O Jardim Botânico Amália Hermano Teixeira, em Goiânia, vai passar por uma revitalização envolvendo uma parceria entre a Organização das Cooperativas do Brasil/Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (OCB/Sescoop) em Goiás e a Prefeitura. A iniciativa partiu da OCB/Sescoop e vai obedecer planejamento arquitetônico preparado pela equipe da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma). As peças antigas começaram a ser retiradas e o novo madeiramento já está no parque.O destaque da reforma é a recuperação do deck e do anfiteatro, ambos de madeira. Com capacidade para 300 pessoas, o espaço é muito procurado para eventos culturais e cerimônias religiosas, mas estava desativado em decorrência das péssimas condições do madeiramento.O presidente da OCB/Sescoop, Luís Alberto Pereira, diz que a ideia de renovar o parque surgiu após reportagem publicada pelo <a href="https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/jardim-bot%C3%A2nico-%C3%A0-espera-de-revitaliza%C3%A7%C3%A3o-1.1694682" target="_blank">POPULAR no dia 28 de dezembro de 2018</a> mostrando o descuido com o local. “O interesse pela comunidade é um de nossos princípios. Durante todo o ano as cooperativas realizam atividades de impacto social em suas áreas de atuação. A sustentabilidade está em nosso DNA e a reportagem do POPULAR chamou nossa atenção. Além de ajudar na recuperação do Jardim Botânico, queremos dar visibilidade a ele”, explicaNa semana passada, um termo de cooperação foi assinado no qual a associação se responsabiliza pela compra de materiais para restaurar e renovar equipamentos da área verde, obra que será executada por servidores da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg) e da Amma.Para melhorar as condições do Jardim Botânico, a Prefeitura teria de gastar cerca de R$ 150 mil, entre material e mão de obra. Com o apoio de 12 cooperativas, a OCB/Sescoop vai gastar R$ 70 mil.Uma equipe da OCB/Sescoop esteve no Jardim Botânico para levantar os problemas que poderiam ser sanados de imediato. Além da recuperação do deck e do anfiteatro, serão trocados as coberturas do viveiro e do borboletário, do madeiramento da cerca de acesso à ilha, a porta de vidro e uma janela da sede administrativa. Entre os elementos que vão receber nova pintura estão o relógio solar, a guarita e os protetores de mudas. Todo o sistema de identificação do parque será renovado.Todas as obras no Jardim Botânico deverão estar concluídas até 3 de julho para que o espaço seja preparado para o Dia C, evento anual que celebra as ações sociais do segmento, e que neste ano será no dia 6 de julho. 21 cooperativas estarão no local oferecendo gratuitamente uma série de serviços e atividades recreativas para a população em geral. O evento contará com show do Heróis de Botequim.

Cooperativas financiam reforma do Jardim Botânico

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Impasses sobre irregularidade na coleta seletiva de Goiânia motivaram o Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) a expedir medida cautelar determinando que a Prefeitura regularize a situação. A decisão aponta ainda que <a href="https://opopular.com.br/cidades/capital-sofre-com-acumulo-de-entulhos-1.3201730" target="_blank">entulhos deixados nos galpões da Secretaria Municipal de Educação (SME) devem ser destinados às cooperativas de catadores de recicláveis</a>, que têm sofrido com a redução no volume de material recebido desde que o Consórcio Limpa Gyn assumiu o serviço e, consequentemente, da renda média dos trabalhadores.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Na medida cautelar concedida pelo conselheiro relator Fabrício Macedo Motta, datada do último dia 27, é detalhado o cenário atual da coleta seletiva. Conforme o conselheiro, “que o consórcio contratado tem priorizado, de forma inadequada, a destinação de resíduos ao aterro sanitário, reduzindo o volume de materiais recicláveis disponíveis para as cooperativas e prejudicando significativamente a renda dos catadores.”

