A proibição de estacionamento no corredor formado pelas avenidas Jamel Cecílio/136 tem feito lojistas se mobilizarem contra a medida, seja por meio de abaixo-assinado ou protestos. Desde segunda-feira (10), quando teve início a instalação, já foram colocadas cerca de 150 placas, a maior parte de “proibido estacionar e parar”. A Prefeitura de Goiânia estima que 30 das placas instaladas foram arrancadas, afirmação contestada pelos comerciantes locais.

A medida de retirar a terceira faixa utilizada para estacionamento para a implantação de uma pista preferencial para ônibus e motos faz parte do Novo Plano de Mobilidade da Prefeitura de Goiânia, por meio do Programa de Desobstrução de Vias Arteriais. Além da Jamel Cecílio/136, também a via Castelo Branco/Mutirão deve receber as primeiras ações do projeto, que deve atingir dez corredores nos primeiros cem dias da gestão de Sandro Mabel (UB). Serão 26 corredores impactados, abrangendo 250 quilômetros (km).

O POPULAR percorreu as avenidas 136 e Jamel Cecílio na tarde desta quarta-feira (12) e observou ao menos 58 placas de “proibido parar e estacionar” no trecho situado entre as avenidas 136 e 85 até o Complexo Viário Jamel Cecílio, percurso que tem em torno de 2,5 km de extensão. Parte delas são recém-instaladas, haja vista que no trecho da Avenida Jamel Cecílio entre o cruzamento com as ruas 90 (no viaduto com a 136) e 115 já havia a proibição de estacionamento e parada.

Na parte abaixo da Rua 115, há um trecho que se estende por cerca de 500 metros com lojas voltadas quase que exclusivamente ao comércio de móveis. Nesse local, a terceira faixa mais à direita era utilizada até então como vagas de estacionamento para a clientela. Mesmo com a instalação das placas nesta semana, o POPULAR mostrou nesta segunda-feira (10) que a aplicação de multa para quem para ou estaciona no local agora proibido só valerá a partir de março, após o carnaval. Contudo, lojistas já observam uma redução no fluxo.

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Apesar da proibição já determinada por placas, carro ainda estacionam em faixa na Avenida Jamel Cecílio(Wildes Barbosa / O Popular)

Proprietário de uma loja de colchões, Julio César Pereira não viu nenhum cliente entrar no comércio nem na terça-feira (11) e nem nesta quarta-feira (12), o que acredita já ter relação com a instalação das placas. “O cliente não tem coragem de encarar uma placa de ‘proibido parar e estacionar’. Foi uma modificação muito radical. Como eu vou resolver o tráfego e prejudicar o lojista?”, opina. Ele pontua ainda que a proibição resultará em dificuldade de efetuar a carga e descarga de caminhões.

Julio César lembra que a região também recebe muitos clientes de fora do município – de Brasília, Anápolis, Rio Verde e outras localidades – e que a proibição pode “afastar” essa clientela. Para ele, faltou um diálogo prévio da Prefeitura com os comerciantes antes da implantação da medida. “Queremos ter o direito de uma conversa antes, que nos escute e nos deixe falar sobre nosso lado. Estamos abertos a sugestões. A gente não quer nada demais, só quer trabalhar, colocar cliente dentro da loja, para pagar nossas contas”, considera.

E a opinião é unânime entre os lojistas do trecho entre a Rua 115 e o viaduto da Jamel Cecílio. Ao se reunirem na loja de Julio César, todos reclamaram da “arbitrariedade” da proibição do estacionamento e também citaram uma diminuição no fluxo de clientes nesta semana, em comparação às anteriores. “Nem comunicou e já foi colocando placa”, reclama Edinete da Silva, dona de uma loja de móveis. Ela, que está há quase duas décadas na via, avalia que é preciso encontrar “alternativas com urgência”. “Queremos continuar com as portas abertas, são muitas famílias envolvidas nisso”, complementa.

