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Coronavírus: "Economia e saúde não são áreas polarizadas", diz secretário de Saúde de Goiás

Titular também disse que o isolamento, que se encerra parcialmente com novo decreto, conseguiu cumprir seu papel no Estado

Coronavírus: "Economia e saúde não são áreas polarizadas", diz secretário de Saúde de Goiás

(Fábio Lima / O POPULAR)

Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira (13), onde são anunciadas novas medidas com reabertura do comércio em Goiás, o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, disse que o isolamento social conseguiu cumprir seu papel em Goiás. "Achatou a curva e possibilitou a expansão da estrutura da Saúde", disse.

Ismael destacou o aumento do número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) devido à pandemia do novo coronavírus para fortalecer o combate da Covid-19 em Goiás. Ele também criticou achismos quanto às medidas de combate. "Economia e saúde não são áreas polarizadas, cabe a nós gestores ter a sensibilidade de perceber cada momento e agir de acordo", disse.

Decreto

No dia 1º de julho começou a vigorar decreto da prefeitura de Goiânia e do governo de Goiás que previa um revezamento do isolamento social, com 14 dias de fechamento das atividades e 14 dias de abertura. A determinação veio após estudo da Universidade Federal de Goiás (UFG) que apontou possível colapso no sistema de Saúde caso a situação permanecesse como estava no Estado. Isto é, com lotação de UTIs com pacientes de Covid-19 e avanço da curva do novo coronavírus.

Na última semana, porém, após tratativas com o setor empresarial, os gestores da capital e do Estado anunciaram a publicação de novos decretos com abertura das atividades econômicas pelos próximos 14 dias em goiás e por tempo indeterminado em Goiânia a partir desta terça-feira (14).

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Goiânia amplia atendimento infantil para todas as unidades de urgência e emergência; veja lista

Médicos contarão com a ajuda da telemedicina em casos de atendimentos mais complexos

Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Curitiba

Unidade de Pronto Atendimento do Jardim Curitiba (Diomício Gomes/O Popular)

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), anunciou nesta sexta-feira (17) a ampliação do atendimento médico pediátrico em todas as unidades de urgência e emergência da capital. O objetivo é garantir que as crianças sejam atendidas com maior agilidade e os pais e responsáveis não precisem se deslocar para unidades de saúde distantes de suas casas.

Com atendimento pediátrico, nós sempre teremos um médico de plantão para atender as crianças que chegam nas unidades. Não precisa ir necessariamente para o Cais de Campinas", afirmou o prefeito em entrevista coletiva.

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A ampliação faz parte do plano de governo de Mabel e começou a funcionar na quarta-feira (15). A iniciativa amplia de cinco para 13 o número de unidades de saúde com atendimento voltado ao público pediátrico. Assim, os Centros de Atenção Integrada à Saúde (Cais), Centros Integrado de Atenção Médico Sanitária (Ciams) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) 24 horas contarão com um médico para atendimento pediátrico.

Médicos terão ajuda

Os profissionais, conforme o prefeito, contarão com a ajuda da telemedicina em casos de atendimentos mais complexos. "Na ponta da linha, nós temos a telemedicina. Então, se tiver algum caso que precise de uma explicação melhor, precise de um profissional mais gabaritado para tirar alguma dúvida, então nós temos pela telemedicina 24 horas também um pediatra pronto para responder', explicou Mabel.

O Secretário de Saúde, Luiz Pellizzer, destaca que a ampliação vai gerar a regionalização dentro do município e garantir que toda a rede terá condição de dar um primeiro atendimento e sanar as dúvidas emergenciais dos pais ou responsáveis naquele momento.

"Antes o pai tinha que pegar um ônibus ou pegar um carro e a criança ficava sem nenhum tipo de atendimento naquele momento. Ela não vai sair da unidade mais ou sendo orientada a procurar uma outra unidade ou sendo orientada que hoje a voltar, outro dia. Ela vai ter o primeiro atendimento em qualquer uma das unidades de emergência que ela chegar", afirmou o secretário.