O relatório aponta ainda que a “situação alarmante decorre de deficiências no processo de terceirização da coleta seletiva”. Dentre elas, a falta de um plano de transição para a terceirização da coleta seletiva, redução na quantidade e qualidade dos materiais entregues a 13 cooperativas cadastradas junto à Prefeitura de Goiânia, além do uso de caminhões prensa e mudanças nas rotas. Dessa forma, aponta Motta, há uma “crise socioambiental em Goiânia”, visto que a terceirização não se alinha à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e ao Plano Municipal de Coleta Seletiva.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/descarte-regular-e-desafio-em-goias-e-no-brasil-diz-pesquisa-1.3204795" target="_blank">Descarte regular é desafio em Goiás e no Brasil, diz pesquisa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/capital-sofre-com-acumulo-de-entulhos-1.3201730" target="_blank">Capital sofre com acúmulo de entulhos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/cooperativas-paralisam-recebimento-de-reciclaveis-em-goiania-1.3196856" target="_blank">Cooperativas paralisam recebimento de recicláveis em Goiânia</a></div>

O cenário apontado no documento ainda demonstra que parte dos resíduos recicláveis tem ido parar no Aterro Sanitário de Goiânia. “O desvio compromete significativamente a eficiência econômica, ao inviabilizar o retorno dos materiais ao ciclo produtivo e, ainda, priva os catadores de sua principal fonte de subsistência, violando o espírito de inclusão social.”

Diante da situação atual da coleta seletiva, o TCM-GO concedeu medidas cautelares diversas, tais como a destinação, no prazo de 48 horas, de “bens inservíveis ou irrecuperáveis” identificados em outro processo que tramita sobre entulhos deixados em galpões da SME, além de unidades escolares. Em maio de 2023 e em agosto deste ano, o POPULAR mostrou que a pasta municipal tem utilizado dois galpões para armazenar materiais escolares estragados ou sem utilidade. O custo do aluguel de dois galpões situados no Setor Santa Genoveva é de R$ 111,2 mil ao mês. A reportagem esteve em um dos galpões na tarde desta terça-feira (3) e observou que os materiais descartados seguem no local. Há cadeiras, mesas, computadores, armários e até aparelhos de ar-condicionado abandonados

Além disso, foram citados os representantes do Consórcio Limpa Gyn e fiscais do contrato junto à Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) para que, também com prazo de 48 horas, comprovem “a destinação às cooperativas e associações de catadores da totalidade dos resíduos recicláveis coletadas pelo consórcio”. E no prazo de cinco dias, apresentem detalhamento do serviço de coleta e uma justificativa para o desvio destes materiais ao aterro sanitário, além de um relatório “contendo indicadores de desempenho relacionados à quantidade e qualidade” dos materiais destinados às entidades.

O prefeito Rogério Cruz (SD), secretário municipal de Finanças, Cleyton Menezes, e o titular da Seinfra, Breno Raner, também devem apresentar no prazo de cinco dias um plano de ações para promover “o amparo social às cooperativas e associações de catadores mediante a doação de bens inservíveis ou irrecuperáveis e/ou concessão de auxílio financeiro, subsídios, isenções”, e se manifestar sobre os outros pontos já citados acima, bem como o impacto socioeconômico da terceirização.

A Secretaria de Controle Externo de Políticas Públicas do TCM, responsável pela representação das medidas cautelares, começa a partir desta quarta-feira (4) a monitorar o cumprimento da decisão. Para isso, serão feitas visitas às cooperativas cadastradas junto à Prefeitura para verificar se o material descrito na determinação tem sido repassado.

Conforme a Seinfra, em nota, “o amparo social às cooperativas e associações de catadores está sendo tratado junto à Secretaria Municipal de Governo (Segov)”, e que, ao contrário do alegado pelo TCM-GO, todos os recicláveis são encaminhados às entidades. A pasta, entretanto, não respondeu como será feita a regularização e o plano de ações mencionado na medida cautelar. Já a Secretaria Municipal de Finanças (Seifin) alega que foi notificada e, em resposta, apontou que o caso não é de competência da pasta.

