O Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima, localizado no Setor Aeroporto, região central de Goiânia, comemora 60 anos de fundação com histórico de aprovações em vestibulares, projetos de inclusão e sustentabilidade. Instituição trabalha o ensino e atividades extracurriculares entre 3.015 alunos da Educação Infantil, Fundamental I e II, e Ensino Médio.

As ações socioambientais promovidas pelo colégio já foram premiadas pela Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) com o Selo de Sustentabilidade de Goiânia. Segundo o presidente da Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência (SAEA), José Florencio, as atividades buscam criar uma cultura para que os alunos construam conscientização climática e de uso dos recursos naturais, e são levadas para além dos muros da escola.

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Cerca de 80 estudantes voluntários participam anualmente das atividades, que são ligadas a hidroponia, coleta de água das chuvas, produção de sabão e esfoliante com óleo de cozinha e borra de café. Para o professor de Biologia e mentor dos projetos Thiago Henrique, a prática tem ajudado na sala de aula e feito os alunos produtores ativos do conhecimento. “Se sentindo mais livres para participar, mesmo sem saber, eles acabam assimilando muitos conhecimentos teóricos ao realizar o projeto.”

Os materiais utilizados são captados no próprio colégio e, de forma circular, são devolvidos para serem reaproveitados. As hortaliças recebem a água coletada das chuvas e os produtos são direcionados ao restaurante da unidade. No mesmo local o óleo e a borra de café são retirados e são transformados em sabão e esfoliante. Professores estão trabalhando em um novo projeto que retém água dos ares condicionados.

“Vejo muitos alunos pensando em fazer essas mesmas ações em casa”, o entusiasmo relatado por Thiago está incentivando na movimentação de outras atividades. De acordo com ele, os professores estudam a possibilidade de levar os projetos para outras comunidades e escolas de regiões periféricas.

<h2>Comemorações</h2>

Pelos 60 anos do colégio será celebrado nessa sexta-feira (8) uma missa de ação de graças na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Setor Aeroporto. O espaço é vinculado à instituição de ensino e pretende celebrar “as memórias preciosas e o espírito colaborativo” passado ao longo dos anos.

O diretor geral do colégio, Eduardo Flauzino, pontua que durante os 60 anos muitas pessoas passaram pela instituição. Nesse percurso e diante das realidades que provocaram respostas ao projeto, o diretor considera que houve avanços significativos, construindo uma história de conquistas.

“A educação é muito dinâmica e é por isso que nós precisamos estar atentos no que é melhor em termos de ferramenta, em termos da pedagogia, em termos humanos, para poder responder às necessidades daquilo que é o nosso foco maior, os nossos alunos e suas famílias”.

Para José Florencio, os esforços estão refletidos nos resultados dos vestibulares nos últimos anos. “Nós temos muitos profissionais em Goiânia que passaram pelo colégio. É mesmo uma data para comemorar, a educação passa por um momento muito difícil e ser uma referência é motivo de orgulho”, completa.

<h2>História</h2>

Em 1954 padres vinculadas à SAEA fundaram a Paróquia Nossa Senhora de Fátima na região do Setor Aeroporto. O colégio veio 10 anos depois, sendo fundado em 1964 com os cursos primários, atual Ensino Fundamental l. O número de estudantes foi elevado um ano depois com a implementação do Ginásio.

No início do anos 80, foi inaugurado um novo prédio do colégio com 41 salas para comportar mais pessoas. Segundo o presidente da SAEA este foi o período de maior desenvolvimento da instituição, chegando a quase 4 mil alunos. “Famílias dormiam na porta para conseguir uma vaga”, relata.

Entre os anos de 1990 e 2000, foi inaugurado um auditório e um ginásio de esportes e a segunda unidade do Agostiniano. Em 2016 o colégio expandiu e transferiu o Ensino Médio para uma terceira unidade. Nos últimos dez anos, José Florencio conta que reestruturações vem sendo feitas para garantir maior tecnologia e inclusão na instituição, como os projetos de sustentabilidade e produção de material adaptado aos estudantes conforme as demandas e limitações sociais.