Avaliação

Conforme Pellizzer, a criança será tendida pelo médico e, se houver necessidade de internação, vai ser gerada uma internação e solicitada vaga na rede pactuada. Se não houver necessidade de internação, serão feitos os exames e poderá ser feita receita direta. "É uma conduta que vai depender da avaliação do profissional, mas ela não vai sair da unidade sem atendimento", explicou.

O secretário explicou que o atendimento pediátrico abrange recém-nascidos e crianças e adolescentes de até 13 anos. Confira as unidades abaixo:

  • Ciams do setor Urias Magalhães;
  • Ciams do setor Novo Horizonte;
  • Cais de Campinas;
  • Cais do Bairro Goiá;
  • Cais Vila Nova;
  • Cais Cândida de Morais;
  • Cais Parque das Amendoeiras;
  • Cais Finsocial;
  • Upa do Residencial Itaipu;
  • Upa do Jardim Novo Mundo;
  • Upa do Jardim América;
  • Upa Chácara do Governador;
  • Upa do Jardim Curitiba.
  • Consultas

    Além do suporte de forma emergencial, quando a condição de saúde do paciente requer atenção médica imediata, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reforça que oferta 6.480 vagas mensais para consultas ambulatoriais com pediatras, para acompanhamento do desenvolvimento das crianças e é fundamental que os pais e responsáveis não busquem atendimento médico somente no momento em que percebem a doença, mas que em todas as fases do crescimento e desenvolvimento da criança.

    De acordo com a SMS, a atenção primária fornece atendimento em pediatria para avaliar de forma integral a criança e orientar os pais quanto à prevenção de doenças, alimentação, esquema vacinal, crescimento, quais medicamentos podem ser usados, em quais casos e quando procurar a rede de urgência e emergência.

    O agendamento das consultas é realizado via WhatsApp pelo telefone 3524-6305 ou pelo número 0800 646 1560.

    O POPULAR mostrou que os atendimentos pelo Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS) foram suspensos no Hospital Infantil de Campinas devido ao atraso no recebimento de repasses. Sobre o assunto, Mabel disse que a situação do IMAS é "muito complexa" e que estão fazendo "uma reestruturação total".

    Então, nós estamos estudando como nós vamos fazer para cada caso, estamos acabando de desenhar esse processo e eu espero que em fevereiro, mais tardar, março, eu consiga colocar o IMAS para funcionar", afirmou o prefeito.

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    Painel Observatório com dados de unidades de saúde ajuda a zerar fila por vagas de UTIs

    Ferramenta foi lançada pelo Gabinete de Crise para fazer monitoramento em tempo real da situação em 24 unidades da capital

    O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), participou da apresentação do balanço dos 40 dias de operação do gabinete de crise e apontou que a Prefeitura seguirá atuando junto à saúde do Estado

    O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), participou da apresentação do balanço dos 40 dias de operação do gabinete de crise e apontou que a Prefeitura seguirá atuando junto à saúde do Estado (Alex Medeiros)

    Após 40 dias de funcionamento do Gabinete de Crise na Saúde de Goiânia, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apresentou o Painel Observatório com a atualização de dados de internações, demanda por regulação, estoque de medicamentos, taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além do total de ambulâncias em operação, em 24 unidades de saúde da capital goiana. O painel é uma promessa feita pelo gabinete que foi implementado em meio à crise causada pela espera por vagas de UTI . A fila, hoje, está zerada.

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    A apresentação do Painel Observatório foi feita durante reunião ocorrida antes da coletiva de imprensa ocorrida nesta segunda-feira (6), na sede da SES-GO, em Goiânia. A ferramenta implementada pela equipe de Superintendência de Tecnologia, Inovação e Saúde Digital da pasta foi feita para possibilitar o monitoramento em tempo real da situação de 24 unidades de saúde da capital. Conforme a secretaria, a tecnologia possibilitou zerar as filas por leitos de UTI e garantir que todas as demandas sejam atendidas em até 24 horas.