A assessoria de comunicação da Prefeitura diz, em nota, que a administração municipal está “empenhada em atender às recomendações” e que a SME já iniciou o levantamento dos itens inservíveis disponibilizados nas unidades escolares e no galpão utilizado para depósito dos materiais. “Além disso, está em análise a viabilidade de doação de bens irrecuperáveis e de concessão de benefícios, como auxílio financeiro e isenções, para amparo às cooperativas”, complementa. O Paço acrescenta ainda que tem feito a avaliação dos impactos socioeconômicos da terceirização “e os possíveis desvios de resíduos recicláveis para o aterro sanitário”.

O Consórcio Limpa Gyn reafirma que trabalha de forma correta. “As cooperativas e o MP criaram novas diretrizes e a empresa em vontade de atender, mudou a rota de atendimento aos bairros e a comunidade e recomeçou alguns processos. A alteração gerou novos procedimentos, tais como um novo plano de trabalho, reconfiguração de parte da frota, reorganização de horários de trabalho, entre diversos outros. Vamos receber novos caminhões baú ainda este ano e, no máximo, no início do próximo”, detalha, em nota.

<h2>Renda de cooperados é quatro vezes menor</h2>

Na Cooperativa dos Coletores de Material Reciclável A Ambiental, situada no Residencial Orlando de Morais, o cenário tem sido de pouco volume recebido e uma queda brusca no rendimento dos cooperados. Presidente da entidade, Mylene Lima relata que os trabalhadores têm tido uma renda mensal que varia de R$ 300 a R$ 400, já que a quantidade de materiais entregues pelo Consórcio Limpa Gyn está bem abaixo do que era feito pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). A terceirizada assumiu o serviço integralmente em outubro.

“A gente não sabe mais o que faz. Antes o caminhão baú utilizado pela Comurg pegava cerca de 40 metros cúbicos (m²). Hoje, a caçamba que utilizam pega 6m². É muito menos (material), está horrível desde que entraram. Estamos trabalhando mais de um mês e meio para conseguir pagar o mês anterior, não está dando”, cita. Antes da queda no volume recebido, os cooperados conseguiam uma renda que variava de um salário mínimo, de R$ 1,4 mil, a até R$ 1,8 mil. “Às vezes conseguia tirar mais porque tinha bônus por trabalhar mais.”

Presidente da Cooperativa dos Catadores de Material Reciclável Reciclamos e Amamos o Meio Ambiente (CooperRama), localizada no Jardim Curitiba, Dulce Helena do Vale relata o mesmo problema. “Não sabemos como vamos fazer para sobreviver. Hoje estamos em torno de R$ 400 reais por mês. Antes a gente tirava de R$ 1,7 mil a R$ 1,9 mil”, comenta. Ela aponta ainda que, além de ter queda no total de recicláveis recebidos, a cooperativa tem recebido praticamente apenas papelão. “Não vêm outros materiais para triagem”, lamenta.

A reclamação é idêntica a da presidente da Cooperativa de Reciclagem de Lixo – Cooprec, Nair Rodrigues. “Estamos trabalhando um dia e meio por semana porque não tem (material para trabalhar). Somos 23 cooperados, não tem como trabalhar. Fico muito preocupada porque é um trabalho de anos. A Cooprec fez conscientização ambiental em 11 bairros de Goiânia passando de porta em porta. Temos um projeto de logística reversa, a própria Comurg investiu na coleta seletiva, mas a nova empresa não tem preparo para o serviço, não tem equipamento, profissionais não têm a experiência necessária. Tem 27 anos que a cooperativa foi criada e nunca passei por uma dificuldade igual essa que estamos passando. O que a gente consegue receber da venda dos materiais não dá nem para pagar as contas. E os cooperados recebendo R$400 por mês, às vezes até menos. Antes, tiravam em torno de R$ 1,7 mil por mês”, finaliza.

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TCM cobra regularização da coletiva seletiva em Goiânia

Limpeza urbana

Pense na seguinte situação. Uma grande empresa, já consolidada, coloca uma meta ousada para seus colaboradores. Algo como crescer 30% num prazo de um ano. Os colaboradores num primeiro momento se assustam e questionam se aquele objetivo é possível. De repente a empresa alcança a meta num prazo bem menor do que o estipulado.