Também proprietária de uma loja de móveis, Soraia Vitor Silveira conta que está há quase 33 anos com um ponto na via e que sempre teve estacionamento. Agora, teme que a proibição possa fazer com que o trecho da avenida seja esvaziado, como ocorreu às avenidas 85 e T-63, que tiveram a implementação da faixa exclusiva para ônibus. A medida começou a valer em 2011 e 2013, respectivamente, e também causou reclamações de comerciantes locais à época.

Para os lojistas da Avenida Jamel Cecílio, contudo, há a possibilidade de soluções flexíveis, como a proibição intermitente, apenas em horários de maior fluxo. “Proíbe das 7 às 9 horas, e das 17 às 19 horas”, propõe Rogério Garoni, proprietário de uma loja de móveis e decorações. Já Edjulio Cruz, dono de outra loja de colchões, opina que é preciso uma “educação de trânsito melhor”, além da instalação de semáforos inteligentes. Ele, contudo, já tem planejado um recuo na loja para a instalação de vagas de estacionamentos, o que estima que terá um custo de R$ 30 mil. “Tem de adequar. O viaduto aqui, por exemplo, já foi um transtorno enorme, muitas lojas nunca voltaram a funcionar”, diz.

Dona de uma loja de enxovais, Márcia José também cobra diálogo com a Prefeitura. “Queremos uma solução. O nosso protesto é pela indignação”, cita, ao fazer referência a uma manifestação feita pelos próprios lojistas no trecho da avenida nesta terça-feira (11). Carros foram colocados na via fechando parcialmente o tráfego no local, com o intuito, conforme os lojistas, de chamar atenção para a demanda deles.

Um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou o condutor de uma BMW X4 avançando contra veículos parados, como uma picape Saveiro, que foi arrastada. O carro de luxo foi atacado por um pedestre que estava no local. Depois a BMW também foi parada por uma viatura do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar de Goiás (PM-GO). O POPULAR procurou a corporação, mas sem resposta até o fechamento desta matéria sobre o desfecho da ocorrência. Além do protesto, o grupo também prepara um abaixo-assinado que será levado ao prefeito Sandro Mabel ccontra a proibição do estacionamento.

A Secretaria Municipal de Engenharia de Trânsito (SET) estima que 30 placas recém-instaladas na 136/Jamel Cecílio tenham sido arrancadas “em diversos pontos”. A maioria, contudo, teria sido retirada na Jamel Cecílio. Além das placas que teriam sido removidas, ao menos 10 teriam sido cobertas com saco de lixo. “As equipes responsáveis pelo trabalho instalação estão retirando os sacos”, cita a pasta. No vídeo que circula sobre a manifestação, é possível observar um saco tampando uma das placas. Contudo, os lojistas contestam a versão de que algumas tenham sido arrancadas. “Não roubaram 30 placas, isso não existe. Eles estão querendo é colocar a população contra a gente”, diz Rogério Gironi.

O POPULAR não observou nenhum local sem placa, no sentido da Avenida 85 ao viaduto da Jamel Cecílio. Contudo, a SET diz que as mesmas haviam sido reinstaladas ainda nesta terça-feira (11), quando foi identificada a remoção. A reportagem também apurou com agentes de trânsito que apenas uma delas havia sido recolocada. Ainda conforme a SET, agentes estão fazendo “rondas em parceria com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) em caráter educativo, por enquanto”.

Contra liberação de faixa, lojistas se mobilizam para manter estacionamento

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Nova sinalização

Circulação de motos em linhas de ônibus pode ser liberada a partir da próxima segunda-feira

A primeira aparição pública do prefeito Sandro Mabel (UB) em dia útil na Prefeitura de Goiânia foi o evento de lançamento do <a href="https://opopular.com.br/cidades/projeto-de-fluidez-do-transito-das-principais-vias-de-goiania-da-primeiro-passo-1.3215791" target="_blank">Programa de Desobstrução de Vias Arteriais</a>, com a simbólica retirada do semáforo da Avenida Jamel Cecílio com a Rua PL4, no Setor Pedro Ludovico. A ideia do programa é implantar ações efetivas em 250 quilômetros (km) da capital, sendo em 10 vias nos primeiros 100 dias de mandato, para a fluidez do tráfego de veículo, sendo a liberação da terceira faixa, com a retirada de estacionamentos, caçambas, pontos de táxis e outros elementos que impedem o uso do espaço, e outros. Porém, especialistas alertam que as medidas têm curta duração e podem prejudicar o deslocamento dos pedestres e do transporte coletivo.