    "É um painel que todo mundo pode acessar e acompanhar o que está acontecendo. E tudo é uma questão que está intrincada. Se a gente conhece a vaga para o paciente e não tem combustível na ambulância, o paciente não é transportado e continua lá agravando. Não adianta resolver só um problema, tem que resolver todos. O paciente tem que ser atendido, assistido adequadamente, fazer os exames e tomar as medicações e se precisar ser internado, tem que conseguir a vaga e transportar ele. Está tudo junto", pondera o titular da SES-GO, Rasível dos dos Reis.

    O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), participou da apresentação do balanço dos 40 dias de operação do gabinete de crise e apontou que a Prefeitura seguirá atuando junto à saúde do Estado. "Essa sala de crise foi muito boa, bem coordenada. Eu não era prefeito ainda, mas já estava lá junto e conseguimos estabilizar aquela preocupação por mortes por falta de leito. Hoje temos leitos, ninguém dorme mais nas UPAs. Há 12 dias nós não temos problemas com falta de vaga para UTI, e em 24 horas a pessoa consegue internar. Conseguimos uma estabilização, mas nós não podemos parar. É por isso que nós vamos continuar juntos, de mãos dadas em todos os aspectos", aponta.

    Além de ter zerado o total de solicitações de vagas de UTI nos últimos 12 dias e ter implantado o prazo limite para permanência de pacientes críticos nas UPAs, a ação conjunta entre município e Estado garantiu um aumento de 134% no total de vagas autorizadas nos leitos de terapia intensiva, inclusive, diante da ampliação da disponibilidade dos leitos. O Hospital das Clínicas aumentou em 10 o total de leitos , sendo 4 adultos e 10 pediátricos. O Hospital Ruy Azeredo acrescentou outros 20 leitos adultos, além de reativar outros 47 que estavam desativados por falta de pagamento.

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    Resolução de ano-novo: o que fazer para não desistir da meta de praticar atividade física

    Especialistas ensinam como garantir que a meta de praticar mais atividades físicas no novo ano não seja abandonada antes de se tornar um hábito

    Roney Dias: “Quando comecei a treinar, fiz uma escolha de vida”

    Roney Dias: “Quando comecei a treinar, fiz uma escolha de vida” (Fábio Lima / O Popular)

    Basta dar uma volta pelas academias e pistas de caminhada da cidade para notar o aumento no movimento. Todo ano é a mesma história: janeiro se torna o mês oficial para começar a praticar atividade física. Muitas pessoas colocam essa meta como uma das principais resoluções de ano-novo, mas, infelizmente, a maioria acaba abandonando o compromisso antes mesmo do carnaval. "Eu era desses que pagava o plano anual da academia, mas só frequentava na primeira semana", revela o diretor comercial Roney Dias, de 39 anos.

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    A virada no comportamento de Roney aconteceu após ele contrair covid no início da pandemia, uma experiência que quase o levou à morte. Esse episódio o fez refletir sobre a importância de cuidar da saúde e do corpo. Decidido a mudar, ele saiu da zona de conforto e experimentou o treino funcional, uma modalidade intensa e dinâmica que o desafiou a se manter focado durante os 40 minutos de atividade, sem tempo para distrações.

    Roney treina hoje religiosamente de segunda a sábado, há dois anos. "Tive que passar por um grande trauma para acordar e perceber que o exercício não era só sobre o corpo, mas sobre a minha saúde e qualidade de vida. Quando comecei a treinar, fiz uma escolha de vida", conta. O resultado dessa transformação é visível: ele perdeu 26 quilos, ganhou massa muscular e disposição, melhorou a saúde e aumentou a produtividade.

    O personal trainer e preparador físico Christopher Rocha destaca que o exercício físico deve ser encarado como um compromisso a longo prazo, e não como uma solução rápida. "Muitas pessoas começam com grande empolgação, mas logo se deparam com as dificuldades naturais do processo, como limitações físicas, falta de tempo e indisposição", conta. Ele explica que, no início, é comum uma sensação de entusiasmo, mas à medida que os resultados não aparecem de forma imediata, o interesse tende a diminuir.