Com muito trabalho, mas sem sofrimento. A primeira hipótese para a conquista é que a meta estava subdimensionada. A segunda é de que o ambiente interno estava amplamente conectado às demandas do ambiente externo e isto faz com que os ventos soprem a favor.

No caso do cooperativismo goiano, a segunda hipótese é a verdadeira, sem dúvida alguma. Em 2022, estabelecemos que chegaríamos até 2027 com 600 mil cooperados e 17,9 mil colaboradores. Felizmente, alcançamos esse resultado ainda em 2023, segundo o Anuário do Cooperativismo, divulgado em novembro.

Fechamos o ano passado com 609,7 mil cooperados e 17,9 mil colaboradores diretos. Crescimento de 31,3% e 14%, respectivamente. E esse salto se deu num ambiente extremamente desafiador, com incertezas econômicas e queda na produção agrícola devido a questões climáticas. O que inclusive segurou o crescimento do faturamento do setor.

O fato é que o cooperativismo está conectado como nunca às atuais demandas do mundo. Não se trata apenas de mercado, mas de algo mais amplo. Não é à toa que a ONU definiu que 2025 será o Ano do Cooperativismo. É porque o modelo de negócios, surgido ainda no século XIX, é hoje o que temos de mais atual, por se preocupar verdadeiramente com a sustentabilidade e com o bem-estar da comunidade onde atua. O cooperativismo busca o desenvolvimento econômico colocando o bem estar do ser humano à frente de tudo.

Acrescente-se a palavra paz nesse conjunto de propósitos e temos basicamente a missão da própria ONU como organismo internacional. Além disto, as cooperativas brasileiras aprenderam a serem inovadoras e disruptivas. Sabemos que o conceito de inovação virou uma espécie de panacéia universal do mundo corporativo. Criar um ambiente de inovação verdadeiro requer mais do que discurso.

Por isto desde o final da década passada o cooperativismo investiu em infraestrutura, qualificação e tecnologia para que o setor realmente absorvesse uma mentalidade criativa em busca das melhores soluções para os desafios do nosso tempo. Criamos o InovaCoop, uma plataforma que busca trabalhar e multiplicar a cultura da inovação dentro das cooperativas de maneira permanente. Hoje já colhemos os frutos desse trabalho. Demonstração disto foi a CoopsParty Summit, realizada em novembro reunindo em Goiânia mais de 2 mil pessoas em dois dias de palestras, debates e painéis com grandes nomes de todo País.

A força do cooperativismo está não apenas no fato de ele ser alicerçado em valores universais da humanidade, mas também na sua capacidade de compreender o momento e se colocar à frente do processo de desenvolvimento econômico e social.

Luís Alberto Pereira, presidente do Sistema OCB/GO

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Luís Alberto Pereira

O trabalho é minucioso e requer atenção e cuidado. O primeiro desafio das obras de restauro do Museu Zoroastro Artiaga, na Praça Cívica, é retirar todo o acervo do espaço, com mais de 3 mil peças, que são levadas pouco a pouco para o Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON). O segundo é seguir com a reforma de um edifício erguido nos anos 1940. Já o terceiro revés é repensar a expografia de um museu compatível com os novos tempos.

<a href="http://opopular.com.br/canal" style="color: rgb(0, 85, 128); text-decoration-line: none; font-family: &quot;Lucida Grande&quot;, &quot;Lucida Sans&quot;, geneva, arial, sans-serif; font-size: 12px; outline: 0px; background-color: rgb(238, 238, 238);" target="_blank">🔔 Siga o canal de O POPULAR no WhatsApp</a>

Com investimento de R$ 6,6 milhões oriundos do governo do Estado, as obras de restauro começaram na última semana e tapumes ao redor do prédio já adiantam que o Zoroastro Artiaga segue em reforma até o final de 2025. O projeto do novo museu foi aprovado em janeiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e tem como eixo central recuperar as suas características originais.