<a href="https://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; outline: 0px; outline-offset: -2px; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

O caso do cruzamento da Avenida Jamel Cecílio com a Rua PL4 ilustra a situação, conforme explica o engenheiro e professor de Engenharia de Trânsito do Instituto Federal de Goiás (IFG), Marcos Rothen. “Tem que ver como os pedestres vão atravessar a rua. Ali é uma avenida com muitas atividades dos dois lados e pessoas atravessando a avenida o tempo todo”, diz ele. Segundo o professor, logo após a inauguração do Complexo Viário da Jamel Cecílio, o semáforo havia sido retirado, já que ele foi instalado por ser a via de acesso durante as obras do viaduto. Depois de um tempo, colocaram o semáforo de volta, para ter um lugar seguro para atravessar.

Com a retirada do semáforo no local, o pedestre só terá locais seguros para atravessar naquela região no cruzamento com a Rua 115 e com a Avenida E, ou seja, com um quilômetro de distância entre as faixas. Há faixas no viaduto, mas raramente os pedestres se arriscam a atravessar no local porque os carros invadem a sinalização e o tráfego lá ocorre em alta velocidade. “Um ponto preocupante é que o prefeito fala bastante em fluidez e velocidade, não fala nada em segurança”, diz Rothen. Ele lembra que a Jamel Cecílio é um local com intenso uso do solo, com comércios e moradias. “Eu até brinco com meus alunos que a única forma de atravessar lá a pé é de Uber, indo dar volta pela Rua 90 ou em frente ao shopping.”

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/projeto-de-fluidez-do-transito-das-principais-vias-de-goiania-da-primeiro-passo-1.3215791" target="_blank">Projeto de fluidez do trânsito das principais vias de Goiânia dá primeiro passo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/circulac-o-de-motos-em-linhas-de-onibus-pode-ser-liberada-a-partir-da-proxima-segunda-feira-diz-mabel-1.3215880" target="_blank">Circulação de motos em linhas de ônibus pode ser liberada a partir da próxima segunda-feira, diz Mabel</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/qualidade-do-transporte-coletivo-pode-ser-afetada-com-de-motos-em-faixa-exclusiva-dizem-especialistas-1.3202997" target="_blank">Qualidade do transporte coletivo pode ser afetada com de motos em faixa exclusiva, dizem especialistas</a></div>

Engenheiro de Transportes e integrante do Mova-Se Fórum de Mobilidade, Matheus Duarte concorda que a Avenida Jamel Cecílio é complicada para a travessia de pedestres. “Poderiam ter colocado um semáforo para pedestres, com botoeira. Concordo que ter um semáforo em que os carros param e não há ninguém atravessando é ruim, mas poderia pensar nos pedestres. Foca muito na fluidez e esquece da segurança do pedestre”, diz.

Duarte acredita que a liberação da terceira faixa, com a retirada da permissão para estacionamento, é louvável se for para abrir espaço a uma <a href="https://opopular.com.br/cidades/qualidade-do-transporte-coletivo-pode-ser-afetada-com-de-motos-em-faixa-exclusiva-dizem-especialistas-1.3202997" target="_blank">faixa preferencial</a> do transporte coletivo, mas que, também para isso, é necessária a implantação de semáforos inteligentes que priorizem os ônibus, além de observar a liberdade para as <a href="https://opopular.com.br/cidades/circulac-o-de-motos-em-linhas-de-onibus-pode-ser-liberada-a-partir-da-proxima-segunda-feira-diz-mabel-1.3215880" target="_blank">motocicletas trafegarem</a> nessas faixas.

<div attr-cid="policy:1.3216001" attr-version="policy:1.3216001:1735852605" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3216001" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3216001', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3216001">Circulação de motos em linhas de ônibus pode ser liberada a partir da próxima segunda-feira (1.3216001)</a></div>

No evento desta quinta-feira (2), Mabel afirmou que a prioridade da mobilidade em Goiânia será o transporte coletivo. O secretário de Engenharia de Trânsito, Tarcísio Abreu, reforçou que os semáforos com prioridade aos ônibus serão instalados.