    Os principais obstáculos que as pessoas enfrentam são justamente a falta de motivação e dedicação contínua. Christopher explica que os erros mais comuns de quem estabelece a meta de se exercitar mais no início do ano, mas não consegue cumprir, são a falta de priorização do tempo dedicado à atividade física, o treinamento sem acompanhamento adequado e a tendência de se basear em modelos da internet, que frequentemente mostram corpos perfeitos e resultados rápidos, mas que não refletem a realidade.

    Para criar hábitos mais duradouros, o professor recomenda estabelecer uma rotina de treinos consistente, tratando o exercício físico como uma prioridade. Além disso, é fundamental definir metas claras e buscar profissionais que possam motivar e desafiar, garantindo que a pessoa se empenhe a dar o melhor de si. "É essencial compreender que os exercícios são um processo contínuo, e o foco deve estar na saúde. Resultados consistentes exigem tempo", explica.

    Sem comparações

    O professor Rodrigo Mangela Gomes Cardoso, conselheiro do Conselho Regional de Educação Física da 14ª Região, afirma que a pressão social e a busca por resultados rápidos podem contribuir para o abandono da resolução de praticar mais exercícios físicos. "Isso acontece especialmente quando o indivíduo começa a se comparar com os outros, em vez de focar em seu próprio progresso". Ele ressalta que cada pessoa reage de maneira única ao treinamento, ao ambiente e à pressão externa, fatores que podem impactar diretamente sua motivação e dedicação aos exercícios.

    "É comum as pessoas fazerem várias resoluções no início do ano, mas muitas acabam deixando de lado o 'como executar o plano'. Às vezes, estabelecem expectativas distantes da realidade, o que leva ao desânimo. O que falta, na maioria das vezes, é o entendimento de como estipular uma meta eficaz, que precisa ser específica, ter um prazo definido e estar ao alcance do controle da pessoa", ressalta. Para se criar hábitos duradouros, segundo ele, é preciso primeiro ter o objetivo bem elaborado.

    Começar com metas pequenas e aumentar gradualmente, diversificar os tipos de exercícios para evitar a monotonia, integrar a atividade física ao cotidiano, como caminhar até o trabalho ou usar as escadas, e procurar um parceiro de treino para aumentar o comprometimento são algumas das dicas do professor de educação física e escritor Leandro Twin, da Bluefit. "É essencial mudar o foco dos resultados imediatos para os benefícios a longo prazo, como aumento de energia, melhoria na qualidade do sono e prevenção de doenças. Além disso, incentivar as pessoas a celebrarem pequenos progressos e a entenderem que a constância é mais importante que a perfeição também faz toda a diferença", afirma.

    Para se manter ativo

    Estabeleça metas realistas:

    Defina objetivos claros e alcançáveis, como treinar três vezes por semana, para evitar frustrações. Metas pequenas e específicas ajudam a medir o progresso de forma prática e tornam o compromisso mais tangível, mantendo a motivação em alta. Ao ver que você está cumprindo suas metas, a sensação de realização aumenta e impulsiona o desejo de continuar. Com o tempo, essas metas podem ser ajustadas para desafios maiores, mantendo o interesse e o engajamento.

    Crie uma rotina consistente:

    Inclua o exercício na sua agenda como um compromisso diário. Estabelecer horários fixos e treinar regularmente facilita a criação do hábito, tornando o treino uma parte natural do seu dia a dia e ajudando a manter a disciplina. Quando o exercício se torna parte da sua rotina, o cérebro começa a associar essa prática à sensação de bem-estar, tornando mais fácil seguir com os treinos. Isso diminui a tentação de faltar e aumenta a consistência.

    Procure acompanhamento profissional:

    Um personal trainer pode garantir que você esteja treinando de maneira segura e eficiente, evitando lesões e maximizando os resultados. O acompanhamento profissional adapta os exercícios às suas necessidades, tornando o treino mais eficaz e personalizado. Além disso, o profissional pode ajustar seu plano à medida que você evolui, criando desafios progressivos que estimulam o desenvolvimento contínuo. Com a orientação adequada, você também aprende a realizar os exercícios com a técnica correta, evitando possíveis dores ou lesões.