“Fizemos muitos estudos e pesquisas para tentar ser o mais fiel possível ao projeto original, levando em consideração toda a importância arquitetônica e histórica do museu”, adianta a superintendente de Patrimônio Histórico e Artístico da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás), Bruna Arruda. “Mais do que isso, vamos criar melhorias, como na acessibilidade e na segurança estrutural do espaço”, completa.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/magazine/conselho-estadual-de-cultura-defende-permanencia-do-mural-de-confaloni-em-goiania-1.3203711" target="_blank">Conselho Estadual de Cultura defende permanência do mural de Confaloni em Goiânia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/magazine/casar-es-historicos-do-centro-s-o-ocupados-por-projetos-culturais-e-de-lazer-1.3198584" target="_blank">Casarões históricos do Centro são ocupados por projetos culturais e de lazer</a></div>

O Zoroastro já estava fechado ao público desde outubro de 2022. As equipes que trabalham no local encontraram um prédio danificado pelo tempo e pelas chuvas. Parte da estrutura do teto composta pela laje e pelo forro do segundo piso está comprometida. O piso também está danificado e as paredes sofreram impactos externos, como das obras do BRT.

“O restauro precisa de uma atenção máxima já que trata-se de uma construção dos primeiros anos de Goiânia e que reconta parte dessa história tão distinta”, salienta Bruna, que começou a definir as novas colorações do museu. “Fizemos diversas pesquisas para tentar desvendar as cores da época de sua fundação”, comenta.

Para dar o start na reforma, todo o acervo está sendo relocado para uma sala do CCON. As coleções incluem núcleos arqueológicos, mineralógicos, de etnologia indígena, arte sacra e popular. “As peças vão passar por um processo de desinfestação por atmosfera anóxia, isto é, ausência de oxigênio, e higienização para garantir a preservação”, comenta o diretor do museu, Giulliano Santos Ramos, que trabalha no local desde 2009.

Algumas peças são verdadeiras relíquias históricas, como as bonecas carajás, patrimônio imaterial brasileiro. Ao lado delas, há toda uma coleção de fósseis, doada por estudiosos e arqueólogos das cidades de Itaberaí, Pedro Afonso e Inhumas na década de 1940. Pinturas como a da preguiça gigante, ao lado de partes de ossos e garras do megatério, chamado pelos indígenas de “besta gigante”, também impressionam e serão levadas para o CCON. “A ideia é convidar e abrir para que estudantes, pesquisadores, alunos e interessados possam acompanhar o processo”, explica Bruna.

Expografia 

A previsão é que a obra seja entregue até dezembro de 2025. Até lá, uma nova expografia será pensada com o foco de tentar criar um museu com a cara do patrimônio art déco, mas com um conteúdo museológico moderno e condizente com os tempos contemporâneos. A exposição que ocupava o museu até o seu fechamento havia sido inaugurada em 2000.

“Vamos pensar formas e maneiras de contar sobre a história de Goiás de um jeito diferente, mais moderno e atualizado. A nova proposta museográfica refletirá em como tratar e ocupar um espaço cultural e museológico refletindo o futuro. Estamos empolgados”, destaca Bruna.

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O primeiro da fila

Testemunha ocular de Goiânia, o prédio cravado no coração do Centro surgiu em 1942 e, décadas após décadas, viu a capital crescer. Pioneiro, foi o primeiro museu estabelecido na então nova capital, com seu desenho art déco, jeitão imponente e linhas simétricas. Quando foi criado pelo arquiteto polonês Kazimierz Bartoszewski, o prédio não havia sido projetado para ser museu. Nasceu como o Departamento Estadual de Imprensa e, anos mais tarde, em 1946, se transformou em museu estadual.

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Canteiro de obras

 
O barulho das obras toma conta de diversos cantos da Praça Cívica, no Centro. Além dos tapumes que cobrem o Museu Zoroastro Artiaga, outros edifícios históricos do local também passam por restauros. É o caso, por exemplo, do Cine Cultura, localizado no Centro Cultural Marietta Telles. Com investimento total de R$ 1,9 milhão oriundo da lei federal Paulo Gustavo, o único cinema público da cidade deve voltar às atividades no início de janeiro.