“Se for liberar a terceira faixa para o trânsito em geral, vai ter uma melhora a curto prazo, mas a médio prazo os carros vão ocupar também essa faixa e logo vai ter congestionamento, não é a solução. Se transformar em corredores de ônibus é positivo, mas colocar em risco a situação das motos é preocupante”, afirma Duarte. Segundo Tarcísio, a ideia é que a terceira faixa seja para o tráfego dos ônibus e das motocicletas. Desde a campanha, Mabel anunciou a ideia de liberar as motos para trafegar junto ao transporte coletivo, como hoje é permitido aos táxis, nas faixas preferenciais e até mesmo exclusivas. A liberação deve começar na segunda-feira (6).

Ainda sobre o programa de desobstrução, Tarcísio lembra que a retirada do semáforo da Jamel Cecílio com a PL4 é um ato simbólico e há a previsão de mais ações para o local. “São estudos de engenharia de tráfego aprovados pelo prefeito. Vamos primeiro implantar nessas 10 vias nestes primeiros 100 dias”, afirmou, sem confirmar quais serão as vias escolhidas. Além da Jamel Cecílio, no entanto, já se sabe que haverá intervenções nas avenidas 24 de Outubro, Mutirão, Castelo Branco, Mangalô, Independência, T-10.

Para Rothen, o programa tem pontos positivos, “pois é um hábito em Goiânia o de obstruir as vias, sem se preocupar com os efeitos”. O professor acredita que os estacionamentos devem ser analisados. “A retirada do estacionamento em diversos locais deteriora as atividades em geral, além dos negócios, a falta de estacionamento afeta até as relações pessoais, como vou visitar alguém sem poder estacionar próximo?”, questiona.

Rothen alerta quanto à retirada de rotatórias, que exige “um estudo sobre os efeitos para todos os usuários”, já que elas ainda “são úteis em muitos lugares onde o volume de trânsito é médio”. Sobre os semáforos, além da sincronização e atualização dos tempos, é necessária a adoção de botoeiras para pedestres.

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Plano de desobstruir avenidas precisa observar segurança, dizem especialistas

Mobilidade urbana

O motorista envolvido no acidente que tirou a vida de um entregador de aplicativo na Avenida Jamel Cecílio, no Jardim Goiás, em Goiânia, se apresentou à Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) nesta terça-feira (10). O jovem de 24 anos, que ainda não teve a identidade divulgada, chegou ao local acompanhado de uma advogada, mas preferiu permanecer em silêncio durante o interrogatório.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 136, 204); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp&nbsp;</a>

De acordo com informações da TV Anhanguera, a delegacia já havia encontrado o local em que ele morava. No entanto, o motorista da Dodge Ram Branca que tirou a vida de Pedro Vitor de Brito Barbosa, de 22 anos, se apresentou espontaneamente, o que evitou a prisão em flagrante.

O crime é apurado pela Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) desde o acidente no domingo (8). Conforme informações apuradas pelo POPULAR, a delegacia estaria coletado imagens de câmera de segurança para traçar o caminho percorrido pelo automóvel. A reportagem chegou a percorrer as ruas do Jardim Goiás em busca do caminho feito pelo motorista da caminhonete.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/motociclista-morre-e-crianca-fica-ferida-apos-moto-ser-atingida-por-carro-video-1.3208634" target="_blank">Motociclista morre e criança fica ferida após moto ser atingida por carro; vídeo</a> 
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Conforme as informações apuradas, o condutor do veículo entrou na Rua 52 e percorreu as ruas do bairro até a Avenida E, no sentido da Marginal Botafogo. Diversos funcionários dos comércios que compõem a avenida confirmaram a passagem do carro no final da via, desde o cruzamento com a Rua 58. A última informação que a reportagem teve acesso garantia que o automóvel passou em alta velocidade pela avenida.

