Em Goiânia, a comunidade libanesa se mobiliza para ajudar os patrícios no Oriente Médio que enfrentam as dificuldades impostas por ataques de Israel sob a justificativa de atingir o grupo Hezbollah. O Líbano abriga a maior comunidade de brasileiros da região, cerca de 21 mil pessoas, segundo dados do Itamaraty. E o Brasil possui em seu território entre 7 e 10 milhões de libaneses e seus descendentes, dos quais 300 mil em terras goianas. Por aqui, a preocupação cresce a cada dia com as notícias dos deslocamentos e a busca pela sobrevivência. O empresário Ali Assaad Zeaiter tem 30 anos de Brasil, mas oito de seus irmãos estão no Líbano. Os últimos dias têm sido de muita apreensão. “Todos eles já fugiram da cidade onde moravam, ao sul de Beirute. Está muito difícil lá.” Os contatos, segundo a filha Fátima Ali Zeaiter Melo, casada com um libanês, são feitos pelo aplicativo Whats App. “Estamos assistindo vídeos de bombardeios ao vivo”, ela relata. Ali diz que os irmãos e suas famílias estão dormindo nos carros porque no deslocamento encontram estradas fechadas. “As fronteiras também estão fechadas.” O empresário, que foi sargento do Exército libanês, conhece bem os efeitos da guerra. Ele ficou ferido em um ataque em 1986 que o deixou com deficiência na perna, por isso foi aposentado precocemente.