Colégio Agostiniano comemora 60 anos de fundação

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Matéria - Cidades

Educação

O ex-governador de Goiás Mauro Borges (PSD) afirmou certa vez que escolheu “armas de natureza moral” para se opor à intervenção militar em Goiás, há 60 anos. Tempos mais tarde, em suas memórias, ele relatou como resistiu pacificamente aos voos rasantes de esquadrilhas da Força Aérea Brasileira (FAB) que cruzaram os céus de Goiânia em 26 de novembro de 1964, o dia de sua queda.

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Seis décadas depois da data em que a ditadura militar cravou seus tentáculos em Goiás impondo a saída de Borges do Palácio das Esmeraldas, o enredo golpista ainda ecoa na política contemporânea, comentam historiadores e cientistas políticos. O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela Polícia Federal (PF) na semana passada por supostas tentativas de golpe de Estado e por participar de organização criminosa reacendeu as discussões sobre as ameaças ao Estado democrático de direito. 
 
A intervenção que depôs Borges do Governo de Goiás foi, para o cientista político Itami Campos, um exemplo claro de como polarizações políticas e o midiatismo podem pavimentar o caminho para o radicalismo e regimes ditatoriais. Sobre as diferenças entre o contexto que levou à queda de Borges e o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, Campos chama a atenção para o comportamento das Forças Armadas. Segundo ele, a recusa dos comandantes militares em apoiar ações antidemocráticas no governo Bolsonaro é o principal contraste quando se colocam os dois casos sob holofote.&nbsp; 
 
“A UDN comprou o jornal Diário do Oeste para fazer campanha, divulgar os problemas políticos que o Mauro Borges tinha, com o pessoal camponês, e de certa forma para criar um ambiente, inclusive em Brasília, favorável à intervenção em Goiás. Aquela foi uma época de polarização”, explica Campos ao POPULAR, relembrando a organização da campanha contra o então governador. 
 
O cientista político também pondera o papel ideológico por trás da pressão sobre o Governo de Goiás, classificado como de centro-esquerda: “Fizeram isso pegando alguns secretários que eram mais à esquerda... Esse movimento todo mostrava esse conjunto de relações que o Mauro Borges tinha, embora ele tivesse, vamos dizer, participado da eleição do Castello Branco - a quem ele foi favorável.”

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<h4>Queda</h4>

A queda de Mauro Borges ocorreu pouco depois do golpe militar que depôs o então presidente João Goulart (Jango), em 1964. O Brasil, já marcado por instabilidades na década anterior, mergulhou em um longo período de autoritarismo. A ascensão dos generais ao poder representou uma ruptura na ordem democrática, desencadeando uma série de violações de direitos: perseguições políticas, cassação de mandatos, prisões arbitrárias, repressão a movimentos estudantis, torturas e exílios forçados.&nbsp; 
 
Embora o discurso oficial alegasse a necessidade de conter uma suposta inclinação do governo Jango à esquerda, o resultado foi a implantação de uma ditadura que durou mais de duas décadas. Entre as principais características desse período, havia censura à imprensa e cerceamento à liberdade de expressão e opinião. 
 
Conforme relatos, antes do 26 de novembro de 1964, Goiânia vivenciou clima de apreensão com vindas constantes de comandantes, as estradas guardadas pelos militares e aviões do governo federal sobrevoando a capital a fim de provocar intimidações. Os comandantes militares alegavam que Goiás era um “foco subversivo” e apontavam Mauro Borges como um dos principais incentivadores da resistência ao novo regime instaurado.&nbsp; 
 
Apesar da crescente pressão sobre sua administração, o então governador resistiu até o final de novembro. Foi nesse momento que o coronel Meira Matos, designado para assumir o comando do Estado durante o período de transição, entregou a Borges a carta oficial que determinava sua destituição do cargo. 
 