O jovem que se apresentou nesta terça deixou o local com o a cabeça coberta, para não ser fotografado ou filmado, e retornou para casa. De acordo com as informações apuradas pela TV Anhanguera ele vai ser chamado pela Dict, mais uma vez, para ser ouvido. A data deve ser definida com a defesa nesta quarta-feira (11). Agora, a caminhonete passará por perícia e outras testemunhas devem ser ouvidas para compor o inquérito.

Barbosa foi atingido pelo carro enquanto passava de motocicleta pela Avenida Jamel Cecílio no sentido de quem vai para o Setor Sul. O acidente aconteceu por volta das 23 horas. A caminhonete estava no lado contrário da pista e atropelou o motociclista quando fez uma conversão indireta rumo a Rua 52.

Apesar da rua contar com sinalização antiga e apagada sobre a utilização como mão única, durante a passagem a reportagem foi informado que a via é de mão dupla. “A falta de uma sinalização correta tem causado diversas confusões entre os motoristas”, disse uma vendedora da região.

No local do acidente também há diversos blocos para impedir as conversões irregulares bem na entrada do viaduto. Tanto as informações sobre o sentido real da vida, como a possibilidade de implantação de blocos para segregar os lados do viaduto foram solicitadas a Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), no entanto, por conta do horário solicitado, a resposta não foi obtida.

Após ser atingido, o rapaz teria recebido os primeiros atendimentos por dois motoristas que seriam médicos e passavam na hora do acidente. Em conversa com o POPULAR, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) explicou que quando chegou ao local a vítima já se encontrado “inconsciente e com o capacete retirado por terceiros”, além de fraturas nos membros inferiores e superiores. Após isso, ele foi levado ao Hospital de Urgências de Goiás (Hugo).

À princípio, a namorada de Barbosa, Dhebora Siqueira, havia recebido a informação de que tratava de uma ocorrência simples. No entanto, ao chegar à unidade foi informada de que o entregador havia passado por uma cirurgia por conta de um sangramento no pulmão, não resistindo ele faleceu na madrugada da segunda-feira (9).

De acordo com a namorada, aquela seria a última entrega que Barbosa faria no dia. Ele também já pensava em parar de realizar as entregas por meio de aplicativo. Antes de chegar a Goiânia, há cerca de cinco meses, ele estava no Pará, na região Norte do país, onde deixou uma filha de três anos, fruto de outro relacionamento. 
 
(João Gabriel Palhares é estagiário do GJC em convênio com a UFG)

Motorista de acidente que matou entregador de aplicativo se apresenta à polícia em Goiânia

Avenida Jamel Cecílio

Ter uma loja virtual, estar em plataformas de marketplace, investir em tráfego pago no Instagram, ter um site de vendas ou simplesmente divulgar seus produtos para os clientes pelo WhatsApp. As empresas goianas estão usando um número cada vez maior de ferramentas na internet para alavancarem suas vendas. E, pelo visto, a estratégia tem dado certo.

Um levantamento feito pela Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina, mostrou que as pequenas e médias empresas do varejo on-line de Goiás movimentaram R$ 85 milhões no Brasil no primeiro semestre deste ano, 48% mais que o registrado no mesmo período de 2023. Elas comercializaram cerca de 1 milhão de produtos, um crescimento de 32% em relação ao ano passado.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/magazine-luiza-vendera-produtos-aliexpress-apos-acordo-estrategico-1.3148547" target="_blank">Magazine Luiza venderá produtos AliExpress após 'acordo estratégico'</a> 
<a href="https://opopular.com.br/opiniao/editorial/mistura-digital-e-fisico-1.3110696" target="_top">Mistura digital e físico</a> 
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Os segmentos que tiveram maior faturamento foram: Saúde &amp; Beleza (R$ 32 milhões), Moda (R$ 26,1 milhões) e Joias (R$ 1,5 milhão). O cartão de crédito foi a opção mais utilizada na região, representando 50% de todos os pedidos pagos, seguido pelo Pix, que já corresponde a 43,5% das operações.

