Em meio a uma batalha judicial envolvendo duas indústrias farmacêuticas, pacientes acometidos de fibrose pulmonar idiopática (FPI), uma doença grave que pode levar à morte, aguardam a liberação, pela Central Estadual de Medicação de Alto Custo Juarez Barbosa (Cemac JB) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), de remédios que evitam a progressão da patologia. Embora haja uma oferta de genéricos, a Sociedade Goiana de Pneumologia e Tisiologia (SGPT) aponta para uma intolerância a esse tipo de produto e para a observação clínica do crescimento de óbitos no Estado em razão da doença. Segundo a SES, 300 pacientes estão cadastrados para receber a medicação. 🔔Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp Presidente da SGPT, Fernanda Miranda explica que a FPI não tem cura e que até há alguns anos o tratamento era paliativo. No Sistema Único de Saúde (SUS), não existe protocolo clínico e diretrizes farmacêuticas para tratamento da doença. Quando surgiram as drogas para reter o progresso da patologia, a entidade apresentou à SES uma proposta de protocolo clínico visando atender os pacientes de Goiás via Cemac JB em razão do custo, hoje oscilando entre R$ 15 mil a R$ 18 mil mensais. “Foi uma luta longa, de anos”, conta Fernanda Miranda. O protocolo foi assinado por volta de 2020 e a SES passou a ofertar o Ofev, nome comercial da molécula nintedanibe criada pela indústria alemã Boehringer Ingelheim do Brasil Química e Farmacêutica Ltda, que retarda os sintomas graves da FPI.