    Varie os exercícios:

    Mudar a atividade física mantém o treino interessante e trabalha diferentes partes do corpo. Alternar entre exercícios aeróbicos e de força evita a monotonia e desafia o corpo de formas diversas, acelerando os resultados. A diversidade nos exercícios também melhora a coordenação motora e o equilíbrio, além de proporcionar um desenvolvimento mais equilibrado, atingindo todos os grupos musculares. Isso mantém a prática estimulante e reduz o risco de estagnação nos resultados.

    Encontre um parceiro de treino:

    Treinar com alguém aumenta o compromisso e torna a prática mais divertida. Ter um parceiro ajuda a manter a motivação, já que ambos podem se apoiar e se incentivar, tornando os treinos mais leves e agradáveis. Além disso, a companhia de alguém pode ajudar a superar os dias de desânimo, pois vocês se cobram mutuamente e criam um senso de responsabilidade. Isso transforma os treinos em uma atividade social, tornando-os mais dinâmicos e agradáveis.

    Fontes: Professores Christopher Rocha, Rodrigo Mangela Gomes e Leandro Twin

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    Retrospectiva 2024: Saúde de Goiânia sofre intervenção após descontrole de crises

    Goiânia viveu um verdadeiro caos na Saúde municipal em 2024. Em meio ao colapso, e após a prisão do titular da SMS na capital, Wilson Pollara, a Justiça acatou pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e decretou intervenção do Estado na rede municipal

    Wilson Pollara, ex-secretário municipal de Saúde de Goiânia, é encaminhado para audiência de custódia após prisão em 27 de novembro

    Wilson Pollara, ex-secretário municipal de Saúde de Goiânia, é encaminhado para audiência de custódia após prisão em 27 de novembro (Sérgio Rodrigues / TV Anhanguera)

    Goiânia viveu um verdadeiro caos na Saúde municipal em 2024. Em meio ao colapso, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) tomou uma atitude drástica e entrou com um pedido de intervenção do Estado na Saúde pública da capital. "Uma medida grave, como último remédio que a Constituição e as leis colocam para garantir o direito à vida e à saúde", explicou o procurador-geral de Justiça de Goiás, Cyro Terra Peres.

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    Apesar da gravidade, a medida sem precedentes foi vista como natural e até com um certo alívio pela população que acompanhava apreensiva a rotina de problemas nas unidades de saúde. Assuntos amplamente noticiados pela editoria Vida Urbana ao longo do ano, a crise nas maternidades, a falta de insumos básicos e medicamentos em Cais e UPAs, o lixo acumulado porque os funcionários da limpeza das unidades estavam sem receber salários, a falta de combustível para ambulâncias, além dos constantes anúncios de paralisação de médicos e enfermeiros se intensificaram no segundo semestre. O auge da crise ocorreu entre novembro e o início de dezembro, quando os pacientes começaram a morrer à espera de UTI . Pelo menos quatro pessoas perderam a vida enquanto aguardavam leitos de terapia intensiva.

    Cerca de uma semana antes da solicitação, três integrantes da cúpula da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), entre eles o ex-secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara , haviam sido presos em uma operação do Ministério Público (leia abaixo) . A secretária substituta, Cynara Mathias , e seus auxiliares renunciaram em sete dias diante da situação de calamidade. No lugar dela assumiu Pedro Guilherme Gioia , que até iniciou um cronograma de pagamentos, mas, para dificultar ainda mais, as contas da pasta foram alvo de um bloqueio judicial.

    No dia 10 de dezembro, o governador Ronaldo Caiado nomeou o médico emergencista Márcio de Paula Leite como interventor estadual na saúde de Goiânia. Nome indicado pelo prefeito eleito Sandro Mabel (UB), o interventor entrou e saiu como incógnita.