Na loja atacadista de moda Miss Mey, que fica na Região da 44, as vendas on-line foram crescendo ano a ano e, hoje, já respondem por 80% do faturamento. “Tem dias que só fazemos vendas online e nada presencial”, conta o gerente da loja, Tiago Cavalcante. Para divulgar os produtos para clientes de todo Brasil e até do exterior, a loja criou grupos no WhatsApp, faz parcerias com perfis de alta visibilidade que divulgam produtos de vestuário e realiza lives semanais pelo Instagram. “O atendimento pelo WhatsApp é constante, os celulares dos vendedores chegam a congestionar e, às vezes, eles demoram o dia todo para responder todos os pedidos”, informa.

O empresário Edivaldo Pinheiro da Mota, da loja de moda feminina Bella Vivasse, lembra que começou as vendas on-line pelo WhatsApp. Ele conta que vende atacado e varejo e que, depois da pandemia, as vendas virtuais tiveram um crescimento significativo. Hoje, as vendas online já respondem por 60% do faturamento. “Nosso trabalho é dividido entre o presencial e o online, pois um completa o outro no atacado e varejo”, conta Mota.

Estas vendas ocorrem por meio de links: o cliente clica e entra num catálogo digital integrado com o estoque da loja, no mesmo formato do e-commerce. “Ele faz o pedido por lá, mas paga direto pra loja e despachamos o pedido. Ainda temos o e-commerce pelo site e tráfego pago pelo Instagram”, informa o empresário. Segundo ele, muitos clientes conhecem a loja pelos meios digitais e compram no presencialmente. “Mas, hoje, clientes de outras cidades e estados vêm bem menos à loja física, por isso muitas empresas reduziram estas lojas”, destaca.

No e-commerce brasileiro, as vendas totais somaram R$ 185,7 bilhões em 2023, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), um crescimento de mais de 10% em relação a 2022. Foram cerca de 395,11 milhões de pedidos e tíquete médio de R$ 470 por cliente em 2023. Os eletrodomésticos foram os mais procurados, seguidos pelos eletrônicos, telefonia, casa e decoração, além de moda e acessórios. As mulheres foram mais de 60% dos clientes. De acordo com o levantamento “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, da BigDataCorp, o número de lojas virtuais também aumentou em 17%, chegando a mais de 1,9 milhão no País. A pesquisa foi feita em 2024, com mais de 20 milhões de sites brasileiros.

Potencial

Para Daniela Spinardi, diretora de Pequenas e Médias Empresas na Nuvemshop, apesar das vendas on-line já fazerem parte do comportamento do consumidor no Brasil, é visível o potencial desse mercado frente a outros negócios para empreendedores de todos os segmentos. “O e-commerce é e continuará sendo uma das melhores oportunidades para pequenos e médios varejistas que desejam iniciar ou mesmo expandir suas vendas”, aposta a executiva.

Há 35 anos no mercado, o empresário Yuri Guimarães Mendes, da Duh Intimates lingerie, hoje vende pelo site próprio, faz tráfego pago, trabalha com influenciadores digitais e markeplace. Ele lembra que o boom de crescimento das vendas virtuais aconteceu na pandemia, quando o faturamento no on-line cresceu 400%, com as pessoas mais em casa. “Hoje, isso está mais estabilizado, pois aumentou a concorrência e o custo do tráfego, mas nem temos mais nem loja física”, conta.

Para ele, uma das maiores vantagens das ferramentas virtuais é ter mais controle do negócio, com acesso a todas as informações sobre o cliente: que produtos ele visitou, os picos de acesso ao site e o perfil do consumidor que mais compra seus produtos nas redes sociais. “Com isso, você consegue criar uma comunicação online mais assertiva”, destaca Mendes.

Hoje, a empresa vende mais varejo para região Sudeste, que tem o preço do frete mais em conta e grande densidade populacional. Já o atacado é melhor para a Região Norte. “São 53 milhões de mulheres no Instagram, mas também temos muito mais lojas do ramo, o que nos obriga a inovar sempre em conteúdo de qualidade, que capte atenção do seu público alvo”, alerta o empresário.

