Em 2024, aproximadamente 400 pessoas morreram em Goiás em consequência da doença de Chagas, um mal ainda muito negligenciado pela população. Por iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Porangatu, a maior cidade do Norte do Estado, recebe esta semana o Expresso Chagas, uma tecnologia social que envolve ciência e arte para falar sobre a doença. Representantes da Fiocruz, da Secretaria Estadual de Saúde (SES), do Ministério da Saúde (MS), da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), de universidades e da Associação Goiana de Portadores de Chagas já estão em Porangatu para ampla abordagem sobre o protozoário Trypanosoma cruzi que se hospeda no inseto barbeiro, o diagnóstico e o tratamento. Autoridades de saúde estimam que existam em Goiás entre 200 mil e 300 mil infectados com a doença de Chagas, mas a taxa de descoberta é menor do que 10%. Ao lado da Bahia e Minas Gerais, o Estado está entre as unidades da federação que mais portadores da patologia vão a óbito. A Fiocruz criou o Expresso Chagas como ferramenta de conscientização e de identificação da doença. A tecnologia foi levada para Posse, no Nordeste goiano, em 2022, e chega agora à Região Norte com o objetivo de conscientizar e identificar casos. A expectativa é de que 2 mil pessoas visitem o Centro Cultural de Porangatu de quinta (25) a sábado (27) onde o Expresso Chagas foi instalado. Diariamente, são aguardados 500 estudantes.