Pelo menos seis tentativas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de firmar contratos, convênios ou credenciamentos ao longo da gestão do ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, foram barradas por ações dos órgãos de controle externo. Ao longo do último ano, as licitações deixaram de exercer protagonismo em áreas de contratação consideradas importantes para a pasta. A SMS tentou desde firmar convênios milionários para a prestação de serviços diversos até promover o credenciamento de empresas que iriam fornecer médicos para atuarem nas unidades de saúde da rede municipal e contratar emergencialmente viaturas, recursos humanos e software para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Na última semana, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) deflagrou a operação Speedy Cash, que teve como intuito justamente investigar um convênio no valor de R$ 10 milhões firmado entre a SMS e a associação União Mais Saúde. Ele foi assinado em 15 de agosto deste ano e seria para a realização de palestras, curso de capacitação para lidar com pessoas com deficiências e atendimentos de saúde em unidades móveis. O repasse total do valor foi feito para a associação em três parcelas entre 19 e 22 de agosto, o que chamou a atenção do Ministério Público de Contas (MPC) na época. Em setembro, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) acatou pedido do MPC, mandou suspender o convênio e cobrou a restituição do valor repassado à associação.