Confiança maior

A superintendente executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), Hélia Gonçalves, acredita que o crescimento das vendas on-line foi impulsionado pela própria expansão da internet e o aumento da confiança do consumidor nestas compras, que passou a buscar mais praticidade e conveniência. Por isso, as empresas estão se adaptando a este novo perfil de compras. Algumas estão mais ou menos avançadas, mas o número é crescente.

As lojas se adaptam às necessidades do consumidor utilizando um número cada vez maior de ferramentas de divulgação virtual. “Elas aderem a cada vez mais plataformas de vendas”, destaca Hélia. Lojistas dos segmentos de moda, saúde e beleza e de joias estão entre os que mais utilizam estas ferramentas de divulgação on-line, diante de um consumidor cada vez mais preocupado com a saúde e boa aparência física.

Estas lojas utilizam cada vez mais estratégias e as campanhas nas redes sociais são direcionadas ao público alvo das empresas, que também disponibilizam cada vez mais aplicativos de vendas para o cliente. “Algumas lojas fazem suas campanhas pelo Instagram, que direciona o consumidor para suas plataformas ou WhatsApp”, explica a superintendente da CDL.

Para ela, os lojistas estão cada vez mais antenados às mudanças de consumo e a venda on-line é um caminho sem volta. “Porém, algumas questões logísticas ainda precisam ser melhoradas, como o custo do frete, que muitas vezes é alto”, alerta.

O presidente da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, lembra que, na pandemia, as compras online foram uma forma das pessoas continuarem comprando por estarem dentro de casa isoladas. Neste período, o comércio eletrônico se fortaleceu muito e continuou depois. “As pessoas aprenderam a desmistificar o medo que ainda tinham de fazer compras on-line”, acredita. Porém, as lojas ainda precisam ser bem referenciadas para terem um grande movimento, por isso grandes portais são os grandes catalisadores de negócios.

Mas Baiocchi acredita que, hoje, se tornou uma necessidade para o lojista ter seus produtos na rede. “Para quem é muito pequeno, hoje existem muitos marketplaces acessíveis, além do WhatsApp e Instagram. Por toda rede você mostra para o mundo o que tem para vender”, adverte.

Ele ressalta que as novas gerações gostam muito de comprar pelo celular, e a tendência é que os aplicativos de compras continuem crescendo. “Mas isso não significa que deixaremos de ter o comércio tradicional, porque muita gente faz questão de ir até a loja para conhecer o produto de perto. É uma nova experiência que continuará convivendo com o comércio tradicional”, prevê.

Varejo goiano vendeu on-line 48% mais até junho

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<div attr-cid="policy:1.3097635" attr-version="policy:1.3097635:1704373641" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3097635" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3097635', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3097635">jamel cecilio (1.3097635)</a></div>

Um acidente entre um carro e uma moto deixou um motociclista de 22 anos morto, em Goiânia. O acidente aconteceu no início da madrugada de quarta-feira (3), na Avenida Jamel Cecílio, no Jardim Goiás.&nbsp;

Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que o acidente acontece. O motociclista, que trafegava no sentido GO-020, atinge o carro e, com o impacto, chega a girar, dando uma pirueta no ar. (assista acima)

O carro seguia pela Rua 69 em sentido a Avenida I, que passa em frente a um shopping. Após a batida, outros carros que seguiam pela mesma rua precisaram reduzir a velocidade para desviar do local.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-de-onibus-com-caminhonete-mata-homem-e-deixa-11-feridos-1.3097162" target="_blank">Acidente de ônibus com caminhonete mata homem e deixa 11 feridos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/acidente-entre-cinco-veiculos-deixa-um-morto-e-oito-feridos-na-go-070-1.3097298" target="_blank">Acidente entre cinco veículos deixa um morto e oito feridos na GO-070</a></div>

Segundo a Polícia Civil, a Delegacia Especializada em Investigação de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) esteve no local e está investigando o caso.&nbsp;

Por não ter o nome divulgado, o POPULAR não conseguiu atualizar o estado de saúde do motorista do carro até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

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Moto após acidente (Reprodução/TV Anhanguera)

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Vídeo mostra quando motociclista morre ao atingir carro e girar no ar em cruzamento de Goiânia

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