do-esperado-para-o-mes-de-outubro-1.3192984" target="_blank">Chove em Goiânia o dobro do esperado para o mês de outubro</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/chuva-causa-bloqueio-de-trecho-da-marginal-botafogo-derruba-arvores-e-deixa-br-153-alagada-video-1.3192917" target="_blank">Chuva causa bloqueio de trecho da Marginal Botafogo, derruba árvores e deixa BR-153 alagada; vídeo</a></div>

Na Avenida Paranaíba, a força da água derrubou motos que estavam estacionadas e a rua precisou ser interditada, mas foi liberada no início da noite. Em vários pontos de Goiânia, árvores caíram, mas no Setor Oeste um carro que estava estacionado foi atingido. Não havia ninguém dentro do veículo.&nbsp;

Para esta quinta-feira (31), o&nbsp;Cimehgo emitiu um alerta para tempestades com chuvas de 30 milímetros por hora ou 60 milímetros por dia, como também ventos acima de 60km/h. Para se ter uma ideia, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) definiu que a cada um milímetro corresponde a 1 litro de água em um espaço de 1 metro quadrado.&nbsp;

<img attr-cid="policy:1.3193792" attr-version="policy:1.3193792:1730371055" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3193792/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site - 2024-10-31T072159.563.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Casal retirando carro de alagamento no Setor Aeroporto e motos caídas na Avenida Paranaíba (Reprodução/TV Anhanguera)

<h2>Chuva em outubro</h2>

Já choveu em Goiânia o dobro esperado para o mês de outubro, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). De acordo com o órgão, em algumas regiões da capital, já foram registrados 315 milímetros de chuva, quando a estimativa esperada para o mês era de 154 mm. O índice é mais que o triplo do registrado em outubro de 2023, quando choveu 97 mm na capital.

<cite>A situação [das chuvas] vai demorar a normalizar porque ainda temos o ar quente circulando. Esse ar quente, quando encontra a umidade, gera as áreas de instabilidade, que resultam em chuvas", afirmou Amorim.&nbsp;</cite>

Segundo Amorim, as tempestades vão continuar ocorrendo pelos próximos dias na capital. "Em um dia a chuva será de uma maneira, em outro dia, de outra, mas seguirá sendo intensa e irregular. A chuva permanece até o final da semana", completou.