    Um balanço positivo do trabalho, no entanto, foi apresentado pelo titular da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Rasível Santos, como porta-voz do Gabinete de Crise da Saúde de Goiânia. Na última quinta-feira (28), ele disse ter informado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-GO) que a fila de espera por leitos de UTI na capital estava zerada há três dias consecutivos. Também informou que o número de pacientes que aguardam vaga em enfermaria caiu de 178 para 38. Em 30 dias, de acordo com os dados apresentados, 1.944 pacientes foram internados em leitos de enfermaria e UTI.

    A mudança no cenário após a intervenção, segundo Rasível, foi resultado do trabalho conjunto entre a pasta estadual, a SMS e a comissão de transição do prefeito eleito. "Os pacientes não precisam aguardar mais de 24 horas por um leito, não tivemos mais óbito por demora na espera e nenhum caso de judicialização. Todos os casos de pedido de internação foram autorizados", disse.

    Ele destacou ainda a expansão da rede como medida que permitiu o atendimento em menos de 24 horas, como a abertura de 20 novos leitos de UTI e a reativação de outros 47 no Hospital Ruy Azeredo; a disponibilização de 16 leitos no Hospital das Clínicas da UFG; e a inauguração de 40 leitos de UTI e de 55 de enfermaria no Hospital Estadual de Águas Lindas.

    Prisão

    Quando Wilson Pollara assumiu a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), em outubro de 2023, o médico paulista que esteve no mesmo cargo na gestão de João Dória, em São Paulo, chegou como esperança de solução para as dificuldades que se apresentavam nas maternidades municipais. Mas logo no início, 2024 dava sinais que seria um ano difícil para Pollara, que terminou o mês de dezembro como foragido da polícia.

    As expectativas começaram a ruir em março, quando ele foi afastado do cargo por determinação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). De volta à pasta, Pollara insistiu nos contratos suspeitos que levaram ao seu afastamento. Em setembro, durante a campanha eleitoral, chegou a ser anunciado pelo então candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, como seu futuro secretário de Saúde, caso ganhasse o pleito, sob a justificativa de que ele havia conseguido zerar fila de exames na capital paulista.

    Enquanto isso, em Goiânia, o programa Corujão não emplacou, a crise das maternidades se agravou e o caos se instalou nas unidades de saúde. No dia 27 de novembro, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou a Operação Comorbidade , prendendo Pollara, o secretário executivo da SMS, Quesede Ayres Henrique, e o diretor financeiro da pasta, Bruno Vianna Primo, em ação que apura pagamentos irregulares em contratos e a possível formação de uma associação criminosa na secretaria.

    Após ter pedidos de habeas corpus e prisão domiciliar negados, o ex-secretário precisou ser socorrido a um hospital alegando fortes dores no peito. Recebeu alta no dia 5 e retornou para a Casa do Albergado, de onde saiu dois dias depois, assim como Quesede e Bruno, ao fim do prazo do pedido de prisão temporária.

    O médico voltou a ser alvo de operação, desta vez da Polícia Civil (PC), no dia 17 de dezembro, com novo mandado de prisão , juntamente com Quesede Ayres, suspeitos de desviar R$ 10 milhões da Saúde municipal. Não encontrado em seu endereço em Goiânia, ele foi considerado foragido. A defesa alega que Pollara se encontra em São Paulo para tratar de um câncer no rim e realizar acompanhamento cardiológico, "pois possui doença arterial coronariana e chegou a ficar internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no dia 2 de dezembro, após ser submetido à angioplastia com implante de stent de urgência".

    A defesa relata que informou às autoridades policiais que o ex-secretário não possui condições clínicas de interromper o acompanhamento médico. "Trata-se de um idoso de 75 anos, cujo estado de saúde é de extrema fragilidade".

    Surto de dengue

    Um recorde triste para 2024 é o de pior ano da dengue em Goiás desde o início da série histórica de registros. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), até o final de dezembro havia 316,4 mil casos, 417 óbitos confirmados e outros 56 em investigação. O pico da doença ocorreu em abril, na semana epidemiológica 16. Entre os dias 14 e 20 daquele mês, foram 23,2 mil registros. O cenário pressionou os hospitais da rede estadual, que registraram taxa de ocupação de leitos de UTI próxima de 100% em abril e maio.

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