Na visão do sociólogo, cientista político e professor aposentado da Universidade Federal de Goiás (UFG) Pedro Célio Alves, é díficil dizer que aquele 26 de novembro foi o “pior” dia para Goiás no século passado. “Pelas imagens e pelos relatos dos historiadores e atores que viveram aquele dia, posso dizer que é um dia que entra para a história”, afirma ao POPULAR.&nbsp; 
 
“Cabe dizer que o trauma da deposição do governador Mauro Borges gerou o equívoco de às vezes se esconder o fato de que ele foi apoiador de primeira hora do golpe militar executado oito meses antes, em março.” 
 
A desconfiança que rondava o então governador era pelo fato de ele próprio ser um tenente-coronel, mas ter tido adesão à Rede da Legalidade, em 1961, em alinhamento a Leonel Brizola para garantir a posse de Jango após a renúncia de Jânio Quadros. Inicialmente, Borges apoiou o golpe militar de 1964, participando da emblemática “reunião dos governadores”, que legitimou a ação militar e respaldou a indicação de Castello Branco para a Presidência da República, assegurando sua permanência no Governo de Goiás.&nbsp; 
 
No entanto, ele rapidamente atraiu a oposição de figuras do novo regime, como o então ministro da Guerra, general Costa e Silva, que mais tarde assumiria o Executivo. Em 1966, Borges teve seus direitos políticos cassados e consolidou sua ruptura com os militares no poder. 
 
Na orelha do livro de memórias de Borges, Tempos idos e vividos (2002), o ex-presidente Juscelino Kubitschek profetiza que o governo do goiano “ficará na história de Goiás como o turning point dos destinos do Estado”. Revisitando o dia da intervenção em Goiás, o cientista político Itami Campos descreve um cenário de articulações intensas na classe política, mas pouca clareza entre a população sobre os rumos que a situação tomaria.&nbsp; 
 
“O que se tinha era uma série de manifestações, sobretudo de políticos ligados a alguns militares, e no dia 26 eu estava lá e presenciei tudo aquilo. Eu lembro do Pedro Ludovico e do Mauro Borges saírem em uma caravana de gente para a casa do Pedro Ludovico, perto do Palácio das Esmeraldas.” Enquanto as articulações políticas se intensificavam, o impacto para a população veio de maneira abrupta. “Quando os aviões fazem a rasante na Praça Cívica, isso chama a atenção. O volume de populares que se demanda para ali. O boato que estava circulando era de intervenção”, conta Campos.

Da queda de Mauro Borges, há 60 anos, a nova trama golpista

Política

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Intervenção em Goiás

O ciclo do ouro durou muito pouco no antigo arraial de Bonfim, atual Silvânia. Foram menos de 50 anos para as lavras se extinguirem na região e, mesmo assim, restaram ainda os faiscadores, aqueles que mantinham a esperança de encontrar alguma pepita perdida no meio do Cerrado. A cidade, a 84 km de Goiânia, comemora neste sábado (5) os seus 250 anos de muita história por trás das igrejas seculares, os casarões coloniais e os trilhos do trem.

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Visitar Silvânia e adentrar em seus casarios e prédios históricos é o mesmo que voltar ao passado até um Goiás profundo e longínquo. Um dos municípios mais antigos do Estado, a cidade guarda em suas ruas e praças resquícios dos tempos em que ainda era um pequeno arraial.

“Cidade bicentenária, cheia de história e de encantos, onde se encontram os mais belos lugares e patrimônios culturais. O legado nesses 250 anos é a sua própria cultura, que é riquíssima, bela, importante e fascinante”, adianta a professora doutora Cida Sanches, membro fundadora da Academia de Letras, Artes e História do município.

