O governo do Rio de Janeiro estima que o Comando Vermelho (CV) empregou aproximadamente 500 homens na reação contra a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 121 mortos, sendo quatro policiais e 117 suspeitos, segundo a polícia. Pela estimativa, o número de suspeitos mortos representaria 23,4% do total de homens empregados pela facção nos confrontos. O número consta do relatório assinado pelo governador Cláudio Castro (PL) e entregue segunda-feira (3) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ADPF 635, a ADPF das Favelas. Moraes esteve no Rio na segunda para audiência com Castro e a cúpula da Segurança Pública do Estado. A Operação Contenção contou com cerca de 2,5 mil policiais, entre eles 650 policiais civis e 1,8 mil policiais militares. Os agentes usavam fuzis de calibre idêntico aos dos suspeitos – 5,56 e 7,62. O relatório afirma que muitos membros do CV estavam vestidos com roupas camufladas para dificultar a identificação e lista as armas usadas pela facção, como fuzis automáticos nos calibres 5,56 e 7,62, “armas de altíssima potência” como .50 e .30, granadas, pistolas com “kit rajada” e explosivos. Os suspeitos também utilizaram, segundo o documento, “trincheiras, casas-mata e armadilhas distribuídas em terreno de difícil acesso”.