A ideia é de que o Cine Cultura ganhe uma nova cara, mais moderna e tecnológica para receber filmes goianos, nacionais e internacionais, além de mostras e lançamentos. O projeto de restauro, feito pela equipe técnica de arquitetura da Secult Goiás, preserva o estilo art déco, além de promover acessibilidade e mais conforto ao público. As poltronas foram trocadas e uma bomboniere será instalada no hall do cinema.

O próprio Centro Cultural Marietta Telles também ganhou novas cores e passou por uma troca de tacos no piso, reparos nas rachaduras, marquises e pingadeiras. Ao lado do local, o Palácio das Esmeraldas também ganha nova pintura na fachada e reparos estruturais nas lajes. A reforma será concluída no final do mês.

Primeiro museu de Goiânia e marco art déco da cidade, Museu Zoroastro Artiaga passa por restauro completo

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Respeitável pioneiro

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<img attr-cid="policy:1.3202314" attr-version="policy:1.3202314:1732298976" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3202314/WhatsApp Image 2024-11-21 at 15.15.59 (3).jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
(Wesley Costa)

De presidente do Grêmio Estudantil do Lyceu de Goiânia à ministro da Fazenda. A trajetória do goiano Henrique Meirelles foi contada em detalhes no livro autobiográfico “Calma sob Pressão”. Nascido em Anápolis, o executivo voltou a Goiás para o lançamento da obra, que aconteceu durante um evento exclusivo promovido pelo Sicoob UniCentro Br, na terça-feira, 19. O encontro foi marcado pelo momento de autógrafos e pela presença de lideranças e autoridades, como o governador Ronaldo Caiado e o vice-governador Daniel Vilela. Durante o discurso, Caiado enfatizou a importância de dar mérito às pessoas que fazem história em nosso país. “Henrique Meirelles saiu da nossa cidade, Anápolis, e se tornou um homem respeitado internacionalmente pela posição de relevância que ele tem”, disse.

O governador contou ainda que influenciou a participação do executivo na política e elogiou seu posicionamento frente aos desafios que enfrentou ao longo da carreira. “Meirelles tem um grande preparo intelectual, que dá a ele essa calma e a capacidade de argumentação. Diante de todas as dificuldades, ele apresentou saídas, dentro das regras do sistema democrático, com respeito ao Congresso Nacional, ao Judiciário, ao Executivo e aos entes federados também. É um homem que traz paz. E foi justamente o que colocou no livro ‘Calma, sob pressão’”, pontuou Caiado. 
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A obra se tornou leitura obrigatória para políticos, economistas e estudantes. Em menos de um mês, a primeira edição foi esgotada, com 7 mil exemplares vendidos. A turnê de lançamento passou por São Paulo e Rio de Janeiro, onde o livro foi apresentado em livrarias. Para o diretor-presidente do Sicoob UniCentro Br, Diogo Mafia, sediar esse evento trata-se de um momento ímpar na história da cooperativa. "É uma honra receber o ex-ministro e ex-presidente do Banco Central. Assim como ele, que saiu de Goiás e tem relevância internacional, nós somos uma instituição nascida aqui, e hoje contamos com vários pontos de atendimento, em São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e Minas Gerais. Então, a presença dele nos alegra e mostra a representatividade do cooperativismo financeiro para o estado de Goiás e para o Brasil”.

Meirelles agradeceu ao convite da instituição e declarou a importância de voltar a sua terra natal para esse lançamento. “Goiânia foi uma parte muito importante da minha vida, foi exatamente onde eu cresci e me iniciei na vida política. Viajei o estado inteiro, aprendi a me comunicar e a liderar. O livro conta os meus passos até chegar ao Banco de Boston, onde permaneci por 29 anos e tudo que acontece após, como a minha eleição para deputado federal, aqui em Goiás. Cheguei à presidência do Banco Central, na qual eu fui a pessoa que permaneceu por mais tempo no cargo. Estive também em outras posições públicas e no setor privado”. O executivo, que recebeu familiares em um momento privado, antes do evento, falou sobre sua descendência. “A família da minha mãe chegou em Goiás em 1790, e a família do meu pai em 1830. Então, as minhas raízes estão aqui, fortemente encravadas no território goiano”.

<h2>Confira mais fotos do evento:</h2>

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