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Silvânia nasceu em 1774 com a descoberta de lavras de ouro na região, o que atraiu aventureiros, muitos da Bahia e de Minas Gerais, que traziam consigo a imagem de Nosso Senhor do Bonfim. Hoje a cidade tem pouco mais de 20 mil habitantes, segundo o Censo de 2022, e preserva a história sob diversas formas, seja na antiga estação ferroviária ainda de pé, seja nos portentosos ginásios responsáveis pelo título de Atenas de Goiás.

“As igrejas do Senhor do Bonfim, de São Sebastião, os casarões centenários, a Biblioteca Coronel Pireneus, o Instituto Auxiliadora e o Ginásio Anchieta colaboraram e colaboram imensamente para a divulgação de nossas riquezas”, comenta Cida, que também é artista naïf e criou uma série de pinturas que resgatam os lugares memorialísticos da cidade.

Em um breve passeio pelo município é possível presenciar a história viva. É o caso do Muro do Chafariz que rodeia a Praça do Rosário. Com um inscrito datado de 1868 e símbolos da coroa, além de menção ao imperador d. Pedro II, o local guarda os resquícios de um tempo em que não existia água encanada e a cidade que tinha um chafariz público era detentora de poder e glória. “Existe um comentário, que na verdade é uma lenda, de que d. Pedro II havia passado por aqui, em Bonfim, mas não existe comprovação. O que existe são as inscrições dos governantes da época”, explica Cida.

Muitos dos casarios e locais históricos seguem de pé em Silvânia. A Biblioteca Coronel Pirineus, próxima à prefeitura, guarda em suas paredes de 1919 diversas obras de autoras e autores que ajudaram a desenvolver a arte de Goiás, a exemplo de Minha Vida, Meus Amores, de Leonice Jacob, e Hoje Está um Dia Morto, de André de Leones – este serviu de roteiro para o longa-metragem Dias Vazios (2018), do cineasta silvaniense Robney Bruno Almeida e disponível no Prime Video.

“Goiás precisa conhecer Silvânia pela importância de seus monumentos históricos, seus ricos personagens e aspectos culturais únicos que ainda são desconhecidos por grande parte da população do nosso Estado”, explica o artesão silvaniense Nando de Sousa, criador da página Silvânia Antiga que posta fotos e documentos de outros séculos da cidade. Para ele, o patrimônio, enredos e personagens fizeram de Silvânia uma cidade encantadora “e que merece ter seu legado histórico e cultural conhecidos e preservados”.

Tombamento

Muitos prédios icônicos seguem preservados na cidade, apesar da falta de manutenção e do desgaste do tempo. Desde o início dos anos 2000 existe na cidade a Lei de Tombamento, que visa garantir a preservação dos casarios do Centro Histórico, mas poucos seguem de pé. Para Cida Sanches, os 250 anos de existência e história de Silvânia estão sendo apagados por uma sucessão de erros, incompetências, omissões, negligências, interesses políticos, econômicos e pessoais dos políticos, proprietários e da sociedade silvaniense.

“Falta educação patrimonial, valorização de nossa cultura, senso de pertencimento e compreensão de que as demolições não destroem apenas os casarões, mas também nossa identidade, nossa memória, nossas raízes”, argumenta a pesquisadora. Recentemente, por exemplo, foi demolido o casarão onde viveu Americano do Brasil e seu pai, Antônio Eusébio de Abreu, autor do primeiro hino de Goiás. Enquanto isso, muitas casas ainda de pé agonizam com o tempo.

Para manter a preservação, Cida diz que é preciso conciliar desenvolvimento econômico, turístico, com o patrimônio histórico, artístico e cultural, que geram substancialmente renda, emprego, desenvolvimento e riqueza, caso de Pirenópolis ou da cidade de Goiás. “No aniversário de 250 anos de Silvânia temos muito a comemorar, mas também temos muito a refletir sobre o que estamos fazendo com o legado que os nossos antepassados deixaram para que cuidássemos, e como vamos deixá-lo para as futuras gerações”, reitera a pesquisadora.

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No horizonte, torres de igrejas&nbsp;

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Igreja Nosso Senhor do Bonfim, em Silvânia: restauro e revitalização (Diomício Gomes / O Popular)

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Não haverá celebração no aniversário de 250 anos de Silvânia. O secretário de Cultura do município, Ricardo Guerra, explica que, por conta das eleições, nada será feito neste ano. Apesar da data em branco, a cidadezinha tem muito a comemorar, como o restauro e revitalização da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, que passa por uma reforma sob a batuta da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás), avaliada em mais de R$ 2 milhões.

“Trata-se do marco zero de Silvânia e que precisa ser conhecida e lembrada por todos os goianos. A expectativa é que até o final do ano as obras sejam concluídas. Já foram executados diversos serviços, como os de alvenaria de adobe, além de todo o trabalho de arqueologia”, explica o secretário, que avalia que as diversas políticas públicas e leis de incentivo culturais contribuíram em muito para a produção artística do município.

Perto dali há também a Matriz de Silvânia com suas torres ornamentais e que faz um marco central na paisagem da cidade. A edificação é relativamente recente, erguida no início do século 20, comparada à outra capela um pouco mais distante do Centro Histórico: a Igreja São Sebastião, construída em 1870 e protagonista de uma das festas mais tradicionais da região, a Festa de São Sebastião. “O festejo religioso é até mais antigo que a própria igrejinha”, completa Ricardo Guerra.

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Ranger dos trilhos

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Na foto, a Estação Ferroviária Caturama de Silvânia, localizada na região da Estrada de Ferro (Diomício Gomes / O Popular)

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Entre as pepitas de ouro e os trilhos do trem, muitas histórias e personagens passaram por Silvânia, famosa por estar localizada na região da Estrada de Ferro. Por lá ainda segue de pé a antiga estação chamada em outros tempos de Caturama, que significa Boa Viagem em tupi-guarani. Tombada por sua importância histórica como patrimônio cultural ferroviário nacional, a estação foi construída muito em parte por conta do interesse e desejo do município em se tornar a nova capital de Goiás, conectando-a à então capital federal, Rio de Janeiro.

“O arcebispo d. Emanuel nutria por Bonfim um carinho especial e para favorecer o seu povo não media esforços. Ele sabia que uma cidade era muito mais valorizada e propícia ao desenvolvimento, quando esta recebia os benefícios da estrada de ferro”, explica a pesquisadora Cida Sanches. Na época, a estação ficou afastada da sede do município. Conta-se que o prefeito na época não permitiu a passagem dos trilhos pela cidade.

As instalações e os trilhos da estação continuam por lá, apesar de não ter mais a função inicial. A estação passou por uma reforma em 2015 após nove meses de obras. A ideia era que o local se tornasse um ponto de cultura para a sociedade, com encontros musicais e gastronômicos, projeto que não seguiu adiante. O que se vê por lá são apenas as memórias dos tempos em que Silvânia ainda era Bonfim.

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Atenas de Goiás

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Ginásio Anchieta: atualmente, as instalações são usadas apenas para eventos esporádicos da igreja (Diomício Gomes / O Popular)

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<p style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: 12px; line-height: 16px; text-align: left; margin: 0px 0px 12px !important; padding: 0px !important; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, 'Trebuchet MS'; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; ">As diversas instituições de ensino que foram construídas ao longo do século 20 em Silvânia foram as responsáveis pela cidade receber o título de Atenas de Goiás. O mais lendário é, com certeza, o Ginásio Anchieta, prestes a completar 100 anos e criado pela congregação de padres salesianos como forma de levar uma educação escolar exemplar para o antigo arraial de Bonfim. Quem estudou por lá, por exemplo, foi o escritor Ursulino Leão.

<p style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: 12px; line-height: 16px; text-align: left; margin: 0px 0px 12px !important; padding: 0px !important; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, 'Trebuchet MS'; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; ">Hoje quem passa pela portentosa estrutura do ginásio não escuta mais o corre-corre dos alunos, o sino do recreio e muito menos a lição dos professores nas salas de aula. Em 2019 a Secretaria do Estado da Educação rompeu o convênio com a igreja e, desde então, o local deixou de ser um espaço de educação e ensino para a comunidade. Hoje, as instalações servem apenas para eventos esporádicos da igreja, como a catequese.

<p style="color: rgb(0, 0, 0); font-size: 12px; line-height: 16px; text-align: left; margin: 0px 0px 12px !important; padding: 0px !important; font-family: sans-serif, Arial, Verdana, 'Trebuchet MS'; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px; -webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; ">“A congregação cumpriu sua missão de levar educar evangelizando durante décadas. Infelizmente por conta do fim do convênio, a escola já não existe mais. Houve muitas conversas políticas, mas nada ainda foi feito. O que restou foi o todo legado”, comenta o padre Manoel, que foi diretor do Ginásio Anchieta na década &nbsp;de 1990 e ainda mora nas instalações e toma conta&nbsp;do local.

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Igrejas, prédios e casarões guardam a memória dos 250 anos de Silvânia

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Era uma vez em Bonfim

Fotos corrida

Em celebração aos seus <a href="https://opopular.com.br/cidades/colegio-agostiniano-comemora-60-anos-de-fundac-o-1.31164" target="_blank">60 anos de fundação</a>, o Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima, em Goiânia, promoveu uma Corrida Solidária, evento que reuniu um total de 1.072 pessoas (veja o resultado ao fim do texto). Além de incentivar a prática de atividade física, a corrida arrecadou 2 toneladas de alimentos, que serão destinados à Comunidade Confiança, uma instituição sem fins lucrativos.

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A Corrida Solidária foi realizada no final da tarde de sábado (3), nos arredores da instituição de ensino, situado no Setor Aeroporto. A atividade contou com a participação de corredores de várias idades, tanto homens quanto mulheres. As três categorias principais do evento - de 3, 5 e 10 quilômetros - foram voltadas a pessoas acima de 12 anos. Houve ainda uma modalidade destinada a crianças entre 1 e 12 anos, com percursos de 50 e 100 metros.

Para o diretor-geral do Colégio Agostiniano, Padre Eduardo Flauzino, a Corrida Solidária demonstra o compromisso da instituição com a comunidade. O diretor reforçou ainda que o sucesso na arrecadação de alimentos é um sinal da força da solidariedade.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/colegio-agostiniano-comemora-60-anos-de-fundac-o-1.3116425" target="_blank">Colégio Agostiniano comemora 60 anos de fundação</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/caminhada-ecologica/apos-miss-o-cumprida-caminhada-ecologica-renova-compromisso-com-o-meio-ambiente-e-o-cerrado-1.3158849">Após missão cumprida, Caminhada Ecológica renova compromisso com o meio ambiente e o Cerrado</a></div>

<h2>Premiação</h2>

Do total de inscritos, 947 participaram das categorias acima de 12 anos, ou seja, com percursos de 3, 5 e 10 km. As modalidades de 5 e 10 km contaram com a entrega de troféus para primeiro, segundo e terceiro lugares.&nbsp;

Já os outros 125 inscritos participaram da categoria Kids, para crianças de até 12 anos. Nesse caso, não houve pódio. Entretanto, todos os participantes do evento receberam medalhas de participação, sem exceção.

<h2>Veja a lista dos corredores que fizeram os melhores tempos, dividida por categorias:</h2>

Modalidade 3km (masculino)

<ul>
	<li>1º lugar - José Ferreira Costa Filho</li>
	<li>2º lugar - Henzo Soares dos Santos</li>
	<li>3º lugar - Tiago Gonçalves Maia Geraldine</li>
</ul>

Modalidade 3km (feminino)

<ul>
	<li>1º lugar -&nbsp;Kauany Stefany Gomes Rocha</li>
	<li>2º lugar -&nbsp;Letícia Bernardes Barcelos</li>
	<li>3º lugar -&nbsp;Marina Mori Dallara</li>
</ul>

Modalidade 5km (masculino)

<ul>
	<li>1º lugar -&nbsp;Cacio Vinicius Costa Soares</li>
	<li>2º lugar -&nbsp;Ricardo Augusto de Sousa Santos</li>
	<li>3º lugar -&nbsp;Leandro Garcia</li>
</ul>

Modalidade 5km (feminino)

<ul>
	<li>1º lugar -&nbsp;Jaene Duarte de Sousa</li>
	<li>2º lugar -&nbsp;Valdirene Aparecida de Aleluia</li>
	<li>3º lugar -&nbsp;Thayanne Silva Farias</li>
</ul>

Modalidade 10km (masculino)

<ul>
	<li>1º lugar -&nbsp;José Libero de Assis</li>
	<li>2º lugar -&nbsp;Kellyson Silva Santos</li>
	<li>3º lugar -&nbsp;Laudson Ferreira da Silva</li>
</ul>

Modalidade 10km (feminino)

<ul>
	<li>1º lugar -&nbsp;Lanna Silva Magalhães</li>
	<li>2º lugar -&nbsp;Dirce Maia</li>
	<li>3º lugar -&nbsp;Iara Lustosa</li>
</ul>

Não houve lista de colocados para a categoria Kids.

<div attr-cid="policy:1.3161133" attr-version="policy:1.3161133:1722788022" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3161133" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3161133', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3161133">Fotos corrida (1.3161133)</a></div>

Corrida Agostiniano reúne mais de 1 mil pessoas em comemoração aos 60 anos da instituição; veja os vencedores

TRADIÇÃO

O médico Thiago Ubirajara Araujo Rosa, de 39 anos, que sofreu um <a href="https://opopular.com.br/cidades/medico-e-pastor-morrem-apos-carros-baterem-na-go-060-1.3103167" target="_blank">acidente de carro</a> na GO-060, entre Santa Bárbara de Goiás e Claudinápolis, na última terça-feira (23), morreu no dia do aniversário de sua esposa, Aline Francelino. À reportagem, Aline contou que estava casada com Thiago há 3 anos, mas passavam por “um momento difícil na relação”.&nbsp;

“Era uma pessoa doce, carinhosa, que passava imagem de ‘durão’, mas no fundo tinha um coração gigante!”, relembrou Aline. Thiago tinha duas filhas de relacionamentos anteriores, de 5 e 16 anos.&nbsp;

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Nas redes sociais, Aline publicou uma foto do casal com a legenda: “Eu quero que você vá em paz e obrigada por ter compartilhado comigo a sua existência.” Em outra foto aparece os pulsos do casal com tatuagens iguais, com a escrita: “Te lobo”. “Nós passamos por muitas coisas difíceis ultimamente, e você vai ficar comigo em coração, alma e na minha pele enquanto eu estiver viva”, escreveu.&nbsp;

<h2>Relembre o caso&nbsp;</h2>

O médico <a href="https://opopular.com.br/cidades/medico-que-morreu-em-acidente-tinha-acabado-de-sair-de-plant-o-em-hospital-diz-amigo-1.3103253" target="_blank">Thiago Ubirajara Araújo Rosa voltava de um plantão</a> em Anicuns quando sofreu um acidente e morreu na GO-060, entre Santa Bárbara de Goiás e Claudinápolis, distrito de Nazário. Segundo o Corpo de Bombeiros, o carro que ele dirigia e o veículo do pastor Arnaldo Moreira, de 56 anos, que também faleceu, bateram de frente.&nbsp;

Ainda segundo a corporação, os dois homens ficaram presos às ferragens e tiveram as mortes constatadas no local.&nbsp;

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Médico que sofreu acidente de carro morreu no dia do aniversário da esposa

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